sábado, dezembro 08, 2018

8. Cobertura espiritual: prioridade para a família (Parte 8 de 17)


8. Cobertura espiritual: prioridade para a família


      “Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros; Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacó; e ouvi a Israel vosso pai.” 

      “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão. Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.”

      “Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção. Depois ordenou-lhes, e disse-lhes: Eu me congrego ao meu povo; sepultai-me com meus pais, na cova que está no campo de Efrom, o heteu

Gênesis 49.1-2, 8-12, 28-29


      No antigo testamento vemos muitas vezes pais, profetas e anciãos dando a bênção para os mais jovens ou filhos. Com a idade que tenho, ainda vivi em minha geração, o costume, no meio de descendentes italianos católicos de minha família, algo semelhante. Lembro-me de minha mãe me orientando a pedir a benção para o avô ou o “nono” (termo italiano), sempre que chegávamos ou saíamos de casas onde eles estavam. Eu acho isso positivo, um costume que deveríamos manter, principalmente entre cristãos realmente salvos e convertidos. Além de ensinar aos mais jovens respeito pelos mais velhos, lembra aos mais velhos a responsabilidade que eles têm sobre os mais novos, assim como a pastores e outros líderes de igrejas. Infelizmente essa igualdade exigida atualmente, onde ninguém quer ser menor e todos pensam ser superiores, empodera os despreparados e intimida os que deveriam tomar a frente da família, da igreja e da sociedade.
      A passagem de Gênesis capítulo 49 relata a bênção final de Jacó a seus filhos, uma bênção poderosa, na hora da morte, mas muito mais que isso, relata o patriarca da nação de Israel profetizando sobre as doze tribos, revelando o futuro e mesmo antevendo o reinado de Davi e o messias que nasceria da tribo de Judá. Essa bênção é uma maravilhosa oração de cobertura espiritual de um pai sobre seus filhos, vislumbrando os limites de seus territórios, sociais e espirituais, que na unção e intimidade com Deus de Jacó vai muito além de suas vidas presentes, mostra tempos vindouros e descortina tanto boas quanto coisas ruins. Tivéssemos nós tal temor a Deus para acobertarmos debaixo de nossas preces, com tanta autoridade e profundidade, nossos filhos, ensinando-os mais que conceitos morais e independência econômica, mas os princípios fundamentais do andar com Deus e de seus planos para os homens. Proteção espiritual à família, e quando dizemos família nos referimos a nossas famílias como homens e mulheres que deixaram de viver debaixo do mesmo teto dos pais e agora vivem com cônjuges e filhos, essa é a cobertura espiritual que temos como prioridade em nossas vidas. 
      A primeira orientação sobre cobertura espiritual é orarmos a Deus pedindo proteção e tomando posse dela sobre nossos lares, mas mesmo que um filho, por exemplo, estude em outra cidade e more em um outra casa, a casa dele espiritualmente é a nossa, e como pai e mãe, já que ele ainda não é independente, somos nós que damos a ele cobertura espiritual. Isso pode valer também para pais viúvos ou mesmo para irmãos solteiros, mas devemos sempre buscar a orientação de Deus para saber quem colocar debaixo de nossa cobertura espiritual. Eu já orei por anos por um parente próximo, mesmo que ele morasse sozinho e tivesse independência financeira, mas em um determinado momento Deus me disse para não orar mais por ele. Enquanto que em outro caso, também um parente muito próximo, só quando enviuvou é que o Senhor me mandou colocá-lo sob a minha cobertura, assim quando oro por minha família e residência, oro também pela pessoa e pelo lugar onde ela mora.
      Quando oramos, tenhamos no coração e na mente toda a nossa casa e as casas dos que estiverem sob nossa responsabilidade, oremos com calma e com clareza, e se possível em voz audível, não necessariamente aos berros. Intercedamos pelos cômodos da ou das casas, sobre os quatro cantos delas, o teto, o chão, as portas, as janelas e todas as entradas e saídas, e na autoridade do nome de Jesus estabeleçamos proteção espiritual. Expulsemos em nome de Jesus todo o mal, dos locais e das vidas, nas esferas física, emocional e espiritual. Mesmo a proteção contra insetos, roedores, répteis e outros animais, pode ser pedida em oração. Jesus disse que se pisássemos em escorpiões nenhum mal sofreríamos, não foi? Obviamente, todo o cuidado espiritual deve ser acompanhado dos cuidados físicos, do que adianta orarmos pedindo proteção contra escorpião, se não tomamos cuidado com lixo, quintais, esgotos e comunicação entre nossa casa e as ruas, calçadas e terrenos baldios próximos? Sejamos sábios, espirituais mas racionais também.
      O raciocínio é simples, se expulsamos algo de um lugar ele sai de lá e vai para outro lugar, a ação maligna, a obra do mal, pode ser anulada, mas o demônio não desaparece simplesmente. Assim, podemos determinar para onde o espírito maligno expulso irá, isso é importante pois se expulsarmos o mal de alguém, sem determinar para onde ele vai depois que sai da pessoa, ele pode voltar para nós ou para as pessoas e lugares para os quais damos cobertura. A cobertura abre o mundo espiritual, para o bem, mas também para o mal, se for feita sem cuidado, por isso sua seriedade. Na ausência da intimidade e autoridade que Jesus tinha com e sobre os demônios, que perguntou o nome deles e autorizou a solicitação deles irem para os porcos, relato de Marcos 5, podemos dizer, “demônios saiam desse local e vão para o lugar que o Senhor tem determinado pra vocês, longe da minha vida, minha casa e minha família”. É importante que isso fique bem claro.
      Mas o mal não entra só por portas físicas, nesses tempos modernos ele pode entrar também por portas virtuais, portanto, tenhamos cuidado com o que assistimos na TV e pela internet, em celulares, tabletes, computadores. Oremos também por esses aparelhos pedindo a Deus que nos fortaleça contra as tentações midiáticas, assim como expulsando qualquer demônio que possa ter entrado por esses meios. Só assistir um vídeo pornagráfico já pode dar brecha para um demônio oprimir nossa casa. Mesmo momentos em que recebemos visitas, especialmente quando elas não são cristãs, devem ser acompanhados de oração. Quando alguém entra em nossa casa pode estar trazendo, mesmo sem saber, demônios, mas que na oração oportuna e certa não passará da porta. Tenhamos cuidado também com presentes, oremos sobre eles assim que os recebermos e antes de usá-los. Tenhamos cuidado principalmente com pessoas próximas a religiões espíritas ou ocultistas, que declaradamente buscam comunicação com espíritos malignos.

Esta é a 8a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

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