16/12/18

16. Pentecostal, tradicional e o mundo espiritual (Parte 16 de 17)


16. Pentecostal, tradicional e o mundo espiritual

      As denominações cristãs protestantes e evangélicas se dividem quanto ao que é legítimo sabermos e vivermos sobre mundo espiritual. Sim, as igrejas protestantes tradicionais expulsam demônios, mas fora disso não se aprofundam no assunto, assim como não creem que dons espirituais são para os dias de hoje. Essa é a principal diferença doutrinária entre as vertentes tradicionais e pentecostais. Pessoalmente, muitas vezes em minha caminhada no evangelho, achei vantagens em ambos os posicionamentos, assim como desvantagens, confesso que esse assunto ainda me intriga assim como ainda não tenho um posicionamento final. Minha pergunta é, o que Deus pensa dessas diferenças? Minha conclusão é que o Senhor não dá a isso, como a muitas outras coisas que nos preocupam tanto, tanta importância. Deus usa a cada um conforme sua disposição e tem o cuidado amoroso de fazer chamadas distintas para que todos possam ser úteis, o Senhor é um pai bondoso.
      As igrejas locais são territórios físicos e espirituais especiais, pela oração dos membros e orientação adequada dos líderes nos templos, podemos ter uma comunhão vivificadora com o Espírito Santo que nos leva a uma adoração plena ao Senhor, assim como a um crescimento espiritual maduro. Uma experiência completa com Deus só pode ser provada com conhecimento do mundo espiritual, assim como das ferramentas para lidarmos com ele, que são os dons espirituais e uma oração de cobertura e batalha espiritual, assim eu creio. Essa é uma benção que Deus tem nos dado, principalmente nos últimos anos, pelo movimento pentecostal, que mesmo com seus erros, inerentes à sua vocação, tem conferido ao povo de Deus uma unção diferenciada para enfrentar o inimigo. Eu não poderia encerrar este estudo sem dar essa relevância, justa e verdadeira.
      Contudo, muitos cristãos protestantes tradicionais, que em outros momentos da história do cristianismo tanto fizeram pelo evangelho, principalmente no evangelismo mundial, não têm aceitado essa renovação. Nem penso que isso é um erro ou um desvio, vejo diferente. Penso que as coisas neste mundo tem início, meio e fim, assim, se Deus usou os tradicionais por um tempo com um objetivo, está usando os pentecostais em outro tempo para outro objetivo, isso para que o homem e suas organizações não se gloriem. Quem tem humildade, aceita o final de uma fase e recebe a nova fase com alegria, os orgulhosos, contudo, ficam presos a uma visão passada e não abrem mão do poder que achavam que tinham, achavam, pois se foram importantes e eficientes num período o foram pela graça de Deus. A Igreja é de Deus, o Espírito Santo é de Deus, a visão, quando genuína, é de Deus, os ministérios, quando legítimos, são de Deus, e nada disso é propriedade de homens, por mais ungidos ou intelectuais que sejam.
      Assim podemos fazer a triste constatação de muitas vezes entrarmos num templo de linha protestante, não em todos, não estou generalizando, mas em muitos casos achar conforto material, conhecimento bíblico, cultura cristã equilibrada e séria, cristãos decentes, contudo, espiritualmente sentirmos a frieza e o vazio de quem não dá liberdade ao Espírito Santo. Em igrejas assim muitos estão bem financeiramente, são fiéis ao cristianismo, contudo, sofrem debaixo de doenças físicas e psicológicas, têm dificuldades para manterem casamentos e principalmente, não conseguem segurar seus filhos nas igrejas. Dessa maneira muitas igrejas protestantes tradicionais estão se tornando igrejas de velhos, sendo que os mais jovens ou caem fora de vez de frequentarem assiduamente as igrejas ou se mudam para igrejas renovadas.
      Me converti e passei muito tempo, no final dos anos 1970 e na década de 1980, numa igreja protestante tradicional não pentecostal, o conhecimento bíblico que tenho hoje devo principalmente a isso, assim como a vida social limpa que tive na juventude. Contudo, o ensinamento, naquele tempo, não me libertou de doenças emocionais, a cura só fui encontrar em igrejas avivadas, assim como o conhecimento de mundo e batalha espiritual que me permite hoje manter minha libertação. Contudo, não pense que Deus não ouve a oração de um reverendo protestante, existe mais autoridade na palavra de muito pastor protestante comedido que no discurso teatral de muito pastor carismático, assim como um conhecimento intelectual profundo, mais em alguns pregadores pentecostais que em alguns mestres do protestantismo tradicional.
      Mas guerra espiritual, repito, se vence com armas espirituais, palavra sem poder é tão ineficiente quanto poder sem palavra, as duas coisas têm que caminhar juntas, assim a igreja equilibrada deveria contemplar tanto o que ensina o tradicionalismo protestante quanto o que ensina o pentecostalismo. “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mateus 22.29), foi o texto que iniciou este estudo. Se a salvação é escolhida, o batismo ou plenitude do ou no Espírito Santo também é, Porque o perverso é abominável ao Senhor, mas com os sinceros ele tem intimidade.” (Provérbios 3.32), O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança.” (Salmos 25.14). 
     Contudo, Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” (João 20.29), e “Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação.” (Provérbios 15.16). Equilíbrio, é isso que andar realmente com Deus nós experimentamos, só na obediência do Senhor temos o melhor de dois mundos, do conhecimento da palavra que acredita sem ver e da experiência com o poder de Deus que pode conhecer o mundo espiritual com intimidade. Mas que cada um de nós faça aquilo que Deus quer, conforme a chamada pessoal e intransferível que recebemos dele, não por vaidade ou orgulho, mas por temor a Deus em humildade.

Esta é a 16a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

15/12/18

15. Quem faz cobertura espiritual: liderança espiritual na família (Parte 15 de 17)


15. Quem faz cobertura espiritual: liderança espiritual na família

      “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” 

João 15.16


       Uma chamada de Deus, é isso que temos, chamada para desempenhar uma missão. Deus não nos salvou para frequentarmos templos confortáveis, cantar belas músicas acompanhados por uma boa equipe de músicos, enquanto somos preparados para dar dízimos e pagarmos o direito de termos prosperidade material. O Senhor não nos escolheu para isso, mas para que caminhemos com Jesus num processo de crescimento espiritual à medida que damos frutos que permaneçam. Quantos de nós damos frutos fracos, que pouco duram, assim pulamos de galho em galho, de igreja em igreja, de casamento em casamento, de emprego em emprego, nem os nossos amigos conseguimos manter por muito tempo, os que andam conosco hoje, daqui a três anos não andarão mais, como somos fúteis. Depois queremos orar e termos nossos pedidos respondidos rapidamente, veja que a promessa de oração respondida, e de todas as orações respondidas, está no final de João 15.16, é consequência de um processo de obediência, de assunção da verdadeira chamada e escolha de Deus.
     Quem deve fazer cobertura espiritual? Quem tem pessoas abaixo de si, principalmente com ligação familiar, mas podemos também fazer cobertura com grupos de irmãos em Cristo, que fazem parte de um mesmo ministério, ou conforme sentir pastor e líderes orientação do Espírito Santo. Repito, cobertura espiritual é mais que orar pelas pessoas, isso podemos e devemos fazer por todos, mas dar cobertura pode ser entrar em batalha espiritual, requer uma interferência maior no reino espiritual e portanto uma aprovação clara do Senhor que isso deve ser feito. Nas igrejas atuais os dois extremos acontecem, em igrejas ditas pentecostais muitos entram em batalha espiritual sem responsabilidade, sem ordem de Deus, simplesmente porque se acham no direito como crentes. Por outro lado, em igrejas protestantes tradicionais, os cristãos simplesmente nem creem no mundo espiritual e se acovardam, não usando da autoridade que Jesus nos concedeu, por isso, nesse meio, tantos enfermos e frios. 
      Quem deve fazer a cobertura espiritual da família, o homem ou a mulher, o pai ou a mãe? Quem acompanha o “Como o ar que respiro” sabe a posição do blog, de que o Espírito Santo dá outro foco à posição de homem e mulher na família, nos tempos atuais. A posição da tradição cristã, seguindo textos como os de Paulo coloca o homem, o marido, como superior à mulher, contudo, isso é visão da sociedade contemporânea do apóstolo, não dá atual. Alguém pode perguntar, “então, está se propondo uma desobediência à palavra?” Neste caso uma interpretação diferente, mas se tivéssemos que seguir literalmente a Bíblia neste caso, a mulher não poderia nem falar nos cultos e deveria estar limitada a trabalhos domésticos e criação de filhos. Isso com certeza não é seguido pelas igrejas cristãs atuais, não pelas verdadeiras, assim já estamos na prática vivendo uma família diferente da descrita na Bíblia. Mas por favor, siga todo o raciocínio da reflexão desta parte do estudo para entender o que o blog entende como sendo a vontade de Deus para a família com relação à cobertura espiritual.
      Vamos a mais fatos da triste realidade social atual, seres humanos adultos mas sem compromisso com família, como pais, mães ou cônjuges, tendo como consequência a criação de famílias aos pedaços, imperfeitas e distantes do ideal de Deus. Infelizmente o que mais se vê são homens despreparados para terem famílias o que faz com que muitas “famílias” sejam lideradas por mulheres sem maridos, que precisam desempenhar o papel de mãe e de pai, trabalhando e criando filhos. Isso quando não são os avós que criam os netos, avós com os filhos ainda insistindo na condição de solteiros, sem responsabilidade com aqueles que geraram, se relacionando com outras pessoas e seguindo em fazer novos filhos. Quando essas “famílias” vêm para o evangelho, sem pais, sem maridos, as mulheres precisam também desempenhar a função de darem cobertura espiritual para os filhos, não tem outro jeito. 
      Contudo, mesmo em famílias ditas “normais”, as mulheres atuais também acumulam tarefas, assim como os homens acumulam. Como elas trabalham fora e têm preparo acadêmico e carreira profissional, eles cuidam de administrar a casa e de cuidarem dos filhos, não existe mais exclusividade de tarefas, o justo e certo de ser feito em amor e os dois ajudarem em tudo para que nada pese pra ninguém. Da mesma maneira, ambos podem dar cobertura espiritual para à família, essa é uma visão em Deus de uma família moderna onde existe igualdade, respeito para com a mulher, ausência de machismo do homem, com Cristo sendo o cabeça sobre todos. Contudo, compartilharei agora uma visão que você não precisa concordar. Em primeiro lugar faço uma pergunta: homem e mulher são realmente iguais? Bem, na inteligência e capacidade profissional, sim, ambos podem exercer qualquer profissão, das fisicamente mais brutas às intelectualmente mais sensíveis. 
      A diferença está justamente na criação de filhos, e nem me refiro às tarefas domésticas, limpar a casa, lavar roupas, fazer as refeições, isso ambos podem fazer. Se não fosse assim ambos poderiam engravidar e gerar filhos, mas existe uma diferença na sexualidade, temos o feminino e o masculino, com funções distintas. Cada um com referências distintas que oferecem tipos diferentes de ensino, juntos formarão um ser humano de caráter e equilibrado. Falar de sexualidade nos tempos atuais ganhou complexidade, impossível refletir a respeito sem citar homossexualidade ou homoafetividade, onde as figuras masculina e feminina podem estar presentes de maneiras distintas em núcleos familiares. A adoção também tira da mulher uma tarefa que a princípio lhe é exclusiva, engravidar e gerar filhos, assim o trabalho que segue com bebê ou criança adotado pode ser desempenhado tanto por um homem quanto por uma mulher. Dessa forma, a diferença de funções entre homem e mulher num compromisso de casamento, na prática nos dias de hoje, pode ser nenhuma.
      Após essas considerações, perguntamos novamente: quem deve fazer a cobertura espiritual? Penso que uma pessoa deve fazer, seja homem ou seja mulher, seja num casamento tradicional ou nem tanto, mas penso que um deve se responsabilizar por isso. Se ambos puderem fazer, então que se deixe o homem fazer, se houver um homem na relação, não porque é melhor ou superior, mas porque isso remete ao plano original (e ideal) de Deus, e não estou aqui diminuindo a mulher, nem desrespeitando homoafetivos. Penso que o plano original de Deus, através do texto (metafórico ou não) de Gênesis, é de um homem e uma mulher, uma figura masculina e uma feminina numa família, e assim teve que ser por um longo período da história humana. O foco deste estudo não é família e sexualidade (e homoafetividade...), mas num núcleo familiar assumido com responsabilidade diante da sociedade e de Deus, acertem-se os líderes e concordem com um responsável por orar pela família dando cobertura espiritual, e se possível um homem.
      Na sociedade atual a mulher está se empoderando? Que bom. O preconceito que colocava toda relação homoafetiva como promíscua é pecaminosa, condenada aos olhos de Deus, está sendo vencido? Que bom. Mulheres têm adquirido respeito e direitos para serem o que querem onde querem, seja no lar ou na profissão? Que bom! Contudo, que o homem heterossexual não se enfraqueça, aprenda que sua dignidade não está em sem impor por força, seja física ou intelectual (ou espiritual) sobre a mulher ou sobre homoafetivos. Que haja um líder espiritual na família, mesmo respeitando todos os respeitos dos outros, e que o homem assuma seu papel como pai, marido e cobertura espiritual de esposa e filhos, com humildade, sabedoria, mas com coragem e autoridade em Deus!

Esta é a 15a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

14/12/18

14. Tudo está sob a autorização de Deus (Parte 14 de 17)


14. Tudo está sob a autorização de Deus

     “E ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor. Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreenda, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo? Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo.” 
Zacarias 3.1-3

      O texto de Zacarias 3 mostra uma situação semelhante a de Jó 1 e 2 onde Satanás está ao lado do Senhor para se opor ao homem. Nessa passagem o diabo é repreendido de pronto, sim, nessa ocasião não fazia parte do plano do Senhor permitir uma ação maléfica, ou pelo menos não mais. Passemos agora para as revelações que o livro de Jó faz sobre o diabo, aqui chamado de Satanás, nos dois primeiros capítulos do livro, dando continuidade, dentro do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual”, a um rápido estudo sobre o livro de Jó.
      “E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles” (Jó 1.6), como filhos de Deus, neste caso, a Bíblia se refere aos seres espirituais do bem, anjos, arcanjos, querubins, serafins ou outros, ou pelo menos alguns desses, mas entre eles veio o “coisa ruim”, Satanás. Esse aspecto mais o fato descrito em “Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó?” (Jó 1.7-8a), mostra que o diabo (ou os diabos, ou alguns deles) tem certa liberdade, pelo menos no tempo presente em que o homem habita na terra, e que terminará no juízo final quando os não salvos serão julgados e os seres espirituais malignos lançados no inferno. Deus autoriza Satanás andar pela Terra e observar os homens, contudo, para tocar de alguma forma os homens, o diabo tem que ter uma permissão especial do Senhor, principalmente no nível em que Jó foi tocado.
      Coisa maravilhosa é saber que Deus de fato nos conhece, muito mais que o entrevado diabo, “Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” (Jó 1.8b), íntegro, temente a Deus e que se desvia do mal, três pontos importantes. Integridade é ser inteiro, ser coerente, não ser partido ou com intenções antagônicas, mas um só e em Deus. Temente a Deus, o que teme a Deus não vive de maneira irresponsável, fazendo o que quer como que se não precisasse dar satisfações por isso a ninguém, o que teme a Deus sabe que o Senhor tudo vê e tudo sabe, assim como ama a todos, dessa forma anda com cuidado, com sabedoria. Desviar-se do mal é mais que pedir perdão quando se erra, e procurar nem errar, evitando armadilhas, caminhando com calma e em oração.
      “Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra. Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.” (Jó 1.9-11), o diabo exibe a malícia maldosa característica dos rebeldes e orgulhosos, que sempre desconfiam da pureza, não acreditam na virtude alheia. Deus entrou no jogo do diabo? Ele precisava ter aceito o desafio do inimigo? Não, não para provar o que quer que fosse para o diabo, eu pelo menos acredito assim, mas sabe-se lá de fato como é a relação de Deus com os anjos caídos. Sob a primeira autorização de Deus Satanás tirou de Jó suas posses e seus filhos, mas o diabo não desistiu, no capítulo 2 ele volta à presença de Deus e novamente duvida da sinceridade de Jó, assim ele tem uma segunda autorização do Senhor, agora para tocar também em sua saúde. 
      “Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza. Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.” (Jó 2.7-9), é nesse momento que a esposa de Jó surge no relato, a última coisa que lhe faltava perder. Algumas vezes estaremos absolutamente sozinhos em meio a uma tempestade de lutas e tragédias, poderemos perder mesmo o apoio das pessoas mais íntimas. Contudo, o filho genuíno de Deus nunca perde a confiança que Deus sabe o que faz, que pode resolver o impossível, e isso do seu jeito e no seu tempo. A permissão de Deus para o diabo permitiu que um homem tivesse uma experiência tão extrema quanto importante, que registrada na Bíblia deixaria para todos nós lições preciosas sobre o poder de Deus, a maldade do diabo, e a necessidade do homem ter muitas vezes de passar por situações difíceis, aparentemente impossíveis pra ele de serem resolvidas, para expandir seu conhecimento sobre Deus e sobre si mesmo.

Esta é a 14a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

13/12/18

13. A experiência de Jó (Parte 13 de 17)


13. A experiência de Jó

      “E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra. Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor.”       

      “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” 

Jó 1.6-12, 21-22

      “E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o Senhor. Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa. Então Satanás respondeu ao Senhor, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face! E disse o Senhor a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.

      “Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.

Jó 2.1-6, 9-10


      “Então respondeu Jó ao Senhor, dizendo: Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia. Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”

     “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía.”

Jó 42.1-6, 10


      Um estudo sobre o mundo espiritual não pode deixar de refletir sobre o relato do livro de Jó, isso por várias razões. A primeira delas é a relevância que o livro tem sob o ponto de vista cronológico dos livros do cânone bíblico, tido por muitos estudiosos como relatando um dos fatos mais antigos da Bíblia, outra razão é que ele fala sobre fé, num tempo que esse conceito não era base religiosa. Jó era um homem rico materialmente e espiritualmente, isso levou um diabo a querer prová-lo. Satanás, contudo, não estava querendo desmerecer o homem justo, mas a própria justiça e a sua eficácia em retornar ao que confia nela uma vida vitoriosa. O diabo na verdade se rebelava, mais uma vez, contra Deus e a sua maneira de agir, mostrando que a fé de Jó era inútil ele queria mostrar que Deus era injusto. A tese do diabo era que Jó era fiel porque recebia coisas de Deus, se elas fossem tiradas de Jó ele deixaria de confiar em Deus. 
      Quem o diabo usou foram justamente os que se diziam amigos de Jó, e como isso ocorre a todos nós, depois de Jó perder tudo, as riquezas, a família e a saúde, os três amigos passaram a questionar a fé de Jó, dizendo que ele não era tão justo e fiel assim, que estava passando por um momento tão ruim como castigo de Deus por ter feito algo errado. A teologia do livro de Jó é atemporal, transcende a velha aliança e a lei, ela toca o cerne do relacionamento do homem com Deus na nova aliança, um relacionamento baseado em fé, fé que acredita mesmo que o presente, a aparência, a realidade se mostrem diferentes. Ela também fala de uma experiência comum a todos nós, sofrimentos que passamos que não sabemos o porquê. Logo no início da provação, após as duas vezes que Satanás tocou sua vida, as palavras de Jó mostram que ele estava preparado em Deus para aquela situação, “em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” e “em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios”. Mas isso era só o início.
      Durante sua provação Jó chega a desacreditar de si é mesmo, de sua justiça, e daquilo que ele conhecia até então como Deus. Ele começou a pensar que Deus estava errado punindo-o injustamente, mas discordava de Deus como filho, com proximidade dele, diferente dos amigos que criticavam a Deus de longe. O filho de Deus, em sua imaturidade, pode até discordar de Deus, “brigar” com Deus, mas faz isso com respeito e temor, é diferente do ímpio, que diante de uma tragédia nega estar colhendo a consequência de sua vida errada, coloca a culpa em Deus e facilmente buscará as opções do diabo para justificar sua experiência. Na verdade a provação de Jó, como todas aquelas que Deus permite que passemos, estendeu seu conhecimento de Deus. Só é provado como Jó, de forma tão dura mesmo estando fazendo as coisas certas, os que mostram a Deus que podem suportar a perda do material, do físico, do aparente, para crescer mais espiritualmente, no homem interior, naquilo que realmente tem valor para o Senhor.
      No final Jó reconhece, não a simples lei de causa e efeito, de plantação e colheita, que tem sua relevância, no universo e com todos nós. Mas acima disso está um Deus que pode fazer o que quiser porque sabe o que faz e que tudo o que faz sempre glorificará seu nome e abençoará, no tempo certo, o homem que confia nele. Jó aprendeu que Deus é muito mais que um devolvedor de bênçãos físicas para aquele que pratica a justiça, mas Jó também aprendeu algo muito importante sobre o homem, sobre si mesmo. Ser um homem “homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” e sê-lo em todo o tempo, não só quando as coisas vão bem. E se Deus pedisse a Jó que continuasse fiel mesmo que não restabelecesse nunca mais sua condição de prosperidade inicial, seria que isso colocaria em dúvida a justiça de Deus? Não, Deus é Deus e faz o que quer, mas bênção maravilhosa é que Deus conhece nossos limites e no final sempre nos recompensa, no caso de Jó com o dobro do que tinha inicialmente.
      Interessante o desfecho do livro, “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigo”, Jó não tinha mais nada, ainda assim quis orar e abençoar alguém, quem lhe restou para isso? Justamente os “mui” amigos dele e foi nesse gesto que Deus viu o amadurecimento de Jó e mudou de vez sua sorte. Que coração tinha Jó, realmente um homem que podia confiar para mostrar ao diabo o engano que comete confiando em sua arrogância, sua maldade, sua rebeldia, pensava ser esperto, pensava estar pegando Deus num descuido, mas acabou sendo desmascarado, como sempre ocorre com ele e com homens falsos e míopes espiritualmente como ele. “E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então morreu Jó, velho e farto de dias.” (Jó 42.16-17), glória a Deus! Veja na próxima parte a conclusão da “Experiência de Jó”, com enfoque na participação de Satanás no relato bíblico.

Esta é a 13a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

12/12/18

12. Provando espíritos: anjos ou demônios? (Parte 12 de 17)


12. Provando espíritos: anjos ou demônios?

       “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.

Gálatas 1.8-9


      Ainda que um anjo anuncie algo diferente do evangelho original, com adições ou subtrações à doutrina, principalmente da principal, aquela que é o centro da Bíblia e diz respeito à salvação exclusiva e total pelo nome de Jesus Cristo, seja maldito. Na tradição judaica-cristã “anátema” é algo muito sério, recortei o texto a seguir:

      “Anátema (do grego antigo ἀνάϑημα, "oferta votiva" e, depois, ἀνάϑεμα, "maldição"; derivadas de ἀνατίϑημι, "dedicar") era, na Grécia Antiga, uma oferenda posta no templo de uma deidade, constituída inicialmente por fruta ou animais e, posteriormente, por armas, estátuas, etc. Seu objetivo era agradecer por uma vitória ou outro evento favorável. 

      No catolicismo, é a maior e a pior sentença de excomunhão da Igreja, onde o anátema, além de ser expulso da igreja com todos seus ritos eucarísticos e todas as atividades voltadas ao fiéis, ainda é considerado como amaldiçoado pelo sacerdote. Os anátemas acontecem em celebrações públicas e são feitas por pontífices maiores, como bispos e cardeais. Em algumas tradições cristãs existem ritos específicos para o anátema. O anátema é o mais severo caso de excomunhão, ocorrendo somente nos piores casos possíveis de heresia contra a fé.

      O célebre caso bíblico é o de Saul que invade os amalequitas, mas acaba (com o apoio do povo ou sob a pressão deste) poupando a vida de Agag e da melhor parte do gado dos amalequitas, ato que Deus condena e informa a Samuel que informa o rei Saul (uma vez que ele mente dizendo que iria sacrificá-los para Deus), sendo rejeitado como rei e abrindo portas para Davi assumir o Reino.

 Fonte Wikipedia


      “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.”

I João 4.1-3
 
      O texto de I João 4 é uma orientação aos cristãos contemporâneos do apóstolo João com relação a uma heresia específica daquele momento, assim, usar o texto ao pé da letra para identificar todo tipo de desvio doutrinário não é o mais adequado. Pedir para o endemoniado confessar ou perguntar a ele se Jesus veio em carne, pode não servir para saber se ele está possuído, o endemoniado pode responder de forma correta sem nenhum desconforto para o demônio. Quanto mais um pregador herege ou falso profeta, esses podem ensinar isso de forma correta, mas distorcerem a palavra em outros aspectos na prática mais importantes. Aliás, como usamos textos bíblicos para estabelecer regras atemporais e gerais, sem entendermos que muitos deles se referem só à cultura, sociedade e moral do tempo em que foram escritos. Isso é mais que conhecer contexto histórico, como tantos pregadores batem no peito dizendo conhecer, mas isso é conhecer a vontade de Deus para toda a humanidade e sempre.
      O amor de Deus, à santidade e ao homem, é sempre atemporal, quem conseguir entender o equilíbrio desses valores começará a conhecer o coração de Deus. Contudo, aquele que olha só para um deles, errará, ou por considerar a santidade Deus injustamente exigente, ou por desconsiderar a importância do pecado do homem. Olhando certo entenderemos que em tudo que Deus permitiu que ficasse registrado no cânone bíblico de sessenta e seis livros da Bíblia protestante, há um ensino atemporal, que sob a interpretação do vivo e sempre atual Espírito Santo pode nos dar orientações importantes sobre um assunto, seja lá qual for o nosso tempo. No caso do texto de I João 4 a lição é sobre um fundamento da obra redentora de Cristo, ela teve o poder que tem porque o cordeiro de Deus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou sem pecado, mesmo que em carne e sujeito a todas as tentações humanas. Se ele tivesse existido em forma espiritual, a salvação não teria funcionado como sacrifício a Deus pelos homens. A verdade é que só em vigilância realmente no altar de Deus, ouvindo o Espírito Santo e buscando em Jesus lucidez para entender sua vontade, podemos discernir as estratégias do mal, muitas vezes disfarçadas de bem, de bíblico, de espiritual.
      Aos que se permitem provar os dons espirituais, que dão liberdade para o Espírito Santo se manifestar através de seus espíritos, almas e corpos, no dom de línguas estranhas, tradução de línguas estranhas, profecia, visão, discernimento, é importante também provar a manifestação. Em primeiro lugar entrando na presença de Deus do jeito certo, como refletimos nas duas primeiras partes deste estudo, em nome de Jesus e santos, em segundo lugar verbalizando isso, assim, “dou autoridade para o Espírito Santo se manifestar com línguas e outros dons, em nome de Jesus”. Muitas vezes começamos a falar em línguas estranhas de forma tão mecânica e nos esquecemos da seriedade e santidade da experiência que estamos tendo, tomemos muito cuidado com isso. Quem manifesta os dons sem estar com a vida acertada com o Deus corre risco de manifestar falso espírito, profetizar na carne, em última instância, ser ferramenta do mal e não do bem. Não me refiro à possessão demoníaca, o salvo selado com o Espírito Santo não fica endemoniado, mas pode falar por si, pela sua alma e não por Deus. Por outro lado, endemoniados e oprimidos podem falsificar os dons, mesmo falar em línguas estranhas, mas pelo diabo, não por Deus.
      Sabiamente, Deus não permitiu que muitos detalhes fossem dados sobre os seres espirituais, sejam os do bem, sejam os do mal, eles são apenas coadjuvantes. Com certeza são administrados diretamente por Deus e não cabe a nós, homens, termos qualquer comunicação ativa com eles. Orar ao “anjo da guarda” pedindo proteção é heresia doutrinária, impossibilidade espiritual e um grande risco de se comunicar com espíritos malignos enganadores. Infelizmente, como tem se levantado adoradores de anjos, que mesmo que sejam esotéricos de butique, que se apegam mais às figuras e imagens romantizadas dos anjos e pouco sabem sobre anjos de fato, ainda assim seguem ao mal e não ao bem. Ordenar a anjos que façam isso ou aquilo, não existe base bíblica para isso, nunca senti tal orientação do Espírito Santo, assim, se for o caso, oremos a Deus pedindo que se for a sua vontade, ele envie os anjos para lutarem espiritualmente por nós e nossos próximos. Sobre anjos, a palavra final é: deixe esse assunto com Deus, o evangelho, a Bíblia, o Espírito Santo não nos autoriza a nos comunicarmos diretamente com eles, em nenhum caso! 
      Tenhamos cuidado também com algumas linhas “pedagógicas” que ensinam às crianças técnicas de relaxamento, levando-as a sentarem-se, fecharem os olhos e mentalizarem locais tranquilos, começa assim, mas logo em seguida são orientadas a chamarem um guia, uma entidade, um anjo protetor. Mesmo que Deus guarde os inocentes e saiba quem os quer conhecer de fato, esse tipo de “meditação a anjos”, objetivamente, não leva à comunhão com Deus por Jesus. Todavia, em médio e longo prazo pode levar à comunicação com demônios, que para as crianças são apresentados como singelos e bucólicos anjos. Falso é o conceito de escola laica, ele proíbe oração cristã, mas incentiva ioga e meditação como a descrita. Isso não significa que Deus não nos envie anjos, para nos proteger e mesmo para nos entregar mensagens especiais, contudo, se em visão ou em sonho um anjo nos visitar, os provemos. Em sonho, geralmente estamos no estado entre dormindo e acordado, e geralmente despertamos com a experiência, mas quando acordarmos e nos lembrarmos do sonho, em voz audível, e não necessariamente alta, expulsemos, caso ele não seja um anjo de Deus, oremos desta maneira, “se você não for um anjo enviado por Deus, eu o expulso em nome de Jesus”. É importante que isso seja feito, o diabo é astuto, mas com os filhos e amigos de Deus, se uma experiência assim ocorre, é realmente de Deus. 
      Qual a diferença entre anjos e demônios? A diferença é antes sentida, contudo, pela fé também vista, o mundo espiritual tem outras referências que não as dimensões percebidas pelo corpo físico, olhos, ouvidos e tato. Assim anjos são altos e definidos, e podemos vê-los ultrapassando a altura da parede do quarto, indo além do teto, eles nos causam um certo temor, pela sua santidade, mas não medo, podemos nos comunicar com eles sem palavras audíveis, orando só em espírito. Demônios, em sua maioria, são pequenos e disformes, nos causam desconforto, medo, e essa sensação não existe para que os temamos, mas para que saibamos que eles são maus e devem ser repreendidos, eles são ratos espirituais que fogem com uma simples e curta palavra de autoridade. Demônios só oprimem e mentem, mas se Deus enviar um anjo a você, suas palavras ficarão marcadas como fogo em sua alma. Contudo, temos a presença de Deus pelo Espírito Santo em nossas vidas em todo o tempo, assim, na nova aliança, o Senhor não tem enviado anjos a homens com frequência, não que tenhamos consciência disso. Convém crermos em Deus e buscarmos intimidade com o Senhor, mas com sabedoria, não só por curiosidade infantil de quem quer ver “coisas diferentes”, mas com a maturidade dos que creem mesmo sem ver. 

Esta é a 12a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

11/12/18

11. DiaboS (Parte 11 de 17)


11. DiaboS

      Alguns estudiosos da Bíblia e do mundo espiritual dividem o reino das trevas em quatro poderes, e não em somente um. Dizem eles que o diabo não é um só, existem quatro principados principais, que agem juntos, e que são responsáveis por quatro épocas distintas da humanidade. A Bíblia pode se referir a eles como sendo simplesmente o diabo, ou mesmo usar um de seus vários nomes para identificar todos. Essa divisão em quatro, não é consenso, nem entre satanistas, mas ela é interessante pela relação que faz de quatro diabos com quatro dos elementos da natureza. A nós interessa saber que no nome de Jesus temos autoridade sobre o inimigo, seja o diabo ou o demônio que for. Mas vamos aos  quatro diabos:
    • Lúcifer seria o 1º diabo, em ordem cronológica que apareceu na Terra, ele agiu no Éden, tentou Adão e Eva e quis impedir a ordem de Deus para os homens de se multiplicarem e conquistarem a Terra, é o diabo do elemento terra e tentou concentrar o homem em grandes cidades como em Babel - veja Isaías 14.12.
    • Belial seria o 2º diabo, que agiu da entrada do povo em Canaã até a vinda de Jesus, é o diabo do elemento ar, veja que a grande batalha de Daniel 10 se travou numa região espiritual acima da terra - veja também Juízes 19.22.
    • O 3º diabo seria Satanás, o chamado "estrela da alva" que a Palavra relata como sendo o que era responsável pela adoração e que foi expulso do Santo Monte, é o diabo do elemento fogo, talvez o que mais conhecesse a Jesus, mesmo de antes da encarnação, e mesmo que não soubesse que Jesus de Nazaré era o Cristo, até o último momento, tinha mais condições de tentar destruir a obra da redenção - veja Jo 1.6.
    • O 4º diabo e o último é Leviatã, o dragão ou a serpente que emerge das águas, é o diabo do elemento água - veja Apocalipse 12.9.
          Alguns nomes dados aos seres espirituais do mal, significados das palavras nos idiomas originais e etimologia: 
    • Satanás ou Satã (do hebraico שָטָן trasnl: Satãn, adversário, no koiné Σατανάς Satanás; no aramaico צטנא, em árabe شيطان) é um termo originário das religiões Abraâmicas do Mediterrâneo geralmente aplicado à encarnação do Mal em religiões monoteístas. Origem e etimologia: A palavra שָטָן (significando [adversário]) assim como o árabe الشيطان (shaitan), derivam da raiz semítica šṭn, significando hostil. O Tanakh utiliza a palavra שָטָן para se referir a adversários ou opositores no sentido geral assim como opositores espirituais. Há registros, cronologicamente próximos, que a palavra Satanás, se origina diretamente da palavra Sátiro (do grego Σάτυρος — Sátyros) em cultura teológica grega. Identidades como a flauta, citada em Ezequiel 28, e imediata similar forma de representações físicas. Chifres, pernas caprinas e troncos humanos. Visto em causa histórica, associação possível, devido a rivalidade Roma-Grécia em necessidade de alcance e amplidão religiosa.” Fonte
    • Lúcifer é a tradução da Bíblia em Latim de Luciferum para a palavra em hebraico לוציפר em Isaías 14:12. Esta palavra, transliterada hêlêl ou heylel, aparece apenas uma vez na Bíblia Hebraica e de acordo com a influência da versão do Rei Jaime significa "o brilhante, estrela da manhã, Lúcifer". A palavra Lúcifer provém da Vulgata, que traduz לוציפר como lúcifer, Isaías 14:12 significando "a estrela da manhã, o planeta Vênus", ou, como um adjetivo, "portador da luz". O Septuaginta traduz הֵילֵל para grego como ἑωσφόρος (heōsphoros), um nome, literalmente "o que traz o anoitecer", para a estrela da manhã. O substantivo Lúcifer ocorre seis vezes na Vulgata, versão latina da Bíblia, e uma vez em algumas Traduções da Bíblia em língua portuguesa. Lúcifer se refere literalmente à "Estrela da Manhã" ou "Estrela D'Alva", à "luz da manhã" aos "signos do zodíaco", e à "aurora" ou, metaforicamente, ao "rei da Babilônia", ao sumo sacerdote Simão, filho de Onias, à Glória de Deus, ou a Jesus Cristo. Jesus Cristo, no livro de apocalipse (22:16) se auto denomina "resplandescente estrela da manhã", o que é diferenciado quando o termo é usado separadamente "estrela da manhã" como "poder sobre nações". (Apocalipse 2:26, 28, Isaías 14:12).” Fonte
    • Diabo (do latim diabolus, por sua vez do grego διάβολος, transl. diábolos, "caluniador", ou "acusador") é o título mais comum atribuído à entidade sobrenatural maligna da tradição cristã. É tratado como a representação do mal, em sua forma original de um anjo querubim, responsável pela guarda celestial, que foi expulso dos Céus por ter criado uma rebelião de anjos contra Deus com o intuito de tomar-lhe o trono. Com seu parecer ainda desconhecido, muitas são as tentativas de reproduzi-lo. O mais popular o levaria a ter uma cor vermelha, com feições humanas, mas com chifres, rabo pontiagudo e um tridente na mão, para remeter a um cetro. Outra forma também comum quanto ao parecer corresponde à de um ser metade humano, metade bode, com o pentagrama invertido inscritos no corpo (imagem de Baphomet).” Fonte
    • Demônio é, segundo o cristianismo, um anjo que se rebelou contra Deus e que passou a lutar pela perdição da humanidade. Na antiguidade, contudo, o termo tinha outra conotação, referindo-se a um gênio que inspirava os indivíduos tanto para o bem quanto para o mal. Nos contextos judaico e islâmico, a ideia é diversa, até porque não se trata de um ente opositor ao Criador, mas de algumas criaturas a Ele subalternas. Na cércea do primeiro contexto, refere-se a um ser imperfeito que foi formado no sexto dia da Criação. Para o segundo, os demônios, ou jinn, são seres que coexistem com os seres humanos, sendo dotados de livre-arbítrio e chefiados por Iblis. Etimologia: o termo «demônio» vem do grego δαιμόν (daimon), através do termo latino daemonium.” Fonte
    • Belial é um demônio presente na mitologia cananita, que o determinava como o adversário do povo "escolhido". É o 68º espírito listado na Goetia. No Cristianismo Belial é mencionado também no Novo Testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo. Seria o mais importante demônio na Terra, que comandava as forças da escuridão contra os homens de bom coração. Criado junto com Lúcifer, de Belial foi dito ser um rei do inferno e comandante de 80 legiões. O termo belial (בְלִיַּעַל bĕli-yaal) é um substantivo e adjetivo hebraico que significa "vileza", oriundo de duas palavras comuns: beli- (בְּלִי "sem") e ya'al (יָעַל "valor"): ou seja, "sem valor". O termo ocorre vinte e sete vezes no Texto Masorético.” Fonte
    • Leviatã (em hebraico: לִוְיָתָן; transl.: Livyatan, Liwyāṯān) é um peixe feroz citado na Tanakh, ou no Antigo Testamento. É uma criatura que, em alguns casos, pode ter interpretação mitológica, ou simbólica, a depender do contexto em que a palavra é usada. Geralmente é descrito como tendo grandes proporções. É bastante comum no imaginário dos navegantes europeus da Idade Média e nos tempos bíblicos. No Antigo Testamento, a imagem do Leviatã é retratada pela primeira vez no Livro de Jó, capítulo 41. Sua descrição na referida passagem é breve. Foi considerado pela Igreja Católica durante a Idade Média, como o demônio representante do quinto pecado, a Inveja, também sendo tratado com um dos sete príncipes infernais. Uma nota explicativa revela uma primeira definição: "monstro que se representa sob a forma de crocodilo, segundo a mitologia fenícia" (Velho Testamento, 1957: 614). Não se deve perder de vista que nas diversas descrições no Antigo Testamento ele é caracterizado sob diferentes formas, uma vez que funde-se com outros animais. Formas como a de dragão marinho, serpente e polvo (semelhante ao Kraken) também são bastante comuns.” Fonte
    • Abadom (em hebraico: אֲבַדּוֹן, 'Ǎḇaddōn), também conhecido como Apoliom é um termo hebraico que tem o significado de “destruição” ou "destruidor". Na Bíblia, figura em Jó 26:6 e em Apocalipse 9:11. Na Bíblia Hebraica, abaddon é usado como referência a um abismo sem fim, geralmente próximo a sheol (שאול). No Novo Testamento, em Apocalipse 9, um anjo chamado Abadom é descrito como o rei do abismo sem fim de onde emerge um exército de gafanhotos (Apocalipse 9:11).” Fonte
          O diabo ainda é chamado na Bíblia como o “tentador”, o “maligno”, o “príncipe deste mundo”, “senhor deste século”, “pai da mentira” etc.
          O pentagrama tem vários significados, dependendo da linha ocultista, como uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo, tem, para os esotéricos ou bruxos, em suas pontas a representação dos cinco elementos da natureza: terra, ar, fogo, água e espírito. Quando um ocultista realiza um ritual de comunicação com os poderes espirituais do mal, quatro das pontas representam os quatro diabos, enquanto ele, o homem, fica na quinta ponta ocupando o lugar do elemento espírito ou éter. Assim o homem invoca os diabos escondidos nos elementos para realizar seus desígnios. O círculo ao redor da estrela, estabelece um local de proteção para o mágico, de forma que ele possa “negociar” com os poderes do mal e não ser atacado. 
          Dizem estudiosos, muitos convertidos do satanismo da alta magia, que cada principado, cada um dos diabos, é responsável por males específicos assim como por regiões da terra. O ministério de Leviatã é focado nas águas e não é justamente nesse elemento onde temos visto muitas catástrofes e acidentes? Veja os tsunamis que varreram o extremo oriente. 
          Outra característica desse principado é que ele é responsável, de acordo com satanistas, pela região do globo onde se localiza o Brasil, justamente onde existem tantas "deusas" e "santas" relacionadas ao elemento água, como Iemanjá e mesmo a tal da "padroeira aparecida", cuja estátua foi achada em um rio. O rompimento da barragem de detritos mineiras da mineradora Samarco/Vale do Rio Doce da na cidade de Mariana/MG, que destruiu cidades, matou rios e continuou prejudicando a costa marítima de estados brasileiros, é também outra catástrofe ocorrida nas águas. Pensemos também em tantos problemas que estamos tendo com falta de água, seria por uma influência diabólica para matar o homem através desse elemento?
          Outra coisa é que a nova era chama a próxima era astrológica de "Era de Aquário", se iniciará aproximadamente, conforme seus estudiosos, em 2150, mas há controvérsias. Tendo em vista que o peixe era um antigo símbolo do cristianismo, um aquário represa água que aprisiona o peixe, coincidência? Isso nos faz pensar, mas a “Era de Aquário” pode ser a era do diabo Leviatã, tentando fechar a boca dos cristãos nesses últimos tempos. Para esse diabo, Deus já deixou uma promessa em Gênesis 9.9-12 que o mundo, no final, não acabaria através das águas.
          Você não precisa concordar com essa interpretação, ou não em sua totalidade, mas considere-a e faça sua crítica em oração e à luz da Palavra de Deus, porém que não pequemos por falta de conhecimento, como nos diz Oseias 4.6. Veja que esse conhecimento tão técnico do mundo espiritual não é enfatizado objetivamente na Bíblia, já que o que mais importa é que seja qual for o demônio, de que grandeza for, pode ser expulso pelo nome de Jesus. Contudo, nem os discípulos conseguiram expulsar alguns tipos de espíritos, talvez porque ainda precisavam de conhecimento mais específico sobre o assunto. Quem tem ministério de libertação, e não só de ensino da palavra ou de evangelismo, é importante que conheça a área com mais profundidade, mas isso é para os que buscam e têm chamada. 
          Eu, pessoalmente, não acho totalmente conveniente um aprofundamento nesse assunto só por curiosidade, ele é sério demais e repetindo, não é tão esmiuçado no cânone bíblico, como muitos estudiosos detalham, portanto eu entendo que é para usarmos nosso tempo com outras coisas. Uma coisa é certa, guerra espiritual se vence com armas espirituais, o simples conhecimento intelectual, mesmo que profundo, da Bíblia não basta, é preciso oração e consagração, santidade e unção, experiência íntima com Deus, para que possamos ser os soldados que permanecem de pé e são úteis ferramentas nas mãos de Deus pelo poder do nome de Jesus que já venceu todo principado e potestades.

    Esta é a 11a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
    dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

    10/12/18

    10. Anjos, arcanjos, serafins, querubins e seres viventes (Parte 10 de 17)


    10. Anjos, arcanjos, serafins, querubins e seres viventes

          Anjos, arcanjos, serafins, querubins, seres viventes, o mundo espiritual do bem, dos servos de Deus também é complexo. São seres diferentes, com funções diferentes, vão muito além dos anjos que popularmente são mais conhecidos, e isso são os citados no cânone bíblico, quem sabe se não existem outros? 

    • Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João.”  E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” (Lucas 1.13, 19): pelo que entendemos, anjos funcionam como carteiros divinos, entregam mensagens de Deus aos homens. Em passagens do antigo testamento ele são confundidos com homens, por causa de suas aparências, pelo menos no momento em que estavam naquelas situações. Gabriel foi o anjo que anunciou o nascimento de Jesus a Maria e de João Batista a seus pais. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos.” (Hebreus 13. 2). 

    • Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.” (Judas 1.9): o arcanjo conhecido é Miguel, pelo que entendemos em Daniel ele tem uma função militar importante no mundo espiritual, um líder, um príncipe, que lidera batalhas contra os demônios também de alto escalão (veja Daniel 10).

    • No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Isaías 6.1-3): na passagem de Isaías vemos serafins servindo diretamente junto ao trono de Deus, com três pares de asas, mas só duas eram usadas para voar, duas estavam sobre seus olhos e duas sobre seus pés, seriam para protegê-los da santidade do Senhor? Os pés tocam o chão e os olhos podem ver qualquer coisa, são as partes que se sujam, mesmo não intencionalmente.

    • E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gênesis 3.24): os querubins aparecem em Gênesis como guardas poderosos, também com uma função militar, como os arcanjos.

    •  “E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem. E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido. E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas. Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente. E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles. E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.” (Ezequiel 1.5-12): os seres viventes que Ezequiel viu são pra lá de estranhos, complexos, parecendo mais “máquinas” espirituais que realmente seres, contudo, o profeta os chama de seres viventes que se moviam pelo Espírito de Deus, parece que para ressaltar que eles realmente estavam maravilhosa e espetacularmente vivos. 

          Deus é um criador maravilhoso, um artista, o maior de todos, de quem toda arte, estética, beleza de forma mas também de conteúdo procedem. A natureza do planeta Terra é um museu vivo da obra artística de Deus. Sim, ele usou milhares de anos em evolução e mutação, adaptando função ao ambiente, desde o “big bang” cósmico para fazer isso. Ou não, a criação descrita em Gênesis não é metafórica mas real em termos de espaço e tempo, contudo, a verdade é que para o cristão genuíno e sábio, não faz diferença. Criação instantânea ou processo evolucionário, tanto faz, só não vale brigar por isso com os inimigos de Deus, que não querem uma explicação científica para tudo, mas argumentos para deixarem Deus fora da equação universal. 
          Todavia, a arte divina que vemos é só uma pequena parte, quem sabe o que há por este universo afora, em outros mundos, em outros sistemas solares, em outras galáxias? E muito mais que isso, quem sabe o que existe no mundo espiritual, lutando pelos homens, servindo no trono de Deus, preparado para nós na eternidade, quem sabe? Seres espirituais, “animais espirituais”, “máquinas espirituais”, “construções espirituais”, Deus vai muito além de nossa compreensão, de nosso entendimento, de nossa inteligência. A bênção que recebemos do Senhor é que mesmo limitados, encarnados, em pecado, temos um dom maravilhoso em nós, a arte. Através dela, na música, na literatura, nas artes plásticas, na dramaturgia, no cinema, podemos imaginar coisas magníficas, e mesmo que sejam só esboços, comparados com a realidade de Deus, vale a pena, é um dos consolos que o Senhor nos dá.

    Esta é a 10a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
    dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018