07/01/22

Não há paz mundo (7/9)

      “Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade. E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se; portanto cairão entre os que caem; no tempo em que eu os visitar, tropeçarão, diz o Senhor.Jeremias 6.13-15

      Só há paz quando há luz e verdade, nas trevas e na mentira não há paz. Só Deus tem luz moral e verdade espiritual, sem Deus há sujeira moral e engano espiritual. Se há mentira, há “diabo”, a Bíblia diz que ele é o “pai da mentira” (João 8.44). Quem vive na mentira não consegue ter vitória moral, assim há trevas, e também há “diabos”, a Bíblia diz que eles são os “príncipes das trevas” (Efésios 6.12). O que evidencia ausência de Deus e consequente presença do “diabo” é trevas e mentira, sujeira moral e engano espiritual, ainda que existam religião e ensinos bíblicos envolvidos. 
      “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (João 10.9-11). Eis uma definição detalhada do mal, mas será que ela se aplica só ao conceito tradicional cristão sobre o “diabo”? Se alguém se coloca em nome de Deus, pregando a Bíblia, mas roubando, matando e destruindo, também está na papel de “diabo”, ainda que diga ser sacerdote cristão. 
      Pelos frutos alguém é reconhecido, não pelas palavras ou pelo marketing. Alguém pode dizer, “as igrejas estão cheias de gente com fé, sentindo-se fortalecida com o que ouve e pratica, há frutos e portanto há Deus”. Mas isso é muito relativo, o ser humano se adapta a qualquer coisa para sobreviver e adapta qualquer coisa para crer e achar respostas sobre o mundo espiritual, para o qual a ciência não tem respostas. O ponto desta reflexão é: não pode haver paz, seja num mundo sem Deus, seja em igrejas, que ainda que falem de Deus são desvios do verdadeiro caminho de Deus.
      A colheita é relativa ao plantio e plantio de mentiras tem colheita rápida. Já plantação de meias verdades, principalmente quando o nome de Deus é envolvido, demora mais tempo para ser colhida. Deus tem misericórdia de todos, se o nome dele é dito, ainda que por bocas mentirosa e para fins materialistas e egoístas, ele abençoa os que ouvem. Muitos, mesmo dentro de igrejas hereges, como foi no catolicismo e como é hoje em muitas igrejas evangélicas, querem o Deus verdadeiro, precisam dele, ainda que não saibam como buscá-lo ou não tenham lugares melhores para isso. 
      Contudo, sempre há colheita, toda mentira e trevas colherão seus justos frutos, ainda que sob o poderio de um Vaticano controlando riquíssimas catedrais em todo o mundo, ou de falsos “Templo de Salomão” que recebem milhares de pessoas em seus cultos. Infelizmente antes da disciplina, e como gatilho para ela, vem uma falsa elevação, Deus permite essa elevação para que depois, na disciplina, a maior parte possível de pessoas possa ver a queda em vergonha. Esse é o fim de um cristianismo desviado apoiando líderes políticos no mundo e desejando o conflito e não a paz. 
      Não há paz no Terra, não pode haver, lutar por ela mesmo em nome de religião é tão inútil quanto tendência à violência, foi assim no catolicismo, é assim em religiões do mundo árabe, onde se tenta criar uma sociedade conforme utopia doentia de homens e impô-la ao mundo. Brasil evangélico, volte à humildade, seja espiritual, não carnal se achando exército divino sob ordens divinas, isso é uma mentira que conduz às trevas e que num determinado momento deixará muitos envergonhados, não sem paz do mundo, mas sem paz de espírito, e essa é possível aos humildes. 

06/01/22

Paz de espírito (6/9)

      “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16.33

      Se um não quer, dois não brigam, diz o ditado, só há guerra quando há dois lados se opondo, basta alguém estar com paz de espírito para não existir conflito! Ocorre que dois lados opositores se levantaram no Brasil, e ambos sem paz de espírito, e o pior é que em um dos lados se posicionam um grande número de cristãos evangélicos, os que mais deveriam praticar a paz. Se uma guerra política ideológica ocorrer em nosso país será por culpa dos últimos que entraram no embate, e infelizmente esses são muitos cristãos evangélicos fomentados por líderes evangélicos carnais.
      “Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas antes dissensão; porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três.” (Lucas 12.51-52), amo textos bíblicos assim, que entregam superficialmente uma contradição, e eu disse superficialmente pois só é contradição aos que entendem Bíblia ao pé da letra, sem se darem ao trabalho de buscar orientação de Deus. Esse texto não apoia qualquer espécie de “guerra santa”, mas deixa claro que quem segue verdadeiramente a Deus poderá ser visto como inimigo por outros, ainda que não seja.
      Trevas naturalmente se opõem à luz, mas a luz vence só por existir, sem que precise fazer mais nada, muito menos exercer violência. Só a luz traz paz de espírito, em paz ninguém sente necessidade de entrar em conflitos. Desejo de fazer guerra é necessidade de impor um ponto de vista, tem essa necessidade quem não tem certeza sobre o que é e pensa, por isso tentando convencer a si mesmo tenta convencer os outros. A luz não argumenta, simplesmente existe e ilumina, Jesus homem vivia assim, como luz, por isso convencia por amar, não por dizer a última palavra ou se impor por força.
      “Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele” (Provérbios 16.7), muitos evangélicos deveriam prestar atenção a esse versículo. Se nada justifica violência, pelo menos não numa sociedade civilizada, muito menos é justificável aos que se denominam cristãos entrarem em guerras, mesmo que sejam só manifestações políticas por ideologias. Se agradamos a Deus a luz vence e a paz é possível, não militando por política, mas dando testemunho de amor como indivíduos com paz de espírito, ainda que num país sem paz.

05/01/22

Oremos pela paz do Brasil (5/9)

      “Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam. Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios. Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Paz esteja em ti. Por causa da casa do Senhor nosso Deus, buscarei o teu bem.Salmos 5.6-9

      Oremos pelo Brasil! Isso é dito em muitas igrejas evangélicas por pastores, com a intenção sincera de que haja paz e prosperidade no país. Mas será que esses entendem de fato o que estão dizendo? O Brasil tem uma população atual de quase 214 milhões de habitantes, apesar das estatísticas dizerem que a maioria é de católicos penso que seja de evangélicos e praticantes, mas existe muitos espíritas (se diz a nação mais espírita do mundo), incluindo afroespíritas, além de porcentagens menores de outros religiosos. O que se pretende para todos esses orando genericamente pelo Brasil?
      A resposta do evangelista é clara, que todos sejam evangélicos, mas será que é para ser assim? E ainda que haja um grande número de evangélicos oficialmente em igrejas, isso representaria (ou representa) um cristianismo de qualidade no país? Penso que não, e o catolicismo já provou isso, se o homem é corruptível, o poder é mais e o poder religioso é mais danosamente corruptível. O texto inicial diz “orai pela paz de Jerusalém”, num tempo em que guerras era estilo de vida e ferramenta para conquista e manutenção de poderes, paz era um bem precioso.
      O homem sempre foi beligerante, ainda é hoje e mesmo sendo cristão, mas o que de fato é querer e estabelecer hoje a paz no Brasil? Em primeiro lugar é abrir mão de tomar partido de um lado, posicionar-se no mundo é opor-se aos que se posicionam contrariamente. Mas cristãos não podem se posicionar? Podem e devem, mas não por partidos humanos, por Deus, e de maneira alguma achar que neste mundo possa existir um partido de Deus. Deus não precisa de partido no mundo, nem de representantes oficiais, seu único representante é o Espírito Santo. 
      O cristão não deve envolver-se com política? Como cidadão, sim, não como cristão. Isso é possível? É, mas é difícil e não é para todos, não querer impor o que sabe que é o melhor para o homem, respeitando livre arbítrio e administrando política para todos e não somente para cristãos, é missão que não sei se Deus dá a alguém. Por isso o melhor é exercer cidadania votando certo, não exercendo cargo político e nem fazendo campanha para políticos, principalmente em templos, ou pior, de púlpitos. Cristão genuíno tem bandeira melhor por que lutar, de paz, não de guerra. 

04/01/22

O Espírito conduz à paz (4/9)

      “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.Romanos 8.5-6

      O ensino do texto bíblico inicial é simples, paz é inclinação do Espírito Santo, Deus nos atrai à paz, quem está em comunhão com Deus deseja e vive a paz. Por isso uma pergunta se levanta: como podem muitos evangélicos, e alguns sendo líderes desses, acharem em vida política beligerante algo agradável a Deus? Algumas respostas podem ser dadas, tentando ser justo com todas as pessoas e compreensivo com o amor irrestrito de Deus. 
      As pessoas não estão no mesmo nível espiritual no mundo, e muitas ainda creem num Deus que tem como prioridade dar a elas recursos materiais para sobrevivência. Isso é justo, por exemplo, num país onde falta emprego, infraestrutura de água e esgoto, sistemas de ensino e saúde, não podemos ser extremistas achando que os que vão a cultos pedir milagres físicos são menos espirituais, eles só são o que podem ser, e nisso não há nada de errado.
      Deus ama a todos, e os “pequeninos” (Mateus 18.6) que entendo ser os espiritualmente infantis, Deus cuida respeitando suas limitações. O problema não são esses, mas líderes, que ao invés de servirem respeitando as limitações dos liderados, usam as limitações para manipular e obterem poder no mundo. É claro que muitos líderes estão no mesmo nível espiritual dos liderados, assim não se pode exigir desses mais do que eles são, Deus não exige. 
      Essa reflexão pode explicar como se levanta um líder político estúpido, se dizendo cristão e tendo apoio de tantos evangélicos e líderes cristãos. Talvez o papel de quem vê em tudo isso infantilidade espiritual seja ser maduro espiritual, aceitar essa situação e orar por todos, buscando a paciência que Deus tem com todos nesse momento, e não ser mais um sem paz, alimentando conflitos, em nada contribuindo para que o melhor de Deus prevaleça. 
      O Espírito Santo que inclina para a paz não vive só nos que passaram do nível de ver a existência humana sobre o ponto de vista do antigo testamento, também habita nos “pequeninos” e os inclina à paz, ainda que esses entendam conquista de paz de maneira diferente. Não reajamos àquilo que não concordamos, nem para dizer que não deve haver conflitos, só isso já gera conflito, mas oremos pela paz do Brasil, o momento urge por isso. 

03/01/22

Jesus, pacificador (3/9)

      “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.Isaías 9.6

      No início de um ano em que haverá eleições presidenciais, sabendo que esse processo não será fácil, já vivendo desde a última eleição um momento de ânimos acirrados, com polaridades definidas e ambas se achando donas da verdade, algumas reflexões sobre “pacificador”. A passagem bíblica inicial é uma profecia sobre Jesus feita pelo profeta Isaías, nela várias características do messias são citadas, a última é “Príncipe da Paz”. 
      Quem segue Jesus deve ser um pacificador, a missão do Cristo foi trazer paz aos seres humanos, não ao mundo, pois enquanto houver os que pelo livre arbítrio não querem essa paz não haverá paz no planeta como um todo. Nós cristãos temos vocação para a paz, nisso achamos felicidade, nisso agradamos a Deus, nisso cumprimos nossa missão, administrarmos em paz a escolha de muitos em não quererem a paz é uma de nossas missões.
      Pergunte a si mesmo, minhas palavras e atitudes, na internet e no mundo, têm sido de pacificador? Ou tenho usado minha posição de filho de Deus para promover polêmicas e gerar conflitos, principalmente hoje no Brasil? Se até aos que recebem a paz do “Príncipe da Paz” falta equilíbrio, guerras têm liberdade para existir, deixando o mundo em trevas. Sejamos pacificadores, isso é missão dos verdadeiramente da luz, não dos outros. 

02/01/22

Para sermos achados em paz (2/9)

      “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. II Pedro 3.13-14

      Ainda que num mundo injusto, onde a paz é difícil, com homens dominando sobre homens para terem lucro, temos uma certeza. Aguardamos novos céus e nova terra na eternidade, quando seremos avaliados e honrados com justiça e com amor, um mediando o outro. Esse é o motivo de podermos ter paz, a força para aperfeiçoarmos nossos caminhos. O objetivo é alto, chegarmos ao final sem máculas e necessidade de repreensão, mas Jesus é luz que vai conosco. 
      Com os pés firmes na terra andemos entre os homens com sensatez e lucidez, com humildade e temor a Deus, mas com os olhos espirituais firmes no Altíssimo, buscando as virtudes eternas mais que as riquezas e os bens materiais. Com as mãos no trabalho, servindo e não buscando ser servidos, ouvindo e não querendo só sermos ouvidos, mas com o coração no Santo Espírito do Deus que tudo vê, avalia e a todos permite colheitas justas no tempo adequado.

01/01/22

Paz na Terra (1/9)

      “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.Lucas 2.14

      Glória ao Deus único e verdadeiro que emana sua luz sobre nós neste mundo, dando-nos paz e inteligência para conhecermos sua vontade, nos acolhendo com seus braços de amor para nos perdoar, consolar e libertar. Esse Deus é o Altíssimo, cuja mente está nas maiores alturas espirituais, as elevadas regiões celestes das quais só Jesus Cristo é a porta, e pela qual somos todos chamados a entrar no mover do Espírito Santo, que nos conduz em santidade e glória.
      Paz na terra, paz no mundo, paz no Brasil, paz a todos os homens, para que possam ser livres para fazerem suas escolhas, respeitando os direitos dos outros, mas sendo o que desejarem ser, como indivíduos, como profissionais, como famílias. Boa vontade em todos para que se respeite a todos assim como ao planeta, suas águas, suas terras, seus vales, seus montes, seu ar, sua natureza, seus animais, boa vontade para que se busque entendimento, justiça e harmonia.