26/10/23

Ninguém tem profissão infeliz sem causa (4/5)

      “Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificarEclesiastes 3.2-3

      Sou de uma geração que pais queriam escolher faculdade e profissão dos filhos e os filhos dificilmente tinham coragem para se oporem a isso. Hoje é diferente, o jovem pode escolher e muitos podem não escolher, e ainda assim serem sustentados pelos pais até quarenta anos ou mais de idade. Não que esses não trabalhem, mas fazem isso mais como hobby que como meio de independência econômica, continuam na casa dos pais, usufruindo cama, comida e roupa lavada, e o que ganham usam para diversão, viagens e roupas. Existe outro caso, gente que escolhe profissão pelo status e pela grana, e com o tempo se vê deprimida fazendo algo que não gosta, mas também há quem quer ganhar mais, mas não estuda o suficiente para estar mais capacitado e ser promovido em sua carreira profissional. 
      Aceitemos a verdade, somos responsáveis pelo que somos, e isso não é necessariamente algo ruim, pode só necessitar de nossa humildade para sermos felizes com o que escolhemos ser na prática, não com o que imaginamos que poderíamos ser. Muitos vezes pensamos, “se eu tivesse agido diferente eu seria mais feliz hoje”, mas não agimos, e na maioria das vezes não foi porque colocaram uma arma em nossas cabeças e nos obrigaram a agir de um jeito, foi porque queríamos agir desse jeito. Hoje agiríamos de outro jeito? Sim, mas só somos o que somos hoje porque erramos na passado e reconhecemos isso, só crescemos com erro reconhecido, já que o acerto faz com que nos acomodemos e permaneçamos iguais. Contudo, enquanto estamos neste mundo, sempre há tempo para estudarmos e empreendermos mais. 

25/10/23

Ninguém é desonrado por filhos sem razão (3/5)

      “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta.Provérbios 20.11

      Se tem um fruto que podemos saber se será doce ou amargo, é o futuro de nossos filhos, na maneira como eles nos tratarão na velhice, assim como a reputação que terão e que nos honrará ou não. Laranjeira dá laranja, não limão, o fruto sempre cai perto da árvore que o gerou, eis dois ditados que se aplicam bem a esse tema. Filhos serão o que fizermos deles, ainda que também tenham direito ao livre arbítrio, assim como são responsabilidades nossas por muito tempo, não do vizinho, do parente ou de algum estranho. Quem acha que completando dezoito anos, se formando na faculdade ou se casando, um filho não será mais assunto seu, engana-se. Devemos nos esforçar para isso, mas temos que ser humildes para admitir que demoramos para ser pessoas boas nesse mundo, e filhos podem ter sido criados por alguém ruim, que não somos mais, mas que um dia fomos. 
      Já foi dito que construir filhos é o trabalho mais importante do mundo, depois do trabalho de construirmos a nós mesmos, e o ideal seria só tentarmos construir outros depois que tivermos nos construído. Mas a realidade não funciona assim, e nem Deus trabalha dessa maneira, o universo dá autorização para um trabalho tão importante a leigos e inexperientes, a imaturos e egoístas. Contudo, talvez o trabalho mais importante não seja acertarmos, não de cara, mas termos humildade para admitirmos que erramos e persistirmos em tentar acertar. Deus trabalha sobre nossas fraquezas, sobre nossas imperfeições, só assim conhecemos e provamos sua força e sua perfeição. Mas sejamos humildes, laranjeira não dá limão e fruto de uma árvore não cai perto de outra árvore, saibamos pedir perdão aos filhos, aceitar suas escolhas e estarmos sempre próximos para ajudá-los. 

24/10/23

Ninguém adoece do nada (2/5)

      “Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras. Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.Eclesiastes 9.7-8

      Acredito que o correto seja olhar nossa vida neste mundo sempre sob o ponto de vista espiritual, assim, saúde do corpo e da mente está relacionada à saúde moral, e é essa que nos define espiritualmente na eternidade. Se alguém é ansioso e tem facilidade para engordar, ou mantém diabetes alta por conta de se alimentar errado, não deve achar que seu problema é físico e estético, que a solução é se alimentar melhor para ser mais bonito, de acordo com padrões do mundo, ou para ter saúde de qualidade. O problema dessa pessoa pode ser só ansiedade, que tem a ver com insegurança e medo, que fazem com que a pessoa não tenha tranquilidade, e assim busque alguma satisfação em comer e beber. Mas algo que começa só com uns quilos a mais na silhueta, pode acabar em cegueira e amputação, como é o caso de diabetes. 
      Não se pode fugir da morte, ponto. De um jeito ou de outro nossos órgãos falharão e nosso corpo não poderá funcionar mais adequadamente, o que levará nosso organismo físico a parar de funcionar. Devemos cuidar melhor de nossa saúde, e atualmente a medicina está ainda mais precisa para diagnosticar problemas no funcionamento de nossos corpos e de nossas mentes, como nunca antes esteve. Mas cuidado, não se torne escravo da ciência como são alguns da religião, é preciso equilíbrio, Deus encerrará nosso tempo aqui de um jeito ou outro, nem a medicina e a psicologia, e nem a fé, podem impedir isso. Contudo, não precisamos sofrer além do necessário, nem fazer os que nos amam sofrer, assim, estejamos atentos às informações que nossos corpos nos passam, cuidemos bem dos templos do Espírito Santo. 

23/10/23

Ninguém fica sozinho sem motivo (1/5)

      “O óleo e o perfume alegram o coração; assim o faz a doçura do amigo pelo conselho cordial. Não deixes o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe.Provérbios 27.9-10

      Em primeiro lugar é preciso deixar claro que ninguém é melhor por ter achado alguém e construído família, assim como não é melhor por estar sozinho e ser mais livre. Contudo, também precisamos dizer que assim como algumas coisas nós escolhemos fazer e ser, outras coisas nos são impostas, tanto pelos outros como por nossos próprios limites. O ideal seria nos conhecermos, nos assumirmos e estarmos em paz com isso. Ainda que soframos vivendo nossas verdades, na vida sempre há dor, há sofrimento injusto em jogar nos outros culpa pelo que se é ou se escolheu ser. Seja como for, alguns que reclamam da solidão, não pagaram o preço da cumplicidade, não abriram mãos de idealismos e vaidades, para compartilharem suas existências com outros de forma mais íntima. 
      Se separarmos algumas áreas de interesse geral na vida, sexo é uma delas, e não me refiro a casamento, família ou relação afetiva, mas à necessidade física de sentir o prazer que uma relação íntimak a dois proporciona. Muitos fazem escolhas sociais para serem livres e delimitarem certos direitos pessoais, mas mesmo muitos desses podem não abrir mão de relações sexuais. É claro que ainda que o mundo moderno separe sexo de amor, prazer físico de compromisso de vida compartilhada, sexo só por sexo não funciona, não em médio prazo, simplesmente porque o espírito que em nós habita e que anela moralidade não tem paz nisso. Assim, aceitando ou não muitos hoje, o melhor sexo é feito em alianças monogâmicas, duradouras e fiéis, que podemos chamar tradicionalmente, casamentos. 

22/10/23

Uma energia? Não, um amigo (2/2)

      “E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.” Tiago 2.23-24

      Deus existe, indiferente de como creem nele. Muitos cristãos o veem como um ancião de cabelos, barbas e vestes brancos, sentado num trono, moderando a moralidade da humanidade, legislando algumas coisas como pecado, e pedindo respeito às religiões e a uma interpretação fundamentalista da Bíblia para autorizar o céu na eternidade. Mas a verdade mais alta de Deus mistura conceitos antigos e novos. De um jeito mais moderno podemos ver Deus como um ser espiritual, cuja forma não podemos discernir pois emana uma luz tão forte e tão limpa que é impossível ser contemplada no nível moral que temos. Mas essa luz não nos afasta, nos atrai por amor, amor que tem em Jesus sua manifestação mais plena.
      Mas Deus não é só uma energia, que vibra numa frequência altíssima, que interfere no universo visível e no invisível, nos seres humanos, nos animais, na natureza, nas águas, nos ventos, nos climas, no planeta Terra, na Lua, no Sol, no sistema solar, nas galáxias, em todo o resto do universo físico, assim com em todas as existências nos planos espirituais. Eis agora um conceito religioso mais tradicional, que ateus e materialistas desprezam, mas que são conhecidos desde os tempos mais antigos, mesmo por homens que pouco sabiam de ciência. Esse conceito implica em virtudes morais, santidade, amor, justiça, que somos chamados a conhecer e praticar. Vida não está limitada à matéria, mas anseia liberta-se dela.
      Não são só céticos que cometem o erro de tentar enxergar Deus como só energia, muitos espiritualistas também cometem esse erro, e muitos desses porque querem de alguma forma usar a Deus, manipular a energia, geralmente com objetivos materiais. Por isso muitos tentam, desde o final do século XIX, reproduzir fenômenos chamados espíritas como se fossem experiências de laboratório, até conseguem, mas com mais frequência só os físicos, ligados a seres espirituais inferiores, que o cristianismo chama de demônios. Ainda hoje há uma linha espírita que teima em ver as revelações que Allan Kardec trouxe como a inauguração de um momento na história da humanidade onde ciência e religião se conectariam. 
      Jesus mostrou o que importa, a evolução moral, não conhecimento científico do plano espiritual. Os que veem espiritualidade só como relação com energias esquecem-se que espíritos, apesar de formados de elementos desconhecidos, são pessoais, inteligentes e morais, não são plugues ligados a tomadas, querem ser respeitados e amados, para que possam respeitar e amar. Deus é pessoal e afetuoso, ainda que espírito superior e de forma alguma manipulável, ele estabelece uma relação de amor com as pessoas. Não basta-nos concentrarmos a mente e utilizarmos técnicas de meditação e vibração, precisamos conversar com Deus, como se faz com seres inteligentes, nos relacionarmos com ele e construirmos uma amizade. 
      De algum jeito Deus sempre facilita nosso acesso a ele e não se limita às formas que criamos dele em nossas mentes. Contudo, aqueles que buscarem e estiverem preparados, verão a Deus além das formas mentais construídas pelas tradições, se libertarão do ancião de cabelos, barbas e vestes brancos, com uma concepção antiga de pecado. Esses serão amigos de um Deus santo, por isso luz clara e alta, mas que sempre tem a porta aberta para restaurar a todos, e Deus está conectado com todos. Dos ateus Deus respeita os limites, não violenta o livre arbítrio e a fé deles, mas espera, com muito amor, que eles queiram e se aproximem mais, e permitam serem iluminados por aquele que é início, meio e fim de tudo. 
      Talvez o motivo principal de muitos não crerem em Deus nem esteja em razões religiosas e científicas, mas em razões afetivas. Se o Deus verdadeiro nos chama para sermos amigos dele, terão dificuldades de experimentarem essa relação de amizade pessoas desconfiadas e orgulhosas. Quem não consegue se compartilhar com alguém que vê, como o fará com o invisível? Espiritualidade mais alta nada mais é que uma persistente e íntima amizade com Deus, por isso Deus não pode ser visto só como uma energia, como uma influência moral, como a luz mais alta e mais pura, como a sabedoria mais profunda, ele é tudo isso, mas mais, é um amigo próximo. Na eternidade Deus não buscará religiosos ou cientistas, só amigos. 

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a 1ª parte desta reflexão

21/10/23

O invisível dá vida ao visível (1/2)

      “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.” I Timóteo 1.17

      Materialistas e ateus não entendem, não querem entender ou entendem e não admitem, a dependência que o universo visível tem do universo invisível. Parece que se esquecem que há poucos séculos, antes da invenção de microscópios e do desenvolvimento de certas áreas da ciência que nos possibilitaram enxergar o que não podemos ver a olhos nus, o homem, e muitos da classe intelectual, não acreditavam em doenças causadas por vírus e bactérias. Dizer no passado que um micróbio poderia fazer um ser humano adoecer, era semelhante a crer que demônios podem se apossar da consciência dos homens e controlarem seus corpos. A ciência evoluiu e evoluirá, porém, verdades espirituais genuínas nunca mudam. 
     Mas não confundamos verdade espiritual com dogma religioso. A física foi além da microbiologia ao entender pela mecânica quântica fenômenos de dimensões atômicas e subatômicas, que não conseguimos relacionar de maneira direta com nossa experiência macroscópica, o que vivenciamos com nossos sentidos. Mas se aparelhos e tecnologias nos permitiram ver e estudar coisas pequenas demais, também nos ajudaram a estudar coisas gigantescas e distantes demais, como os astros e outros corpos cósmicos fora do planeta Terra. Assim, simplesmente dizer que Deus e espíritos, fora ou dentro de corpos, não existem, não é possível, pelo menos não ainda, se alguém quiser ser científico isso é no mínimo uma possibilidade. 
      Mas muitos negam a existência de Deus, não porque foram a fundo na busca e nada acharam, estudando religiões e investigando com seriedade fé e manifestações espirituais, mas porque não gostam do fã clube de Deus, digamos assim. Eles não têm motivos legítimos para não gostarem de Deus, mas equívocos baseados em interpretações equivocadas de muitos religiosos, assim a mentira faz duas vítimas, uma que crê e outra que não crê. Meus caros ateus e materialistas, se a ciência precisa de trabalho sério e meticuloso para ser verdadeira e não charlatanismo, experiência real com o Deus verdadeiro também precisa para não ser superstição, ainda que seja possível a qualquer um, mesmo sem erudição intelectual.
      Por um lado não existe diferença, não preciso entender de medicina para confiar nas orientações que um médico me passa sobre como restabelecer e manter minha saúde, só preciso de fé, que ele é um profissional competente e sabe o que diz. Com Deus é semelhante, ainda que na área espiritual, não preciso comprovar sua existência com meus sentidos físicos, basta-me acreditar que ele me ama e realiza o melhor por mim e em mim para experimentá-lo. Mas até que ponto sou beneficiado no plano físico por um evento do plano espiritual? Eis o ponto, e podemos ter várias respostas. A primeira é: não sabemos, ou, ainda não sabemos até que ponto o que denominamos hoje de mundo espiritual interage com o mundo material. 
      A outra resposta é: muitos eventos que muitos aliam a intervenções espirituais são eventos puramente materiais, não há “milagre” algum neles, pelo menos não em como acontecem, mas em quando acontecem. Muitos “milagres” ocorreriam de qualquer maneira, e também ocorrem para ateus e materialistas, são só efeitos de processos físicos, mas que para o que crê em Deus ocorrem em momentos especiais e específicos, nem antes, nem depois, mas exatamente quando são necessários e após serem apossados em oração. Mas há uma terceira resposta, e nessa muitos céticos podem achar bons argumentos para serem céticos: muita coisa que muitos aliam a Deus são só invenções mentais, não são fatos. 
      A vida não é dois e dois são quatro, a conta não bate, principalmente se olhamos a existência só com olhos físicos. A vida na verdade não faz conta, contar é controlar, controlar é prender, espírito não se prende. Há muito mais no mundo que se pode ver, e o que vive para sempre está invisível, a morte é que é visível. Quem vê a vida só como trabalhar para comer e comer para ter forças para trabalhar, ainda que tenha PHDs, trabalhe com alta tecnologia e coma alimentos caros, só está construindo morte. Não é dinheiro e ciência que nos fazem usufruir e entender a vida, mas fé, virtude que materialistas e ateus arrogam não precisarem, mas que faz o humilde usufruir e entender o invisível que vence o visível. 

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a 2ª parte desta reflexão

20/10/23

Paz no real, luz no mental (2/2)

      “E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.” I Crônicas 28.9

      Vamos definir imaginário como algo que nasce dentro de nós, sem auxílio de ser humano ou de espírito, e tenha certeza, somos totalmente capazes de gerarmos o mal com total autonomia. Se o mal real, que vem de fora, acha em nossa imaginação terra fértil para grudar em nós e dar seus frutos, nós mesmos podemos plantar e colher o mal nessa terra. A imaginação humana, contudo, é muito mais que capacidade para criar arte, sonhar, gerar prazer e efervescer dores, é ferramenta para comunicação com o plano espiritual. Na eternidade seremos espíritos livres, esses são nossas consciências, mentes e sentimentos, libertadas das limitações de espaço, tempo e matéria, podendo se comunicar e se mover na velocidade do pensamento. 
      Quando dizemos, “ah, isso é bobagem, é coisa da minha cabeça, só imaginação”, podemos cometer um erro. O que mais nos faz sofrer se passa dentro de nossas mentes, muitas vezes sem ninguém saber, mas o que mais nos dá prazer também pode existir só dentro de nossas cabeças, e pode ser melhor que muita realidade. Deus não precisa de nossas palavras, basta uma prece mental, focada, verdadeira, e ele pode mudar nossas vidas. Por outro lado basta um pensamento errado, uma interpretação equivocada de uma palavra, de um gesto, de uma atitude, e colocamos tudo a perder. A vida é mental, depois se manifesta na realidade material, quem já não se sentiu acima da terra, como um espírito levitando sobre a realidade? 
      Estamos aqui para pôr os pés no chão, e ainda que o imaginário nos eleve ao espiritual eterno, quem vive só de imaginação aliena-se e pode até endoidecer. O melhor da vida são as pessoas e com elas, pelo menos a princípio, nos compartilhamos com palavras em som audível e com ações físicas, ainda que muitas vezes tenhamos uma comunhão quase que espiritual com alguns, onde não se necessita de palavras ou de toques, só de olhares. Não fujamos da realidade, o sábio será humilde para achar suas convicções, mas também para respeitar as convicções dos outros, assim dará e receberá, fará parte do imenso sistema do universo onde é uma engrenagem importante para que a humanidade ache paz no real e luz no mental. 
      Talvez um título melhor para esta reflexão fosse “real ou mental”, já que nem tudo que existe em nossa mente é imaginação e mentira, mas pode ser tão real quanto aquilo que ocorre no mundo material. Muitas vezes aqueles que mais negam o espiritual são os que mais usam o mental, e muitos desses são os que mais adoecem psicologicamente. Mas assim como nossos corpos precisam processar uma respiração, inspirando o que é necessário e expirando o que é inútil, e isso não inclui só oxigênio, mas também alimentos sólidos e líquidos, nossa mente também precisa respirar. Não basta assimilarmos e processarmos tudo, temos que nos livrar de males, isso, contudo, não podemos fazer sem íntima interação com o Espírito Santo de Deus. 
      Buscar a Deus é respirar espiritualmente, isso mantém asseado nosso espírito, que ventila e limpa nossa mente, que produz sentimentos elevados e que finalmente dá saúde a nosso corpo, mantendo-o longe de vícios e obsessões. Mas se respirar com o corpo é algo que fazemos sem pensar, já que se pararmos de respirar morremos, respirar espiritualmente é escolha que Deus nos dá, e muitos tentam substituir isso com experiências intelectuais e artísticas. Como sempre digo aqui, experiências religiosas podem levar a Deus, mas não são a presença de Deus, podemos estar mortos espiritualmente mesmo sendo religiosos sinceros e fiéis. Deus é esprito e é experimentado espiritualmente, isso é conhecimento da verdade e da vida eterna.

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a 1ª parte desta reflexão