sábado, outubro 21, 2023

O invisível dá vida ao visível (1/2)

      “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.” I Timóteo 1.17

      Materialistas e ateus não entendem, não querem entender ou entendem e não admitem, a dependência que o universo visível tem do universo invisível. Parece que se esquecem que há poucos séculos, antes da invenção de microscópios e do desenvolvimento de certas áreas da ciência que nos possibilitaram enxergar o que não podemos ver a olhos nus, o homem, e muitos da classe intelectual, não acreditavam em doenças causadas por vírus e bactérias. Dizer no passado que um micróbio poderia fazer um ser humano adoecer, era semelhante a crer que demônios podem se apossar da consciência dos homens e controlarem seus corpos. A ciência evoluiu e evoluirá, porém, verdades espirituais genuínas nunca mudam. 
     Mas não confundamos verdade espiritual com dogma religioso. A física foi além da microbiologia ao entender pela mecânica quântica fenômenos de dimensões atômicas e subatômicas, que não conseguimos relacionar de maneira direta com nossa experiência macroscópica, o que vivenciamos com nossos sentidos. Mas se aparelhos e tecnologias nos permitiram ver e estudar coisas pequenas demais, também nos ajudaram a estudar coisas gigantescas e distantes demais, como os astros e outros corpos cósmicos fora do planeta Terra. Assim, simplesmente dizer que Deus e espíritos, fora ou dentro de corpos, não existem, não é possível, pelo menos não ainda, se alguém quiser ser científico isso é no mínimo uma possibilidade. 
      Mas muitos negam a existência de Deus, não porque foram a fundo na busca e nada acharam, estudando religiões e investigando com seriedade fé e manifestações espirituais, mas porque não gostam do fã clube de Deus, digamos assim. Eles não têm motivos legítimos para não gostarem de Deus, mas equívocos baseados em interpretações equivocadas de muitos religiosos, assim a mentira faz duas vítimas, uma que crê e outra que não crê. Meus caros ateus e materialistas, se a ciência precisa de trabalho sério e meticuloso para ser verdadeira e não charlatanismo, experiência real com o Deus verdadeiro também precisa para não ser superstição, ainda que seja possível a qualquer um, mesmo sem erudição intelectual.
      Por um lado não existe diferença, não preciso entender de medicina para confiar nas orientações que um médico me passa sobre como restabelecer e manter minha saúde, só preciso de fé, que ele é um profissional competente e sabe o que diz. Com Deus é semelhante, ainda que na área espiritual, não preciso comprovar sua existência com meus sentidos físicos, basta-me acreditar que ele me ama e realiza o melhor por mim e em mim para experimentá-lo. Mas até que ponto sou beneficiado no plano físico por um evento do plano espiritual? Eis o ponto, e podemos ter várias respostas. A primeira é: não sabemos, ou, ainda não sabemos até que ponto o que denominamos hoje de mundo espiritual interage com o mundo material. 
      A outra resposta é: muitos eventos que muitos aliam a intervenções espirituais são eventos puramente materiais, não há “milagre” algum neles, pelo menos não em como acontecem, mas em quando acontecem. Muitos “milagres” ocorreriam de qualquer maneira, e também ocorrem para ateus e materialistas, são só efeitos de processos físicos, mas que para o que crê em Deus ocorrem em momentos especiais e específicos, nem antes, nem depois, mas exatamente quando são necessários e após serem apossados em oração. Mas há uma terceira resposta, e nessa muitos céticos podem achar bons argumentos para serem céticos: muita coisa que muitos aliam a Deus são só invenções mentais, não são fatos. 
      A vida não é dois e dois são quatro, a conta não bate, principalmente se olhamos a existência só com olhos físicos. A vida na verdade não faz conta, contar é controlar, controlar é prender, espírito não se prende. Há muito mais no mundo que se pode ver, e o que vive para sempre está invisível, a morte é que é visível. Quem vê a vida só como trabalhar para comer e comer para ter forças para trabalhar, ainda que tenha PHDs, trabalhe com alta tecnologia e coma alimentos caros, só está construindo morte. Não é dinheiro e ciência que nos fazem usufruir e entender a vida, mas fé, virtude que materialistas e ateus arrogam não precisarem, mas que faz o humilde usufruir e entender o invisível que vence o visível. 

Leia na postagem de amanhã
a 2ª parte desta reflexão

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