14/11/23

2º passo para Deus: Fé (2/7)

      “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.Hebreus 11.6

      Crer no que não se vê, esperar o que ainda não existe, ouvir o intocável, dialogar com Deus e ser seu amigo, isso tudo não se consegue só com conhecimento, nem bíblico, mesmo com disciplina e com boa intenção. É preciso acreditar, exercendo não só convicção emocional e foco racional, mas fé espiritual dada por Deus àqueles que o buscam. Fé é um mistério, muitos não dão importância para ela e a possuem, outros a idolatram e ainda não entenderam o que ela é, nem a receberam do alto. Fé se conquista com tempo e com muitas decepções, que vão fazendo ruir ilusões e vaidades e construir em nós uma conexão profunda com Deus. Fé não se compra, se recebe com a humildade que confia que alguém maior ouve e responde. 
      Todos têm algum tipo de fé, todos acreditam em algo, ateus e materialistas são crentes ferrenhos, ainda que no conhecimento científico e em si mesmos, e isso não está errado, aliás, muitos crentes cristãos deveriam crer mais na ciência e neles mesmos. Quem diz que não tem fé em Deus tem a mais dolorida das fés, que opõe-se a seu homem interior. Mas a fé melhor e mais alta contempla o que está acima de tudo, dos homens, do mundo e de toda riqueza material e intelectual, e confia no que está lá no alto, de uma maneira que nem pode entender direito ou explicar, mas que sente e persiste em sentir. Fé não se explica, nem se julga, se experimenta e pronto, conduz ao que há de eterno no ser humano, livrando-o da segunda morte. 

“Sete passos para Deus”,
leia as sete postagens
para melhor entendimento.
José Osório de Souza 29/04/22

13/11/23

1º passo para Deus: Santidade (1/7)

     “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.” Salmos 24.3-5

      O primeiro passo para se achar Deus é desejar uma vida moral limpa. Alguns podem dizer, “mas santidade é só o fruto final que colhemos depois de andarmos muito com Deus”, sim, isso é verdade, mas aqueles que buscam religiões, sejam elas quais forem, cristãs ou não, por outro motivo que não seja vencer obras da carne e apetites do corpo, não acharão o melhor de Deus, nem em igrejas evangélicas. Muitos até querem exercer fé, mas para receber bens materiais, casamento, honra entre os homens, outros querem conhecer o plano espiritual, mas só por curiosidade, e alguns querem até manipular “espíritos”. Contudo, só o que deseja ser santo tocará o coração do Santíssimo e será encontrado por esse, esteja onde estiver.
      Busca de Deus é busca do melhor para si mesmo, encontro de paz interior, de libertação de vícios, de vida equilibrada e coerente, sem hipocrisia ou manipulação. Acha Deus quem de fato procura Deus e não outras coisas que religiões possuem ou podem dar, assim o que realmente teme a Deus, ainda que em religiões imperfeitas, e todas são imperfeitas, saberá separar trigo de joio, mundo do céu, senhores do Senhor. Persistirá até achar o que busca, não o seu corpo ou o seu intelecto, mas o seu espírito, com a melhor intenção e com as mais verdadeiras obras. Nesse processo pode não se achar o procurado no primeiro lugar, mas o que quer achar não se acomodará a zonas de conforto, seguirá até ter santidade e paz. 

“Sete passos para Deus”,
leia as sete postagens
para melhor entendimento.
José Osório de Souza 29/04/22

12/11/23

O que é certo? O que é errado? (2/2)

      “Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra.” Tito 1.15-16

      O que é certo e o que é errado num mundo pretendendo viver uma era pós cristianismo-religião-oficial de muitas nações que proibia outras crenças? Muita coisa que a moralidade cristã tradicional diz que é pecado, não é mais, e ainda que Deus nos avalie pelas nossas consciências, nós não devemos julgar os outros por elas, o que é errado para um pode ser certo para outro. Cada um constrói suas referências de certo e errado sobre muitas variáveis, criação familiar, formação religiosa, cultura social, graduação intelectual, possibilidade financeira, temperamento, preferências estéticas, idade, características sexuais, ainda assim podemos ter coisas comuns com outros e sermos diferentes deles, fazendo escolhas distintas na vida.
      Um cristianismo ainda algemado a legalismos, materialismos e antropomorfismos do antigo testamento, tem dificuldades para entender a santidade que agrada a Deus no século XXI. Ainda que muitos se achem cristãos mais santos por serem conservadores, são só museólogos ou pior, coveiros, guardando doutrinas religiosas e espiritualidades de seres humanos do passado e mortas. Mas a humanidade não está caminhando para a perdição, para as trevas, Deus está no controle, o ser humano caminha para a luz. O coletivo perde lugar para o individualismo, não são mais os seres humanos que devem se encaixar em óticas criadas e lideradas por uns poucos homens, o que era confortável e fácil ainda que limitado. 
      O ser humano chegou num momento de sua história em que poder fazer escolhas pessoais, de acordo com especificações individuais, não precisa mais se formatar em alguns poucos padrões, hoje cada ser humano é único e tem direito de sê-lo. Essa é a verdade que muitos cristãos não entendem, e que muitos não cristãos entendem, ainda que queiram liberdade sem o Deus verdadeiro. É claro que muitos no planeta ainda estão longe de poderem usufruir desse direito e dessa liberdade, opressão e preconceito resistem fortes em muitos lugares. Mas quem disse que o caminho para Deus é curto e rápido? Não é, ainda que achem que seja muitos cristãos que pensam que o mundo esteja para acabar e que Jesus está voltando. 
      O que todos precisam saber é que Deus tem sempre as portas abertas, seu amor move o universo e atrai todos para o alto. O que nos limita, nos prende, nos atrasa, são nossas consciências machucadas e sujas por quebras de alianças afetivas, por vida profissional e financeira desonesta e ociosa, por mentes transtornadas e sentimentos pesados por iras, invejas e falta de dar e receber perdão. Tem muita coisa que o cristianismo legislou como pecado, mas para que Deus não dá assim tanta importância, contudo, muita coisa sempre deixará o ser humano sem paz, por independer de espaço e tempo, mas estar ligada a valores espirituais eternos, que vieram conosco da eternidade e que devemos levar de volta ainda mais aperfeiçoados. 
      Muitos cristãos vivem uma utopia e não têm noção disso, se acham melhores, salvos, dignos do céu, e se revoltam com muita coisa que consideram perdição do mundo. Se consideram virtuosos paladinos lutando pela moralidade da tradição judaica-cristã. Meus queridos irmãos evangélicos, quem sabe da luta que cada um passa para ser melhor, ainda que olhando do lado de fora os achemos ruins? Mas os outros também nos olham e nos julgam, e muitos veem em muitos cristãos assíduos em templos e se postando como diferentes, só hipócritas sem noção, quando falam e falam de Bíblia, mas muitas vezes não conseguem dar pequenos testemunhos de misericórdia e justiça no ambiente de serviço e entre familiares.
      A verdade é que o momento atual pede ainda mais cuidado, mais silêncio, menos pregação de Bíblia em praça pública, e mais oração solitária nos lares. Deus está conduzindo a humanidade a uma busca pessoal, já que se o direito de todos serem tudo for manifestado levará o planeta ao caos e a guerras. Sim, podemos mudar o mundo e devemos, mas de dentro para fora, individualmente, não coletivamente, com discrição e silêncio, deixando que obras de santidade e amor falem mais alto que palanques, púlpitos e palcos, sejam físicos ou virtuais na internet. É tempo de vencer a vaidade de querer ganhar discussões ideológicas, sejam de política, de sexualidade, do que for, de ouvir Deus, não religiões, dizer o que é certo e o que é errado. 

Leia na postagem de ontem
a 1ª parte desta reflexão

11/11/23

Nele o sim, por meio dele o amém (1/2)

      “Porque todas as promessas de Deus têm nele o "sim". Por isso, também por meio dele se diz o "amém" para glória de Deus, por meio de nós. Mas aquele que nos confirma juntamente com vocês em Cristo e que nos ungiu é Deus, que também pôs o seu selo em nós e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.II Coríntios 1.20-22

      Não há palavra de acusação, de reprovação, de negação no Espírito de Deus, só palavra de iluminação, de aprovação e de afirmação. Posto essa afirmativa vamos entendê-la melhor. Se um cruel assassino, um ladrão, um ser humano sem respeito à vida alheia, que faz qualquer coisa para ter um desejo seu satisfeito, se esse parar e buscar ouvir a palavra de Deus, o que Deus lhe dirá? O Espírito Santo não dirá você é um assassino, mas dirá você pode não ser um assassino, o Espírito Santo não dirá você será condenado por roubar, mas o Espírito Santo dirá se você trabalhar honestamente poderá ter o que precisa, o Espírito de Deus não dirá você é mal e merece o tormento, mas você pode ser um homem de bem e gozar paz e honra.
      Isso não significa que Deus seja irresponsável com o mal cometido pelos homens, que esqueça dos pecados e livre os homens das consequências de seus erros. Isso significa que Deus sempre vai direto ao ponto com o ser humano, mostra-lhe uma saída para o acerto, uma oportunidade para ser melhor, uma chance de fazer diferente e mudar de vida. Na iluminação do Altíssimo, se for aceita com humildade, o homem saberá que terá que arcar com as consequências dos erros que cometeu no mundo dos homens, mas será fortalecido para seguir pela paz do perdão de Deus, ainda que outros, mesmo depois que o tempo passar e o homem tiver pago os preços, o cobrem, o acusem, não se esqueçam do mal que cometido dia.
      A ideia que muitos fazem de Deus, e que foi calcada em nossas mentes pelo cristianismo do mundo, é de um Deus bipolar, que dá com uma mão e tira com a outra, que abençoa com um olho e amaldiçoa com o outro, que ama com uma parte de seu coração e se ira com a outra parte. Nós podemos nos esquizofrenizar, somos seres partidos e em conflito, mas o Deus espírito da luz mais alta não pode, ele é uma coisa só e sempre. Vou repetir o que tanto digo aqui: o homem se afasta de Deus quando não quer viver a verdade e nesse afastamento se pune, Deus não toma a iniciativa de punir ninguém. Se a ira de Deus, se seu juízo, se a condenação do Senhor parecem enormes, é porque nós mantemos isso em nós. 
      A afirmação feita nesta reflexão pode não ser entendida por dois tipos opostos de pessoas. Muitos não cristãos dizem que o Deus de amor a ninguém julga ou condena e dá direito a todos de serem e fazerem o que querem. Muitos cristãos vão usar um argumento, muito usado atualmente por eles, que utilizar o amor de Deus como desculpa para se sentir aprovado fazendo coisas erradas é blasfêmia. Não é uma coisa nem outra. Os cristãos erram achando que o amor de Deus abre mão de santidade, ao contrário, ele atrai o ser humano para ela, confronta-o com a luz moral mais alta, sem aceitar e querer praticar a santidade de Deus não se pode provar seu amor. Os não cristãos erram por não conhecerem a Deus e dizerem que conhecem. 
      Mas existe um efeito muito ruim no equívoco cometido pelos dois lados, cristãos afastam não cristãos do verdadeiro Cristo. Quando a falsa moralidade de uns e a imoralidade de outros se confrontam, usando o nome de Deus em vão, quem deixa de ser mostrado é o Deus verdadeiro. Ainda que os cristãos tenham experiências inequívocas com o verdadeiro Cristo, a maneira imatura como eles compartilham esse Cristo faz com que não cristãos creiam num falso Cristo. Todos buscam a Deus e ao plano espiritual, de alguma maneira, mas só acham o Altíssimo os que querem, se não quiserem suas buscas serão limitadas a “espíritos” mais baixos, e esses costumam identificar-se mentirosamente, para terem atenção e glória. 
      Não provamos amor de Deus sem santidade, se alguns dizem que provam e não vivem e persistem na santidade, provam o “afeto” de outro espírito, não de Deus. Ninguém se engane achando que engana os outros, quem vive moralmente errado e se diz aprovado pelo amor do evangelho, dentro de seu coração sabe se de fato possui uma conexão íntima com o Espírito Santo do Altíssimo. Ainda que a mídia e os poderes desse mundo digam que Deus está em toda religião e espiritualidade, os frutos que cada um dá e que permanecem no tempo, provam se isso é ou não verdade. Por outro lado, cristãos, Deus ouve a todos e em todas as religiões, mas só o que de fato obedece a Deus prova de seu amor e tem um coração limpo. 

Leia na postagem de amanhã
a 2ª parte desta reflexão

10/11/23

Ao limite e além?

      “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.II Coríntios 12.10

      “Não há limites para os teus sonhos, corra atrás deles e se realizarão”. É por acreditar em afirmações como essas que muitos jovens estão doentes atualmente, deprimidos e infelizes, ainda que com boas formações acadêmicas e até bem remunerados profissionalmente. O que ocorre é que muitos atingem seus limites e não querem parar, assim tentam seguir numa jornada impossível. No desperdício de energia podem perder o que tinham conquistado até então, e ao invés de se manterem na boa posição conquistada, retrocedem a posições mais baixas, humilhados e desfalecidos. Aceitar limites não é covardia de fraco, é decisão inteligente do forte, e é preciso ser muito forte para assumir diante de outros homens um limite. 
      Por várias vezes já refleti aqui na passagem sobre o espinho na carne de Paulo, registrada em II Coríntios 12, não farei isso novamente, mas vou frisar uma frase desse texto, sinto prazer nas fraquezas. Isso é dizer “não estou deprimido porque tenho barreiras, porque nem tudo que sonhei se realizou, mas sou feliz por reconhecer e respeitar meus limites”. Mas é ainda mais que isso, é sentir prazer nas fraquezas, isso não é masoquismo ou alguma doença emocional, é efeito de quem prova a segunda parte do mistério. Quem assume sua fraqueza depende da fortaleza de Deus, e nessa parceria pode-se ser feliz, útil, vencedor, não só na área material, mas na moral, a que constrói o céu no homem interior e leva o espírito a superar limites. 
      Que fique claro, achar o limite pode não ser fácil e rápido, precisamos tentar muito, trabalhar bastante, nos esforçar o máximo, para termos certeza que fizemos tudo que podíamos. Ainda assim alcançar o limite não é parar, é só conhecer o que se é e ser, em paz, sem a ganância e a vaidade de querer fazer o que não se é para fazer. Deus vai conosco até nosso limite, respeita-nos e nos protege, mas depois somos nós que temos que ir com ele, priorizando vida espiritual sobre a material. Muitos, contudo, não querendo assumir seus limites, largam Deus e seguem sozinhos, perdem o melhor da vida, a amizade do Altíssimo. É preciso ser humilde para saber quando ir e quando parar, e assim provar um Deus de luz e paz sempre por perto.
      Limite não é restrição, é proteção, entender isso é crescer no melhor plano de Deus. O Senhor não precisa de nossas capacidades para nos usar e nos ensinar, precisa de nós, obedientes e simples. Pela visão material dos homens, muitos acham que estão melhor preparados para serem mais eficientes tendo mais informação, mais experiência, mais bens, mais amigos, mas muitas vezes o mais atrapalha, não ajuda, exalta o ego e afasta o ser do Espírito de Deus. O propósito mais alto de Deus é nos aproximar dele, não das riquezas do mundo ou da aprovação de homens. Limites nos protegem de nós, criam delimitadores para que não nos percamos e foquemos no que importa. Assumir limites é ir direto ao ponto, a glória de Deus. 

09/11/23

Paixão, bom ou ruim?

      “Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.I Tessalonicenses 4.4-5

      Quando eu era jovem, tentando viver um evangelho utópico em igreja protestante tradicional, achava que espiritualidade era vencer as paixões e viver sem elas, mas só pensava assim porque estava apaixonado por uma utopia. Depois, quando amadureci um pouco, bem casado e com filhos, achava que ser maduro era manter paixões vivas, descobrir novas e manter as antigas, isso coincidiu com minha fase pentecostal. Se tem algo que pentecostal prova é emoção, na adoração e nas manifestações dos dons, vendo no êxtase das primeiras experiências com dons a espiritualidade maior e mais madura, e não só mais uma paixão.
      Contudo, finalmente, mais velho, e após ter experiências passionais em muitas áreas, percebo que a verdadeira maturidade espiritual é estar em paz e ser santo ainda que não se esteja apaixonado. Não porque não existam coisas e gente pelas quais podemos nos apaixonar, mas porque nossa alma não se apaixona mais, pelo menos não com a mesma extensão de tempo e de intensidade. Paixão é bom ou é ruim? É bom, claro que é, e podemos, sim, nos apaixonar sempre. O que não podemos é confiar na paixão, ela é efeito emocional de algo, não causa racional para nos manter sendo e fazendo algo. Paixão sempre termina. 
      Não percebemos, ou percebemos e não admitimos, mas somos viciados em paixão. O lado bom disso é que somos levados a começar algo novo e acreditar que será melhor, mas o lado ruim é que podemos ver a paixão como fim em si mesma. Muitos querem se apaixonar, não importa pelo que ou por quem, não importa os preços pagos, os corações machucados, o dinheiro perdido. Amadurecer é poder dizer não a uma nova e vã paixão para manter uma antiga e madura, e não é fácil negar prazer novo e fácil. Na força da paixão adquirimos super poderes, mas o que parece construir no início depois se mostra frio destruidor.
      Mas preciso confessar algumas coisas. Estou casado há mais de vinte e cinco anos e sou apaixonado pela minha esposa tanto quanto era no início, nunca foi assim com alguém. Contudo, minha paixão maior sempre é Deus, desde que tenho noção que existo há algo que me instiga para ver o invisível e ouvir os mistérios do Espírito Santo. Buscar a Deus para receber dele uma palavra nova é meu principal motivo de vida, aventurar-me em oração é apaixonante, nunca é igual e é sempre melhor. Meu corpo envelheceu, meus sentimentos não são mais tão impressionáveis, mas meu espírito ainda sente algo único pelo Senhor. 

08/11/23

Já abençoou um inimigo hoje?

      “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.Mateus 5.44-45

      Você já abençoou um inimigo hoje? Em primeiro lugar temos que entender que como amigos de Deus não podemos fazer e nem manter inimigos. A palavra inimigo também é um pouco forte, no dia a dia não nos confrontamos com inimigos explícitos, com gente má e que quer nos destruir, mas muitas vezes só com indisposições, de pessoas com as quais temos certos desconfortos, que agem e falam e nos incomodam por razões que conscientemente nem sabemos quais são. Mas são essas indisposições menores que são mais constantes, que nos roubam a paz e que podem nos levar a conflitos mais sérios, por isso precisamos ser rápidos para assim que sentirmos o desconforto abençoarmos quem nos fez senti-lo. 
      Verbalizar de forma clara e objetiva “eu abençoo essa pessoa, desejo de todo o coração o bem para ela, em todas as áreas de sua vida, afetiva, profissional, espiritual”, converte “energia ruim” em “energia boa”. Precisamos entender que sentimentos ruins não somem por nada, se estivermos vazios eles continuarão em nós, precisamos invocar coisas boas para que os substituam. O problema é que muitas vezes não damos a certos problemas a importância que eles têm, principalmente se já nos acostumamos a pensar que certas pessoas são chatas, nos incomodam e nós simplesmente temos que conviver com isso. Nessa disposição até não queremos o mal de alguém, mas não tomamos a iniciativa para querer o bem.
      Pensamento positivo, crer que vai dar certo, sem Deus são ineficientes, vazios, de curta duração, mas são ferramentas úteis para manter-nos construtivos e fortes. Esse é o espírito de Deus, sempre amor que atrai à luz, sempre nova oportunidade para fazer certo, sempre vendo o lado bom, e quase todos, mesmo quem te faz sentir-se mal por algum motivo, têm um lado bom. Por isso o texto bíblico inicial completa a exortação bendizei os que vos maldizem com vosso Pai que está nos céus faz que o seu sol se levante sobre maus e bons. Deus não te ama mais que aquele que você sente como teu opositor, e muitas vezes o sentimento teu é baseado num engano teu, a pessoa na verdade nada tem contra você.