31/08/12

Prefira ser elegante em amor

        “Amai-vos de coração uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.”, Romanos 12.10.

Preferindo-vos em honra, não tem melhor definição do que esta para ser espiritualmente elegante.
Prefira amar, prefira falar o bem, prefira perdoar, prefira esquecer o mal e se lembrar do bem, prefira ver o lado bom das coisas, prefira relevar o lado ruim, prefira tomar a iniciativa para abençoar, para se relacionar, para ter comunhão, prefira ser santo, prefira desviar os olhos do pecado, prefira a pureza interior, aquela que ninguém vê, só Deus, prefira ir a um culto e prefira desligar a televisão, prefira enviar uma rosa para a esposa, mesmo num dia comum, sem nenhuma celebração especial, prefira honrar seus líderes, pais, chefes e pastores, prefira acatá-los de coração, prefira contar até mil, antes de irar-se, mas prefira a coragem de ficar ao lado de Deus e usar de sua autoridade, prefira ir para o céu, prefira crer, mesmo numa total impossibilidade, prefira louvar, falar em línguas estranhas, mesmo com o coração moído, prefira ser paciente com os filhos, prefira trabalhar o suficiente, nem mais, mas nem menos, prefira fazer o seu melhor para Deus, prefira as obras da luz.
Prefira, logo isso é uma opção, ninguém vai te obrigar a isso, essa é a parte que te compete e que Deus espera que um filho maduro e lúcido faça, para ser elegante em amor.
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30/08/12

Disfarçados no meio do povo de Deus

        “Mas, quando o rei entrou para ver os convidados, encontrou ali um homem que não se vestia de trajes nupciais. E perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem trajes nupciais? Ele, porém, calou-se. Então o rei ordenou aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.” Mateus 22.11-14

O homem conseguiu entrar na festa, estava no meio dos convidados, com certeza festejando, participando, ninguém se escandalizou dele estar sem as vestes apropriadas, talvez os que perceberam não tiveram coragem para dizer nada, aceitaram-no.
Mas o rei percebeu e tomou a atitude cabível para a situação, noto a maneira carinhosa que mesmo a esse homem o rei tratou, chamou-o de amigo, talvez, e eu digo talvez, porque agora estou especulando em cima do texto, esperando do homem uma atitude que pudesse mudar o triste fim da história. Contudo, se essa interpretação for correta, o homem não mudou de atitude e foi expulso do lugar.
Fique à vontade para trazer a história para a vida real. O que seria esse homem? Aqueles que estão no meio da igreja, aparentemente agindo como todos os outros, dando a “paz do Senhor”, “a paz de Deus” ou mesmo um simples “boa noite”, mas que no fundo não pertencem à igreja de Cristo? Eles estão disfarçados e mesmo os que sabem que eles não são legítimos filhos de Deus, não os repreendem, a tempo deles mudarem de atitude.
Jesus conhece o coração, disfarces, trejeitos de evangélico, costumes, não o enganam. Cuidado, muitos serão chamados, mas poucos são os escolhidos. Para ser escolhido não se deve esperar que as coisas caiam do céu, mas basta dar o primeiro passo, às vezes na fraqueza, com uma fé mínima. Veja que foram chamados para o banquete do texto os párias, não os convidados que inicialmente tinham o direito à festa (leia os versículos 1 ao 10 do capítulo citado acima).
Mas um passo que você dê em direção a Deus, pela fé, é suficiente para que Deus dê outros dez em sua direção. Se for o seu caso, faça isso, mas não fique no meio do povo de Deus com um coração enganado, entregue-se a Deus de verdade e peça para que ele transforme a sua vida.

29/08/12

Perdão

        A concessão de perdão para o erro do outro está diretamente ligada à experiência de se ter recebido de Deus perdão pelos próprios erros, quem não recebeu perdão, porque não acha que precisa, não pode perdoar, porque não acha que o outro merece.

A bênção da leitura organizada da Bíblia

        Houve tempos em que Deus falava comigo através de leituras aleatórias da Bíblia, de sites, de blogs, mesmo através de versículos soltos das tais caixinhas da promessa. No deserto Deus usa maná e codornizes, um jeito especial para tratar seu povo numa ocasião especial. Especial e temporária, já que em Canaã o maná e as codornizes deixaram de ser enviados, agora era tempo de trabalhar pelo sustento, de plantar e colher, agora não se habitava mais em tendas, mas em moradias fixas.  
Hoje estou vivendo em minha Canaã, Deus concedeu a mim e a minha família uma igreja, um ministério, e já há algum tempo voltei a estudar a Bíblia de forma organizada, pegando um livro desde o início, com um plano de leitura de todo o cânon. Não que Deus ainda não fale de formas aleatórias, não, Deus pode usar as maneiras mais distintas para nos mostrar a sua vontade. Contudo, existe uma bênção diferenciada no estudo organizado, que não existe na leitura aleatória, que pode parecer um meio não tão legítimo de Deus falar, não para cristãos maduros.
Que bênção é começar um estudo bíblico com uma questão na alma, com a necessidade de uma resposta, e ver que exatamente o texto daquele dia, que segue a última leitura feita no dia anterior, responde de forma direta e objetiva a tal necessidade. Prova-se a providência divina de forma miraculosa, que nos deixa espantados. Não perca essa chance de provar o consolo de Deus, comece a ler a Bíblia, do começo de um livro e vá até o fim, depois continue, até encerrar o novo ou o antigo testamento, que você estiver lendo. Deus fala de maneira muito mais clara quanto agimos de forma objetiva e madura.
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28/08/12

Coragem para ficar ao lado de Deus

        “Jesus entrou no templo e, quando ensinava, os principais sacerdotes e os líderes religiosos aproximaram-se dele e perguntaram: Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu essa autoridade?
Jesus lhes respondeu: Eu também vos farei uma pergunta; se me responderdes, de igual modo vos direi com que autoridade faço essas coisas.
De onde era o batismo de João? Do céu ou dos homens? Eles, então, se puseram a discutir entre si: Se dissermos: É do céu, ele nos dirá: Então por que não crestes nele?
Mas, se dissermos: É dos homens, tememos o povo, porque todos consideram que João é um profeta.
Então eles responderam a Jesus: Não sabemos. E Jesus lhes disse: Nem eu vos digo com que autoridade faço essas coisas.” Mateus 21.23-27

A quem tememos, a quem queremos agradar? A nós mesmos, as outras pessoas ou a Deus?
Jesus colocou os religiosos em cheque, eles não sabiam o que responder, porque agiam com conveniência, com política sem ética, querendo agradar aos outros e a si mesmos. Se dessem uma resposta acusariam a si mesmos, se dessem outra resposta ficariam em situação ruim com o povo. Isso tudo porque, o que eles não queriam, de forma alguma, era agradar a Deus.
Quando agradamos a Deus e tomamos uma posição ao seu lado, com certeza arrumaremos muitos inimigos, não somente uma facção, mas todos poderão ficar contra nós. Mas ao lado de Deus estamos ao lado de quem realmente importa, de quem cuida de nós no posicionamento que tomamos, de quem não nos trai e nunca nos deixa só.
Ao lado de Deus pode-se ver a sabedoria do tempo, a justiça vencendo, subindo como o sol na manhã. Ao lado de Deus planta-se para o futuro. Ao lado de Deus, quando o injusto for envergonhado e o covarde calado, a honra nos será conferida. Ao lado de Deus existe paz e a alegria por ter feito a coisa que realmente importa, a coisa certa, mesmo que todos pensem ao contrário.
Ao lado de Deus não precisamos nem dar satisfação aos homens, Jesus não deu, pois é o próprio Deus quem nos apoia, tenha coragem, tome posição ao lado de Deus.

27/08/12

Amizade: Davi e Jônatas

        “Depois que Davi terminou de falar com Saul, Jônatas se tornou muito amigo de Davi; e Jônatas o amou como a si próprio. Daquele dia em diante, Saul o manteve consigo e não permitiu que voltasse para a casa de seu pai. Então Jônatas fez um acordo com Davi, porque o amava como a si mesmo. Jônatas tirou a capa que vestia e a deu a Davi, como também sua armadura, e até mesmo sua espada, seu arco e seu cinto. Davi ia aonde quer que Saul o enviasse, e era sempre bem-sucedido; por isso Saul o colocou no comando das tropas, e isso pareceu bem a todo o povo e até aos servos de Saul.” I Samuel 18.1-5

A amizade entre Davi e Jônatas já foi citada por muitos pregadores, uma amizade pura e sem limites, vivida entre dois homens que deveriam ser inimigos, já que Jônatas era filho de Saul, o primeiro rei de Israel, cujo reinado foi tirado por Deus, por desobedecer a Deus, e dado a Davi. Saul nunca aceitou isso e perseguiu Davi, que sempre por temor a Deus não o matou mesmo quando teve oportunidade. Na passagem acima temos uma definição muito clara e profunda do que vem a ser amizade quando diz que Jônatas se desfez da capa, da armadura, da espada, do arco e do cinto e deu tudo para Davi.
O ser humano dificilmente se mostra como é, não para a maioria. Ele sempre está numa atitude de defesa, para quê? Para se proteger de sua própria fragilidade que facilmente faz com que seja ferido. Não é ferida física não, são as mazelas emocionais. Facilmente nos sentimos diminuídos, desprezados, rejeitados, e isso todos nós, mesmo que muitos jurem de pés juntos que isso não ocorra.
O que é ser amigo? É abaixar as armas, se desproteger, se despir das vestimentas de guerra que usamos no dia a dia. Foi isso o que Jônatas fez com Davi. Por quê? Porque ele confiava nele, a ponto de se mostrar por inteiro, sem proteções, sem resguardas, ele sabia que Davi o amaria como ele era e que de forma alguma se aproveitaria de sua fragilidade para magoá-lo.
Na verdade só se consegue ter uma amizade verdadeira, se o coração se despir de proteções, de máscaras, da fortaleza. A amizade verdadeira existe na fraqueza, na cumplicidade, na confidência de segredos íntimos. Lembro que essa amizade deve existir principalmente entre marido e mulher. Sem essa disposição não é possível casamento, não é possível amizade, não é possível amor.
Abaixe as armas, deixe cair ao chão a espada, jogue fora a lança, retire o capacete, a armadura, e não estou me referindo às armas espirituais, essas devem ser mantidas sempre, mas digo em relação às emocionais, as afetivas. Não foi isso que Jesus fez? Quase nu (ou nu de verdade), exposto no alto de uma cruz? Enfrentando a zombaria e o escárnio de todos? E principalmente o abandono da grande maioria que jurou por ele amor e fidelidade, que disseram que eram seus amigos?

Não existe amor sem dor,
a dor de se expor,
a dor de se mostrar o coração,
como ele é, sem qualquer proteção.
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26/08/12

O momento certo de impressionar

        “E a maior parte da multidão estendeu seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que iam adiante dele como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade se agitou e começou a perguntar: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia.
        Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali vendiam e compravam; e revirou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, fazeis dela um antro de assaltantes.” Mateus 21.8-13

        Existem momentos para sermos discretos, quietos, quase invisíveis, na verdade esses ocorrem na maior parte do tempo, Jesus viveu assim. Contudo existe o momento de aparecer, de brilhar. No texto acima Jesus mostra uma coerência, a passagem em que ele entra no templo e expulsa os cambistas veio logo depois dele ter sido aclamado pelas multidões como um profeta. Era o momento certo pra que ele pudesse demonstrar, com aquilo que muitos consideram até uma violência, sua autoridade e ira contra os que queriam ganhar dinheiro num lugar onde se devia ganhar almas. Aprendamos mais uma vez com Jesus, busquemos em Deus esse discernimento, para saber o momento certo de esperar, e o momento certo de impressionar, assumindo, sem medo, a autoridade que Deus nos dá.
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