30/10/12
Ore pelo seu pastor
Você acredita em pecado?
Acreditar em Deus é experimentá-lo de forma pessoal, relacionar-se
com ele. Acreditar em pecado é entender que nos sentimos culpados porque
fazemos algo errado, que não deixa somente nossa alma desconfortável, mas nos
separa da atuação positiva de Deus em nossas vidas. Crer na eternidade é
esperar que após a vida encarnada teremos direito a um tempo sem fim na
presença de Deus, direito esse que se tem única e exclusivamente aceitando Jesus
como salvador, reconhecendo nele a única forma do nosso pecado ser perdoado, o
único meio de termos comunhão com Deus.
Sinto que muitos, mesmo os que começaram a caminhar com Jesus
algum dia, têm diminuído a relevância do pecado, o pecado parece que está
distante, menos nocivo. Esses voltaram para o mundo, o mundo faz de tudo para
anular o conceito do pecado, para dissolver a culpa, sem que seja pela obra
redentora de Jesus. Assim, as pessoas tornam-se insensíveis, empanturram-se
obsessivamente dos prazeres da carne tentando esquecer a dor que a vergonha do
pecado traz.
Culpa que sobra mesmo depois que se pediu perdão a Deus e aos
homens, não deve existir, contudo sentir-se culpado antes do perdão é algo
positivo, sinal que o coração ainda está sensível à voz do Espírito Santo, que
nosso coração nunca perca essa sensibilidade.
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29/10/12
Amadureça certo, envelheça bem
28/10/12
Jovens: cultura bandida, internet e educação
É de conhecimento geral que uma grande deficiência da educação
atual está na falta de conhecimento da língua portuguesa, se não for a maior
deficiência. O jovem atual não sabe falar e escrever, e muito menos ler textos
de conteúdo, escritos com uma linguagem de mais qualidade. Quando se diz
qualidade nem é preciso ser uma literatura alta, de intelectuais, palavras
comuns, usadas no dia a dia, os jovens não sabem o significado delas e nem como
escrevê-las.
A velocidade como as coisas são compartilhadas através da internet
e da telefonia celular conspirou para que essa deficiência se propagasse. O tal
do “internetiques” (ou internetês) é uma nova linguagem que diminui as palavras
e cria novos termos para permitir que as pessoas escrevam mais rapidamente.
Mas deixe-me ir ao ponto relevante ao mundo dos cristãos: nós,
como pais cristãos, temos consciência de que em nome da modernidade nossos
filhos estão falando como bandidos, como drogados, estão ouvindo músicas (se é
que esse outro funk (que não é o funk verdadeiro) pode ser chamado de música) de
bandidos e de viciados, e que dessa forma estão divulgando esse submundo marginal
como um padrão, como normal, e não o Evangelho?
Não, a psicologia e a prática, já nos ensinaram que castigo físico
e qualquer tipo de violência não educam, e entenda-se como violência aquilo que
é feito motivado por ira, por descontrole, contudo uma palavra de autoridade,
devidamente embebida em amor, e mesmo privações, para não usar o termo castigo,
podem ensinar e direcionar as crianças e os jovens. As últimas gerações de
pais, todavia, talvez traumatizadas pelo fato de terem sido violentadas em suas
juventudes, parecem ter medo de educar, de dizer não, de exercer autoridade. Com
isso, os jovens atualmente fazem o que bem entendem e não obedecem a nenhuma
tipo de autoridade, a deficiência na língua portuguesa é apenas mais uma
consequência da cultura dessa geração indisciplinada e sem referência. Não
adianta jogar essa responsabilidade para a escola e para a Igreja, isso é
responsabilidade do lar, e um lar com pais presentes e atuantes.
Nós, como pais cristãos, devemos tomar a frente das coisas, não
com ira, não sem amor, mas com firmeza, com direcionamento de Deus. Devemos
interferir, sim, no quanto os jovens estão ficando na frente dos computadores,
usando a internet, usando os celulares, passando mensagens, e propagando uma
cultura bandida. Muitos dos jovens atuais, que não veem mais no estudo e no
trabalho os meios de se obter independência econômica na vida, passam a
valorizar a maneira fácil e criminosa como os bandidos obtêm as coisas. Mesmo
que não diretamente, o uso de uma linguagem de escrita e de fala repleta de gírias,
incentiva essa cultura marginal, engrandece o bandido, celebra os traficantes e
viciados.
Acho que só usei o assunto da língua portuguesa pra falar da falta
de educação que os jovens atuais têm em todas as áreas, mais ainda, dos jovens
filhos de cristãos, que deveriam dar um testemunho de vida diferente. Mas muito
me entristece quando vejo a incoerência nas vidas dos jovens das igrejas, no domingo
cantam louvores, nas segundas feiras em suas escolas, no Facebook, comportam-se,
falam e vivem como drogados, mesmo que efetivamente não o sejam. Sem falar na
postura que muitas meninas têm nas fotos que tiram e postam, postura de
erotismo exagerado, bocas e bicos, sapatos e roupas de uma vulgaridade mundana,
que não combina com filhos de cristãos. Isso revela a hipocrisia de muitos crentes,
a distância entre aquilo que os pais vivem pra eles (se é que essa separação é
possível) e aquilo que seus filhos vivem, ou são ensinados realmente a viver.
No Facebook, a rede social mais usada no momento, é onde podemos
ver quem as pessoas realmente são, já que aquilo que o coração está cheio é do
que a boca fala (ou escreve, ou tenta escrever...). Vejo os jovens falando como
bandidos, postando temas e assuntos de bandidos. Sim, é importante,
culturalmente falando, que todas as linguagens, que todos os guetos, que todas
as pessoas tenham suas oportunidades para compartilhar aquilo que são. Dessa forma
música gospel usando o estilo funk pode ser necessária, mas até que ponto? Se a
pessoa se converteu, se sua vida foi mudada, deveriam mudar também seu estilo
de vida, sua linguagem, sua roupa, sua cultura e sua música. Não, isso não se
faz assim, de um dia para o outro, mas deve ser o objetivo, ensinado pelos
adultos e convertidos mais maduros, e desejado pelos novos convertidos e jovens.
“Pouco depois, os que
estavam ali aproximaram-se e disseram a Pedro: Certamente, tu também és um
deles, pois o teu falar te denuncia.” (Mateus 26.73). Pedro tentou, mas não
conseguiu esconder o fato que era um discípulo de Jesus, seu jeito de falar o denunciou.
Confesso que isso já aconteceu diversas vezes comigo, estando entre as pessoas,
às vezes mesmo calado, alguém me disse: “você é crente, não é?”, “por quê?”, eu
perguntei, “você tem jeito”, elas me respondiam. Se Deus age em nossas vidas, nós
somos marcados, selados pelo Espírito Santo, e isso nos torna pessoas
diferentes, desejosas de ser diferentes, não iguais ao mundo, mas habitantes do
reino de Deus, preparando-se para habitar a eternidade do céu, junto com Jesus.
Pais cristãos, acordem, sejam coerentes, vivam pra si, mas vivam
também com seus filhos, depois não reclamem (e venham pedir oração) dizendo que
seus filhos estão agindo de forma diferente da maneira como vocês os ensinaram.
Isso não é verdade, eles serão os que vocês fazem deles, colocar a culpa da
incoerência nos filhos, nos jovens, é uma covardia. Se forem educados da
maneira certa, podem ter certeza, eles viverão no mundo a mesma coisa que vivem
nas igrejas, namorarão pessoas íntegras, bons cidadãos, terão os mesmos valores
que vocês, pais cristãos.
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27/10/12
Veja a chuva caindo...
"Você não precisa ser mais profundo que o mar, precisa só ser
você, os que abraçam os grandes montes acabam perdidos, às vezes o que importa
é debruçar-se na janela, num dia de chuva, e simplesmente ver a água cair e
escorrer pela rua."
Às vezes é bom parar um pouco de olhar para cima, para o
horizonte, para as referências, para os ideais, e contemplar o chão, nossa
humanidade, nossa incapacidade, nossa impotência. Deus não está no céu que
vemos com nossos olhos naturais, nem embaixo, no mundo, mas está no meio, no
equilíbrio, na sensatez, em nosso coração. A palavra de Deus é chuva que cai e que limpa nosso coração, levando a culpa para longe.
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De verdade, somos íntimos de Deus?
“E ele dizia isso abertamente. Mas Pedro, chamando-o em
particular, começou a repreendê-lo.” Marcos 8.32
(Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).
(Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).
Antes de ir ao ponto dessa reflexão, vou fazer algumas
considerações. Em primeiro lugar percebe-se que as pessoas acreditavam em
reencarnação, já que muitas diziam que Jesus era um profeta antigo, já
falecido. O Diabo sempre inventa um jeito de diminuir a missão real de Jesus, o
ungido de Deus, mesmo que seja dando a Cristo uma posição de suposta honra.
Metade da verdade é uma mentira inteira, Jesus é o único mediador entre Deus e
os homens, Ele não foi mais um sábio, mais um profeta, mais um “espírito
iluminado”, mais um fundador de religião. Mesmo os discípulos achavam que
estavam entendendo a missão de Jesus, mas não estavam, não ainda.
Contudo, o que mais me chamou a atenção no texto, foi o fato de
Pedro ter chamado Jesus em particular para repreendê-lo. Uma inocente
arrogância, por trás de um coração ainda endurecido, quem era ele para
repreender Jesus? O que o fazia pensar que tinha um cuidado pela obra de Deus,
maior que o próprio Deus? Pedro se achava íntimo de Jesus, mas não era, não
ainda. A dor imposta por uma atitude covarde, que ele tomou quando negou Jesus
por três vezes, teria que rasgar o coração de Pedro para que ele finalmente
entendesse as coisas.
E quanto a nós, será que somos realmente íntimos de Deus, que
conseguimos entender como as coisas espirituais funcionam? Como Deus trabalha
na existência humana? De verdade? Às vezes somos convertidos velhos, temos
cargos e ministérios na igreja, mas mesmo assim somos crianças espirituais, não
conseguimos entender, de verdade, o modo como Deus trabalha na vida das
pessoas. Vemos apenas a superfície, sem profundidade, a casca, continuamos
tomando “leite espiritual” e ainda não estamos preparados para alimento mais sólido.
Crescimento se obtém com sensibilidade, com lucidez, para ver os
frutos que estamos dando. Precisamos olhar ao nosso redor, primeiro para os
mais próximos, os parentes, e depois para os amigos, colegas e irmãos da igreja,
e então fazermos uma autocrítica sincera. Precisamos averiguar até que ponto
estamos fazendo diferença, até que ponto estamos dando um testemunho, não
somente do Evangelho inicial, mas de ensinamentos mais profundos de Jesus, que
conduzam as pessoas realmente para uma libertação, para uma vida de intimidade
com Deus.
Intimidade gera intimidade, quem tem, ensina-a, exercemos isso fazendo
discípulos, essa é a maior prova que somos realmente íntimos de Jesus. Só adultos podem fazer crianças, só maduros criam filhos, só
crentes íntimos de Deus podem executar um discipulado que conduz as pessoas
para a intimidade do Senhor, reflita sobre isso.
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26/10/12
Tempo para tristeza
Precisamos de momentos de melancolia "boa", de reflexão,
de humanidade, mesmo de tristeza, só assim desocupamos em nós, espaço para
conter mais de Deus, quem não sabe conviver com a tristeza, nunca estará vazio
o suficiente para conter Deus, se dê o direito a esses momentos.
“Em verdade, em verdade vos
digo: Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, ficará só; mas, se
morrer, dará muito fruto.” João 12.24
25/10/12
O Espírito Santo põe as coisas no lugar
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Não se contente com meio milagre
Então Jesus voltou
a colocar as mãos sobre os olhos dele, e ele começou a ver claramente e ficou restabelecido,
pois enxergava todas as coisas com nitidez. Em seguida, Jesus mandou-o para
casa, dizendo: Não entres no povoado.” Marcos 8.22-26
Deus age de maneiras diferentes, em tempos, lugares, com pessoas
diferentes, não devemos limitar a atuação de Deus a uma maneira, Deus tem seus
propósitos agindo assim. No caso do cego de Betsaida, Jesus fez o milagre em
duas partes, após realizar a primeira parte o homem teve que ser questionado, e
após sua resposta, ele foi curado por inteiro.
Por que Jesus age dessa maneira, em partes? Para testar nossa
persistência, nossa fé, mas também para curar em nós, não diretamente o
problema que motivou nossa oração, não só isso, mas a nossa disposição às vezes
masoquista, uma resignação desnecessária, em aceitar aquilo que não está tão bom por medo de pedirmos algo
melhor, porque achamos que não merecemos algo melhor, porque achamos que a
vida é mesmo assim, quase boa.
Não a vida com Jesus, Jesus pode fazer as coisas por inteiro em
nossa existência, pode nos fazer completamente felizes, sim. Não se contente
com meio milagre, não se desespere, não desista, continue na presença de Deus e
seja honesto, se a cura não foi realizada de forma plena, diga isso a Jesus, espere
o melhor, espere por inteiro, e receba o resto da bênção.
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24/10/12
Ore antes
Insustentável leveza do ser em Deus
Quando o homem é quebrantado, quando sua alma se torna barro mole
nas mãos de seu Senhor,
quando o coração deserto é molhado com a água espiritual, quando os
argumentos humanos se calam,
quando a humanidade é reconhecida em sua totalidade, sem máscaras,
sem vaidades, e o ego é diminuído ao máximo,
quando os legalismos e tradições dão lugar ao pão da vida, quando
Deus é eleito Rei dos Reis da existência, declarado único salvador e Senhor,
quando todo pecado e confessado e perdoado, quando todo perdão é
concedido, toda mágoa dissipada, todo rancor lançado pra longe,
quando todas as incapacidade e impotências são assumidas, quando
Deus é amado e adorado acima de tudo e de todos,
então a paz é abundante, a alegria é fácil, a santificação é
possível, a liberdade é verdadeira, a solidão é encerrada, a vontade de Deus é
reconhecida com tranquilidade,
o Senhor não precisa mais usar de disciplina, chamar a atenção de
seu filho com sinais exagerados para que esse o obedeça, como se faz com uma
criança, a maturidade se realiza com simplicidade,
o homem passa a entender as pequenas nuanças do mover de seu Deus,
fazer a vontade do Senhor passa a ser para o homem algo natural, assim como respirar,
“então eu passo a provar a Deus como o ar que respiro”.
(Gostaria de aproveitar essa oportunidade e compartilhar uma coisa
com você. Numa manhã de maio de 2011, a campainha de casa tocou, eu atendi e
era um evangelista. Eu resumi o atendimento, dizendo que já era evangélico,
contudo ao se despedir o evangelista me deu uma passagem bíblica e pediu para
que eu a lesse quando pudesse. A passagem era João 17.3, “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, que enviaste.”.
Bem, nesse mesmo dia em abri o blog “Como o ar que respiro”, João
17.3 é o texto princípio do blog, ele me fala bastante porque ensina que vida
eterna não é frequentar uma igreja, ter uma religião, não é obedecer um
conjunto de normas morais, ser sábio ou caridoso, mas é conhecimento,
conhecimento de Deus.
Deus se conhece relacionando-se com Ele, caminhando com Ele,
conversando, ouvindo e principalmente obedecendo-o. Esse é um processo que dura
toda a existência encarnada. Durante a vida, podemos passar por tantas fases,
desde aquelas que somos membros oficiais de igrejas, até aquelas que estamos
mais distantes do povo de Deus. Contudo, acredito que o filho de Deus nunca se
desvia realmente de seu pai, não o convertido genuíno.
O evangelista que bateu na porta de minha casa era Testemunha de
Jeová, só pra constar, eu não sou e nunca fui dessa religião, fui batista tradicional
durante um bom tempo e atualmente, graças a Deus, frequento uma Assembleia de
Deus. Mas é maravilhoso como Deus pode usar qualquer coisa, pessoa ou situação,
para cumprir seu propósito na vida de seu filho. Foi essa a experiência que
tive na abertura desse blog.)
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23/10/12
"Quero Deus, seja pelo preço que for"
pois tente novamente, peça outra vez, continue lutando, ame mais,
torne a perdoar, levante-se e não desista,
Deus pode te dar forças para continuar sua caminhada, nEle você
pode entender os nãos e injustiças que sofreu, nEle há consolo e cura para toda
a angústia do coração do homem,
humilhe-se mais uma vez, abra mão de uma posição altiva, de querer
dar a última palavra, veja o que está atrás de tudo, das caras feias, dos
julgamentos humanos, da incredulidade e da impossibilidade, diga:
“Senhor eu quero aquilo que o Senhor tem pra mim, custe o que
custar, mesmo que tenha que voltar atrás, que pedir perdão pra muita gente, que
perder muitos que considero amigos, na verdade eu largo mão de tudo e de todos
para poder ficar bem com o Senhor, pois importa muito mais o que o Senhor pensa
de mim”,
Diga isso e provará um milagre em sua vida, talvez não nas coisas
aparentes, mas em seu homem interior, quando o seu coração mudar, tudo mudará, mas
somente Jesus pode operar essa mudança!
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22/10/12
Quem sabe de mim é Deus
Ore sempre
O confronto que vai acontecer amanhã, o cristão ora hoje por ele,
o acidente que pode acontecer daqui a pouco, o cristão se livra dele agora, a
armadilha que armaram contra sua vida, o cristão safa-se dela antes, tudo isso em
oração.
Portanto, antes de fazer algo importante, ore, antes de fazer algo
menos importante, ore também, na verdade ore sempre. Grande poder de atuação tem
a oração de fé do cristão diante de seu Deus, poderosa para desfazer planos malignos,
intenções de destruição, ações maléficas contra a sua vida e de seus queridos.
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21/10/12
Segue a vida
Outros, contudo, colherão frutos mais valorosos, que alimentam uma
vida mais duradoura, frutos não tão belos, ao olhar, não tão doces, no paladar,
mas que levam a existência para além das manhãs de trabalho, das tardes de
caminhada, das noites de festa, das madrugadas de busca. E a vida segue, e
todos procuram nas ruas e nas luas aquilo que está dentro deles mesmos, o toque
de Deus.
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Sobre palavra profética
(Leia todo o capítulo para entender todo o contexto do assunto.)
Já vi gente, sem nenhum temor a Deus, zombando dos termos usados
nas palavras proféticas ditas pelo Espírito Santo, tanto nas profecias do
antigo testamento como nos tempos atuais. É certo que a ministração profética
do antigo testamento podia ser um pouco distinta da ministração verificada no
livro de Atos e nas cartas. No antigo testamento, em sua maioria, eram
profecias relativas a uma nação, Israel, com o cumprimento, muitas delas, em
anos ou em centenas de anos. Esse tipo de ministração profética ficou estereotipada
e muitos a entendem como o único tipo de profecia.
No tempo do antigo testamento o Espírito Santo não ficava
permanente na vida das pessoas, ele visitava os tementes a Deus, fazia sua
manifestação, depois os deixava. Davi, excepcionalmente, foi um homem que teve
uma presença mais frequente de Deus em sua vida. Nos Salmos existem palavras
proféticas semelhantes às palavras ministradas pelo Espírito Santo depois da
obra de Jesus no calvário, palavras de consolo. O próprio Espírito Santo é
chamado, no Evangelho, de consolador, nos tempos atuais as profecias que
recebemos são mais pessoais e cumpridas em curto prazo.
Sem fazer qualquer espécie de legalização, ou tentativa de
engessar a atuação do Espírito Santo, já que em Apocalipse a palavra profética
dada no tempo do novo testamento é semelhante às palavras dos profetas do
antigo testamento, existe em todas essas manifestações uma linguagem comum na
maneira como fala o Espírito Santo.
“Assim diz o Senhor” e outras promessas como “farei novas coisas
em sua vida”, “eis que a nova casa será maior que a antiga”, “vai na tua força
pois eu estou contigo”, a maioria, palavras de motivação dadas a reis e
profetas quando em batalha contra exércitos inimigos, são mistérios de Deus (mesmo
esse termo também é bastante usado no meio pentecostal).
Obviamente toda palavra profética pode e deve ser julgada,
baseando-se na palavra de Deus escrita na Bíblia, na sabedoria que o próprio
Espírito Santo dá principalmente através das vidas dos líderes, mas acima de
tudo através do temor a Deus, que todos devem ter. Mas não podemos negar que
Deus usa, sim, com frequência termos e frases, que são citados originalmente na
Bíblia, para falar com seu povo.
Muitos da linha do “gospel-pop-intelectual-contemporâneo” (essa
denominação é minha), que estando desviados não admitem, tentam tornar
ultrapassada, vulgar, fora de moda e mesmo ilegítima, a atuação do Espírito
Santo. Essa, porém, é a maneira como Deus trabalha, é uma maneira antiga, e é
antiga porque funciona (e sempre funcionará). Quem está realmente ligado em
Deus, que tem intimidade com o Senhor, quem vive no falar em línguas estranhas uma
realidade diária do andar com Deus, vê novidade e eficácia na maneira como Deus
fala as coisas.
(É preciso discernimento, mas devemos tomar cuidado para não
pecarmos contra o Espírito Santo, tomando como do inimigo uma palavra que é de
Deus, leia a respeito na reflexão “Espírito de confusão: identifique-o e expulse-o”).
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20/10/12
Palavra de vitória: é essa que meu coração quer
uma palavra que muda um caminho antes de derrota, de dor, de
escravidão, uma palavra de esperança, que transforma a disposição depressiva da
mente, a existência rancorosa e rejeitada,
uma palavra que tem poder sobre os demônios e enfermidades, que abre portas, que
ressuscita os mortos,
uma palavra de ânimo, de entusiasmo, de motivação, uma palavra que
empurra para frente, que levanta, que acorda, que rejuvenesce,
uma palavra de vida realmente abundante, que faz o solitário
sentir-se acompanhado, que faz o incrédulo enxergar a possibilidade do milagre,
enfim, uma palavra de Jesus,
é essa a palavra que meu coração busca, é essa a palavra que meu
coração deseja, é essa a palavra que meu coração precisa, é essa a palavra que
Deus tem pra mim e pra você,
não aceite menos que isso pois é isso que Deus tem pra você!
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19/10/12
Medo
Quem tem medo, foge,
quem tem medo, amedronta,
quem tem medo, carrega culpa,
quem tem medo, não ama, não perdoa,
quem tem medo, não confia, desconfia sempre,
quem tem medo, agride, está sempre na defensiva,
quem tem medo, tem o coração nas riquezas do mundo,
quem tem medo, não se conhece, não se assume, encena,
quem tem medo, não pode ter paz, não conhece a Deus, morre.
Humildade: o maior milagre de todos
A provação era mais que necessitar de um milagre na vida da filha que tinha possessão
demoníaca, a provação era mudar o coração. A mulher mostrou que tinha um coração
mudado, que tinha seu orgulho convertido em humildade, quando mesmo sendo
rejeitada por Jesus, mesmo sendo chamada de “cachorrinho”, mesmo sendo negada
como filha, ela ainda insistiu, crendo que Jesus poderia abençoá-la. Mais que
uma cura, que um bem, Jesus quer mudar nosso coração, de arrogante para
humilde, o humilde não se faz de vítima, de coitado, de rejeitado, ele assume
sua condição, sim, mas continua crendo que Deus pode fazer um grande milagre em
sua vida.
(Gosto muito dessa história, já fiz uma reflexão sobre o fato
relatado, só que em outra passagem bíblica, Mateus 15.22-28, se quiser confira
no link “Você suportaria isso?”).
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18/10/12
Secularismos
A palavra secular significa mundano, profano, temporal,
secularismos são coisas, costumes, disposições mundanas, profanas, relativas ao
tempo desse mundo (a esse século, por isso secularismo). Um secularismo não é
necessariamente algo ligado aos desejos carnais, aos apetites do corpo, às
obras da carne, citadas em Gálatas 5.19-21:
“As obras da carne são evidentes, a saber: imoralidade, impureza e indecência; idolatria e feitiçaria; inimizades, rivalidades e ciúmes; ira, ambição egoísta, discórdias, partidarismo e inveja; bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a essas, contra as quais vos previno, como já vos preveni antes: Os que as praticam não herdarão o reino de Deus.”.
“As obras da carne são evidentes, a saber: imoralidade, impureza e indecência; idolatria e feitiçaria; inimizades, rivalidades e ciúmes; ira, ambição egoísta, discórdias, partidarismo e inveja; bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a essas, contra as quais vos previno, como já vos preveni antes: Os que as praticam não herdarão o reino de Deus.”.
Podemos encontrar pessoas diluídas em secularismos vivendo uma
vida aparentemente “santa”, limpa, livre, mas isso só acontece a princípio, se
não tem Deus, certamente perderá o controle, será sujo pelo pecado, se afastará
das coisas boas e certas. Isso porque essas obras são consequências de uma
disposição pecaminosa para a qual Deus mesmo entrega aqueles que se afastam
dele. Secularismos seriam causas, não consequências, como diz-nos Romanos 1.28:
“Assim, por haver rejeitado o
conhecimento de Deus, foram entregues pelo próprio Deus a uma mentalidade
condenável para fazerem coisas que não convêm”.
O grande perigo dos secularismos é que eles vêm disfarçados de
valores religiosos, e como tais, invadem de maneira sutil a igreja. Como já foi
dito em outra reflexão (“Jesus,
o único intercessor”), quando Deus é afastado da comunhão, quando ele morre
nos corações dos homens, são enfatizados o culto às coisas, às pessoas e aos lugares.
A devoção cega a qualquer princípio, e não à pessoa de Deus, mesmo que esse
princípio tenha vindo originalmente de Deus, mesmo que seja religioso, pode ser
um secularismo, que se preserva quando é transformado em tradição. Como tal,
não traz vida, libertação, transformação, mas apenas esconde a morte. O que é
morrer? É afastar-se de Deus, mesmo estando vive o corpo, já que viver é
conhecer a Deus: “E a vida eterna é esta:
que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.”
(João 17.3).
Vida espiritual não é fazer parte de uma igreja, obedecer
princípios éticos de uma religião dita cristã (ou outra qualquer), não é ser
bom e praticar o bem, não é só isso. Viver espiritualmente é caminhar com Jesus
conhecendo-o, tendo comunhão com ele, diálogo, ouvindo-o e falando com ele,
numa amizade eterna. Essa comunhão pessoal com Deus tem como consequência uma
comunhão, em amor e humildade, com as outras pessoas, e uma ligação santa e
frutífera com uma igreja verdadeira de Jesus.
Como também já dissemos na outra reflexão citada acima, os
secularismos entram na igreja de maneira sutil porque parecem coisas
espirituais. O que é mais próximo das coisas espirituais que as artes e a
filosofia? Elas parecem estar num nível mais alto que as coisas
tradicionalmente entendidas como carnais. Verbalizar uma reflexão profunda
sobre a existência, mesmo que ela pouco tenha a ver com os ensinamentos de Jesus,
parece muito mais espiritual que se embriagar com vinho. Apreciar a
sofisticação de uma sinfonia, o virtuosismo de um violinista, parece muito mais
espiritual que fazer uma orgia. Repetindo, por parecerem espirituais, os
secularismos podem invadir a igreja de maneira sutil.
Os secularismos são maneiras enganosamente elevadas e mesmo puras,
de afastarem-se de Deus aqueles que arrogantemente se acham superiores,
refinados, cultos. Mas na prática levarão o homem para o mesmo lugar, para as
obras da carne descritas em Gálatas 5.19-21 já que é Deus quem entrega tais homens
a tais obras, como diz Romanos 1.28-32.
Entristeço-me ao ver que muitos, afastados de Deus e sem coragem
de assumir isso, tornam reuniões sociais e clubes fechados, em igrejas, fazem
de filosofias e literatura, sua Bíblia, e encontram nas bebidas e nos banquetes,
“unção” e alegria. Esses nem louvam mais o Senhor, não oram mais pedindo
milagres, já que em suas jactâncias, se acham superiores, experientes, melhores,
em posição de a tudo julgar e por ninguém serem julgados.
O secularismo não é mal que sofre aquele que nunca conheceu o
Evangelho, o não convertido, mas ele aflige o desviado, aquele que experimentou
Jesus como salvador, mas se afastou dele porque não quis abrir mão dos valores
humanos, da religião do ego. Mas se os secularismos podem se confundir com os
valores espirituais, como podemos discerni-los? Bem, nada resiste ao tempo, o
que é mal, falso, que não é de Deus, sempre é revelado e revelado mostra a vida
perdida que o desviado realmente tem. Contudo, mesmo que a máscara fique sobre
a vida do desviado por algum tempo, esse não pode dar frutos, já que sem Deus não
existe frutos espirituais. O secularizado pode falar e falar, e falar bem,
mesmo conhecer a Bíblia, toda ela, mas ele não pode viver os ensinamentos de
Deus, já que seu coração está inchado com o seu próprio orgulho e não cheio do
Espírito Santo.
Contudo, mesmo aquele que está longe de Deus e não admite, pode provar uma vida de prosperidade material, de proeminência nesse mundo, e isso por muito tempo. O sol paira sobre justos e injustos, como diz o livro de Eclesiastes, com trabalho, seja ele honesto ou mesmo não tão honesto assim, o homem terá sua honra nessa vida. Mas isso não significa que ele esteja fazendo a vontade de Deus, provando a vida realmente abundante que o Senhor planejou para o homem no calvário. Não nos enganemos com as coisas externas, visíveis, os secularismos fornecem maneiras bem sofisticadas de maquilar a vida das pessoas de maneira que o errado pareça certo, que a perdição pareça vitória.
Prefira o bom e velho Evangelho, que por ser bom, tornou-se velho,
mas que ainda pode renovar os homens, lhes dar novidade de vida, nascer de novo
todos os dias dentro daqueles que preferem a palavra pura e quente que é a
verdade, ao invés dos ensinamentos mornos e fermentados do secularismo, que não
trazem nenhum proveito. Mesmo que possamos aprender muito com a literatura desse
mundo, com as filosofias, com as artes, elas não podem e não devem substituir a
unção que Deus nos dá através do Espírito Santo, quando lavados pelo sangue do
cordeiro, nos colocamos totalmente disponíveis aos pés do Senhor.
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17/10/12
Antes de falar, purifique seu coração
“Então os fariseus e os
escribas lhe perguntaram: Por que os teus discípulos não vivem segundo a
tradição dos anciãos, mas comem pão sem lavar as mãos? Jesus lhes respondeu:
Hipócritas, bem profetizou Isaías acerca de vós, como está escrito: Este povo
honra-me com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim; em vão me
adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Abandonais o
mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens.” (Marcos 7.5-8).
“Hipócritas!”, você teria coragem de dizer isso na cara de alguém
e em sã consciência ainda se sentir espiritual, em paz? Evitamos dizer a
verdade, muitas vezes, porque não sabemos dizê-la com amor e com autoridade do
Espírito Santo. Pior ainda, muitos acham que verdades assim não devem ser
ditas, que não é “espiritual” fazer esse tipo de confronto, que isso é coisa da
“carne”.
Pois bem, Jesus dizia essas verdades na cara de seus opositores,
sem medo, sem indiretas, mas ele sabia e podia dizer isso, pois o fazia cheio de
temor a Deus, munido de autoridade espiritual, e acima de tudo abundando em
amor. Por que ele conseguia dizer coisas assim do jeito certo? Porque ele não
dizia com o coração cheio de ira, de ódio, de revolta humana, por se sentir
desprezado ou ofendido.
O mesmo texto de Marcos 7 nos mostra porque era legítima a
autoridade de Jesus, nos versículos 21 ao 23: “Pois é de dentro do coração dos homens que procedem maus pensamentos,
imoralidade sexual, furtos, homicídios, adultérios, cobiça, maldade, engano,
libertinagem, inveja, blasfêmia, arrogância e insensatez. Todas essas coisas
más procedem de dentro do homem e o tornam impuro.”.
Dentro do coração de Jesus não havia motivações erradas, justiças
equivocados, rancores encobertos, mas a genuína vontade de Deus que lhe
permitia ter sabedoria para ficar calado, quando era necessário, e repreender
na cara, sem meias palavras, quando era preciso.
Quer ter essa coragem? Antes de colocar palavras na boca,
purifique seu coração, com perdão, oração e adoração, autoridade espiritual não
é pra qualquer um, se não a tiver, é melhor que fique calado. Jesus não lutava
por interesses pessoais, egoístas, mas lutava pelo cumprimento da vontade de
Deus, por isso podia dizer o que era preciso.
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16/10/12
"Senhor, livra-nos da ingratidão"
Como temos fé fácil para receber aquilo que nos convém, principalmente
se tratando de bênçãos materiais, cura de enfermidades, recebimento de bens. Onde
estava todo esse povo que foi curado quando Jesus foi crucificado?
“Então Pilatos, querendo
agradar a multidão, soltou Barrabás. E, tendo mandado espancar Jesus,
entregou-o para ser crucificado.” (Marcos 15.15).
No meio dessa multidão que pediu a crucificação de Jesus,
dificilmente não estariam pessoas que sabiam dos milagres que Jesus tinha
feito, que ao menos conheciam alguém que tinha sido curado por Jesus, mesmo que
tivessem recebido na própria carne uma atuação poderosa de Cristo. Mas se existiam
essas pessoas, elas não se lembraram do bem que tinham recebido naquele momento
e aprovaram a morte de um inocente.
“Jesus, novamente te peço, livra-me da ingratidão.”
15/10/12
Compaixão e gratidão
“Ao desembarcar, Jesus viu
uma grande multidão e teve compaixão dela, pois eram como ovelhas que não têm
pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.” (Marcos 6.34).
A 1ª lição tem a ver com a compaixão de Jesus, Jesus sentia dor
pela dor dos outros, ele sofria ao constatar a perdição, a angústia das
pessoas. Essa compaixão era maior que seu cansaço físico, que sua fome, que o
estresse que seu ministério com certeza lhe causava. Num momento em que ele e
os apóstolos deveriam estar descansando, ele teve sensibilidade e forças para sentir
a dor das pessoas e ajudá-las. Não há limite para o amor de Jesus, mesmo num
tempo em que ele estava encarnado e como carne poderia ter seus limites.
“E, tomando os cinco pães e
os dois peixes, Jesus ergueu os olhos ao céu, abençoou os pães e os partiu. Em
seguida, entregou-os aos discípulos para que os servissem; e também repartiu os
dois peixes para todos.” (Marcos 6.41).
A 2ª lição é que Jesus, diante de um problema insolúvel
humanamente falando, não clamou por um milagre, ele só agradeceu e abençoou o
que tinha nas mãos, o milagre simplesmente aconteceu, de maneira natural. Que fé.
Ajudamos as pessoas, mas elas que não venham nos atrapalhar em nossos momentos
de descanso, nossa compaixão tem limites. Pedimos um milagre, mas como é menor
nossa intensidade emocional depois que recebemos a bênção e temos que agradecer
por ele, como é menor nossa gratidão, muitos vezes negligenciada.
Compaixão e gratidão, que às vezes esquecemos de exercer, eram abundantes naquele que deu a própria vida por milhões de pecadores insensíveis
e ingratos como nós, que Deus tenha misericórdia de nós.
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14/10/12
Eu gosto de você e ponto!
"Eu gosto de você, mas...", quando amamos não existe
"mas", quando amamos perdoamos, esquecemos, não nos lembramos mais
daquilo que nos magoou.
Não damos perdão
condicional, "só se for pedido com descrição detalhada do mal que nos
fizeram", na verdade arredondamos a dor e magnificamos o carinho
facilitando a reaproximação.
Quando amamos não
existe "do meu jeito", mas do jeito da pessoa amada, abraçamos o que
a pessoa tem de melhor e nos esquecemos, apaixonadamente, do resto.
"Eu gosto de
você" e ponto, sem "mas", se não for assim é mais sincero
assumirmos que não queremos mesmo é perdoar, que não podemos amar...
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13/10/12
Sobre coerência
"No entanto,
pouco me importa se sou julgado por vós, ou por qualquer tribunal humano; de
fato, nem eu julgo a mim mesmo. Pois, embora eu esteja consciente de que não há
nada contra mim, nem por isso me justifico, pois quem me julga é o Senhor.
Portanto, nada
julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as
coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os motivos dos corações.
Então cada um receberá seu reconhecimento da parte de Deus." (I Coríntios 4.3-5).
Não espere reconhecer coerência em você, aquele que não tem
coerência em si mesmo, quem se olha errado, vê tudo errado. Muitos, não cristãos de "carteirinha", que não estão debaixo do padrão que os cristãos acham que sejam cristãos, possuem mais coerência que os próprios cristãos, contudo, ser
coerente não é necessariamente seguir a Jesus, mas é sentir, falar
e viver a mesma coisa.
Mas quem de nós pode ser assim, humanos como somos, quem
pode realmente ser coerente em tudo, sempre? Talvez incoerência seja a maior característica do homem,
sintoma da luta interior que ele carrega, a luta entre o que ele é e o que ele
pode ser. Mesmo quem acha que pode simplesmente ser, livre de qualquer
obrigatoriedade, encontra dificuldades nisso, caso contrário a paz seria
possível sem Deus.
Quanto a mim luto para ser o que Deus quer que eu seja,
nessa luta não estou só, tenho o Espírito Santo ao meu lado.
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12/10/12
Jesus: o único intercessor
“Porque há um só Deus e um só Mediador entre
Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. Ele se entregou em resgate por todos,
para servir de testemunho a seu próprio tempo. Digo a verdade, não minto, para
isso fui constituído pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé e na verdade.”
(I Timóteo 2.5-7).
O assunto que vou tratar nessa reflexão é um assunto polêmico, você
que é um católico sincero, saiba que não estou julgando seu coração, isso
compete a Deus. Contudo, você precisa saber que o que será falado está na Bíblia,
milhares de cristãos, de todas as épocas, em todo o mundo, acreditam nisso. Peço-te,
por favor, tente ler o texto até o fim. Entenda, não insistimos nesse ponto
para criar qualquer tipo de rixa, isso não é pessoal, mas o fazemos por sabermos
da seriedade do assunto, já que o posicionamento errado divide o poder, que é
somente de Jesus, com homens, mulheres, coisas e lugares.
A palavra “kadosh”,
que aparece no Antigo Testamento em hebraico, significa santo, sagrado,
separado, puro. Ela é utilizada para designar Deus assim como um indivíduo
consagrado para uma determinada finalidade religiosa. No Novo Testamento a
palavra aparece em grego, “hágios”, e se refere também a aquele que se converte
ao caminho de Jesus, logo, todos os que decidem ser filhos de Deus, que optam
por Jesus, são santos. Essa é a doutrina bíblica.
Santo sou eu, é você,
que é filho de Deus, não temos, seja em vida ou em morte, qualquer poder para
interceder pelos homens, e isso ocorre com todos os que viveram, morreram,
viverão e morrerão em Cristo. Mesmo tendo escrito textos bíblicos fundamentais
para o cristianismo, Paulo, Pedro, João e outros, em nada diferem de mim e de
você, que caminhamos com Jesus. Isso também é válido para Francisco de Assis,
Maria Madalena ou Maria mãe de Jesus. Repetindo, essa é a doutrina bíblica, se
você se der ao trabalho de ler a Bíblia e estudá-la, fará essa constatação. O homem tem duas
tendências, elas facilitam a vida daqueles que não querem ter uma experiência
espiritual diretamente com Deus através de Jesus. A primeira delas é acreditar
naquilo que se pode ver, delegar poder a um deus visível, tocável, controlável.
A outra tendência nem precisa que esse falso deus seja visível, em uma imagem, etc,
basta que seja alguém proeminente, que se torna, após sua morte, um ídolo. Se isso ocorre com
Elvis Presley e com John Lennon, ídolos mundanos da área musical, porque não
ocorreria com ícones cristãos e principalmente com a própria mãe carnal de
Jesus? Seja “são” Elvis, “são” José ou qualquer entidade dita espiritual, esses
não têm qualquer capacidade para intercederem, diante de Deus, pelos homens,
essa capacidade somente Jesus tem. Mesmo que Deus conheça a sinceridade de cada
coração, a intenção, na prática, quando se levanta um clamor a um dito “santo”,
se está rezando para uma entidade espiritual do mal, porque a pessoa que o tal
santo está ligado, não pode ouvir tal oração. Os vivos não podem se comunicar
com os mortos, seja o morto quem for.
“Um dos melhores exemplos de tal
transferência do paganismo, pode ser visto na maneira como a igreja professa
permitiu que o culto da grande mãe continuasse – somente um pouquinho diferente
na forma e com um novo nome. Veja você, muitos pagãos tinham sido trazidos para
o cristianismo, mas tão forte era sua adoração pela deusa-mãe, que não a
queriam esquecer. Líderes da igreja comprometidos viram que, se pudessem
encontrar alguma semelhança no cristianismo com a adoração da deusa-mãe,
poderiam aumentar consideravelmente o seu número. Mas, quem substituiria a
grande mãe do paganismo? E claro que Maria, a mãe de Jesus, pois era a pessoa
mais lógica para eles escolherem. Ora, não podiam eles permitir que as pessoas
continuassem suas orações e devoções a uma deusa-mãe, apenas chamando-a pelo
nome de Maria, em lugar dos nomes anteriores pelos quais era conhecida?
Aparentemente foi este o raciocínio empregado, pois foi exatamente o que
aconteceu. Pouco a pouco, a adoração que tinha sido associada à mãe pagã foi
transferida para Maria.
Mas a adoração a Maria não fazia parte da fé cristã original. É
evidente que Maria, a mãe de Jesus, foi uma mulher excelente, dedicada e
piedosa – especialmente escolhida para levar em seu ventre o corpo de nosso
Salvador – mesmo assim nenhum dos apóstolos nem mesmo o próprio Jesus jamais
insinuaram a ideia da adoração a Maria. Como afirma a Enciclopédia Britânica,
durante os primeiros séculos da igreja, nenhuma ênfase, fosse qual fosse, era
colocada sobre Maria. Este ponto é admitido pela “The Catholic Encyclopedia”
também: “A devoção a Nossa Bendita Senhora, em última análise, deve ser olhada
como uma aplicação prática da doutrina da Comunhão dos Santos. Vendo que esta
doutrina não está contida, pelo menos explicitamente, nas formas primitivas do
Credo dos Apóstolos, não há talvez qualquer campo para surpresa de não descobrirmos
quaisquer traços do culto da Bendita Virgem nos primeiros séculos cristãos”,
sendo o culto de Maria um desenvolvimento posterior.”
Na verdade, quando se
admite a possibilidade de que se pode rezar para um “santo”, autoriza-se as práticas
espíritas, kardecistas ou afros, que dizem poder entrar em contato com os
mortos através dos médiuns, é tudo a mesma coisa (lembre-se de todo o
sincretismo religioso que existe entre os “santos” romanistas e as entidades afro-espíritas,
Santa Bárbara e “Inhansã”, por exemplo).
Infelizmente existe
um caminho que vai para o abismo espiritual, e que é consequência de quem se
afasta do Deus vivo, se afasta e não tem a coragem de negar totalmente os
valores da “religião” de Deus. (Qual é a religião de Deus? Jesus é a religião
de Deus). Quando deixa de se respeitar, adorar e celebrar a Deus, passa a se
respeitar, adorar e celebrar as coisas e os lugares, cria-se ritos e rituais. Que
coisa é mais significativa no cristianismo que a cruz? Ela representa todo o
sacrifício que o filho de Deus teve que fazer para se tornar o salvador da
humanidade.
Quando Deus “morre” para uma religião, não
resta outro caminho senão o de delegar poder às coisas, aos objetos e aos
lugares, isso também tem acontecido com supostas igrejas evangélicas dos tempos
atuais, que chegam ao cúmulo de usar ícones de religiões espíritas africanas,
como a vela, o sal grosso, o copo d´água, como símbolos de poder para ser obter
algo. Quando o sacrifício de Jesus perde sua capacidade de purificação, novos
sacrifícios têm de ser feitos, novos altares têm de ser construídos, seja de
supostos “cristos”, de animais, ou de sei lá o que.
Se você não concorda
com essa reflexão, por favor, não se sinta ofendido, Deus conhece seu coração,
Ele é o único que pode julgar a todos com justiça, contudo, você precisa saber
que tudo isso está na Bíblia, isso é a vontade primeira e pura de Deus. Jesus,
só ele, mas nada e nem ninguém, nem novas encarnações, nem qualquer outro tipo
de intercessão ou evolução, de reza ou de magia, podem fornecer ao homem o perdão
dos pecados e o direito de morar com Deus na eternidade.
Mesmo que você tenha consciência de que sua igreja tem suas
imperfeições, não use isso como desculpa para ficar por lá para sempre, porque
seus pais são assim e você também tem que ser. Não que exista uma igreja
perfeita, mas existem muitas igrejas cristãs nesse mundo, e pode ter certeza
que existem igrejas bem próximas da real vontade de Deus para sua vida. Sim, o
que importa é o seu coração, mas talvez você esteja fraco e desanimado porque
está lutando sozinho numa batalha que você pode lutar junto com outras pessoas,
que como você, querem servir a Deus em sinceridade e em verdade.
A filosofia tem ganhado algumas batalhas intelectuais contra o
cristianismo, justamente porque muitos cristãos insistem num cristianismo
equivocado, que interfere nos poderes políticos e financeiros do mundo, assim
como despreza, de maneira irracional, as descobertas científicas. A Bíblia
nunca se propôs a ser um livro científico, é um texto atemporal para orientar o
homem na busca e no conhecimento espiritual de Deus. O cristão precisa ter crítica,
não se deixar levar pelos poderes desse mundo, e que poder mundano é pior que
aquele que se coloca dentro da igreja, de forma secreta e tendenciosa, tendo
como objetivo ter supremacia nesse mundo, nada tendo a ver com o reino dos céus.
Se isso te incomodou de alguma maneira, pense no assunto e fale com Deus a respeito, mas esteja pronto para mudanças reais, acredite, Deus tem o melhor pra você.
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11/10/12
Ligado em Deus
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10/10/12
Palavras profundas, quem pode dizê-las?
O que existe na
boca de uma pessoa usada por Deus, qual a principal característica dessa
palavra? Não é necessariamente erudição e nem boa oratória, mas é profundidade,
quem ouve sente que a palavra vem do coração, que ela é verdadeira, que testemunha
algo que aconteceu e que mudou a pessoa que está falando para melhor. Profundidade
não é algo que se inventa, falar devagar e com seriedade não é necessariamente
ser profundo, quando se é profundo as pessoas percebem, e todos sabem quando a
profundidade é falsificada, teatralizada, fingida.
Como ser profundo, e
quando digo profundo, me refiro à profundidade plantada pelo Espírito Santo? A
resposta é simples: tendo experiências profundas, reais de vida, e
principalmente, de vida com Deus. Quem nunca teve seu coração quebrado, quem
nunca teve seus valores confrontados, quem nunca teve seus fundamentos testados
e fortalecidos, não pode ter profundidade. É preciso coragem para abrir o coração,
entregá-lo a Deus, pedir transformações e por fim deixar que elas sejam
instaladas, mas é só assim que se pode adquirir profundidade.
Experiências
profundas de vida deixam nosso coração humilde, nivelado, não pode coexistir,
num mesmo coração, profundidade de Deus e arrogância, profundidade de Deus e
desrespeito. Humildes, sabemos que não somos melhores que ninguém, ao contrário,
sentimos a seriedade do nosso pecado, e como pecadores tratamos a todos como
sendo servos deles, e não seus senhores.
Jesus, o filho de
Deus, criado e crescido sem pecado, só começou seu ministério aos trinta anos. Começou
como homem maduro, como homem experiente, como homem humilde, por isso tanta
profundidade em seus ensinamentos. Sua profundidade propunha mudanças não
somente na aparência do homem, na religiosidade, mas no coração, a parte mais
profunda do nosso ser.
Melhor seria que
muitos, que ainda não têm experiência o suficiente, ficassem calados, não
colocassem suas mãos em microfones, aprendessem antes, para adquirirem
profundidade e então serem bênçãos nas vidas de outras pessoas. Repetindo,
profundidade é algo que não pode ser fingida, ou ela existe ou não, quando
existe, existe também humildade e respeito para com os outros. Essa
profundidade gera uma palavra de sabedoria, pronta para disciplinar, orientar,
consolar as pessoas, tudo isso embebido em muito amor.
Pense nisso quando
tiver que pegar um microfone na mão e dizer alguma coisa na igreja, eu tenho
pensado e tenho preferido, muitas vezes, ficar quieto.
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09/10/12
Discrição e fé: às vezes é tudo o que é preciso
“E, entrando, disse-lhes: Por que fazeis
alvoroço e chorais? A menina não está morta, mas dormindo. E começaram a rir
dele. Ele, porém, fez com que todos saíssem, tomou consigo o pai e a mãe da
menina, e os que o haviam acompanhado, e entrou onde a menina estava.” Marcos
5.39-40
Não vou fazer um
estudo minucioso de Marcos 5.21-43 (leia todo o trecho para ter um entendimento
melhor), resumindo, o texto relata duas histórias: a cura da mulher que sofreu
de hemorragia por 12 anos e a ressurreição da filha de Jairo, um dos chefes da
sinagoga. O que o Espírito
Santo me mostra nessa reflexão é uma lição que envolve as duas histórias: quem crê não
precisa de propaganda, de alvoroço, de exageros emocionais, quem crê recebe a bênção
de forma discreta, solitariamente (mesmo no meio de uma multidão), recebe com
um toque simples, sem que seja necessária nenhuma manifestação espetacular.
É certo que nem
sempre é assim que Deus deseja agir, às vezes é preciso sim um testemunho público,
em alto e bom som, de sua atuação. Mas a mulher teve a sensibilidade para saber
que aquele era um momento de discrição, de segredo, de pouco, que teria como
consequência tudo aquilo que ela precisava. Uma manifestação espetacular pode ser pedida por nós, algumas vezes, por pura vaidade.
A atitude de Jairo e das pessoas ao seu redor foi diferente da atitude da mulher, essas pessoas exageraram no problema,
desacreditaram da solução, zombaram de Cristo. Não que seja trabalho pra Deus,
mas Deus teve que fazer duas coisas, primeira acalmar as pessoas, preparar o
ambiente para o milagre e só depois então, executar o milagre. Nessa atitude exagerada as
pessoas perderam tempo, podiam ter recebido a bênção antes, com sabedoria, como
recebeu a mulher, mas tiveram que passar por um constrangimento desnecessário.
Isso se aplica em
sua vida? Será que Deus não está querendo executar em você um milagre como a da
mulher? Rápido e secreto, sem exageros? Será que não está faltando pra você
somente a fé? Será que o que você está buscando nas pessoas, nos médicos, nos
amigos, nos parentes, na igreja, não é algo que Deus deseja fazer apenas diante
de seus olhos, de maneira discreta? Será que Deus não está querendo agir assim
para evitar constrangimento, constrangimento que você nem sabe que vai passar
caso todos venham saber do seu problema?
Ore a respeito, mas
seja sábio, nem tudo deve ser falado, nem tudo deve ser tornado público, alguns
milagres, e às vezes os mais importantes de nossas vidas, devem ser mantidos em
segredo, basta apenas ter fé para dar um toque, um único e certeiro toque
naquele que pode todas as coisas, Jesus.
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08/10/12
Remédio
O Evangelho não
veio discutir a doença, filosofar em cima do pecado, acusar culpados, ele veio
trazer o remédio, bem, remédio é para os que se consideram enfermos, se você se
considera são não precisa dele, simples assim, quanto a mim, preciso tomar o
Evangelho todos os dias, e assim será até o fim. À medida que nos limpamos
mais, mais nos sentimos sujos, não por carregarmos culpa, já que o perdão do
Evangelho tira a culpa, mas por aumentar nosso zelo pela obra e nosso temor a Deus.
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07/10/12
Coerência é privilégio dos puros
Tudo é puro para os puros,
mas, para os corrompidos e incrédulos, nada é puro,
pelo contrário, tanto a mente como a consciência deles estão contaminadas.
Eles afirmam que conhecem a Deus,
mas o negam por suas obras,
são detestáveis, desobedientes
e incapazes de qualquer boa obra.
Tito 1.15-16
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