03/07/12

Para não pecar contra Deus

        “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo mais do que convém, mas que pense de si com equilíbrio, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.”, Romanos 12:3.

     Seguindo a orientação de equilíbrio do versículo acima, age com sabedoria quem se contenta com a simplicidade, portanto você não vai desagradar ao seu Deus:

·         se você acreditar nos textos bíblicos não indo além daquilo que está escrito;

·         se você buscar santidade em todos os momentos de sua vida;

·     se você agradecer a Deus por tudo, mas por tudo mesmo, das maiores às menores coisas;

·         se você fizer de Jesus e somente dele o único intercessor entre você e Deus;

·         se você pedir perdão sempre, a Deus, a si mesmo e aos outros;

·         se você se dispor sempre como servo, como menor, como aluno, como o último.
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02/07/12

Pregando o Evangelho com paciência

          “Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. O lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas.”, Tiago 5:7.
Preguemos o Evangelho com paciência não julgando ninguém antes do tempo, mas crendo que todos podem ser salvos pelo nome do cordeiro de Deus, Cristo Jesus. Não desistamos de ninguém, até o fim ainda há oportunidade para todos e o fim ainda não chegou.
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01/07/12

Órfãos e viúvas no século XXI

   “Lavai-vos e purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos as vossas obras más; parai de praticar o mal; aprendei a praticar o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. Vinde e raciocinemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." (Isaías 1.16-18).

A palavra inicial do livro do profeta Isaías é uma palavra dura, resumindo, Deus mostra sua desaprovação a um povo que praticava a religião, que era assíduo nas reuniões e obediente aos costumes e tradições, contudo, seu coração estava distante do Senhor, na prática não vivia a vontade de Deus para sua vida. E qual era essa prática? Simples, ajudar o próximo.
Nós também caímos nesse engano quando vivemos uma vida “cristã” egocêntrica, voltada só para o próprio umbigo, achando que ser espiritual é frequentar os cultos, ter uma aparência correta, cantar um louvor alto, não fazer o mal. Contudo, não fazer o mal não significa que estamos fazendo o bem. Isso é atitude de cristão morno.
Não dá pra ficar em cima do muro como filhos de Deus, apenas numa posição de defesa, é necessária uma atitude proativa, de ataque, ataque do mal fazendo efetivamente o bem. Mas o principal é ser bênção na vida das pessoas. Preocupar-se com elas, falar com elas, orar por elas, e, se for preciso, botar a mão no bolso, oferecer uma ajuda material, financeira.
Talvez em nosso contexto, não existam realmente viúvas e órfãos para serem auxiliados, não como havia nos tempos do antigo testamento, lembrem-se que naquela época as mulheres e as crianças dependiam totalmente do trabalho de seus maridos e pais, a falta desses os deixavam numa situação bem difícil. Mas esse é o conceito atemporal por trás do texto, como a viúvas e órfãos, precisamos ajudar a quem não tem quem o ajude, pode ser que só tenha mesmo a nós.
No contexto da igreja do novo testamento do século XXI, sentar com um irmão que está meio apagado e perguntar para ele o que está acontecendo, ligar para um outro que não tem vindo nos últimos cultos, e com relação aos incrédulos, ter paciência, caminhar com eles, aguardando uma intervenção de Deus no tempo certo, sem violentá-los, condenando-os a um julgamento antes do tempo, em nosso contexto isso significa ajudar viúvas e órfãos.
 Precisamos sair da zona de conforto, de um cristianismo aparente, é claro que se posicionando assim podemos experimentar como resposta uma disposição inimiga, ajudar às vezes é comprar brigas, indisposições. Mas o que precisamos entender é que um cristianismo de aparência desagrada tanto a Deus quanto nenhum cristianismo.
Coloquemos a mão na massa, vivamos aquilo que aprendemos, aquilo que lemos, aquilo que é proclamado nos púlpitos pelos pastores e profetas, isso tudo para que possamos viver uma vida realmente agraciada pela manifestação divina. Muitas vezes nos perguntamos: “fiz tudo certo, por que tudo está dando errado? Porque não fizemos tudo tão certo assim, nossos corpos estão presentes, mas não nossos corações. Esses estão carregados de rancor, de indiferença, de ausência do verdadeiro amor.

"Se estiverdes prontos a ouvir, comereis o melhor desta terramas se recusardes e fordes rebeldes, sereis destruídos pela espada, pois a boca do Senhor o disse.” (Isaías 1.19-20).
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30/06/12

Mate os espinhos senão eles te matarão

        “Outra parte caiu entre espinhos, os quais a sufocaram quando cresceram. Mas outra parte caiu em terra boa e deu fruto, um grão produziu outros cem, outro, sessenta, e outro, trinta.”, Mateus 13:7-8.

Infelizmente, a semente às vezes cai entre espinhos e esses, ao invés de serem destruídos, são mantidos e crescem junto com a planta, resultado: num determinado momento a planta será impedida de crescer, os espinhos serão mais fortes, sufocarão até matarem a planta.
É triste ver pessoas que começam a frequentar a igreja, parece que crescem, ocupam cargos, chegam a posições de liderança e de destaque na igreja, contudo, num determinado momento elas se afastam. De volta ao mundo negam quase tudo que aprenderam, que viviam na igreja, podem passar mesmo a negar o evangelho.
Isso ocorre porque os espinhos não são exterminados, elas parecem que aprendem do evangelho, das coisas do reino de Deus, mas dentro delas, bem escondidinhos, os espinhos estão bem vivos. Aquelas ilusões que elas procuravam no mundo, ainda estão vivas, elas continuam procurando só que dentro da igreja. Ilusão é mentira, no mundo ou na igreja, quando elas percebem que a igreja, ou aquilo que elas acham que igreja, não as saciou, então elas se afastam.
Esse afastamento começa aos poucos, nãos, elas não desistem assim fácil da igreja, afinal de contas esses tipos de pessoas geralmente, pela ambição e não por vocação, conquistam algum prestígio no reino de Deus. Mas é falso, é ilusão, são frutos dos espinhos e não da planta da semente pura do evangelho. Enfim, as pessoas acabam apenas mudando o nome das coisas, dos ídolos, das ilusões, mas no fundo continuam as mesmas, a semente do evangelho realmente não vingou nelas, a ponto de crescer, amadurecer e dar frutos.
Como matar os espinhos? Com trabalho, mesmo com dor, é o preço para que o ego seja quebrado, para que o caráter seja moldado, para que as ilusões, as vaidades, caiam por terra, e então cresça, com liberdade, o homem espiritual, que tem a prioridade no reino do céu, que busca a glória de Deus e que serve, em amor e por amor, a seus semelhantes. Esse sim pode dar um testemunho de mudança real aos incrédulos, pois esse, o homem espiritual, provou uma mudança real, a morte dos espinhos, em sua vida.
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29/06/12

Às vezes é melhor fugir

 “Depois que os magos partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e lhe disse: Levanta-te, toma o menino e a mãe e foge para o Egito; permanece lá até que eu fale contigo; porque Herodes procurará o menino para matá-lo. José levantou-se durante a noite, tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito; permaneceu lá até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que o Senhor havia falado pelo profeta: Do Egito chamei o meu Filho.”, Mateus 2:13-15.

Essa moda de teologia da prosperidade, que ensina que para ser vencedor deve-se ser proeminente em todas as áreas, na financeira, na política, na saúde, tem levado muitos cristãos a uma frustração enorme, já que não conseguem lidar com a realidade que não é a de estar no ponto mais alto em todas as áreas da vida. A permanência dessa frustração leva à depressão e até mesmo ao desejo da morte.
José recebeu de Deus uma ordem para fugir, fugir para o Egito com a mulher e o filho, o filho era Jesus, que antes de filho de José é filho de Deus, sim, o filho de Deus fugiu de uma situação, não a enfrentou. Nesse caso Jesus não teve uma vitória direta sobre seus inimigos, não que não tivesse poder para isso, mas ele sobreviveu, a sobrevivência é que foi sua vitória.
O cristão precisa ser humilde e sensível o suficiente para discernir quando a vontade de Deus é a que ele dê meia volta e mantenha-se longe do confronto. Deus tem seus motivos para isso, no caso de Jesus essa fuga estava prevista há centenas de anos pelas profecias. Contudo, o orgulho, de não querer sair por baixo, e a arrogância, de se achar um cristão forte, pode levar muitos ao caminho contrário da obediência de Deus. O forte não é o que luta sempre e vence sempre, mas o que obedece sempre, e isso pode ser para experimentar, a princípio e aos olhos de muitos, até uma derrota.
Ore a respeito, peça orientação de Deus, mas será que no seu caso, Deus não está dando ordem para que você abaixe a cabeça e ceda, ao invés de tentar enfrentar na força humana uma situação em que você não sairá como vencedor, de nenhuma maneira? Às vezes é melhor fugir.
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28/06/12

Fraco para ser forte: o mistério da vitória

        “Mas ele me disse: A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de muito boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim. Por isso, eu me contento nas fraquezas, nas ofensas, nas dificuldades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois, quando sou fraco, então é que sou forte.”, II Coríntios 12:9-10.

Se é em nossa fraqueza que é manifestada a fortaleza de Deus, então essa fraqueza precisa ser vivida, mas entenda de maneira correta o que é viver essa fraqueza, não é andar no pecado, não é isso não. Andar na fraqueza do homem é andar com a consciência, o tempo todo, que se depende de Deus e somente dele para estar de pé, em vitória, é não esquecer-se um só segundo de que se somos o que somos, o somos por Jesus, pelo cordeiro de Deus.
Muitos não aceitam essa fraqueza, não a querem viver, uma máxima muito usada no mundo atual, nos cursos de motivação profissional, nos livros de autoajuda, na psicologia, é “acredite em si mesmo”, ou “você pode tudo”, ou ainda “seja positivo”. Não, não estou aqui invalidando todos esses pensamentos, mas para o cristão tudo isso deve ser consequência e não causa. A causa é Deus, conscientes de nossas fraquezas e confiando totalmente em Deus podemos testemunhar que somo homens positivos, autoconfiantes, vencedores.
Não aceitar a fraqueza, que Deus mesmo permite que tenhamos para que as coisas sejam colocadas nos lugares devidos, é perder a oportunidade de provar do poder e do amor de Deus. O Diabo, pela boca de filósofos como Nietzsche, prega que essa maneira de ver as coisas, a maneira do Evangelho, é coisa de “ovelha” fraca, ovelha aqui usada da maneira como o filósofo citado achava que era ovelha, dependente espiritualmente, preguiçosa intelectualmente. Bem, todos sabem sobre a vida desse, que blasfemou tanto de Deus e do cristianismo, morreu só, doente, e não compreendido mesmo por seus pares.
Vemos pessoas que passam a vida lutando com enigmas pessoais: a prosperidade econômica que nunca chega, o casamento que não acontece ou que se acontece nunca é satisfatório, os vícios que nunca são vencidos, a sexualidade que não se acerta com aquilo que é chamado de padrão pela sociedade, bem esses são alguns exemplos. Ocorre que muitos não alcançam vitória nessas áreas porque simplesmente não assumem esses assuntos como fraquezas. Buscam apoio mesmo em doutrinas equivocadas, chamadas de cristãs, para tentar triunfar. Nisso não assumem fraquezas como fraquezas, já que desejam a vitória a todo custo, consequentemente Deus não pode tomar as causas em suas mãos e conceder o triunfo.
Por mais estranho que pareça existem vitórias que Deus não quer dar, não da maneira como a gente acha que sejam as vitórias. Então se buscarmos as vitórias, estaremos buscando não de Deus, mas de nós mesmos e do Diabo, aquele que sempre recebe a honra por algo que não é executado por Deus. Veja que essa glorificação satânica pode ser feita de maneira inconsciente, já que poucos em sã consciência querem honrar o inimigo. Mas isso ocorre naturalmente quando acreditamos que a vitória que obtivemos advêm de nossas próprias forças, e não de Deus.
Essa vitória buscada a qualquer preço acontece por orgulho, pela arrogância de não aceitar a própria fraqueza, sim, porque viver com a consciência da fraqueza o tempo todo nos coloca numa posição de humilhação, de humildade, muita gente não quer viver assim. Mas qual é a disposição verdadeira do cristão senão a de ser servo dos outros, preferir em honras os outros e não a si mesmo, de ouvir mais do que falar? Não foram essas as atitudes de Cristo?
Não aceitar a fraqueza e não aceitar o evangelho, é desconverter-se, é lutar uma batalha eterna e sem vencedor. Espero que você que está lendo este texto esteja entendendo o que o Espírito Santo está falando aos nossos corações, caso contrário ore e peça a Deus sabedoria para entender. Não existe outra maneira de se viver o evangelho que não seja o da humildade. Ser humilde é abrir mão de direitos, é deixar de lado a razão, a inteligência, em prol do amor, da misericórdia, é calar-se mesmo tendo na ponta da língua a resposta adequada, o argumento melhor. Contudo, o melhor é que na nossa fraqueza é que Deus nos faz fortes, santos, pacificadores, e é somente assim que o nome de Deus é glorificado.

Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Bem-aventurados os humildes, pois herdarão a terra.”, Mateus 5:4-5.
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27/06/12

Cangalha

        Cangalha é uma armação de madeira, geralmente em formato triangular, que se coloca na cabeça de animais, porcos, ovelhas, etc, para que esses não fujam, o objeto impede que eles passem por brechas menores nas cercas.
Infelizmente, muitas vezes, Deus também precisa colocar cangalhas em algumas pessoas, isso para protegê-las delas mesmas, de alguma ilusão de liberdade que as levem a querer caminhar por lugares perigosos, que porão em risco suas vidas.
A cangalha deixa o animal que a veste feio, é algo desconfortável, desfigura seu corpo, sua estética, quem vê o animal com esse apetrecho fica com uma impressão errada, ruim do mesmo. Assim é quanto vemos um cristão com uma cangalha, não física, mas psicológica, espiritual, ele se apresenta de forma estranha, chegamos mesmo a ficar com receio de se aproximar dele.
O mais humilhante é que todos veem aquele artifício estranho no pescoço do cristão, e todos sabem que se ele veste isso é porque é rebelde, é duro de coração, essa foi a maneira, a única maneira, que houve para que ele não se perdesse mais.
Seja essa a nossa oração: “Deus livra-nos da cangalha, que nunca precisemos dela e se por acaso a estivermos usando, arranque-a Deus, permita que tenhamos liberdade e que a saibamos usar”.

Já que sois livres, não useis a liberdade como pretexto para o mal, mas vivei como servos de Deus.”, I Pedro 2:16.
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