A palavra inicial
do livro do profeta Isaías é uma palavra dura, resumindo, Deus mostra sua
desaprovação a um povo que praticava a religião, que era assíduo nas reuniões e
obediente aos costumes e tradições, contudo, seu coração estava distante do
Senhor, na prática não vivia a vontade de Deus para sua vida. E qual era essa
prática? Simples, ajudar o próximo.
Nós também caímos
nesse engano quando vivemos uma vida “cristã” egocêntrica, voltada só para o próprio
umbigo, achando que ser espiritual é frequentar os cultos, ter uma aparência
correta, cantar um louvor alto, não fazer o mal. Contudo, não fazer o mal não
significa que estamos fazendo o bem. Isso é atitude de cristão morno.
Não dá pra ficar em
cima do muro como filhos de Deus, apenas numa posição de defesa, é necessária uma
atitude proativa, de ataque, ataque do mal fazendo efetivamente o bem. Mas o
principal é ser bênção na vida das pessoas. Preocupar-se com elas, falar com
elas, orar por elas, e, se for preciso, botar a mão no bolso, oferecer uma
ajuda material, financeira.
Talvez em nosso
contexto, não existam realmente viúvas e órfãos para serem auxiliados, não como
havia nos tempos do antigo testamento, lembrem-se que naquela época as mulheres
e as crianças dependiam totalmente do trabalho de seus maridos e pais, a falta
desses os deixavam numa situação bem difícil. Mas esse é o conceito atemporal por
trás do texto, como a viúvas e órfãos, precisamos ajudar a quem não tem quem o ajude, pode ser que só tenha mesmo a nós.
No contexto da
igreja do novo testamento do século XXI, sentar com um irmão que está meio
apagado e perguntar para ele o que está acontecendo, ligar para um outro que não
tem vindo nos últimos cultos, e com relação aos incrédulos, ter paciência,
caminhar com eles, aguardando uma intervenção de Deus no tempo certo, sem violentá-los,
condenando-os a um julgamento antes do tempo, em nosso contexto isso significa
ajudar viúvas e órfãos.
Precisamos sair da zona de conforto, de um
cristianismo aparente, é claro que se posicionando assim podemos experimentar como
resposta uma disposição inimiga, ajudar às vezes é comprar brigas, indisposições.
Mas o que precisamos entender é que um cristianismo de aparência desagrada
tanto a Deus quanto nenhum cristianismo.
Coloquemos a mão na
massa, vivamos aquilo que aprendemos, aquilo que lemos, aquilo que é proclamado
nos púlpitos pelos pastores e profetas, isso tudo para que possamos viver uma
vida realmente agraciada pela manifestação divina. Muitas vezes nos perguntamos:
“fiz tudo certo, por que tudo está dando errado? Porque não fizemos tudo tão certo
assim, nossos corpos estão presentes, mas não nossos corações. Esses estão
carregados de rancor, de indiferença, de ausência do verdadeiro amor.
"Se estiverdes prontos
a ouvir, comereis o melhor desta terra; mas se recusardes e fordes rebeldes, sereis destruídos pela
espada, pois a boca do Senhor o disse.” (Isaías 1.19-20).
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