27/07/12

Napoleão Bonaparte

        Um grande engano que podemos cometer é achar que Deus ama mais a nós do que aos outros, preferi-nos aos outros, tomando somente a nossa causa como certa, a nossa dor como maior, a nossa justiça como a mais saliente. Essa atitude, que a princípio é pura imaturidade, pode se transformar em insanidade, criando nas mentes manias persecutórias e, no outro extremo, delírios, como a psiquiatria chama aquele transtorno que leva as pessoas acharem que são alguém muito importante (os delírios clássicos, retratados em muitos filmes, são o de se achar Napoleão Bonaparte e Cristo).
O remédio para essa ótica equivocada, como sempre, é a humildade. Ela equilibra-nos, não permite que nos sintamos a pior das criaturas, achando que somos perseguidos por todos, e nem deixa que nos tornemos megalomaníacos, achando que somos alguém especial além da conta. Deus ama a todos, a todos mesmo, mesmo aquela pessoa que você considera ser sua maior inimiga, que mais te incomoda, que aos seus olhos mais foi injusta com você. Bem, só o fato de termos essa consideração por alguém, já faz com que estejamos bem próximos da cilada dos extremos, que leva ao egocentrismo e desemboca na loucura.
 Não, o mundo não está todo contra você, e você também não é um deus. O que você vive, todos estão vivendo, a angústia que sente, todos estão sentindo, e a necessidade de ser amado, compreendido e justiçado, todos têm. Nivele sua alma e viva a lucidez que têm somente aqueles que descansam em Deus.
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26/07/12

Xeque-mate?


A simplicidade do Evangelho é barrada quando a dureza do coração do homem revela-se, quando as mazelas da alma humana inventam histórias, criam desculpas, arquitetam planos, para impedir o ser de simplesmente seguir em paz. Ao invés disso ele pode se transformar em lixeiras, armazenando em si o mal do mundo, pesados somos vítimas fáceis das redes do inimigo.
Quem tira vantagem disso é o Diabo, nesses momentos parece até que ele deu um xeque-mate na situação. Xeque-mate, para os que não sabem, é uma jogada do jogo de xadrez que deixa o adversário absolutamente sem saída, cria-se um embate que impossibilita que o jogo siga.
Mas isso, na vida cristã, é apenas aparente, o Diabo não pode dar xeque-mate, o que ele usa é uma disposição de orgulho das pessoas que passam a acreditar numa mentira. Muitas pessoas, mesmo cristãos, perdem tempo em suas vidas enredadas por essa armadilha, metem-se em situações que parecem que não têm solução, isso faz sofrer a si mesmos e aos outros.
É importante que não nos esqueçamos da simplicidade do Evangelho, que se resume em receber e dar perdão. Essa é a única saída para se desvencilhar de redes, que o inimigo e as nossas próprias almas, podem criar para impedir que a vida siga em paz. Não fique armazenando o lixo que os homens despejam sobre você, jogue fora o mal, libere as pessoas, perdoe de verdade, e vá em frente, leve e renovado.
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25/07/12

Mais que aparência de vitória, um coração vitorioso

   “Porém Jacó ficou sozinho. E um homem pôs-se a lutar com ele até o romper do dia. E quando viu que não prevalecia contra ele, tocou a junta da coxa de Jacó, e esta se deslocou enquanto lutava com ele. Disse o homem: Deixa-me ir, porque o dia já vem rompendo. Porém Jacó respondeu: Não te deixarei ir se não me abençoares. E ele lhe perguntou: Qual é o teu nome? E ele respondeu: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.”, Gênesis 32.24-28.

Jacó passou parte de sua vida conquistando vitórias através do engano, do jogo sujo, ganhando coisas que aparentemente nem eram para ser suas. Bem, esse era o estilo de vida de Jacó até o momento de sua luta com o anjo.
Por que Deus permitiu a luta? Para que Jacó legitimasse sua condição de vencedor, veja que naquele momento da luta com o anjo ele já era um vencedor, voltava para a terra de seus pais rico e casado. Contudo, mesmo que fosse vencedor de fato, talvez não o fosse em seu coração, em seu íntimo ainda se sentia um enganador.
Quando nos achamos assim, mesmo em visível condição de sucesso, nos sentimos perdedores, falsos, qualquer atitude, palavras ou mesmo um simples olhar mais duro, nos desconsertam, nos abalam.
Jacó teve que lutar com um anjo para mudar não sua vida social, mas seu coração. Ele saiu marcado dessa luta, foi o preço que teve que pagar, não para ser próspero e célebre, mas para ter paz, a paz que tem aquele que se sente honesto, íntegro, verdadeiro, e não mais um enganador.
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24/07/12

"O que não posso fazer, tu podes!"

Não, isso não me contaram, nem inventei, isso eu vivi, experimentei na minha carne. Eu saí do ensaio do grupo de louvor de minha igreja, no último sábado à tarde, arrasado, quebrado, muito entristecido. Qual foi a razão? Não vou detalhá-la, não, nem é preciso, foi somente mais um daqueles confrontos entre seres humanos, entre egos inflamados, no meio de tantos complexos que eu e muita gente possui, dificuldade que eu e muitos outros têm para conviver com semelhantes, “poderes” que não se quer abrir mão, “coisinhas” que não se quer perdoar e que depois se transformam em grandes coisas.
Bem, se fui humilhado era porque eu estava exaltado, e não por Deus, por minhas vaidades. No domingo à tarde liguei para me pastor num espírito de desânimo, mesmo de desistência, “homem de pouca fé” que sou. Obviamente, ele, em sua experiência e intimidade com Deus, “homem de muita fé” que é, aconselhou-me “a andar mais uma milha”, a “segurar as pontas”, mesmo doído foi o que fiz. Resultado: um homem humilhado entrou no culto, então Deus pode fazer aquilo que Ele queria, apresentar-se glorificado.
Tenho vivido momentos maravilhosos dentro da minha igreja, mas domingo foi especial. Deus usou a equipe de louvor de uma maneira poderosa, a igreja se sentiu à vontade para adorar a Deus, para se apresentar diante dele com louvores, a equipe de louvor estava coesa. A pregação, numa interatividade que só o Espírito Santo pode dar, deu continuidade à ênfase que havia sido dada pela adoração. O pastor foi tomado por um poder genuíno de Deus, em linguagem pentecostal: o fogo caiu! (Nesses momentos a gente pode experimentar um pouquinho daquilo que vai acontecer no céu o tempo todo.)
Dizer o quê? O que já vi tantas vezes e parece que ainda me surpreende sempre que acontece? Que Deus usa os quebrantados e a esses levanta para sua glória? Que na fraqueza do homem é que se mostra a fortaleza de Deus? Que Deus pode o impossível, aquilo que nossas forças não podem? Que Deus pode tudo? “O que eu não posso fazer, tu podes”, esse foi o tema do culto do último domingo, tive certeza de que a equipe de louvor que está na igreja não é vontade de homem, muito menos mérito de homem, é plano de Deus.
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23/07/12

Liberdade pentecostal!

           Privei-me durante um tempo da bênção que é ter liberdade para falar com Deus, adorar a Deus, ao invés disso eu julguei, pequei, sofri. Hoje entendo o que é simples, se as pessoas expressam com veemência seus sentimentos num show de rock, numa partida de futebol, num bar com os amigos, todas essas experiências vãs e superficiais, por que não posso expressar com a liberdade pentecostal minha alegria por andar com Jesus, que transformou minha vida, que me deu a verdadeira razão para existir? Não perca mais tempo, peça o batismo no Espírito Santo, peça os dons, se já os tem, peça uma renovação. Tantas doenças, principalmente psicológicas, podem ser curadas simplesmente pela adoração livre e santa oferecida a Deus, glória a Deus!    

Prega a palavra

        “prega a palavra, insiste a tempo e fora de tempo, aconselha, repreende e exorta com toda paciência e ensino.” (II Timóteo 4.2).

Tenho recebido retornos nesse blog, confesso que demorou algum tempo para que isso acontecesse. Graças a Deus, ele me deu a consciência, repito, por sua misericórdia e não por qualquer mérito meu, de compartilhar através desse blog minhas reflexões diárias sobre o caminhar com Jesus, sem esperar nenhum retorno de homem ou qualquer tipo de notoriedade.

Disse também: O reino de Deus é comparável a um homem que lança a semente à terra; quer esteja ele dormindo à noite, quer acordado de dia, a semente acaba brotando e crescendo, sem ele saber como. A terra produz o grão por si mesma, primeiro a planta, depois a espiga, e por último o grão que enche a espiga. Mas, assim que o grão amadurece, o homem logo lhe passa a foice, porque chegou a colheita.” (Marcos 4.26-29).

Mas é assim o testemunhar do evangelho, como o lavrador jogando sementes no solo. Parece que não vai vingar, as sementes somem na terra e ficam escondidas por lá por tempos. Contudo, num determinado momento a plantinha começa a aparecer, pequenina, mas verde, cheia de vida. Aparece uma, depois a outra, e vai, com mais algum tempo elas crescem, se tornam lindas árvores. Depois vêm as flores e finalmente os frutos.

Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para lá, mas regam a terra e a fazem produzir e brotar, para que dê semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me agrada e cumprirá com êxito o propósito da sua missão.” (Isaías 55.10-11).

A palavra de Deus nunca volta vazia, se a plantarmos em sinceridade e em verdade ela, no momento certo, dará seus frutos. Muitos criticam a internet, as redes sociais, o Facebook, etc, mas tudo isso são apenas mais alguns caminhos. Esses podem ser usados para chegar a vários lugares, o filho de Deus pode usá-los para compartilhar sua vida com o Pai.
Mas seja qual for o meio que você pode usar para evangelizar, a dica que eu dou é que não desista, nem o faça por aprovação humana. Deus está vendo e Deus que tudo vê lhe dará o retorno pelo seu trabalho, a bênção na vida das pessoas e a alegria, em sua vida, por ver o trabalho feito. Quer saber? Essa alegria não tem preço, e é um privilégio do filho de Deus que obedece seu pai.

Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um segundo suas obras.” (Mateus 16.27).
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22/07/12

A motivação certa

        Se quiser lutar pelo Evangelho, se quiser falar dele para alguém, não faça por desencargo de consciência, por remorso, para se sentir mais espiritual, porque a igreja e o pastor mandam, porque disso dependerá sua prosperidade material, não, tudo isso é vaidade, é engano. Se você testemunhar por um desses motivos, a pessoa evangelizada até será abençoada, já que o Evangelho tem um fim em si mesmo, mas você não será.
Fale do Evangelho para que o nome de Deus seja louvado e para que a pessoa que receberá seu testemunho seja realmente feliz através do poderoso nome de Jesus. Um texto define o princípio que deve ser seguido para que a motivação certa esteja por trás do compartilhar do Evangelho:

Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.”
Mateus 22.37-40
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