sexta-feira, julho 27, 2012

Napoleão Bonaparte

        Um grande engano que podemos cometer é achar que Deus ama mais a nós do que aos outros, preferi-nos aos outros, tomando somente a nossa causa como certa, a nossa dor como maior, a nossa justiça como a mais saliente. Essa atitude, que a princípio é pura imaturidade, pode se transformar em insanidade, criando nas mentes manias persecutórias e, no outro extremo, delírios, como a psiquiatria chama aquele transtorno que leva as pessoas acharem que são alguém muito importante (os delírios clássicos, retratados em muitos filmes, são o de se achar Napoleão Bonaparte e Cristo).
O remédio para essa ótica equivocada, como sempre, é a humildade. Ela equilibra-nos, não permite que nos sintamos a pior das criaturas, achando que somos perseguidos por todos, e nem deixa que nos tornemos megalomaníacos, achando que somos alguém especial além da conta. Deus ama a todos, a todos mesmo, mesmo aquela pessoa que você considera ser sua maior inimiga, que mais te incomoda, que aos seus olhos mais foi injusta com você. Bem, só o fato de termos essa consideração por alguém, já faz com que estejamos bem próximos da cilada dos extremos, que leva ao egocentrismo e desemboca na loucura.
 Não, o mundo não está todo contra você, e você também não é um deus. O que você vive, todos estão vivendo, a angústia que sente, todos estão sentindo, e a necessidade de ser amado, compreendido e justiçado, todos têm. Nivele sua alma e viva a lucidez que têm somente aqueles que descansam em Deus.
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