07/08/12

Dois exemplos de fé

        “Ele lhe disse: Vem. Descendo do barco e andando sobre as águas, Pedro foi ao encontro de Jesus. Mas, ao perceber o vento, teve medo; e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me.
Os homens do lugar o reconheceram e divulgaram isso por toda a região; e levaram-lhe todos os enfermos. E rogaram-lhe que apenas lhes permitisse tocar a barra do seu manto; e todos os que a tocaram foram curados.”
Mateus 14.29-30 e 35-36

Pedro, que já tinha visto tantos milagres de Jesus, acabara de ver a multiplicação de pães e peixes e estava vendo seu mestre e ele mesmo caminhar sobre as águas, duvidou.
Outros homens, que não caminhavam com Jesus, simplesmente por terem ouvido falar dos milagres creram que se somente tocassem a barra do manto do mestre seriam curados.
Em qual exemplo nós nos encaixamos? Naquele do que vê e vê, prova e prova, mas continua duvidando? Ou daqueles humildes, que sabem que o mínimo já é suficiente para que aconteça um grande milagre?
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06/08/12

Deus nos livra de todas as solidões

        A alma humana tem várias solidões, eu tenho tido a alegria, nesse meio de outono que minha alma vive, de ter uma família, uma mulher e duas filhas maravilhosas que suprem a maior solidão que um homem pode ter; também tenho encontrado e reencontrado amigos, de todos os tipos, fiéis, que sei que caminharão comigo por muitos anos; mas ainda me restava uma solidão, a falta de companheiros de oração, de adoração, soldados do exército de Jesus, só Deus sabe por quantos anos eu lutei sozinho com meu espírito; bem, encontrei esses companheiros numa igreja, não é a mais perfeita do mundo, isso nem existe, mas é a que Deus preparou pra mim, nela sou abençoado e abençoo; Deus, só Ele para nos dar companhia em todas as nossas solidões.
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05/08/12

Troque as máscaras por um elmo

        Não temos somente uma disposição, um rosto, uma cara, temos várias. Quais são elas? Depende de quem nos vê, de como, de quando nos vê. Uma é a cara que os outros veem em nós, outra é a que achamos que temos, uma é aquela que gostaríamos de ter, e finalmente existe aquela que é nossa cara de verdade. A nossa cara de verdade, dificilmente mostramos. Ao invés disso, usamos máscaras, na maioria dos casos para mostrar uma cara melhor do que aquela que achamos que temos, nem digo melhor que a que temos, porque na verdade ninguém é melhor que ninguém. Mas por não aceitar o que temos, sempre optamos pela máscara.
Então, os que se expõe demais, se fecham, os que choram demais, querem gargalhar o tempo todo, os que se acham “burros”, fazem cara de intelectuais, de sábios, os que se incomodam com tudo, se fazem de displicentes, os que se sentem culpados, carnais, fazem panca de santarrões. As máscaras são "proteções", parte de uma armadura que construímos no decorrer de nossas existências. Crianças não usam essas armaduras, não precisam de máscaras, conseguem ser elas mesmas e sentirem-se bem com isso. Mas mascaras, na verdade, não nos protegem de nada, elas só mutilam nossas almas.
A conclusão que cheguei é que dificilmente mostramos nossa cara de verdade, e quer saber? Nem é preciso quando nós a entregamos a Deus. Ele nunca estranha nossa cara, seja ela brava, como é a minha na maior parte das vezes, devo confessar, ou outra qualquer, Deus nos ama sempre. Mas aquele que se entrega a Deus, que dá a Ele autorização para transformar e guiar sua vida, recebe dEle uma nova cara, o rosto de Jesus. Essa cara não é uma máscara, mas um elmo espiritual, elmo é a parte da armadura que cobre a cabeça. Melhor ainda, Deus não cobre só a nossa cabeça, mas protege o nosso corpo todo.
Quer se livrar de máscaras? Permita que Deus vista você com a sua armadura, ela sempre lhe conferirá um brilho, um sorriso, uma segurança, verdadeira e sincera, com ela você se sentirá feliz e satisfeito consigo mesmo, sem precisar usar qualquer tipo de máscara.
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04/08/12

Lidando com inconveniências

        “Então os discípulos de João vieram, levaram o corpo e o sepultaram. Depois, foram contar essas coisas a Jesus. Ouvindo isso, Jesus retirou-se dali num barco e foi para um lugar deserto, à parte; e quando as multidões souberam disso, seguiram-no a pé desde as cidades. Ao desembarcar, ele viu uma grande multidão, teve compaixão dela e curou os enfermos. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora já está avançada; manda embora as multidões, para que possam ir aos povoados comprar algo para comer. Jesus, porém, lhes disse: Eles não precisam ir embora; vós mesmos dai-lhes de comer.
(Mateus 14.12-16)

Sabe a hora errada, aquela hora que você não está preparado para ser social, aquela hora que você quer ficar sozinho, no máximo com esposa e filhos? Sei lá se você acordou torto, estressado, confuso, mas o que você mais precisa é de um descanso, de algum tempo de reflexão, de ficar somente na sua presença e na de Deus.
O texto diz que Jesus retirou-se para um lugar deserto, pode até ser que ele tenha feito isso ciente de que as pessoas, muitas pessoas, se aproximariam dele e esse seria o melhor local para recebê-las, pode ser que tenha sido isso. Mas vamos tentar refletir em cima da possibilidade de que ele se afastou para orar, precisando mesmo de um momento sozinho. Essa possibilidade pode ter sido a real, já que ele tinha acabado de receber a notícia de que João, o que batizava, tinha morrido.
Sim, isso com certeza deve ter apertado seu coração, já que ele sabia que seu fim seria semelhante. Que se diga novamente, que Jesus, mesmo sendo Deus encarnado, naquele momento era carne. Jesus sofria sim, com o medo do futuro, de seus inimigos, tudo que eu e você poderíamos sentir num situação semelhante a dele, ele sentiu. A diferença é que ele não pecou quando sentia isso (na verdade nenhum homem vivenciou o sofrimento que Cristo experimentou, nenhum homem carregou sobre si o pecado da humanidade inteira).
 Mas num momento de dor, de apreensão, de necessidade de estar só, a multidão o procurou, primeiramente para obter cura e ensinamentos e depois para obter alimento. Na segunda necessidade, Jesus até tentou delegar aos discípulos a solução, mas eles não tiveram fé para isso. Então, novamente, Jesus teve que agir pessoalmente em prol das pessoas.
O ponto dessa reflexão é o seguinte: que paciência, que amor, que diligência Jesus demonstrava num momento que para ele poderia ser um grande inconveniente dar atenção às pessoas. E digo mais, num momento tão dolorido, foi quando Jesus realizou um de seus maiores milagres, a multiplicação dos pães e peixes. Novamente Deus se mostra grande na fragilidade.
Se Deus deixar você ser incomodado em um momento de fragilidade, se essa “inconveniência” for permitida por Deus, não vire as costas, faça sua parte, Deus poderá estar querendo realizar através de sua vida um feito espetacular.
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03/08/12

Não impressione, obedeça

        “E, chegando à sua cidade, passou a ensinar o povo na sinagoga, de modo que este se maravilhava e dizia: De onde lhe vêm essa sabedoria e esses poderes miraculosos?
Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?
E não estão entre nós todas as suas irmãs? Então, de onde lhe vem tudo isso?
E escandalizavam-se por causa dele. Jesus, porém, lhes disse: É somente em sua terra e em sua casa que um profeta não é honrado.
E não realizou muitos milagres ali, por causa da incredulidade deles.” 
Mateus 13.54-58

Sim, é bem mais difícil testemunhar aos parentes, de que para outras pessoas, por dois motivos: primeiro porque eles nos conhecem melhor, sabem de nossos pontos fracos, e no meio de parentes sempre existe uma competitividade; segundo porque nós erramos na dose, pelos mesmos motivos que eles desacreditam em nós, queremos sempre mostrar mais do que somos, queremos impressioná-los.
(Abrindo aspas, ao contrário de que muitos pensam, Maria, mãe de Jesus encarnado, teve mais filhos além dele, gerados em seu matrimônio com José, diferente de Jesus que foi gerado pelo Espírito Santo, Maria foi uma mulher escolhida por Deus, mas uma mulher comum, como tantas outras, sem qualquer capacidade mediadora, capacidade essa propriedade somente de Jesus Cristo, fechando aspas).
Voltando ao tema, Jesus fez o contrário do que nós geralmente fazemos, ao invés de insistir, tentando convencer as pessoas de sua cidade natal de que ele era o unigênito filho de Deus, salvador da humanidade, ele se calou, não realizou muitos milagres no lugar. Essa lição não serve apenas para os parentes, mas para todos aqueles que teimam em não acreditar em nosso ministério.
Não, não insista, o Evangelho não deve ser vendido barato, custou um preço alto demais. Entregue nas mãos de Deus e siga, não alie sua paz à aprovação das pessoas, sejam parentes, sejam quem forem, alie sua paz àquilo que Deus pensa de você. Deus conhece sua sinceridade, para Ele você não tem que provar nada, apenas obedecer.
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02/08/12

Amigo certo para a hora certa

    Amigos são como uma roupa que cai bem, cabem exatamente em nós, não em nosso corpo, mas em nossa alma, num determinado momento. Servem para nos proteger de um frio ou nos ambientar com o calor, e fazem isso de forma absolutamente correta, como uma roupa com o material e o número certo.
Outros, não tão amigos, sempre parecem sobrar ou apertar, nos deixam com frio ou desconfortavelmente quentes, não é que eles não tentam, mas eles não conseguem, não conseguem porque não podem, não podem porque são diferentes demais da gente. Amigos cabem certinho, e nem são todos para todos os momentos, cada um tem seu jeito certo de servir para determinado momento de nossa alma.
Mas um amigo especial é aquele que serve para a maior parte de nossos momentos, são como uma calça jeans velha, combinam com um tênis e uma camiseta em dia de verão, com um sapato social e um blazer numa noite de inverno, até com pés descalços e sem camisa, dentro de casa, vendo televisão. Eu tenho a sorte de ter amigos assim, não são muitos, são certos para a hora certa, a hora que só minha alma sabe do que precisa. Meu mais especial amigo é Jesus.
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01/08/12

Vá com calma

É simples, caminhe com Jesus e compartilhe esse caminho com os outros, sem pressa, sem máscaras, sem se achar melhor que os outros por isso, quando leio os evangelhos fico imaginando como era o andar de Jesus encarnado entre os homens, onde ele ia, com quem ia, como ia, o que falava, como tomava suas refeições, onde dormia, como reagia, como orava, mesmo sabendo o fim que teria, era simples, sem pressa, somente ia, ia com Deus.
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