Pentecostalismo: você realmente sabe o que isso representa?

       Palavra avivada, palavra pentecostal, palavra de poder, palavra ungida: você realmente tem certeza do que é isso? 

        O termo pentecostal já é entendido de forma equivocada por muita gente. Orar pedindo que o pentecostes aconteça, como aconteceu em Jerusalém no início da história da Igreja, já é um engano. O evento espiritual que ocorreu durante a festa de pentecostes, foi a inauguração do ministério do Espírito Santo, algo que só aconteceu uma vez e que não precisa acontecer mais. O Espírito Santo já está no nosso meio e habita todo aquele que confessa que Jesus Cristo é seu salvador e senhor.

        Outra coisa que se confunde são experiências emocionais com presença de Deus. Sim, quando Deus age nós o sentimos, e é assim que tem que ser. Contudo, a atuação de Deus muda nossa vida, nossas ações, nosso dia a dia, não é pra ser uma sensação momentânea, por mais forte que ela seja. Lembro que muitas religiões, não cristãs, também experimentam transes e clímax emocional, principalmente em grupos, e isso nada têm a ver com Deus.

        Na verdade, uma geração quer sentir e ver, e crer em milagres físicos e materiais, contudo, ela precisa urgentemente buscar santidade e salvação, para si mesma, para seus filhos, para seus familiares, paras a sociedade, para o Brasil e para o mundo, com humildade e quebrantamento, sem fazer exigências, mas obedecendo a Deus de verdade e em tudo.

Fé não é o suficiente

        Parte da igreja evangélica está caindo na mesma heresia que a igreja romanista caiu, dentre várias outras, achar que porque existe fé e se fala em Deus tudo é possível, seja na prosperidade material ou em qualquer outro tipo de atuação divina, assim, usam a Deus, mas não querem ser usados por ele, querem que Deus os sirva, já que têm fé, mas não querem servir a Deus. Não, não basta convicção e viver ao redor de Deus, tem que haver obediência, temor e centro da vontade de Deus.

Natal: uma oportunidade

         Talvez você não goste do natal, isso pode acontecer por vários motivos. Talvez porque se sinta só nesse dia, talvez porque esteja sem esperança, talvez porque se sinta entediado e triste com a vida de maneira geral. Talvez porque você não dê crédito ao cristianismo e a tudo que ele significa, por alguma convicção religiosa pessoal, ou simplesmente por não assumir que seu desgosto com Jesus seja porque se sinta acusado por tudo o que o evangelho pregue. 

        Contudo, é preciso humildade, para aceitar certas coisas, mesmo as tradições e costumes, é preciso humildade para se assumir como humano, demasiado humano, e como um homem ou mulher qualquer, em meio a muitos, pelo menos no mundo ocidental, celebrar aquilo que a maioria celebra. Mas talvez seja preciso apenas aproveitar uma oportunidade, onde Jesus e tudo o que ele representa, é festejado, e então estar junto dos mais amados com um carinho especial. 

        Mesmo que o cristianismo institucionalizado tenha se corrompido tanto, renovado algumas vezes, e novamente se corrompido, Jesus nunca se corrompeu, acredite. Se você buscar a ele, não as religiões, você o achará, e então entenderá realmente o que significa o natal, o nascimento do Cristo. Ainda que saibamos que historicamente ele não tenha nascido em dezembro, é uma oportunidade, talvez a melhor de todas, para que Jesus nasça em você. 

        Quando Cristo nasce em nós, nós morremos para nós mesmos, e somente mortos podemos experimentar a vida que Deus pode dar, de cura, libertação, de paz e esperança. Que tenhamos a humildade para aproveitar esse período do ano, para acharmos nossa humanidade, nossa simplicidade, então podermos ter uma experiência especial com Cristo, nosso único salvador.

Desviados não assumidos?

          Me considero um cristão bem aberto à evolução do homem e as respostas que a Bíblia dá para os homens de todos os tempos, também sei achar sabedoria e bom censo na literatura, na filosofia, nas ciências e nas artes, mesmo que saiba que as sagradas escrituras suplantam a tudo em extensão, profundidade e altura. 

       Contudo, me preocupam ditos cristãos que têm mais coragem de compartilhar reflexões e poemas humanos do que versículos bíblicos, ditos crentes que enfatizam o evangelho de um amor que aceita tudo e que não disciplina ninguém, ditos irmãos e irmãs que já não acham em nenhuma denominação cristã protestante (ou evangélica) lugar adequado para seus pensamentos liberais e modernos. 

        Esses, que não têm coragem para assumir seus desvios e que se acham acima de qualquer igreja, estão prestes a descrerem no inferno, prestes a achar que todos os caminhos levam a Deus, próximos de um afastamento herege e abominável, mas convictos de que ainda estão no centro da vontade de Deus. 

          Não que não haja exceções, não que Deus não conheça a sinceridade e as excepcionalidades de cada um de nós, mas até que ponto muita coisa não é apenas o orgulho de se achar mais real que o rei, acima do bem e do mal, será que existe uma igreja perfeita ou é justamente nessa imperfeição permitida pelo altíssimo que nossas imperfeições são aperfeiçoadas? Pense nisso.

Esteja por inteiro numa igreja

     "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna." Mateus 5:37

      

      Não fique sem igreja, e se estiver oficialmente ligado a uma, esteja ligado por inteiro, não use igreja ruim como desculpa para estar afastado, a responsabilidade de buscar, achar e se ligar a uma igreja, é sua, para que você seja bênção nas vidas das pessoas e abençoado por elas.

Política não deve ser mais importante que Jesus

          Apesar de pessoalmente não ser politicamente engajado, dificilmente falo de política, ou defendo esse candidato ou aquele partido, entendo e respeito cristãos que levantam bandeiras nessa área. Contudo, quando a defesa de uma posição política, de um candidato ou de um partido, por um cristão, se torna algo mais importante, mais frequente, que o testemunho do evangelho, quando a promoção da política, por mais correta e justa que seja, toma mais tempo do crente que o testemunho de Jesus, então, eu fico preocupado sobre até que ponto tal crente realmente está vivendo no centro da vontade de Deus para sua vida. Eu pergunto, até que ponto, cristãos envolvidos com bandeiras políticas, não estão se secularizando, desviando-se da verdadeira vocação espiritual que tem todo aquele que teve um novo nascimento em Cristo e que deve viver assim exclusivamente para Deus?

Preços que se pagam, não que se cobram

        Sou de um tempo quando os títulos de pastor, diácono e missionário, eram respeitados por serem legítimos, pessoas pagavam altos preços de abnegação por eles.

        Hoje esses títulos são dados a qualquer um, gente que não paga preço, e quando dizem que pagam são dificuldades que qualquer um vive em começo de vida profissional, nada excepcional, mas exagerados por quem quer dar legitimidade ao que faz.

     Contudo, tais profissionais dos púlpitos, exigem altas remunerações para desempenharem ministérios que lhes são concedidos pela graça de Deus, e com pouco tempo de trabalho já querem colher estabilidade financeira que trabalhadores comuns e honestos demoram anos para ter.
         É hora de parar de querer usar a Deus, mas deixar-se ser usado por ele, de parar de querer que Deus nos sirva, mas servirmos a ele, de parar de manipular e de possuir a igreja de Cristo, mas de tratá-la com respeito, como a noiva do cordeiro, como mordomos temporários de algo que não pertence a homem algum, mas é posse de Deus.