09/01/18

O feliz caminha leve

      Não somos felizes pelo único fato de não nos cansarmos de sermos infelizes. Assim, não diga que é infeliz por ser fraco, é preciso muita força para ser infeliz, e acredite, muito menos força para ser feliz. Por quê? O infeliz se dá ao trabalho de atacar tudo e se defender de todos, o tempo todo.
    A felicidade, contudo, acontece naturalmente para os que se dão menos importância que realmente têm, que não vivem numa eterna competição, mas deixam que cada um mostre sua luz na hora certa e no lugar certo. O feliz viaja com menos peso, pois abre mão de mágoas e autoafirmação, a felicidade o deixa leve. O que é ter paz senão caminhar leve?

08/01/18

O que você quer ser quando crescer?

      Deus sempre tem coisas especiais para quem deixa-se ser tratado como especial, e não vive só como todo mundo vive, para agradar a todo mundo. Isso não é egoísmo, mas busca de um lugar nesse mundo que é só seu, preparado por Deus, portanto um direito, não um capricho.
      Isso não é ser mimado, bem ao contrário, dos especiais Deus exige mais, muitas vezes são expostos a provas mais duras para adquirirem a maturidade necessária para exercerem o plano diferenciado do Senhor. Mas como foi dito no início, Deus trata como especiais aqueles que permitem serem tratados assim.
      Não se engane, se não quiser pagar o preço, não terá papel de protagonista, de alguém que faz diferença neste mundo como luz. Mas também não se iluda, protagonista no reino de Deus sempre seguirá o modelo de Cristo, de servo, mesmo de sofrer injustiças e confrontos para que o nome de Deus, e não de homens, seja engrandecido em primeiro lugar.
      De verdade, o que você quer ser quando crescer espiritualmente?

07/01/18

Quando o cristianismo se torna seita

      Se há rito, não há Deus, se há sacerdote, não há Jesus, se há religião, não há o Espírito, mesmo que ritos, sacerdotes e religiões lembrem e ensinem sobre Deus, Jesus e o Espírito Santo. O verdadeiro cristianismo não é uma lembrança de Cristo, uma celebração de ícones cristão, é o próprio Cristo, é a presença viva de Deus nos homens através do Espírito, é vida, muito mais que memória.
      Quando o homem recorre a um rito, que é a encenação de um acontecimento relevante, mesmo que seja do Evangelho original, ou a algum sacerdote para ser intercessor, ou a trabalhos religiosos, para obter algum favor de Deus ou se aproximar do altíssimo, é porque o verdadeiro cristianismo já não existe. Nesses casos a religião, no sentido puro da palavra, como forma de religar o homem a Deus, se tornou seita e afastou-se de vez de Deus.
      Por que o catolicismo talvez seja a mais eficiente das seitas do cristianismo, e por isso a mais antiga, no sentido de afastar o homem de Deus? Porque ele mostra a porta, mas esconde a chave, enaltece a luz, mas mantém a contemplação dela nas trevas. O catolicismo, em sua essência doutrinária, leva Cristo num ícone acorrentado ao pescoço, mas não o experimenta no coração, pois quem tem Jesus no coração de fato, abomina todo tipo de ícone.
      Não pense que por isso um católico realmente fiel a seus dogmas não tem uma experiência sensorial com aquilo que ele chama de cristianismo, claro que tem. Mas quem não tem? Através de uma genuína experiência com Deus através de Cristo? Não necessariamente, mas através dos mistérios da mente, de crenças que experimentam um sincronismo com a vontade de Deus que beneficia a todos, ou de energias que podem consolar e curar alma e corpo humanos através de, simplesmente, a fé.
      Contudo, tão próximos da verdade, com Bíblias, mesmo que um pouco diferentes, nas mãos, a misericórdia de Deus ainda permite que muitos católicos conheçam a Cristo como salvador, assim, não julguemos de forma alguma, antes oremos por eles e por tantos ditos evangélicos ou protestantes que também têm se tornado seitas.

06/01/18

Luz e trevas, vida e mortes: ciclos

      Nas trevas não há luz? Há sim, se ela estiver guardada dentro de nós. Mesmo que a luta seja terrível, a dor incessante, os inimigos armados e multiplicados, e nós, tristes e enfraquecidos, sem visão de saída, se houver dentro de nós a luz, ela será suficiente para iluminar todas as trevas. A luz é Deus através Jesus, uma experiência de redenção que se tendo uma vez, se muda a vida de uma pessoa para sempre, abre-se uma porta que nunca mais se fechará.
      Nós morremos várias vezes em vida, antes de provarmos a morte derradeira da carne. Em cada morte, as trevas podem tomar conta de tal maneira de nossos sentimentos e pensamentos, que morre uma fase de nós, um período de nossas existências. Se morre é porque não teve vida espiritual para sobreviver. Mas o que vem depois dessas mortes, dessas pseudos vitórias das trevas? Uma vida mais duradoura, mais próxima da última, aquela que levaremos conosco depois da derradeira morte da matéria, mas isso só se deixarmos a luz de Deus vencer em nós.
      Ocorre, entretanto, que muitos de nós, muitas vezes, nos negamos a morrer, nos vemos cercados de trevas e ao invés de nos abrigarmos na centelha de Deus que habita dentro de nós, chamada Espírito Santo, achamos morada nas trevas exteriores. Aqui uma atenção: muitas das saídas que religiões, filosofias, e mesmo que ensinamentos que parecem "espiritualizados", como meditações, contatos com entidades espirituais, oferecem, são soluções das trevas exteriores, não de Deus, portanto não são luz, mesmo que gostem de se autodenominarem "iluminadas".
      Alguém pode argumentar: mas o Deus infinito e verdadeiro, ele pode se limitar aos limites da pequenez de nossos corações? Ele não estaria, não dentro de nós, mas fora, em tudo, em todos os universos? Sim, fisicamente, e como "físico" me refiro mesmo à matéria espiritual ("energética"?), Deus está em tudo. Mas Deus, como nos revela o Evangelho e diferentemente de como interpreta o ocultismo, o esoterismo, não é uma energia neutra e impessoal. A presença abençoadora e pessoal de Deus, está aliada à moralidade, às virtudes, ao verdadeiro bem.
      No tempo que nós humanos chamamos de presente, Deus tem tudo em suas mãos, mas permite que diabos e demônios tenham seus domínios e poderes. Quem dá ao mal essa legalidade é o homem, assim onde o homem deixa o mal agir, nesses espaços físicos geográficos, no planeta Terra e no céu ao redor dele, Deus não agirá de forma plena até o final dos tempos, a não ser que o livre arbítrio do homem permita. Um ponto importante a se entender: o homem tem mais poder que o diabo, o homem pode ser salvo, o diabo não.
      Por isso a presença de Deus através do Espírito Santo nos corações dos salvos, dos novos nascidos, é de vital importância para que o homem ache a luz mesmo em meio às trevas. Essas trevas, nesse tempo presente, existem de um jeito ou de outro, "o mundo jaz no maligno". Mas numa situação especial de luta, podemos permitir que essas trevas dominem mesmo nossos sentimentos e pensamentos. O convertido não fica endemoniado, mas pode ser oprimido sobremaneira. Por isso, repito, a luz do Espírito Santo que habita dentro daquele que escolheu a salvação por Cristo, precisa ser assumida para que ele ache abrigo, forças e paz.
      Qual a conclusão disso tudo? Olhe pra Deus, não para a situação, e faça isso sem exigências, faça para achar, antes mesmo da solução, a paz. Aliás, não se preocupe com solução, descanse em Deus e deixe que ele, no seu tempo, execute a solução, só siga em paz e trabalhando. Essa é a primeira e a mais importante vitória sobre as trevas, ela permite que abramos a porta para o mundo espiritual de luz, dentro do salvo. Está no Espírito Santo que habita um coração desde que ele foi entregue nas mãos de Deus, na primeira vez de forma significativa, e se converteu ao Evangelho, nasceu de novo em Cristo.
      Essa marca de luz presente exclusivamente no penhor do Santo Espírito e em nenhuma outra experiência mística ou espiritual, pode tornar o homem parte da luz eterna do Deus verdadeiro, mesmo que no presente ainda viva no meio de um mundo de trevas. Acredite, essa centelha que pode habitar um coração pequeno e humilde, é mais poderosa que um mundo inteiro de trevas, é a manifestação do poder de Jesus Cristo em nós, homens mortais.

05/01/18

Sabemos o que precisamos saber

      "Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos." Apocalipse 10.7

      O que Deus deixou em mistério não é porque Ele não quer nos revelar, mas é porque nós não precisamos saber, porque hoje não é tão importante quanto achamos que é. Se Ele revelasse, os com menos entendimento não entenderiam e se sentiriam inferiores, enquanto que os com mais entendimento entenderiam e se achariam superiores. Para que todos achem a paz hoje, Deus revela só o que vai tratar todos com igualdade e justiça, que é suficiente para termos perdão dos pecados e comunhão com o Senhor.

04/01/18

Busca de Equilíbrio

      O que é a vida? Busca de equilíbrio, eis uma resposta bem razoável. Vamos refletir sobre ela?
      Bem, acordamos de manhã, vivemos o dia e adormecemos à noite numa busca incessante pelo equilíbrio. Poucos assentam-se num extremo e acomodam-se, para não dizer ninguém, a maioria procura um meio termo. Religiões são os lugares onde as pessoas mais tentam achar equilíbrio, eu disse tentam. Culpados e cativos de vícios, buscam nelas a libertação e a espiritualização que não acham em suas realidades. Quanto mais culpa e escravidão, mais hipocrisia e alienação, já que religiões são invenções, adequações, ilusões, humanas. 
      O diabo (seja ele quem for para quem quer que seja) usa o homem? Não, é o homem que usa o diabo, mesmo que não seja o homem que quer ser o diabo, mas é o diabo que tem inveja do homem e quer sê-lo. Seres humanos do século XXI, tendo à sua disposição, principalmente na internet, a história da humanidade (mesmo que equivocada já que é registrada pelos vencedores, que não são necessariamente os melhores e mais justos), têm a informação necessária para entender isso de uma vez por todas: o homem reina absoluto sobre a terra e é o único responsável por tudo.
      O equilíbrio mais desejado é aquele entre a dor e o êxtase, todos temos dores incuráveis, ao menos, todos que estão emocionalmente vivos e minimamente lúcidos. O êxtase é experimentado tanto pela adição de elementos químicos e físicos que alteram o estado de consciência, como drogas e bebidas alcoólicas, como por experiências naturais que aumentam a criação de por exemplo, adrenalina e endorfina pelo próprio corpo humano na prática do sexo ou de esportes.
      Mas o êxtase também é sentido em experiências religiosas, que muitos consideram que sejam puramente espirituais, mas são físicas, como meditação, mediunidade, e mesmo falar em línguas estranhas e adoração ao divino. Não, não estou colocando experiências carnais, espirituais com espíritos do mal e espirituais com o Espírito Santo tudo no mesmo nível. Contudo, o homem imaturo pode usar coisas diferentes com o mesmo fim egoísta: busca de equilíbrio.
      O que muitas pessoas não aceitam, principalmente as novas nascidas em Cristo, é que equilíbrio assim como salvação é livre arbítrio, é uma escolha racional que nós devemos fazer de forma pessoal. Os vícios da carne podem até ser lícitos em alguma instância, mas falar em línguas estranhas também é, se for de uso extremado. Não se pode ingerir bebidas alcoólicas o tempo todo, isso mata o corpo e nos afasta do Espírito Santo. Mas também não se pode falar em línguas estranhas e profetizar o tempo todo, fazer isso não é sintoma de espiritualidade nem de maturidade espiritual.
      Na eternidade com Deus, com os corpos transformados, poderemos até adorar a Deus por períodos maiores, mas mesmo lá, penso que não será assim, porque isso não será necessário. Não podemos avaliar uma existência plenamente espiritual baseados numa visão que temos da espiritualidade na carne. Nem João evangelista teve essa visão, sua ótica foi distorcida, e pra nós hoje é conveniente que seja assim, para termos equilíbrio. Tentar viver em jejum e em êxtases "espirituais" por tempo demais, pode enlouquecer tanto quanto o uso de l.s.d..
      Deus não nos dá equilíbrio como um dom, ele nos oferece os mistérios espirituais, assim como o diabo nos vende os prazeres carnais. Mas somos nós que temos que aprender a administrar carne, mente, coração e espírito, de forma a achar o equilíbrio. É dessa forma porque Deus nos dá não só um espírito transformado pelo Espírito Santo, mas também um corpo, que come, bebe, faz sexo, dentre outras coisas, assim como habilidades intelectuais para adquirir as várias facetas do conhecimento científico, artístico e místico.
      Não espere o equilíbrio cair do céu, viva-o. Como? Através de Jesus. Sempre que me referi a religiões e mesmo a denominações protestantes/evangélicas nesta reflexão, não me referi necessariamente a Jesus. Se o ser humano pode usar várias coisas para adquirir equilíbrio, religiões cristãs não escapam disso. Muitos mesmo dentro de denominações protestantes/evangélicas, com conhecimento bíblico e assiduidade nos trabalhos de boas igrejas, podem estar buscando equilíbrio através da ótica e da força humana.
      Equilíbrio só Cristo encarnado teve, assim só o Espírito Santo vivendo no homem pode fazer com que ele ache o tão buscado equilíbrio. O que é a vida então? É abrir mão de uma verdade pessoal, de uma liberdade humana, de uma satisfação egoísta, mesmo disfarçada de espiritualidade e caridade, para deixar que Jesus viva em nós. Se viver é buscar equilíbrio, Jesus é equilíbrio, assim viver é buscar Jesus, como diz o versículo lema principal deste blog, desde que ele começou em maio de 2011:

      "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17.3

03/01/18

Qual o sentido da vida?

      "Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma."
Eclesiastes 9.9-10

      O judeu, do antigo testamento, sobre o qual lemos na Bíblia, não tinha um conceito sofisticado de existência pós morte, esse que temos hoje com o cristianismo. Ele não tinha uma preocupação de usufruir uma eternidade com Deus, com recompensas e honras. Ele procurava ter uma vida justa aqui para usufruir os frutos aqui mesmo. É claro que ele ele tinha religião, lendo o antigo testamento nós a conhecemos em detalhes. 
      O livro de Eclesiastes, da autoria do sábio rei Salomão, filho de Davi, é um livro sob muitos aspectos tão secular que muitos acham que nem deveria fazer parte do cânon. Mas ele é profundo e abrangente, escrito por alguém que temia a Deus, mas que teve a maioria das regalias que podem existir no mundo material. Salomão conhecia o melhor de tudo e pôde tentar responder com muita propriedade a pergunta que todo ser humano de todos os tempos sempre fez: qual o sentido da vida? 
      Uma leitura do livro de Eclesiastes sem a luz do Espírito Santo, pode levar o leitor a um total desencantamento com vida, a uma conclusão negativa sobre a existência humana, só achando nela vazio e depressão. Contudo, aquele que viveu a vida de fato, sabe que é isso mesmo, que isso é verdade. Se é assim, então, o que dá sentido à vida? É Jesus. Mas ouçamos o conselho de Salomão, a orientação do Espírito Santo que permitiu que esse texto fizesse parte do cânon bíblico: não levemos a vida tão a sério, não a espiritualizemos demais.
      Tema a Deus, não se deixe aprisionar pelos vícios, construa uma família e dê prioridade a ela, trabalhe e não roube ninguém, seja misericordioso e ajude os mais necessitados. Todavia, usufrua, aproveite uma boa mesa com amigos, ame uma mulher e a faça feliz, ou a um homem, viage e conheça o mundo, para a eternidade não levaremos nada a não ser o bem que deixarmos nos corações das pessoas. O livro de Eclesiastes, se não for meu livro favorito da Bíblia, é um deles, junto do livro de Daniel e do evangelho de João.