domingo, janeiro 07, 2018

Quando o cristianismo se torna seita

      Se há rito, não há Deus, se há sacerdote, não há Jesus, se há religião, não há o Espírito, mesmo que ritos, sacerdotes e religiões lembrem e ensinem sobre Deus, Jesus e o Espírito Santo. O verdadeiro cristianismo não é uma lembrança de Cristo, uma celebração de ícones cristão, é o próprio Cristo, é a presença viva de Deus nos homens através do Espírito, é vida, muito mais que memória.
      Quando o homem recorre a um rito, que é a encenação de um acontecimento relevante, mesmo que seja do Evangelho original, ou a algum sacerdote para ser intercessor, ou a trabalhos religiosos, para obter algum favor de Deus ou se aproximar do altíssimo, é porque o verdadeiro cristianismo já não existe. Nesses casos a religião, no sentido puro da palavra, como forma de religar o homem a Deus, se tornou seita e afastou-se de vez de Deus.
      Por que o catolicismo talvez seja a mais eficiente das seitas do cristianismo, e por isso a mais antiga, no sentido de afastar o homem de Deus? Porque ele mostra a porta, mas esconde a chave, enaltece a luz, mas mantém a contemplação dela nas trevas. O catolicismo, em sua essência doutrinária, leva Cristo num ícone acorrentado ao pescoço, mas não o experimenta no coração, pois quem tem Jesus no coração de fato, abomina todo tipo de ícone.
      Não pense que por isso um católico realmente fiel a seus dogmas não tem uma experiência sensorial com aquilo que ele chama de cristianismo, claro que tem. Mas quem não tem? Através de uma genuína experiência com Deus através de Cristo? Não necessariamente, mas através dos mistérios da mente, de crenças que experimentam um sincronismo com a vontade de Deus que beneficia a todos, ou de energias que podem consolar e curar alma e corpo humanos através de, simplesmente, a fé.
      Contudo, tão próximos da verdade, com Bíblias, mesmo que um pouco diferentes, nas mãos, a misericórdia de Deus ainda permite que muitos católicos conheçam a Cristo como salvador, assim, não julguemos de forma alguma, antes oremos por eles e por tantos ditos evangélicos ou protestantes que também têm se tornado seitas.

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