21/06/18

A paz da consciência limpa

      "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Filipenses 4.7-8

      A paz de Deus tem um preço, a consciência limpa de ter agido de forma absolutamente correta, não conforme as leis do mundo. Os direitos dos homens, muitas vezes podem ser lícitos, mas não convenientes para o que segue a Deus com todo o coração. A paz tem o preço da obediência ao Senhor, que não se fia no que os olhos podem ver, mas na fé em Deus. Fiquem tranquilos, todos os que se prontificam a ouvir a voz do Espírito Santo, dos fiéis, Deus cuida, porque ele é sempre fiel.

20/06/18

Ao homem, ser mestre, é estar preso

      Não queiramos ser mestres, o que se vê assim, se coloca numa prisão, começa a se achar na obrigação de ter que saber de tudo sempre, mais e em primeiro lugar. Sim, nos esforcemos, estudemos, mas não por vaidade, mas por encantamento pelo saber. Amemos o conhecimento, adquiramos todas as sabedorias, mas pra compartilha-las com os outros, não para dominarmos sobre eles. O que se vê como mestre, enlouquece, fica sozinho e acaba se calando, por ter medo de dizer algo equivocado, algo que outros já sabiam antes e mais. O que se acha mestre, ama a si mesmo, o que busca conhecimento como aprendiz, ama mais que a sabedoria, antes, ama aquele de quem toda sabedoria vem, Deus. 
      O aluno humilde é livre para aprender com os outros, não é aprisionado pela obsessão de ser maior ou mais alto, mas alegra-se por ser igual e não se envergonha ou se entristece, quando se vê menor. O aluno menor é sempre abraçado, protegido, o mestre, contudo, é isolado, e poderá ser perseguido. Só Jesus pôde ser mestre, e ainda assim, servir, contudo, pagou com a própria vida, essa posição de mestre verdadeiro que serve. Sim, maior, só Deus, mestre, só Jesus, especialista, só o Espírito Santo, especialista em Jesus, pois veio para nos lembrar e explicar o que Cristo viveu e disse.

19/06/18

Humilde estando por cima

      Quando estamos por baixo, começando, ou mesmo injustiçados, o que faz nosso trabalho ainda não reconhecido como deveria, temos o dever de ser humildes, pacientes e generosos. Humildes para reconhecer nossa situação atual, pacientes para continuarmos fazendo o nosso melhor, indiferente do reconhecimento dos outros, e generosos para honrar aquele que já tem o trabalho reconhecido. 
      Contudo, quando estamos por cima, com o trabalho reconhecido e celebrado, tendo já ocupado o espaço justamente merecido, sermos humildes, pacientes e generosos, é uma escolha elegante. Na verdade, revelamos nosso carácter, estando por cima e ainda assim não exigindo direitos por isso, nem desprezando, às vezes por insegurança e inveja, o que ainda não teve seu melhor trabalho reconhecido.

18/06/18

No Senhor, nosso trabalho não é vão

      "Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor." I Coríntios 15.57-58

      Todo trabalho honesto tem seu justo retorno no tempo certo, se ainda não teve, é porque o tempo certo ainda não chegou, se for esse o caso, continue trabalhando. No texto original de Paulo, vou além da interpretação mais comum, o trabalho no Senhor, não é somente a obra de evangelização, correção e consolo. O nosso trabalho diário no mundo, para a nossa sobrevivência, também deve ser feito no Senhor, dessa forma será muito mais que aquisição de créditos financeiros para manutenção de mantimentos, vestuário e um teto para nos abrigar.
      Deus nos usa enquanto caminhamos neste mundo de acordo com sua vontade, usa nosso testemunho de justiça e misericórdia para abençoar as pessoas e dar testemunho da providência e da soberania dele. Se agirmos com temor a Deus, para dar cada passo, tomar cada atitude, fazer cada escolha, nosso trabalho secular será aprovado e sustentado pelo Senhor. Assim, não temamos o incrédulo, o futuro, o diabo ou a morte, no Senhor, nosso trabalho não é vão, aquele que nos mandou, também nos honrará, no lugar certo e na hora certa.

17/06/18

Espírito Santo: Voltemos a Ele!

      Algumas reflexões sobre o Espírito Santo, foi essa a orientação que tive de Deus nesta semana (10 a 16 de junho de 2018). Quem realmente entender essas palavras, ou passará a olhar o blog “Como o ar que respiro” com outros olhos, ou passará a olhar o cristianismo, de muitos, com outros olhos. De um jeito ou de outro, será confrontado e fará uma escolha. Eu estou convicto de ter compartilhado a visão que tenho da vontade de Deus para as nossas vidas. Que cada um de nós esteja em paz com o entendimento que tem da Bíblia e do evangelho, coerentes na prática com as doutrinas que professamos, mas mais que isso, dando frutos de misericórdia e justiça que permaneçam.

Espírito Santo: Palavra de Deus!







      “E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos magistrados e potestades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer. Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar.” Lucas 12.11-12

José Osório de Souza, 17/06/18

16/06/18

Espírito Santo: consciência e equilíbrio (2)

      “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas, porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.” I Coríntios 14.4-5, 32-33

       Interessante que o texto diz que são os espíritos dos profetas que precisam de controle, não o Espírito Santo. O Espírito Santo não precisa e não pode ser controlado, mas nossos espíritos humanos, mesmo na unção do Espírito Santo, precisam. O ensino, nesse caso, é que o Espírito Santo comunica-se conosco através do nosso espírito, que depois passa a mensagem, seja de entendimento, de visão, de sentimento, etc, para a nossa alma, nossa razão e nossa emoção, que então a expressa através de nosso corpo, nossa boca, por palavras, aquilo que entendeu. 
      Deus pode falar a mesma coisa para pessoas diferentes, que expressarão essa palavra de maneiras diferentes, porque permitiram que seus espíritos interagissem com suas almas e corpos de maneiras diferentes. Assim, é preciso equilíbrio para não distorcermos a palavra revelada de Deus, seja para mais, seja para menos. É preciso que controlemos nossas tendências pessoais para que o Espírito Santo seja refletido tão fielmente quanto possível. O simples fato do Espírito Santo nos habitar e ter liberdade para nos falar, não legitimiza falarmos de qualquer jeito, em qualquer lugar ou pra qualquer um.
     Diferentemente da experiência espiritual com demônios, que possuem o espírito humano e o domina, o Espírito Santo não nos possui. Seguindo a maneira de como Deus sempre age, ele é educado, pede nossa permissão para se manifetar e o faz de maneira elegante, se nós tivermos uma atitude equilibrada para compartilha-lo. De mais é tão inapropriado como de menos, quem se acha muito ungido e se descontrola, se jogando ao chão, movimentando-se e falando sem controle, pode estar pecando, tanto quanto o que tentando se controlar demais, não permite que o Espírito Santo o batize, encha seu coração, e lhe revele coisas que vão além, contudo, misteriosamente sem se oporem, à palavra escrita interpretada intelectualmente. 
      O Espírito Santo sempre nos conduz ao equilíbrio, não que não possamos ter experiências mais livres, isso pode acontecer, primeiro de maneira privada, senão em casa, em reuniões de oração mais limitadas. Contudo, nestes tempos de celular filmando tudo pra postar em rede social, experiências assim devem permanecer na privacidade, e não serem mostrada para todo mundo, simplesmente como vaidade. Em segundo lugar, experiências mais liberadas emocionalmente, também podem acontecer com jovens na fé, mas esses devem ser ensinados sobre a maturidade de se ter equilíbrio entre expressar sentimentos e dar liberdade para que o Espírito Santo ensine, console e cure. 
      Enfim, só permitindo que o Espírito Santo aja em nós de maneira equilibrada, teremos consciência do que é pecado, do que é justiça, do que é juízo, senão poderemos ser dominados pelo pecado, seja nas devassidões da carne, na frieza da arrogância intelectual ou na heresia e insanidade do descontrole emocional. Na verdade, andar em Espírito é um desafio, uma lição a ser aprendida numa vida inteira, e não em um mês de jejum e consagração.
      O Espírito Santo é Deus, imutável, nossa alma, contudo, muda o tempo todo, se perde, se acha, envelhece, se entedia, se ilude, ela está sempre a procura de paz, de alegria. O homem realmente temente a Deus terá no Santo Espírito um amigo, e aprenderá a reconhecer sua voz, não na tempestade, mas no vento calmo que sopra dentro dele, mesmo que lá fora tudo esteja voando aos pedaços num temporal descontrolado de seja lá o que for.

15/06/18

Espírito Santo: consciência e equilíbrio (1)

      "Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado." João 16.7-11

      O mundo atual não aceita que vive no pecado, aliás, a mídia, se dependesse dela, riscaria a palavra pecado do dicionário. De ser tratado como um conceito retrógrado, que já era errado e já estava acontecendo há algum tempo, passou a ser chamado, ultimamente, de intolerância, de preconceito, nos sentimos até receosos de usar a palavra em textos ou conversas. Mas de um jeito ou de outro, é algo que mundo e seus poderes não aceitam, a ideia é, cada um faz o que quer e não deve ser julgado por ninguém por isso. No texto acima, o ensino que Jesus dá sobre o Espírito Santo, diz exatamente o contrário, Jesus fala que o Consolador viria para revelar as trevas, convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo.
      Assim, é urgente que voltemos pra Jesus, para o cristianismo original, e como isso é feito? Obedecendo a palavra de Cristo, voltando-nos para aquele que constitui a única autoridade oficial de Jesus na terra. É a igreja católica? É o papa? São os teólogos tradicionais protestantes? São os carismáticos pentecostais? Não, é o Espírito Santo, ele basta, ele é a verdade. Mas por falta de fé, muitos pensam o que a igreja católica já pensava há 1.700 anos, quando o cristianismo desviado e pagão a criou. Muitos querem se prender a legalidades interpretadas a partir dos textos bíblicos para terem controle sobre os homens, simplesmente porque não confiam que o Espírito Santo seja suficiente para liderar e ensinar a Igreja, corpo espiritual de Cristo.
      Fora do Espírito Santo, não há consciência, nem relevância de pecado. Mesmo no seio cristão isso pode acontecer, se a base doutrinária for a letra ou as falsas revelações, ou seja, a tradição de um lado ou a heresia do outro. É preciso entender que isso é uma das estratégias mais usadas e mesmo eficientes do diabo, se não há convencimento do pecado, não há pedido de perdão, e sem perdão estamos separados de Deus, impedidos de receber dele qualquer benção. 
      Onde há pecado, não há Deus, na ausência do real Espírito Santo, há pecado, mesmo que exista religião, conhecimento intelectual da Bíblia e mesmo uma “unção”, que não é a verdadeira do Espírito Santo, mas um emocionalismo que domina o homem, antes que o homem o domine. “Como”, você pode dizer, “eu não quero dominar o Espírito, mas quero que ele domine sobre mim”, sim, isso é verdade. Mas o homem que agrada a Deus, o cristão maduro, é o que tem sabdoria do Senhor em todo o seu ser, físico, emocional e espiritual. Se houver desequilíbrio, é infantil, é insensato, e pode conduzir, mesmo o cristão, mais fiel e desejoso de provar a presença de Deus, ao desvio.
      Esse foi o desvio que os coríntios estavam experimentando, e que levou Paulo a repreendê-los em seus textos. O pecado dos coríntios não era falar em línguas estranhas ou buscar e exercer os dons espirituais, o pecado deles era o desequilíbrio, pensar que manifestar dons extraordinários, por si só, já constituía espiritualidade. Assim eles exageravam nos efeitos emocionais dos dons, como muitos pentecostais imaturos fazem hoje, e se esqueciam do fruto de justiça, e principalmente, de amor, que uma experiência íntima com o Espírito Santo deve deixar na vida do cristão.