sexta-feira, junho 15, 2018

Espírito Santo: consciência e equilíbrio (1)

      "Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado." João 16.7-11

      O mundo atual não aceita que vive no pecado, aliás, a mídia, se dependesse dela, riscaria a palavra pecado do dicionário. De ser tratado como um conceito retrógrado, que já era errado e já estava acontecendo há algum tempo, passou a ser chamado, ultimamente, de intolerância, de preconceito, nos sentimos até receosos de usar a palavra em textos ou conversas. Mas de um jeito ou de outro, é algo que mundo e seus poderes não aceitam, a ideia é, cada um faz o que quer e não deve ser julgado por ninguém por isso. No texto acima, o ensino que Jesus dá sobre o Espírito Santo, diz exatamente o contrário, Jesus fala que o Consolador viria para revelar as trevas, convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo.
      Assim, é urgente que voltemos pra Jesus, para o cristianismo original, e como isso é feito? Obedecendo a palavra de Cristo, voltando-nos para aquele que constitui a única autoridade oficial de Jesus na terra. É a igreja católica? É o papa? São os teólogos tradicionais protestantes? São os carismáticos pentecostais? Não, é o Espírito Santo, ele basta, ele é a verdade. Mas por falta de fé, muitos pensam o que a igreja católica já pensava há 1.700 anos, quando o cristianismo desviado e pagão a criou. Muitos querem se prender a legalidades interpretadas a partir dos textos bíblicos para terem controle sobre os homens, simplesmente porque não confiam que o Espírito Santo seja suficiente para liderar e ensinar a Igreja, corpo espiritual de Cristo.
      Fora do Espírito Santo, não há consciência, nem relevância de pecado. Mesmo no seio cristão isso pode acontecer, se a base doutrinária for a letra ou as falsas revelações, ou seja, a tradição de um lado ou a heresia do outro. É preciso entender que isso é uma das estratégias mais usadas e mesmo eficientes do diabo, se não há convencimento do pecado, não há pedido de perdão, e sem perdão estamos separados de Deus, impedidos de receber dele qualquer benção. 
      Onde há pecado, não há Deus, na ausência do real Espírito Santo, há pecado, mesmo que exista religião, conhecimento intelectual da Bíblia e mesmo uma “unção”, que não é a verdadeira do Espírito Santo, mas um emocionalismo que domina o homem, antes que o homem o domine. “Como”, você pode dizer, “eu não quero dominar o Espírito, mas quero que ele domine sobre mim”, sim, isso é verdade. Mas o homem que agrada a Deus, o cristão maduro, é o que tem sabdoria do Senhor em todo o seu ser, físico, emocional e espiritual. Se houver desequilíbrio, é infantil, é insensato, e pode conduzir, mesmo o cristão, mais fiel e desejoso de provar a presença de Deus, ao desvio.
      Esse foi o desvio que os coríntios estavam experimentando, e que levou Paulo a repreendê-los em seus textos. O pecado dos coríntios não era falar em línguas estranhas ou buscar e exercer os dons espirituais, o pecado deles era o desequilíbrio, pensar que manifestar dons extraordinários, por si só, já constituía espiritualidade. Assim eles exageravam nos efeitos emocionais dos dons, como muitos pentecostais imaturos fazem hoje, e se esqueciam do fruto de justiça, e principalmente, de amor, que uma experiência íntima com o Espírito Santo deve deixar na vida do cristão.

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