07/07/18

Alguém pode perder a salvação?

      "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.I João 5.11-13

      Eu sempre confio em promessas eternas de um Deus fiel, e sempre desconfio da alma humana, ardilosa em criar subterfúgios e em enganar a si mesma e aos outros. Baseado nessas duas premissas, e como é do estilo deste blog, sem fazer um estudo repleto de tecnicidades bíblicas, vou refletir a respeito, confiando no Espírito Santo professor, consolador e transformador. Quantas vezes vemos, nessas igrejas com as quais convivemos, gente que parece ter se convertido, passado um bom tempo comprometidas com ministérios, pregando e atuando com relevância, então, se afastar do meio. Esses, que alguns chamam de desviados, e outros de “parados”, parecem que simplesmente, num determinado momento, negam a fé e andam pra trás, deixando as igrejas e voltando ao mundo.
      Essa última frase, em minha ótica, reune uma série de equívocos, cometidos por gente tanto hipócrita, quanto ociosa, seja intelectual e espiritualmente. Por quê? Porque um julgamente definitivo, sobre a ligação ou não de alguém com Deus, só poderemos dar no final, enquanto isso não chegar, os que se dão ao trabalho de orar a Deus e de conhecer a vida e as pessoas como elas realmente são, não condenam ninguém antes do tempo. Acho que isso explica o porquê dessas pessoas serem ociosas. Quanto à serem hipócritas, é porque essas pessoas escondem o fato de que muitos que permanecem assíduos em igrejas, poderem estar tão ou até mais afastados de Deus, que os que têm a coragem de se afastarem formalmente de igrejas. Mas o ponto é, fora ou dentro de igrejas, alguém pode perder a salvação? 
      Nesses tempos quando a maioria dos evangélicos, principalmente dos pentecostais, não conhece de fato a doutrina de suas denominações (se é que ainda existem denominações, repito, principalmente no meio pentecostal e neo-pentecostal, e não uma igreja descaterizada que só se preocupa com música, milagres físicos e dízimos), é importante que saibamos que originalmente as denominações tinham doutrinas definidas e distintas. Até onde eu sei, algumas igrejas tradicionais não creem que o salvo perca a salvação, algumas pentecostais creem que perde, algumas igrejas creem que o Espírito Santo é dado na conversão, outras que só após a experiência do batismo no Espírito Santo é que o cristão está habilitado mesmo para exercer cargos e funções mais altas nos ministérios. 
      Numa pesquisa rápida no Google você pode conhecer todas as doutrinas, todos os tipos de batismo, seja o na água ou o no Espírito, com todas as argumentações bíblicas que tantos usam para legitimizar seus pontos de vista como sendo o ponto de vista de Deus. O que eu penso que Deus pensa de tudo isso? Nada, Deus não dá a esses meros pontos de vista humanos, mesmo que se digam bíblicos, a importância que os homens dão, e que dão, como tantas vezes já disse aqui, para poderem ter leis pelas quais possam controlar os homens, os tais ociosos e hipócritas que citei antes. Deus não tem comunhão com o homem por leis, mas pelo Espírito Santo, na nova aliança do evangelho. Quando o Espírito Santo existe numa pessoa, existe um pacto imutável e eterno entre a pessoa e Deus, nesse pacto não há volta, não porque o homem seja fiel, mas porque Deus é fiel.
      Ocorre é que o coração do homem é astuto e enganoso, para tirar vantagens, para ser alguém importante, para vencer a dor da existência. Sem de fato aceitar a obra redentora de Cristo, ele pode inventar histórias, encenar personagens, manipular pessoas e doutrinas. Salvação não se perde, se achamos que alguém se afastou, tenha certeza que de alguma maneira voltará à comunhão do Senhor, mesmo que seja depois de muita dor, humilhado e cumprindo no plano de Deus um papel muito “menor” que o que o Senhor tinha para ele inicialmente. Mas permita-me descordar dessa última afirmação, Deus não se engana, se alguém que nos parece que começou “grande” no reino de Deus (nas igrejas), depois se afastou, e depois que voltou parece ter um papel “menor”, não foi Deus quem mudou, foi a pessoa que enfim entendeu qual o verdadeiro papel que ela tem que ter no reino.
      Quem começa “grande” e se desvia é porque nunca deveria ter começado “grande”, se tivesse tido a humildade para obedeçer a Deus, acharia paz e felicidade em ser alguém “menor”, mas teria achado forças para seguir sem se desviar até o final. Muitos que vi se desviando, foi porque se decepcionaram, não com os homens, mas com Deus, por vaidade e orgulho achavam que mereciam muito mais que aquilo que Deus tinha pra eles. Assim, tentando manter aparência com as próprias forças, postar uma espiritualidade que não tinham, se viram sozinhas, sem o Espírito Santo, e acabaram mortas, fracas e frias. Usei os termos maior e menor entre aspas, significando ideais erradas sobre ser alguém importante ou não no reino de Deus, para Deus não existe maior e menor, obedecendo-o todos têm a mesma importância, mesmo que em posições diferentes.
      Contudo, alguns nunca foram salvos de verdade, nunca tiveram o Espírito Santo, porque nunca responderam sim à pergunta que Jesus faz querendo saber se queremos segui-lo ou não. Se respondemos sim, o Espírito Santo fará morada em nós e nos acompanhará para sempre. Se respondemos não, o Espírito Santo não nos habitará, mesmo que, por algum motivo religioso, por alguma conveniência social, por alguma vaidade ou insegurança, digamos aos homens, às igrejas, que sim, e por causa disso permaneçamos anos e anos frequentando cultos e aprendendo a nos portar exteriormente como cristãos. Essa pergunta será feita várias vezes, até nossas mortes físicas ou nosso arrebatamento, os salvos dirão sempre sim, os não salvos poderão, um dia, também dizer sim, mas estar ou nao salvo, nada, nada tem a ver com ser religioso ou frequentar cultos.
      Como nos surpreenderemos na eternidade, vendo conosco, gente que achávamos que estaria do outro lado, e do outro lado, gente que achávamos que estaria conosco. Mas afinal, de que lado estaremos? Você tem certeza de sua salvação? Não ache que é ser arrogante ter essa convicção, nem se acovarde usando uma falsa sabedoria dizendo que não precisamos ter essa certeza, que é Deus quem sabe. Essa certeza é um direito que Jesus nos deu na cruz, não é a nossa religião ou nossa denominação que nos dão, não é o homem, mas o nascimento, a vida, a morte e a ressurreição do próprio Deus em carne e sem pecado. Esse direito não foi adquirido por pouca coisa. Também não diga que pregar esse direito é correr o risco de que ímpios ou hereges se apossem do que não é deles, pelos frutos, sempre pelos frutos, reconhecemos salvos genuínos, e não, repito, por obediência a costumes religiosos.

      "Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas. Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade." I João 2.18-21

06/07/18

Uma vida feliz se constrói com trabalho e fé

      “O justo viverá pela fé, e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.” Hebreus 10.38  

      O justo viverá de fé, mas também de trabalho, nem só de um, nem só de outro! Os salvos são chamados para viverem uma aliança com Deus, assim com a fé temos acesso à parte de Deus, enquanto nós, com nosso trabalho diário, fazemos a nossa parte. As duas coisas, contudo, são necessárias para termos uma vida feliz, com equilíbrio entre matéria e espírito, entre este a temporariedade desde mundo e a eternidade onde habitaremos com Deus para sempre. 
      Responsabilidade para trabalhar, estudar, saber investir, comprar e vender, escolher o que tem de melhor neste mundo, sem por em risco nossa comunhão com Deus, nem uma vida digna para nossa família. Todavia, paralelo a isso, é necessário fé, para não nos fiarmos somente no que os olhos podem ver, em poupanças, em seguros, em imóveis próprios. É sábio ter e manter tudo isso, mas sem sacrificar, muitas vezes, momentos presentes para usufruir com a família coisas que criarão em nós boas memórias e que realmente farão a vida valer a pena.
      Muitos, com medo do futuro, não viveram o presente, e tudo o que tiveram no futuro foram lembranças tristes e vazias do passado. Mas é preciso sabedoria, para saber o que é a nossa parte e o que é a parte de Deus, não querendo viver tudo hoje, não pensando num futuro onde possibilidades de emprego serão menores, rendas diminuirão, e aposentadoria não nos deixará ter o mesmo padrão de vida que temos hoje, e também não deixando de usufruir bons momentos com a família. Na vida tudo é uma questão de escolha, mas a escolha mais importante que podemos fazer é de até que ponto confiamos de fato em Deus ou só em nós mesmos.

      "Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os confins da terra por tua possessão." Salmo 2.8

05/07/18

Humildade e temor

      “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e honra e vida.Provérbios 22.4 

      Um versículo perfeitamente maravilhoso, abrange todas as áreas da existência humana, fala do melhor de dois mundos, o espiritual e o material, mas sempre colocando Deus e as virtudes no Espírito Santo como primazias é prioridades. Quando lemos um texto assim, pequeno, simples, mas tão sábio, ficamos maravilhados e só podemos dizer uma coisa, amo a Bíblia, mais que qualquer outra sabedoria, amo a maneira como Deus me fala, amo a verdade, pura e plena, da voz do único e verdadeiro Deus quando me consola sobremaneira. Humildade, a virtude das virtudes, uma coisa que só o falar  parece que já nos deixa mais longe dela, mas também uma característica espiritual que pode ser tanto escondida quando falsificada. Esconder a humildade não é um problema, o humilde de fato o é no coração e é discreto sempre, mas o que precisamos entender é que humildade é virtude, antes de tudo, espiritual. 
      Tricotomia é uma maneira de mapear o ser humano em três áreas, espírito, alma e corpo, eu gosto de ver o homem assim, sempre uso esse mapa aqui. O espírito tem prioridade sobre a alma que tem sobre o corpo, o Espírito Santo fala ao espírito humano que depois é interpretado pela alma, nossos pensamentos e nossas emoções, que por ultimo expressa através dos sentidos e funções do corpo físico nossa existência com a realidade. A verdadeira humildade começa no espírito humano em sintonia e sincronia com o Espírito de Deus. Falsas humildades podem acontecer na alma e no corpo, mas não nascem do Espírito Santo. Pessoas calmas, controladas, elegantes, generosas, podem ter uma espécie de humildade naturalmente na alma, mas isso não significa que nasceram de um espírito em comunhão com Deus. Outras pessoas têm um domínio sobre o corpo, sobre os desejos, vivem em regimes disciplinas do corpo, escolhem a melhor alimentação, sem vícios ou excessos, isso pode ser uma humildade física, mas não é humildade espiritual.
      Assim, não confundamos traços de personalidade com virtudes espirituais, muitos que parecem rudes, podem ser humildes de coração, outros, gentis, podem guardar um orgulho espiritual muito grande dentro de si. A verdadeira humildade tem Deus como referência, tem temor a Deus. Mas como sempre acontece, reconhecemos alguém pelos frutos. O galardão da humildade e do temor do Senhor, e é impossível separar essas virtudes, estão intrinsecamente presas uma a outra, como causa e efeito uma da outra, enfim, o realmente humilde e temente, só esse, colhe riqueza, honra e vida, e tudo isso de maneira realmente satisfatória. Honra é ser reconhecido pelos outros como alguém importante em alguma área, riquezas é ter o suficiente em dinheiro e bens para viver uma vda confortável neste mundo, mas vida é o contrário de morte e de tudo que morte representa. Vida é não desejar a morte, não temer a morte e nem matar, seja do jeito que for, ninguém.

04/07/18

Onde você vê as pessoas?

      Só existem duas maneiras de vermos uma pessoa: atrás da cruz de Cristo ou na frente. Entenda que isso não depende de onde a pessoa se coloca, pelo menos no presente, mas de como nós a vemos. Vendo na frente, a obra redentora de Cristo é esquecida, não veremos as pessoas como salvas ou possivelmente salvas, não daremos a elas a chance de arrependimentos, de serem novas criaturas, de mudarem de posição, seja sobre Deus, sobre elas mesmas, sobre a vida ou sobre nós. Vendo atrás, damos a Jesus a importância e o poder que ele tem, de amar a todos, de ter salvo a todos na cruz, e de ter os braços abertos para receber a quem quiser vir e mudar de vida. 
      Não é só os salvos, os irmãos em Cristo, o povo de igreja, que devemos ver atrás da cruz, mas a todos, principalmente aqueles que se colocam como nossos opositores, que insistem em nos ver como inimigos. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.” (Mateus 5.7), simples assim, portanto, não fechemos a porta pra ninguém. Na verdade, quem coloca a cruz de Cristo atrás das pessoas, se considera maior que a cruz, esses infelizmente terão o fim que dão aos outros, sem misericórdia, não porque Deus não lhes oferece misericórdia, mas porque eles não tratam com misericórdia a si mesmos. Que tenhamos a cruz de Cristo sempre como nossa referência para tudo e todos, no início, no meio e no fim.

03/07/18

Enfrentemos a verdade

       Não podemos fugir da verdade, nem dar outros nomes à mentira, não para sempre, uma hora temos que enfrentar a nós mesmos. 
      De qual verdade você foge? A verdade que grita que você não é tudo, ou é menos, que aquilo que te ensinaram, ou que você repete para si mesmo que é? Eu disse tudo ou menos, porque a verdade sobre você pode ser que você não seja tão bom quanto acha que é, mas também pode ser que você não seja tão ruim, como tantos, há tanto tempo, têm insistido em dizer. Assim, não use falsas verdades, que são os apelidos que damos às mentiras, para te manterem longe da verdade.
      Não diga, “eu sou vítima”, “eu fui injustiçado”, “eu fui traído”, sim, isso tudo pode ser verdade. Contudo, se forem suficientes para que você viva uma vida menor, tímida, covarde, numa ilusão, se tiverem forças para te manterem cativo e longe daquilo que você é de fato de melhor, é uma mentira. Sabe por quê? Porque a verdade sobre você só Deus sabe, e ela é de vitória pra você, seja você quem for. 
      O enfrentamento poderá ser doloroso? Sim, e talvez muito, se você ainda tiver um coração sensível e humano, mas Deus consola com honra os que escolhem a verdade, os que vêm para a luz, porque na luz é onde Deus está. Na mentira, Deus até cuida de você, ele é pai de amor, mas você mesmo limita sua atuação, não há concordância entre Deus e as trevas, entre Jesus e a mentira, entre o Espírito Santo e as cadeias do diabo. Contudo, a decisão final é tua, você deve querer e verbalizar isso para o Senhor de forma clara, aí Deus virá ao teu encontro e te libertará.
      Muitos passam a vida fugindo da verdade, por puro orgulho, assim, até levam uma vida de trabalho, de esforço, mas sempre cativos da mentira sobre si mesmos, achando que nessa disposição podem ser melhores. Quem escolhe a mentira, o faz crendo que a verdade de alguma maneira os enfraquece, e muitos, para não admitirem que se afastam de Deus, seguem falsos deuses, mesmo, como sempre digo aqui, que sejam muito parecidos com o Deus verdadeiro. Mas a verdade se conhece pelos frutos, os que a escolhem, mesmo pagando preços, produzem frutos genuínos de justiça e misericórdia, têm de fato paz e felicidade. 
      Os que escolhem a mentira, podem até conquistar prosperidade material, mas só a verdade dá os frutos doces que alimentam alma. A mentira mata, quem a escolhe sempre acredita na morte, teme a morte, mesmo que pareça desejar e respeitar a vida. Escolha a verdade, pague o preço, essa dor é profunda, mas curta, depois você poderá seguir sem correntes, sem ilusões, não mais como um fugitivo, mas livre, na luz do Deus de toda a luz, afinal, ninguém pode fugir da verdade para sempre.

02/07/18

Como você julga os outros?

      “Não julgueis segundo a aparência, mas segundo a reta justiçaJoão 7.24

      É na ausência de informação sobre alguém, que descobrimos quem é do bem e quem não é. É quando alguém não sabe tudo sobre nossas vidas, e nos julga, que descobrimos se esse alguém quer o nosso bem ou não. Na falta de informação a verdade do coração vem à tona, o caráter, mas acima de tudo, aquilo que alguém deseja pra nós, espera de nós, não segundo a nossa aparência, mas segunda a reta justiça.
     A pessoa de bem, se posta como nosso amigo, mesmo que não saiba, julga para melhor, age com sabedoria, sabe que não sabe tudo e que algo bom pode estar acontecendo, mesmo que desconhecido pra ela. A pessoa maldosa desconfia, não acredita no melhor, julga errado e julga mal, achando, em sua arrogância que sabe tudo, que nada a surpreende, que é superior e melhor e que o outro é pior e não merece estar bem.
     Muitos interpretam errado o texto de Mateus 7.1, “Não julgueis, para que não sejais julgados”, por isso preferi usar o texto de João no início. Julgar não é errado, quando julgamos com bondade, com generosidade, com humildade, acreditando no melhor do outro. A pessoa do mal, contudo, mesmo com informação verdadeira, procurará o mal no outro, se ele não existir, ela o criará, se for menor, ela o aumentará. 
      Não julgueis para o mal! E você, que tipo de pessoa é? Sem saber a verdade sobre alguém, como você julga o outro? Crê no melhor ou condena ao pior? Cuidado, o que desejamos ao outro é o que receberemos da vida, na mesma proporção. “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão.

01/07/18

Qual é a tua obra?

      “Porque o Filho do homem virá, na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras.Mateus 16.27   

        Qual é a tua obra, e, que obra é essa que será recompensada por Deus? Trabalho secular, trabalho ministerial, esforço de acordar cedo e ter um dia produtivo e honesto, assiduidade em cultos, no templo, nos trabalhos das igrejas? Vou dizer uma coisa a você, isso tudo não é o trabalho que Deus recompensará porque tudo isso não é causa com consequências válidas espiritualmente. Na verdade, tudo isso é consequência, que pode ser tanto de uma obra superior que agrada ao Senhor, como só efeito de persistência humana para ter neste mundo uma vida digna. 
      Não se engane, as coisas desse mundo são desse mundo, e Deus abençoa porque foi ele quem fez as coisas assim. Dessa forma todo o que se esforçar aqui para ter uma vida próspera, vida próspera terá, mas repito, aqui. Na eternidade, as referências são outras, e são essas referências que Jesus procurará nos homens para dar a eles uma recompensa, uma recompensa espiritual para ser usufruida no céu. Na verdade, essa recompensa no céu, que pode ser chamada de galardão, conforme outros textos bíblicos, ninguém sabe o que é, é um mistério, e como nós cristãos já sabemos, não é salvação, já que salvação todos podem ter gratuitamente, aceitando Jesus como salvador.
      A obra que Cristo procura em você, é o desejo e a prática que você pode ter, de ser justo, de agir com misericórdia com as pessoas, de perdoar, de se perdoar, de pedir perdão, de viver em paz e amor. Essa obra, na maior parte das vezes, não é conhecida pelos homens, muitas vezes nem será valorizada pelo mundo, é um trabalho que fazemos no nosso coração, um trabalho secreto e silencioso, que só Deus sabe de verdade. É a luta, que aquele que tem o Espírito Santo morando nele, tem para ser uma pessoa melhor, mais benigna, mais amorosa, mais espiritual. Nesse trabalho podemos andar por esse mundo, trabalhando, estudando, nos casando, nos relacionando com as pessoas. Nessas atividades e atitudes poderemos refletir a obra espiritul que exercemos no nosso homem espiritual, ou não.
      O que o Filho do homem procurará em nós, será o número de horas que trabalhamos numa semana, o tempo de registro em nossas carteiras profissionais, o dinheiro que ganhamos com tuso isso? Não, Jesus verificará se fizemos tudo isso na carne, para nós mesmos, ou se fizemos para Ele, assim, abençoando não nossos bolsos, mas as pessoas com as quais nos relacionamos durante todo esse trabalho debaixo do sol, seja na vida secular ou ministerial. Que obra você tem feito? Cristo se agradará dela quando voltar, ela será digna de recompensa espiritual para você usufruir na eternidade?