18/08/18

Pelo que eu mais anseio?

      "Esperei ansiosamente pelo Senhor e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor." Salmo 40.1

      Pelo que eu mais anseio? Por dinheiro pra comprar isso ou aquilo? Por um companheiro ou companheira? Por um emprego? Por ser honrado diante dos homens? Por fama e reconhecimento público? Saiba que alguns, em algum lugar do planeta, neste exato momento, só anseiam por um copo d'água ou por um prato de comida.
      Quero, mais e mais, a cada dia, desejar o Senhor, o seu suprimento, o seu consolo, a sua misericórdia. Se eu desejar isso, viverei em oração e em adoração, pois a presença de Deus está com aqueles que anseiam a sua operação, e mesmo que ela ainda não tenha ocorrido, Ele nos dá forças para esperar e sermos gratos por isso.
      Esperar por Deus é a única esperança que adiciona, as demais, todas elas, por mais positivas que sejam ou pareçam, só subtraem. Assim, esperemos ansiosamente pelo Senhor, em todo instante, ele nos ouve e nos responde, mas acima de tudo nos dá paz, enquanto esperamos.

17/08/18

Não peleje em batalha que não é tua

      “Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.” II Crônicas 20.17            

      O texto acima ou Mateus 11.30, “Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”, dizem a mesma coisa, não nos ocupemos com trabalho desnecessário, e como gostamos de carregar pesos que não são nossos, como gostamos. Em primeiro lugar porque sacrifícios nos conferem identidade, nos sentimos importantes e parecemos importantes para os outros, quando fazemos coisas que os outros veem e valorizam, principalmente se forem coisas que nos tragam algum sofrimento. Mas eis aí o primeiro e talvez o principal ídolo que o homem deve se livrar para colocar Deus no lugar certo em sua vida, a justiça humana. Se há justiça humana, não há justiça divina, e mesmo que essa justiça humana agregue ao homem alguma dignidade diante de outros homens, ela não glorifica a Deus e não dá ao Senhor liberdade para fazer o homem feliz. Assim, mesmo nos ministérios das igrejas, muitas vezes nos sobrecarregamos de trabalhos pesados, de responsabilidades, que na verdade Deus nunca colocou sobre nós. 
      Muitos, nessa paranoia de se achar paladino da justiça, querem viver as vidas dos outros, se acham no direito de criticar e de dar soluções para os outros. Isso às vezes é só escapismo, focamos nos outros para não olharmos para nós mesmos e nos resolvermos, tem muita gente, mesmo fazendo filantropia e vivendo vidas abnegadas só para não enfrentarem a si mesmas. A grande verdade sobre nós é que sem Deus nada somos, e nenhum, nenhum esforço nosso pode nos dar felicidade e paz. Isso significa que não devemos fazer nada? Claro que não, e pensar assim é usar a maneira mais preguiçosa de raciocínio, a generalização extrema, concluir que se não é de um jeito, deve ser do jeito oposto, quando a solução mais sábia está no equilíbrio. Nosso trabalho e esforço são feitos na consciência de que Deus, em sua misericórdia, permite-nos fazer algumas coisas, e sendo algo permitido por ele, devemos fazer com todo o coração, com o nosso melhor, contudo, não é a quantidade do trabalho que nos dá direito às bênçãos, mas a qualidade. 
      Deus estabelece conosco uma sociedade, sociedade de pai de amor com filho, eu pegunto, ele precisa da nossa parte? Não, mas ainda assim ele nos deixa fazer, para quê? Para que nós nos sintamos bem, úteis, não para que com isso possamos acumular créditos e barganhar direitos. Assim, acorde cinco dias por semana às seis horas, trabalhe oito horas seguidas, e à noite e nos finais de semana sirva a Deus também, mas numa igreja humilde sob à liderança de um pastor não ganancioso ou herege. Todavia entenda, Deus te abençoa por amor e de graça, o preço foi pago na cruz por Jesus, não por você, em tua labuta diária. Nesse entendimento realmente espiritual, colabore com dinheiro em sua igreja para ajudar nas despesas básicas do templo, mas não pense que se não dizimar estará amaldiçoado, dando brecha para o diabo te afligir, isso não é evangelho, não é nova aliança, não é cristianismo. Isso é jugo que homens, não Deus, jogam sobre você, é batalha que não tem que pelejar, fardo pesado e desnecessário. Contudo, essa vida leve e suave com Cristo tem um preço, confiar totalmente em Deus, não em suas forças ou em sua justiça, mas isso sim é vida de justo pela fé.

16/08/18

Deus é santo em todo o tempo!

      “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos ExércitosPorém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.

Isaías 6.1-7


       Nós não somos santos em todo o tempo, ainda que o Espírito Santo nos habite como salvos para sempre. Eu pelo menos creio assim, que salvação não se perde, que salvo de verdade nunca se desvia, mesmo que não conviva oficialmente com igrejas e denominações ocasionalmente. Assim, o Deus sempre santo segue conosco, seja no lugar ou na situação que for, por isso, o mesmo Espírito nos leva a suplicar o tempo todo, “Senhor, tenha misericórdia de nós, nos perdoe e nos abençoe”. Isaías foi especialmente purificado com uma brasa retirada diretamente do altar de Deus, mas nós temos o nome de Jesus Cristo, o cordeiro de Deus que derramou seu sangue para nos purificar. Queiramos ser santos, não desistamos disso, que o tempo, o mundo, o mal, não nos desanime nesse intuito. Graças a Deus não estamos sozinhos nessa luta, temos o Espírito Santo que nos atrai à santidade que agrada ao Senhor, nosso santo pai.

15/08/18

Religião

      Uma das críticas mais constantes aqui no “Como o ar que respiro” é sobre religião, eu me considero uma pessoa avessa à religião, e mesmo sendo um cristão convicto, não defendo religião. Denominações religiosas cristãs, ao meu ver, são males necessários, grupos de homens com visões humanas sobre o evangelho que compartilham pontos de vista em comum, mas de maneira alguma, embaixadas oficiais de Cristo na terra. O único embaixador que Jesus deixou no mundo, uma ênfase do blog neste ano de 2018, é o Espírito Santo. Assim, se tenho uma religião, é o Espírito Santo, que ocasionalmente me encaminha para trabalhar com igrejas, denominações ou religiões de homens. Mas o que seria essa religião que tanto critico aqui? 
      Não me refiro ao significado da raiz da palavra, “religare”, em latim, uma busca espiritual do homem querendo se ligar novamente ao Deus que ele se desligou, no cristianismo, através de Cristo. Nesse aspecto, original do termo, religião bate com o verdadeiro cristianismo, com o evangelho, com o que Jesus ensinou e o Espírito Santo continua ensinando. Mas a religião a qual me refiro é a tradição que se formou após o desvio desse cristianismo genuíno e primitivo, dando origem, principalmente, ao catolicismo. A igreja católica representa a essência dessa religião equivocada, não mais fundamentada na verdade de Deus, mas em rituais, costumes, doutrinas de homens desviados que deixaram o verdadeiro “religare” do evangelho e criaram seus meios hereges para tentar convencerem a si mesmos que ainda estão ligados a Deus.
      Mas não pense que o protestantismo ou o pentecostalismo são melhores, podem até serem em relação à doutrina oficial, que seguem o ensino de Martinho Lutero que se propôs a seguir o cristianismo primitivo novamente, nos sessenta e seis livros do cânone bíblico, sem adições ou desvios daquilo que é o centro das escritutas judaicas e dos textos dos apóstolos. Heresia não e só invenção de uma nova doutrina, como fazem os católicos com o celibato obrigatório de sacerdotes, com o purgatório, com a ostia, com o papel intercessório de “santos” e principalmente de Maria, e de tantas outras doutrinas acreacentadas à Bíblia e que tem para a Igreja Católica igual ou até maior valor. Heresia pode ser a interpretação diferente de uma palavra dos sessenta e seis livro bíblicos ou simplesmente tornar como mais importante algo que não é o centro dos textos bíblicos. 
      O centro da Biblia é Jesus, e ele interpretado pelo Espírito Santo, o que passar disso, mesmo que encontrar respaldo em texto bíblico, é no mínimo de pouca um utilidade como vida piedosa e no máximo pode ser heresia. Por exemplo, o respeito ao sábado está na Bíblia, mas não é o centro da nova aliança, se alguém quiser, pode até guarda-lo, eu creio que Deus respeita isso, mas não exija esse que guarda o sábado que todos os cristãos também o guardem, essa exigência seria heresia. Exige-se, sim, de todo cristão, seja do que guarde o sábado ou não, que busque e receba perdão de seus pecados somente por Cristo, e por mais ninguém. Mas talvez o desvio pela interpretação de uma doutrina concenso, seja pior que o de inventar nova doutrina, pois nesse caso cai-se numa subjetividade onde tudo é possível, por isso tantos deixaram de ensinar que devemos seguir o Espírito Santo e passaram a idolatrar o cânone bíblico, dão à palavra escrita mais valor que à revelada.
      A religião criticada aqui, é aquela que as pessoas obedecem por costume, por tradição de família, sem crítica. A religiosidade sem crítica é a cama da heresia na qual se deitam os ociosos intelectuais para servirem aos gananciosos que se dizem espirituais, mas só querem poder e riqueza desde mundo. Assim, mesmo a religião mais pura, pode se tornar falsa religião, se aquele que a segue não exerce crítica. Mas que crítica seria essa? Não, ela não é achar defeitos nas igrejas, ministérios e denominações, tudo isso, como criação humana, têm defeitos intrínsecos, isso precisamos ter a lucidez e a humildade para aceitar. Caso contrário caminharemos sozinhos, nunca achando um grupo bom o suficiente para nossas almas tão exigentes quanto hipócritas. Ninguém é melhor que ninguém, se os outros têm dificuldades para praticar o evangelho, nós também temos, igualmente.
       Crítica não é procurar e promover os defeitos dos outros, mas é averiguar frutos, qualidades, e frutos em nós mesmos que permaneçam, é essa crítica orientada pelo próprio Espírito Santo que me refiro. O evangelho existe para nos tornar homens e mulheres melhores, esse aperfeiçoamento só Deus por Jesus e através do Espírito Santo, pode executar em nossas vidas. Ser crítico em Deus é vigiar o nosso aperfeiçoamento pessoal, se estamos seguindo a Cristo, se o Espírito Santo está de fato tendo liberdade em nós, temos que nos tornar melhores a cada dia. Se a igreja em que estivermos, se a liderança que estiver nos orientando, não estiverem promovendo essa melhora, algo precisa ser feito. É aí que muitas vezes a religião errada atrapalha, muitos fazem essa constatação, mas com medo de serem reprovados pelos homens, pela família, pelo pastor, insistem em ficar num grupo que só os fazem seres humanos piores, e não melhores.
      É preciso coragem para dizer não à religião, quando ela não nos liga mais a Deus, mas só a homens, e homens desviados de Deus, proprietários de religiões. A verdadeira religião não pertence a homem algum, nem ao papa, nem ao bispo, nem aos autodenominados apóstolos atuais, nem a presidente de ministério, nem a pastor ou teólogo algum, a verdadeira religião é Jesus Cristo que nos leva a Deus e nos sela com seu Santo Espírito. A verdadeira religião é leve e viva como o ar que respiro e é revelada no texto lema desde blog, João 17.3"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.". A verdadeira religião é conhecer mais e mais a Deus, como amigo, como pai, como Senhor e como único redentor, numa vida eterna que começa quando somos apresentados diretamente ao Senhor pela primeira vez em nossa conversão espiritual, que, necessariamente, nada tem a ver com frequentar uma igreja ou herdar uma religião dos pais.

14/08/18

“Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra”

      “E ainda que digam: Vive o Senhor, de certo falsamente juram.” 

      “Como, vendo isto, te perdoaria? Teus filhos me deixam a mim e juram pelos que não são deuses; quando os fartei, então adulteraram, e em casa de meretrizes se ajuntaram em bandos.” 

      “Negaram ao Senhor, e disseram: Não é ele; nem mal nos sobrevirá, nem veremos espada nem fome. E até os profetas serão como vento, porque a palavra não está com eles; assim se lhes sucederá.

      “E sucederá que, quando disserdes: Por que nos fez o Senhor nosso Deus todas estas coisas? Então lhes dirás: Como vós me deixastes, e servistes a deuses estranhos na vossa terra, assim servireis a estrangeiros, em terra que não é vossa.

      “Engordam-se, estão nédios, e ultrapassam até os feitos dos malignos; não julgam a causa do órfão; todavia prosperam; nem julgam o direito dos necessitados.”

      “Porventura não castigaria eu por causa destas coisas? diz o Senhor; não me vingaria eu de uma nação como esta? Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” 
Jeremias 5, versos 1, 6, 11-12, 18,  27 e 29-31

 

      Leia todo o capítulo 5 de Jeremias, para uma visão melhor do contexto, Deus fala do desvio e da rebeldia de uma nação, e da consequente disciplina que sofreria por isso. Farei seis pontuações sobre nove versículos selecionados.

      

- Povo de Deus: o texto não diz respeito ao mundo, aos ímpios sem conhecimento do Deus verdadeiro, que nunca provaram da misericórdia e do poder do Senhor, o texto fala dos filhos de Deus, contudo, mesmo com conhecimento, com religiosidade, com tradição, se tornaram hipócritas, mentirosos, dizendo uma coisa mas vivendo outra.


- Na benção, desviaram-se: ou “quando os fartei, então adulteraram”, tristemente, só o povo de Deus é capaz dessa ingratidão, estando bem, alimentado, limpo, se esquecem daquele que os alimentou e limpou, e me refiro aqui tanto ao corpo, quanto ao espírito.


- Cegos espirituais: e novamente é preciso lembrar, filhos que um dia viram a Deus e o seguiram, agora agem como cegos, como ímpios; não vendo, começaram a achar que sempre seriam abençoados, que Deus estava com eles, quando não estava mais, assim eles contunuaram com seus ritos religiosos, liam a lei, mas não a aplicavam em suas vidas; mesmos os profetas profetizavam mentiras, alegria e vitória, quando Deus preparava para eles uma grande disciplina de dor e humilhação.


- Falsa religião: o povo, no ápice de sua rebeldia, não estava em dificuldades, não, estava bem, próspero, se Deus não lhes enviasse um povo mais forte para subjulga-los e leva-los cativos, eles continuariam se enganando, mas Deus, por amor, os afligiu, os disciplinou e os fez perigrinar por terras estranhas, que não era a deles; na disciplina, sempre nos sentimos peregrinos em terra que não é e nem nunca será nossa...


- Comodismo confortável: o povo queria se desviar, mas sem perder privilégios, queria heresias, mas dentro da “igreja”, não no mundo, assim vivia uma farsa blasfema, usando o templo de Deus para adorar falsos deuses, enquanto isso, quem mais precisava de ajuda, era eaquecido.  


- O povo aprova o erro: os profetas são falsos e hereges? Os “pastores” são gananciosos e egoistas? Mas o povo aceitava tudo isso e não fazia nada, não se voltava para o Senhor; na verdade quando o coração do povo se devia, Deus permite que líderes dominem sobre esse povo com um coração igual, desviado.


      De quem é a culpa? Ou, como aplicar essa reflexão a nós hoje? Em nossas vidas pessoais, nas igrejas, no Brasil? Penso que em tudo, nem vou pretender mais explicações, você que me lê, releia Jeremias 5, esta postagem e ore a Deus, que o Senhor tenha misericórdia de mim, de você, de nossas igrejas e do nosso país.

13/08/18

Deus, meu pai de amor!

      “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conhece a ele.” I João 3.1

      Obrigado Senhor, tu és meu pai de amor! Quando estou errado, me repreende com calma, quando estou certo, me honra com sabedoria, quando estou machucado, me acolhe prontamente, quando estou confuso, me ouve com paciência, quando me afastei, foi amigo e caminhou comigo, mas quando mais precisei, quando não tinha mais onde buscar, quando não possuia mais forças, me concedeu o impossível, me deu uma família, uma esposa, e filhas, que também me chamam de pai com muito amor.

12/08/18

Pelo nome de Deus!

      “Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; e livra-nos, e perdoa os nossos pecados por amor do teu nome.Salmos 79.9     

      Para nós cristãos, convertidos, novos nascidos e salvos por Cristo, a interpretação correta do versículo acima é tão fácil que nem nos atemos à sua profundidade. Interpretarmos o texto sem o Espírito Santo, sem temor de Deus, sem humildade espiritual, nos levaria à conclusão de que Deus é alguém egoista e vaidoso que faz as coisas com segundas intenções, só para ser adorado, esse equívoco poderia nos convencer que Deus é fraco, por necessitar da adoração humana. Essa interpretação na verdade é valida, mas quando se refere ao diabo, ele sim, tem segundas (ou primeiras) intenções, egoistas e vaidosas, ele sim é um fraco que deseja adoração.
      Além disso, desde a tentação no Éden, e consequente queda do homem, o diabo usa essa estratégia (“A estratégia da Serpente”, tema de um vídeo meu, e “O mito de Prometeu“, assunto em mais de uma postagem desse blog) para enganar o homem, para, mentindo e blasfemando, dizer de Deus algo que é dele, do inimigo, em sua atitude rebelde e maléfica. Deus não exige adoração, de ninguém, ele não obriga ninguém a louva-lo, e mesmo os que andam muito longe disso podem ser abençoados neste mundo, na verdade Deus não necessita de adoração para ser Deus.
      Temos que tomar muito cuidado, o diabo ou quer nos fazer esquecer de Deus ou tenta diminuir seu poder. Deus não é o maior “deus”, como diz, por exemplo a mitologia helênica sobre Zeus, Deus não é Zeus. Aliás, a mitologia grega-romana quando se refere ao panteão de deuses, fala de um grupo de principais diabos, incluindo Zeus, visão semelhante a outras mitologias, como a nórdica, celta, indiana, ou mesma às entidades espirituais do afro-espiritismo. Deus é o único Deus!!
      Sincretismo religioso? Esse é um termo técnico usado por gente que não tem a visão verdadeira do mundo espiritual, que na melhor das circunstâncias permite uma leitura cultural e folclórica das religiões, e de forma alguma espiritual e cristã. Se um católico, mesmo em sua visão desviada do cristianismo original, a deturpa ainda mais dizendo que homens “especiais” (chamados de santos) têm os mesmos nomes de entidades do candomblé ou da umbanda, fala como pagão, e sob nenhuma hipótese, como seguidor do genuíno evangelho de Cristo. Santos são todos os homens separados por Deus, entidades são demônios, e uma coisa nada tem a ver com a outra.
      “Pela glória do teu nome”, ajuda-nos! Deus não age por egoismo e vaidade, nem nós devemos pedir nada a ele pelos mesmos motivos. Isso é difícil? Para os novos na fé, as crianças espirituais, sim, esses pedem porque precisam, pensam só neles, e Deus, em seu maravilhoso amor e inifnita misericórdia entende isso e dá, abençoa, responde, cura, liberta e perdoa. Mas amadurecer espiritualmente é acima de tudo purificar nossas intenções de louvor, de motivações. O crente adulto no espírito pede para que o nome de Deus seja louvado, tem em sua vida prioridades que possam de alguma forma revelar o Senhor, seu plano e sua justiça, aos seres humanos. 
      “Por amor do teu nome”, perdoa-nos! Muitas vezes, nossos pecados são tantos, nossa cerviz é tão dura, nossa história é tão complicada, que não temos forças para dar a Deus um bom motivo para nos perdoar. Todas as promessas foram feitas, e não foram cumpridas, tantos sonhos foram sonhados, e não se tornaram reais, assim só nos resta uma razão para implorar perdão, pelo amor do nome do Senhor. Mas essa situação extrema só acontece com alguns, ou, somente comigo? Penso que não, essa é a situação de todos os seres humanos, ou pelo menos daqueles que têm lucidez e coragem para admitir quanto seus pecados desagradam a Deus, ferem sua santidade.
      Por um mistério que só Deus sabe, e que saberemos na eternidade, temos um conhecimento limitado dos universos, seja o material, seja o espiritual. O que sabemos convém a Deus que saibamos, em sua maior parte, principalmente sobre o mundo espiritual, pela fé. Sabemos por escolha, por opção, mesmo que intelectualmente não tenhamos argumentos, mas o verdadeiro papel e poder de Pai, Filho e Espírito Santo, é algo que vai muito além do livre arbítrio humano. Deus não é opcional, criação da mente limitada de homens medrosos e ignorantes, muito menos somente uma força contrária que se opõe ao diabo, num equilíbrio entre o bem e o mal, luz e trevas. Deus é Deus, o diabo, um derrotado, e a luta entre o bem e o mal, só se passa dentro do homem.
      Jesus encarnado, como nos ensina João no primeiro capítulo de seu evangelho, é o que mais nos ensina sobre a natureza divina, João 1 é um dos textos mais profundos e misteriosos da Bíblia, não é por menos que Deus escolheu seu escritor para revelar as profecias finais do livro de Apocalipse. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” João 1.1-5
      Deus criou e mantém a existência de todas as coisas, em todos os lugares e em todo o tempo, e Deus faz isso por Jesus, o verbo de Deus, o verbo da vida. Jesus é a expressão autorizada e mais precisa de Deus para revelar Deus aos homens neste mundo, e o Espírito Santo, enviado depois, deu continuidade a essa missão. Assim, quando nós cristãos dizemos que é tudo por Deus, pela glória e amor do seu nome, compartilhamos, pela fé, a maior verdade dos universos, e damos a Deus a adoração, que ele não precisa para existir, mas que nós precisamos para viver. Adorar a Deus é a primeira e mais importante necessidade humana, e quem entende isso, tem vida eterna.