11/03/19

O pecado não tem que nos dominar

      “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.Romanos 6.11-14

      A lei é simples, o que peca, morre. Sob a lei o homem podia obter perdão, mas era um perdão pela imperfeito, religava o homem a Deus através dos sacrifícios de animais no templo, mas não dava forças para o homem ser transformado e não pecar mais. Na graça, através, da morte e ressurreição de Jesus o filhos de Deus, temos perdão, mas além disso temos a presença permanente do Espírito Santo em nós que nos dá forças para não pecar mais. Isso não significa que o homem que faz a nova aliança da graça com Deus através do evangelho não peque, ele peca porque continua com o livre arbítrio. 
      Contudo, isso é, ou deveria ser, motivo para maior arrependimento, como novos nascidos não pecamos mais como homens com uma aliança meramente humana com o Altíssimo, mas com uma aliança espiritual. Com certeza isso deveria ser motivo para andarmos com muito mais temor, com muito mais santidade, bem, isso é o ensinamento da Bíblia, do novo testamento, do apóstolo Paulo. Mas ainda assim, o nome de Jesus é poderoso, mesmo pecadores egoistas e reincidentes, temos em Cristo um perdão eficiente para nos fazer novas criaturas, para nos curar de toda culpa, remorso, e nos dar a verdadeira paz. 
      O que ocorre é que muitas vezes não damos à nossa aliança com Deus através de Jesus o valor que ela tem, pecamos e assumimos um perdão superficial, não vemos o privilégio que temos em ter o Espírito Santo residindo permanentemente em nós, assim pedimos desculpas a Deus meio que da boca para fora, não de coração, não sentimos paz por isso o que nos deixa mais susceptíveis a pecarmos de novo. O que enfraquece um coração não é o prazer que o pecado pode dar, mas é a dor que fica de uma relação imatura com Deus, que tentará achar no prazer do pecado um consolo que não achou no perdão.
      Comece a semana achando um tempo para por o perdão em ordem, pare e faça uma oração séria, com uma auto-análise profunda do seu pecado, depois com uma valorização clara do perdão que Deus dá, para finalmente tomar posse da paz exclusiva desse perdão com todo o sentimento e com todo o pensamento. Só isso nos dará a força do ensino de Paulo quando diz que o pecado não terá domínio sobre nós, caso contrário continuaremos pecando, um pecado pior que o que cometia o homem debaixo da lei, visto que não pecamos mais só contra nosso corpo, mas contra o Espírito Santo que em nós habita.

10/03/19

Dê ao outro o que você quer pra você

      “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.Marcos 12.30-31

      Dê ao outro o olhar que você quer pra você.

      Dê ao outro os ouvidos que você quer pra você.

      Dê ao outro a atenção que você quer pra você.

      Dê ao outro a honra que você quer pra você.

      Dê ao outro a chance que você quer pra você.

      Dê ao outro a paciência que você quer pra você.

      Dê ao outro a discrição que você quer pra você.

      Dê ao outro o respeito que você quer pra você.

      Dê ao outro o espaço que você quer pra você.

      Dê ao outro a iniciativa que você quer pra você.

      Dê ao outro a palavra que você quer pra você.

      Dê ao outro o silêncio que você quer pra você.

      Dê ao outro a generosidade que você quer pra você.

      Dê ao outro o aplauso que você quer pra você.

      Dê ao outro o tempo que você quer pra você.

      Dê ao outro a oportunidade que você quer pra você.

      Dê ao outro a esperança que você quer pra você.

      Dê ao outro a paz que você quer pra você.

      Dê ao outro o perdão que você quer pra você.

      Dê ao outro o socorro que você quer pra você.

      Dê ao outro o amigo que você quer pra você.

      Dê ao outro a família que você quer pra você.

      Dê ao outro a igreja que você quer pra você.

      Dê ao outro o amor que você quer pra você.

      “Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.Romanos 15.2-3

09/03/19

Workaholic de igreja: obedeça, pare!

      “Melhor é o que se estima em pouco e tem servos, do que o que se vangloria e tem falta de pão.
      “Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação.
      “Melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de bens com injustiça.
Provérbios 12.9, 15.16 e 16.8

      Os três versículos de Provérbios acima são geralmente usados como orientação sobre que é mais sábio ter menos recursos materiais, em troca de ter mais virtudes, contudo, nesta reflexão vou vê-los como instrução para outra coisa. Também tem a ver com excessos desnecessários tomando o lugar de atitudes, palavras e sentimentos mais sábios, mas desta vez entenderemos que mesmo o trabalho do evangelho dentro de igrejas pode ser excesso feito na carne e não obediência a Deus no Espírito Santo, que num determinado momento não será mais benção. 
      Muitos têm justamente em seus maiores talentos e em seus trabalhos mais eficientes dentro de ministérios, Isaques a serem entregues no altar (Gênesis 22). Cuidado quem diz, “se eu parar de cantar pra Deus eu morro, sou um inútil”. Adorar a Deus pela música, por mais agradável e virtuoso que seja, não é mais importante que o próprio Deus e a nossa obediência a ele. O coração do homem, por outro lado, é astuto em inventar subterfúgios, para no fundo fazer coisas egoistas e que só agradam a ele mesmo, mesmo na igreja. Após essa introdução, vamos à reflexão.

      Muitas vezes aplicamos em nossas vidas a ideia errada que o melhor é sempre positivo, que quando pedimos, o melhor é receber, que quando queremos, o melhor é fazer, que quando sentimos, o melhor é dizer. Entenda que não me refiro aqui a receber, fazer ou dizer coisas essencialmente erradas, que podem prejudicar alguém. Muitos querem receber ajuda e conquista, muitos querem fazer a obra de Deus e muitos querem promover o bem com sua fala, mesmo pregar a palavra, assim o positivo é aparentemente bom.
      Entendamos que muitas vezes Deus permite o negativo em nossas vidas, ele pede isso de nós, o negativo pode ser dele, não do diabo. Entenda negativo não como algo mau, mas como uma negação de algo que desejamos, a não concessão de uma coisa, mesmo que aos nossos olhos essa coisa pareça algo que só nos trará benefícios. Já ouvi de crente talentoso e com desejo de trabalhar na obra que ele tem certeza que tem que fazer determinada coisa porque é a chamada dele, porque é algo que ele sabe e pode fazer, e que portanto deve fazer. 
      Nesse pensamento estreito, muitos colocam (ou acham que podem colocar) Deus “na parede”, mesmo que inconscientemente, achando que agindo assim estão sendo bons crentes, espirituais, cheios de fé e disposição, quando na verdade estão sendo rebeldes, não entendendo o próximo nível de amadurecimento que Deus quer conduzi-los. A princípio Deus faz o óbvio, afinal crianças espirituais não entendem e não precisam entender a profundidade não só do agir de Deus, mas também delas mesmas, de suas estruturas.
      Deus abençoa com o sim, mas amadurece muito mais com o não, e mesmo os tais “vasos”, “soldados”, “servos” (e como arrogantemente gostamos de nos auto-denominar assim) só serão realmente vasos, soldados e servos quando aprenderem a obedecer. Obedecer a Deus é obedecê-lo em tudo, inclusive se ele pedir para que paremos e não sejamos, em santidade e humildade, “vasos”, “soldados” e “servos” (entre aspas significa o uso equivocado desses termos que se referem a funções tão nobres no reino de Deus).
      Deus usa a todos, e usa do jeito certo, com dons, talentos, capacidades e experiências para fins específicos, mas o que pode mover muitos na imaturidade espiritual é só a força humana. Essa força é útil na obra de Deus? Sim, mas ela acaba, por isso à medida que o tempo passa precisamos aprender as fazer as coisas para Deus, em Deus e por Deus. “Workaholic” (viciado em trabalho) eclesiástico, se não baixar o facho e aprender a obedecer a Deus, pode acabar mais prejudicando que beneficiando a obra.
     Força de vontade e sinceridade, mesmo com aptidões adequadas, não justificam fazer a obra de Deus, não ganham certificado de filhos obedientes do Senhor, pelo menos não quando se quer crescer como homem espiritual. Confesso, tenho aprendido isso a duras penas. Ocorre que podemos usar o trabalho como desculpa para fecharmos os olhos para muitas coisas, como satisfação para nossas ansiedades e carências, o que faz com que não busquemos cura para muitas enfermidades emocionais. 
     O vício em trabalho em igreja pode levar muitos a pensar assim, “eu sou tão presente na obra de Deus, tão útil para a igreja, não preciso perder tempo com certas coisas”, isso no fundo não passa de jactância, de se achar melhor só porque faz e faz. Quem faz o que não deve acaba deixando de fazer o que deve, não sobra tempo, assim muitos que trabalham e trabalham em ministérios dentro de templos acabam deixando de lado família, cônjuges e filhos, e como vemos tristes exemplos disso. 
      Quem gosta de trabalhar na igreja não consegue ficar parado, principalmente quando sabe que têm capacidade para algumas coisa e experiência na função, mas obedecer um “pare e espere” de Deus, pode significar um divisor de águas em nossas caminhadas com o Senhor. Isso pode nos amadurecer, nos evoluir, nos fortalecer de um jeito que não pensávamos ser possível, preparando-nos para fazer a obra do Senhor com uma excelência que não imaginávamos existir.
     Se não obedecermos pode acontecer algo pior, como diz o ditado, se Deus manda parar e não paramos, a vida pode “quebrar nossas pernas”, aí ao invés de esperarmos inteiros, esperaremos quebrados, enfraquecidos por uma dor maior. Nesse caso teremos que ter paciência dobrada, uma para aguardar o tempo de aprender a obedecer, e outra para nos restabelecermos das “pernas quebradas”. Tenhamos sensibilidade para entender e prontidão para obedecer mesmo o pare e nada faça de Deus.

08/03/19

Soberbos e mentirosos: deixe-os pra lá

      “Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira.Salmos 40.4

      Tenho receio de compartilhar textos assim, penso que na maioria das vezes não estamos preparados para seguir uma orientação sobre não respeitar algumas pessoas, mesmo que o salmista as chame de soberbos e mentirosos. Contudo, se houver de nossa parte temor a Deus, um coração humilde e que sabe amar, podemos discernir quem é quem e entender a vontade de Deus quando ele nos diz para não perdermos tempo com algumas pessoas. 
      Sob à luz do evangelho “não respeitar” não significa odiar, querer o mal ou fazer algum tipo de violência, mas simplesmente deixar pra lá. O que algumas pessoas dizem ou como elas nos tratam não merece que guardemos em nosso coração algum peso ou que mantenhamos em nossa mente qualquer preocupação. Dar retorno ao errado, seja por palavras, atitudes ou sentimentos e pensamentos mesmo que privados, é alimentar um mal que não nos pertence.
      Quem merece isso? Os de fato soberbos e mentirosos. Aqueles que desprezam o cristianismo, que nos consideram menores por vivermos uma vida de fé em Jesus, não merecem que percamos com eles nosso tempo, a pior soberba é a soberba espiritual. Precisam de nosso testemunho de vida na luz, mas não merecem que soframos com suas atitudes orgulhosas e preconceituosas que muitas vezes tentam nos atingir e magoar. 
      O texto também fala dos que se desviam para a mentira, também podemos aplicar a orientação com relação aos que se colocando como cristãos acabam se desviando para a heresia ou para o pecado, e não assumindo isso. Aqueles que assumem um posicionamento longe de Deus de forma clara, merecem mais a nossa atenção que aqueles que se dizem cristãos, mas na verdade não são e ainda querem ser honrados como se fossem. 
      A verdade é que aquele que é íntimo do Senhor discerne corações e espíritos, contudo, não devemos usar isso num jogo de poder para nos vangloriarmos ou humilhar os outros, mesmo que sejam soberbos e mentirosos. Devemos apenas não perder tempo, deixar pra lá e entregá-los nas mãos de Deus, o Senhor em quem confiamos e em que achamos felicidade. Forte é quem resiste ao ataque injusto, não quem o disfere ou reage a ele. 

      “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.” Romanos 15.1-2

07/03/19

Não permita que te roubem

      “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Apocalipse 3.11
 
      A palavra aqui não tem a ver com a parábola dos talentos (Mateus 25.14-30) onde o servo só guardou seu talento e não o fez render, mas diz respeito a quem já trabalhou com seu talento em tudo o que podia. Assim, depois de ter feito o possível, o máximo e o melhor, o mais sábio é se guardar, ter a humildade de não exigir de si mesmo mais do que pode, proteger o conquistado em paz, achando na felicidade de saber ter cumprido a missão uma coroa digna, dada não por homens, mas por Deus. A coroa estabelece uma graduação, assim quem a usa deve andar com dignidade, com a nobreza de coroado, isso não é arrogância, nem orgulho, mas idoneidade, numa certeza silenciosa de quem não precisa convencer ninguém, mas apenas confiar em Deus. 
      Por outro lado não se proteger, não se conhecer e não assumir o que se é e fez, gera uma insegurança que pode nos levar a uma exposição desnecessária, nisso podemos nos enfraquecer e mesmo depois de ter feito tanto acabarmos tristes e sem vazios. Assim, tenhamos cuidado, saibamos o momento de fazer e o momento de esperar, o momento de falar, de mostrar nossas habilidades para sermos útil, e o momento de nos calarmos. De um jeito ou de outro, não nos apressemos e esperemos pelo Senhor que sempre conhece nossos limites e abre a porta certa, nela temos refúgio, mesmo em tempos difíceis como os atuais, onde toda a Terra será tentada.

06/03/19

Em paz

      “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.I Pedro 5.6-7

      Paz, aquele sentimento gostoso que cala toda voz de dor, todo sussurro de culpa, que nos faz sentir bem, satisfeitos, no lugar certo, fazendo a coisa certa, mesmo que estejamos fazendo nada. Mas paz é isso, achar-se absolutamente desobrigado a pagar qualquer preço, desinteressado em comprar qualquer coisa, sentindo que tudo o que somos e temos no exato momento presente basta, é suficiente para sermos felizes, vendo-nos tranquilos, resolvidos, com relação a tudo e a todos. O humilde encontra em Deus a paz pelo pior dos passados, e a certeza de justiça mesmo no futuro mais distante e desconhecido, para assim achar forças para continuar vivendo o presente sem medo. 

      “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Apocalipse 21.4-5

05/03/19

Sincero, falso, louco ou mal

      Ser sincero é acreditar naquilo que se faz, isso não significa que se esteja fazendo algo legítimo, certo ou mesmo bom. Quando fazemos algo certo com sinceridade, obedecendo a Deus, estamos exercitando virtude. Contudo, quando fazemos algo errado, sem noção real do que somos e do que Deus quer de nós, mesmo com sinceridade, estamos só sendo insanos, sinceridade por si só não confere legitimidade às coisas. Por outro lado, mesmo fazendo algo bom, mesmo tendo capacidade para fazer, se fizermos sem convicção, sem profundidade, estamos sendo falsos. Já o que faz algo errado, sem chamado de Deus, mesmo com sincera consciência disso, não estará se enganando, nem sendo falso, mas será alguém sem virtude, mal intencionado, apenas com o desejo de tirar vantagem dos outros. Sincero, falso, louco ou mal? O que eu sou na maior parte das vezes? O que é aquele que permito que seja meu companheiro, minha companheira, meu cônjuge? O que é aquele que deixo ser meu pastor, meu líder? 
      Além de me avaliar, avaliar aqueles que escolho para andarem comigo revela muito sobre mim, podemos nos colocar em alguns grupos de pessoas, de acordo com nossas carências e como as administramos e tentamos resolvê-las. Existe o grupo dos dominadores, esses só se sentem satisfeitos quando têm controle sobre as pessoas, querem ditar as regras e controlar tudo que os outros, companheiros, filhos, amigos, ovelhas, funcionários etc, fazem. Se forem violentos podem ser do pior grupo, pois não terão escrúpulos nem limites para alcançarem seus objetivos, mesmo que isso machuque muito os outros. Mas não nos enganemos, dominadores também podem ser ardilosos, hábeis em manipular só com palavras, convencendo de forma psicológica aqueles que querem controlar para que satisfaçam seus objetivos sempre egoistas.
      Existe o grupo dos “enfermeiros”, também exercem uma espécie de dominação, mas as pessoas desse grupo amam gente com problemas, mais que isso, com sérios problemas, procuram os mais fragilizados e deles se tornam escravos. Uma relação assim faz a pessoa se sentir útil, um filantropo virtuoso, um paladino que só quer ajudar os menos favorecidos. Entendamos que não existe nada errado em querer ajudar os enfraquecidos, e se tivermos limites e sensatez, ter essa tendência pode ser só uma característica mais predominante de nossa personalidade que pode nos fazer felizes com alguém que esteja justamente precisando de alguém exatamente como nós para ser feliz. Mas como foi dito, é preciso limite e sensatez, para quê? Para saber até que ponto alguém precisa e deseja ser ajudado, alguns são simplesmente causas perdidas, que fazem de problemas, de passado, de dor, vícios dos quais não querem sair. Dessa forma, embarcar numa nau assim é entrar em barco furado. Quem entra, na paixão, por amor, precisa saber quando não vale mais a pena permanecer e cair fora antes que fique maluco. Os “enfermeiros” não machucam os outros, mas se machucam à medida que não se respeitam e se sacrificam para satisfazer os outros. 
      Se existem grupos dos dominadores e dos “enfermeiros”, existem também os grupos, já citados e quase consequências dos primeiros, dos que gostam de serem manipulados e dos que seduzem por suas fragilidades doentias, assim, na atividade e na passividade, sejam elas mais sutis ou mais extremas, a maioria de nós se encaixa em um desses grupos. Ninguém escapa totalmente disso, e nunca escapará, mas é preciso achar o tal do equilíbrio, isso só numa vida em Jesus é possível. Toda mudança, todavia, dói, se você já percebeu que tem alguma tendência doentia para se relacionar, entenda que nossos desequilíbrios nascem am nossas infâncias e adolescências, em nossos convívios familiares, com nossos pais (ou com a ausência deles). Assim, sermos homens e mulheres mais equilibrados tem relação direta com resolver carências e inseguranças adquiridas no passado. Nos relacionarmos bem com namorados, esposas, esposos, filhos, amigos, chefes, pastores, é perdoarmos pais e quem nos criou, vendo com clareza o que foi feito de errado e desejando de coração não repetir os erros que cometeram conosco.