25/06/19

Justiça ou misericórdia?

      “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.Efésios 4.32

      Enquanto vivemos neste mundo Deus é justo com aqueles que não têm comunhão com ele através de Jesus, com aqueles que ainda não nasceram de novo em Cristo. Isso independe de religião, de boas obras, de ser alguém do bem e que faz bem ao próximo, se tudo isso houver, mesmo que não se seja filho de Deus o Senhor é justo e retorna bênçãos neste mundo. Mas com aqueles que são filhos, que nasceram de novo, que de fato se converteram a Jesus, Deus é misericordioso, para esses o Senhor pode fazer o impossível, mesmo o não merecido neste mundo, para abençoar os que o buscam com intimidade, e na eternidade dá uma posição espiritual perto dele, em paz, em glória. E nós seres humanos, como devemos tratar os outros, com misericórdia ou com justiça? A melhor resposta é, obedecendo a Deus, ainda que o evangelho nos oriente como regra geral que devemos ser misericordiosos, existem momentos que o Espírito Santo manda que sejamos justos. Isso não é tratar ninguém mal, mas com justiça. 
      Eu entendo o texto inicial como uma orientação de Paulo para tratarmos principalmente os da fé, os irmãos em Cristo, mas para o nosso bem é bom que demos a todos o perdão, já que ausência de perdão pode prejudicar mais ao que não dá que ao que não recebe. Contudo, para que Deus trabalhe, em alguns casos é bom perdoarmos, mas permanecermos distantes, não tentarmos uma reaproximação, entregar nas mãos de Deus e deixar que Deus aja e que a pessoa mude. Isso pode acontecer em certas situações onde tentamos resolver um problema de relacionamento e não conseguimos, você já deve ter tido experiências onde parecia que quanto mais tentava consertar mais o problema se complicava. Essa é uma situação típica de opressão espiritual, de atuação de demônios, e se o mal não está com você, que orou, pediu perdão e perdoou, o mal deve estar com o outro. Assim, entregue nas mãos de Deus e fique longe, em paz, não se pode vencer todas, nem todos querem estar próximos a nós e alguns passarão a vida dizendo que têm razão e que o problema somos nós. 

24/06/19

Deus é vivo

      “A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.” Salmos 84.2

      Desde que iniciei este espaço virtual, o blog “Como o ar que respiro”, em abril de 2011, tenho conseguido compartilhar uma reflexão por dia. Às vezes o Espírito Santo me adianta muitas postagens, assim já cheguei a ter postagens programadas para dois meses. Contudo, sempre que parece me faltar um tema, o Senhor me diz, fale do que você vive, não do que os outros vivem, nem do que você gostaria de viver, mas de sua realidade dia a dia. Sim, muitas reflexões são críticas às igrejas cristãs atuais, mas ainda assim fazem parte da minha realidade, falo porque tento ser parte da mudança, como membro atuante e vivo nos ministérios. 
      Vivo, esse é o ponto dessa reflexão, Deus vivo, e se ele é vivo o é todos os dias, quem caminha com um Deus vivo tem experiências renovadas todos os dias. Todo dia Deus nos fala, nos ensina, reafirmando sua aliança conosco em Cristo, quando achamos que isso não acontece é porque não prestamos a atenção correta à voz do Senhor. Para isso é preciso parar, ao menos um pouco, todos os dias, e permitir que a voz do Espírito Santo fale mais alto em nossos corações que nossas ansiedades, medos, mágoas. Se isso ocorrer bastará uma pequena frase de Deus para nós levantar, encorajar, vivificar, quem tem essa experiência tem algo pra compartilhar, sempre, algo de bom, de vivo, do Deus vivo. 

23/06/19

Deus nos conduz

      “Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores. Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho.Salmos 25.8-9

      Deus sempre nos conduz para o melhor caminho, o seu caminho. Durante toda a nossa vida, tudo o que nos acontece, debaixo da permissão de Deus, de bom e de ruim, é o Senhor nos conduzindo. Se formos obedientes e humildes, a maioria das coisas serão boas, e mesmo as ruins, serão suportáveis, mas se formos rebeldes, egoistas, orgulhosos, injustos, coisas muito ruins poderão acontecer, para quebrar nossa dura cerviz. O objetivo final do Senhor é o melhor para nós, em todas as áreas. Na área emocional ele quer nos dar cura, perdão, confiança e amor próprios, no corpo ele quer nos dar saúde e libertação de vícios, no espírito ele quer ter conosco uma íntima comunhão, preparando-nos para a eternidade. Assim, não existe surpresas, apenas correções de rumo, e se algo parece acabar, e porque algo melhor pode começar, a vida só acaba quando Deus determina, e isso só ocorre quando todas as tentativas divinas se encerram, conseguindo levar-nos ao melhor de Deus, ou não, mas sempre respeitando nossos livres arbítrios. Eu, porém, estou seguro que uma vez salvo Deus será comigo até o fim, e no fim, chegarei onde o Senhor quer que eu chegue, em paz e pronto para viver com ele para sempre na eternidade. 

22/06/19

Santidade e unção

      “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.Eclesiastes 9.8

      Como um versículo pode conter tanta profundidade espiritual em duas simbologias perfeitas que só o Espírito Santo pode ao homem inspirar. Roupas alvas, roupas brancas, roupas limpas, ninguém civilizado se apresenta socialmente nú, mas vestido, não se vê o corpo, mas as vestes que cobrem o corpo. Roupas dão identidade às pessoas, conhecemos o gosto, o estilo de alguém, mesmo ante de alguém falar e expressar suas opiniões, pelo que ele veste. O escritor bíblico, o sábio Salomão, dá como princípio de sabedoria que o homem esteja sempre com vestes brancas, ele não se refere a uma preferência de cor de vestimenta, mas à santidade, da alma e do espírito. Uma consciência limpa e uma mente leve são consequências de limpeza interior, só o evangelho pode limpar o ser humano e dar a ele roupas alvas. Mas essa é só metade da benção que só o evangelho concede ao ser humano, e só o evangelho pode cumprir a palavra de Salomão, “em todo o tempo”. 
      Óleo sobre a cabeça, é a segunda metáfora, que significa unção espiritual, presença abundante de Deus, plenitude no Espírito Santo, uma coisa é consequência da outra. Não podemos ter a unção genuína de Deus sem antes sermos limpos por ele, só o santo pode ser ungido, assim tenhamos cuidado, muitos que se dizem e parecem ungidos, podem não ser. Muita alegria e liberdade emocional que se vê por aí em pregações e ministrações com música, mesmo usando palavras proféticas podem ser só paixão e carisma humanos, não óleo do Espírito Santo, se não houver na vidas das pessoas o temor que vem da santidade adquirida quando se está de fato diante do trono do Senhor. O evangelho nos dá um privilégio que o povo de Deus no antigo testamento não tinha, acesso ao Espírito Santo para sempre. Isso só aconteceu depois de completa a obra redentora de Jesus, a partir da descida do Espírito Santo na festa de pentecostes em Jerusalém, narrada no livro de Atos. 
      Santos e ungidos em todo o tempo, na prática nós conseguimos isso? Não, mas isso sempre deve ser nosso foco, nosso objetivo, nunca menos que isso.

21/06/19

Quem teme a Deus é amigo do tempo

      “Temei ao Senhor, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem.” Eclesiastes 9.8

      Temer a Deus é saber que não se pode fazer qualquer coisa, em qualquer lugar, em qualquer tempo, de qualquer jeito e a qualquer um. Temer a Deus é andar com cuidado, ouvir com atenção, falar só quando necessário, mas agir depressa se Deus mandar. O que teme ora sempre, ouve a voz do Senhor, tem convicção do que Deus fala, não por ouvir dizer, não porque aprendeu um dia, o que teme a Deus conhece o Deus de um presente eterno, porque busca o Senhor todos os dias e tem no coração uma unção sempre fresca. Quem teme a Deus não teme armadilhas, surpresas, acidentes ou violências, Deus o avisa antes, Deus o avisa sempre, Deus o poupa, quem teme a Deus anda na luz e sabe quando falar e quando fazer. O temor ao Senhor nos faz amigos do tempo, do “universo”, não temer o futuro ou o desconhecido, pois apesar de não termos controle sobre tudo somos amigos íntimos de quem tem, e esse, não deixa que sejamos envergonhados, para quem teme ao Senhor nada falta. 

20/06/19

Efeitos da culpa

       “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” I Pedro 2.21-24

     Quando nos sentimos culpados, ou agredimos os outros, ou nos machucamos, a culpa, contudo, pode ser legítima ou não, mas de um jeito ou de outro só uma comunhão verdadeira com Deus pode nos curar dela, não obrigações ou acusações. Alguns agridem para não serem agredidos, assim tomam a iniciativa para se sentirem no controle, com poder, mesmo que no fundo saibam que são eles os errados. Outras pessoas se enchem de trabalhos, mesmo de ministérios, porque se sentem acusadas, acham que isso pode compensar pecados escondidos e que elas não querem deixar ou mesmo pecados que nem existem, mas que elas sentem porque não tiveram cura emocional.
      Sacrifício humano não compra créditos morais ou espirituais, seja para ganhar algo bom ou anular algo ruim, direito a perdão de toda culpa só em Jesus, e esse perdão ganham os que querem, buscam e tomam posse. O inocente, todavia, a exemplo de Cristo, mesmo sem culpa, não culpa os outros, injuriado, não injuria, ainda que padeça, não ameaça, mas confia no justo Deus e cumpre sua missão. A consciência limpa é arma contra todo tipo de cativeiro e violência. Em paz não nos colocamos debaixo de cargas injustas, nem submetemos os outros a elas, purificados de todo o pecado vivemos para a justiça, sarados de toda enfermidade emocional e espiritual. 

19/06/19

Família, uma dádiva de Deus

      “Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.” Cantares 4.12

      “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” Salmos 127.3

      Muitos dizem atualmente, estou só por opção, não sou casado por escolha, não tenho filhos pois penso que isso é o melhor para mim. Longe de mim desrespeitar isso, seja como escolha, seja como realidade mesmo não escolhida e imposta por tantas variáveis, longe de mim, duvidar do desejo sincero de muitos em quererem esses estilos de vida, longe de mim duvidar que Deus faz pessoas diferentes felizes de maneiras diferentes, inclusive em relação às minhas escolhas, preferências e realidade. Contudo, é bom demais estar casado com a pessoa certa, é bom demais ver essa relação resistir ao tempo, às mudanças das partes, e a experimentar que a soma dessas duas partes é muito mais que dois, é três, quatro, oito, dezesseis, cem, mil, e não me refiro com isso ao casal ter um, dois, três, quatro, cinco filhos. 
      Um casamento feliz já nos faz mil, ganhamos força, viramos exército, e com Deus à frente conquistamos e mantemos o que conquistamos. Com filhos, então, somos uma tribo do povo de Deus, eternizamos nossos valores, fazemos diferença no mundo e não envelhecendo na alma, ainda que no corpo. Filhos nos fazem reviver e reviver, somos crianças de novo, jovens de novo, descobrindo e redescobrindo os sabores e as paixões, entendendo a complexidade humana, respeitando o tempo, dependendo mais de Deus e multiplicando a luz do Espírito Santo no planeta. Família, uma dádiva de Deus, que recebi sem merecer ainda que sempre desejasse, filhos me fizeram um homem melhor, esposa me fez querer ser esse homem para sempre, filhos e esposa me levaram mais perto de Deus, me fortaleceram contra o diabo e o homem mal, sou grato ao Senhor por ter e ser uma família.