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31/07/12
Curando-se do "complexo de super-homem"
30/07/12
R-E-S-P-E-I-T-O
Contudo, esse falso
senso de justiça só revela como as pessoas são exageradamente sensíveis com os
seus problemas e indiferente com os problemas dos outros. Muitas condições
causam dor e vergonha às pessoas, não somente aquela de sexualidade “diferente”,
e isso principalmente nas pessoas que se converteram ao cristianismo, que se
apresentaram, diante de Deus, arrependidas, e que mediante perdão seguiram numa
vida diferente. (Essas sofrem porque sabe que mudaram, que têm outro presente,
mas que ainda são perseguidas por seus passados por pessoas insensíveis com a dor alheia). Muitas condições ainda são
estigmatizadas numa sociedade contemporânea, só quem vive essas condições sabe dessa
angústia.
Dizendo o que não
precisava ser dito, mas que muitas pessoas ainda teimam em não entender, ter
uma opinião diferente, e lutar por ela, e tê-la em amor, não se impondo seja lá
por qualquer espécie de violência física ou mesmo por qualquer tipo de constrangimento
emocional. Esse cuidado deve ter principalmente os evangélicos que creem em
cura para a homossexualidade, já que em ser evangélico está embutido o amor de
Cristo pelo pecador, mesmo que o pecado seja combatido, seja o conceito de
pecado o que for. Veja que pode ser considerada violência e constrangimento
simples chacotas que se fazem com as pessoas em condição de dor.
Todos, sem exceção,
têm suas peculiaridades em termos de dor e fraqueza, mas muitas vezes não
entendemos a dimensão dessa dor e dessa fraqueza. Você não sabe a batalha que
uma pessoa sincera e munida de caráter tem quando precisou enfrentar desde a
sua infância uma condição de homossexualidade, portanto não faça piadinhas
sobre gays, cuidado com termos como “bicha” e “sapata” (se alguém se
escandalizou, desculpe-me, podemos não gostar de ler, e de ouvir esses termos
em um púlpito, mas como os usamos nas rodinhas, como rimos deles nos programas
televisivos humorísticos, quanta hipocrisia a nossa...).
Você também não
sabe a batalha que pessoas que experimentaram casamentos quebrados tiveram e têm,
portanto, e isso digo principalmente aos evangélicos, cuidado ao declarar do
alto dos púlpitos que essa condição e de gente promíscua, que se o casamento não
durou foi culpa desse ou daquele. Sim, creio num casamento para sempre, mas
creio agora, que minha vida está no centro da vontade de Deus, o Senhor sabe as
lutas que enfrentei sozinho, nessa área, da tristeza que já vivi quando não via
esperança para a minha condição (desculpe-me novamente, agora por abrir o coração).
Pouca gente entende
também a agonia que passa aqueles com problemas psiquiátricos, seja uma depressão
comum até transtornos mais sérios de personalidade. Esses, até pouco tempo,
eram trancafiados em manicômios, locais desumanos, sem afeto, sem higiene, visitei
um lugar desses, nos anos 1980, aqui no Brasil, nunca vi nada mais degradante,
nem em presídios, quando fazia evangelismo. Até os homossexuais, atualmente, são
tratados com mais respeito que esquizofrênicos e maníacos depressivos (usei esse
termo ao invés de bipolares, que é a maneira mais atual de chamar essas
pessoas, pra chocar mesmo, já que muitos não sabem o que isso significa). Como
dói para alguém com essas doenças ser chamado de louco, ser desprezado por ser
considerado sem consciência, sem inteligência, mesmo sem sensibilidade
espiritual, afinal “são loucos mesmo, quem dá bola para o que eles dizem?”. Preconceito,
preconceito, falta de informação, desrespeito, falta de amor, hipocrisia.
Sim, tudo se resume
a falta de amor, mas a tal da projeção, que a psicologia se refere, é o que
mais acontece, projetamos em outros, o que vemos em nós. Se não nos respeitamos
de fato, não podemos respeitar os outros. Quando medimos o tamanho da nossa dor
e da nossa vergonha, nós começamos a entender a dimensão da dor e da vergonha
do outro. Falta de conhecimento do próximo e falta de conhecimento de si mesmo, nada mais é que outra maneira de chamar falta humildade.
E aí vai, quem sabe
a luta que passa um fumante, um alcoólatra? Não, não estou diminuindo o poder do
Evangelho, tenho aprendido a crer, mais e mais a cada dia, e meus cinquenta e
poucos anos de muita desilusão e equívocos não conseguiram mudar isso, que há
poder sim em Jesus, há poder na oração, há muito poder na adoração, que junto
do amor é o que durará por toda a eternidade. Há poder que médicos e filósofos
não entendem, não provam, há poder, por meio da fé.
Para ter cuidado
com os outros é preciso cuidado consigo mesmo, para ter compaixão pela dor
alheia e necessária noção da amplitude da própria dor. O cristão maduro pensa
antes de falar, nivela-se por igual, nunca maior (e nem menor) que o próximo,
sabe que o seu problema é tão importante quanto o problema do outro, que sua
causa é tão prioridade quanto a causa do outro. Isso se aprende com o tempo, já
desconsiderei muito o meu próximo, já fui insensível com ele, já zombei e menosprezei
o problema alheio, mas fiz isso tudo porque desconsiderava a mim mesmo, era
insensível comigo mesmo, no meu coração, eu tratava com sarcasmo minha batalha
pessoal. Por quê? Eram maneiras de poder viver com o problema, de sofrer menos,
maneiras fáceis. Hoje sei que os problemas precisam ser enfrentados de frente,
com respeito, mas acima de tudo crendo no ilimitado poder de Deus.
Infelizmente tenho
aprendido a não tratar o problema do outro de forma irresponsável, depreciando-o,
depois de viver em minha própria carne problemas sérios, de risco moral, psicológico
e físico, não, não é exagero meu. Que você não precise passar por tudo isso
para simplesmente demostrar pelo outro o amor daquele que deu a própria vida
por você, Jesus.
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29/07/12
Deus é o centro
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28/07/12
Tome a iniciativa
Paremos de falar em
paz e sejamos pacificadores.
Paremos de falar em
amor e tomemos a iniciativa para amar.
Paremos de exigir
virtude dos outros e mostremos a nossa.
O que vale nosso
cristianismo se for apenas palavras, desculpas, álibis, justificativas e mais
justificativas para defendermos a tese de que somos bons, justos e os outros são
maus, não merecedores do nosso melhor, e no final das contas esse melhor nunca acaba aparecendo. Isso só nos deixará sozinhos, isolados de todos, presos
no buraco que nós mesmos cavamos.
Mas veja, fazer cara de bobo, não é ter humildade, ficar calado, simplesmente, não é ser pacificador, cumprimentar as pessoas com a paz não é amá-las, ter domínio sobre suas reações, somente isso, não é ser virtuoso, é preciso, mais que uma aparência, ter um coração transformado e sincero.
Mas veja, fazer cara de bobo, não é ter humildade, ficar calado, simplesmente, não é ser pacificador, cumprimentar as pessoas com a paz não é amá-las, ter domínio sobre suas reações, somente isso, não é ser virtuoso, é preciso, mais que uma aparência, ter um coração transformado e sincero.
Tomemos a
iniciativa agora mesmo, falemos com quem precisa ouvir nossa voz, telefonemos
se for preciso, mandemos uma mensagem, deixemos um recado no FB, mas ajamos. Quem
sabe qual dia será o último da vida daquela pessoa que nós nos afastamos por um
motivo bobo, ou da nossa própria vida, quem sabe. Se tivermos que errar, erremos pelo exagero, não pela falta, erremos por amar demais.
“É preciso amar as pessoas como se não
houvesse amanhã” (Renato Russo).
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27/07/12
Napoleão Bonaparte
O remédio para essa
ótica equivocada, como sempre, é a humildade. Ela equilibra-nos, não permite
que nos sintamos a pior das criaturas, achando que somos perseguidos por todos,
e nem deixa que nos tornemos megalomaníacos, achando que somos alguém especial
além da conta. Deus ama a todos, a todos mesmo, mesmo aquela pessoa que você considera
ser sua maior inimiga, que mais te incomoda, que aos seus olhos mais foi
injusta com você. Bem, só o fato de termos essa consideração por alguém, já faz
com que estejamos bem próximos da cilada dos extremos, que leva ao egocentrismo
e desemboca na loucura.
Não, o mundo não está todo contra você, e você
também não é um deus. O que você vive, todos estão vivendo, a angústia que
sente, todos estão sentindo, e a necessidade de ser amado, compreendido e
justiçado, todos têm. Nivele sua alma e viva a lucidez que têm somente aqueles
que descansam em Deus.
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26/07/12
Xeque-mate?
A simplicidade do
Evangelho é barrada quando a dureza do coração do homem revela-se, quando as
mazelas da alma humana inventam histórias, criam desculpas, arquitetam planos,
para impedir o ser de simplesmente seguir em paz. Ao invés disso ele pode se
transformar em lixeiras, armazenando em si o mal do mundo, pesados somos vítimas fáceis das redes do inimigo.
Quem tira vantagem
disso é o Diabo, nesses momentos parece até que ele deu um xeque-mate na
situação. Xeque-mate, para os que não sabem, é uma jogada do jogo de xadrez que
deixa o adversário absolutamente sem saída, cria-se um embate que impossibilita
que o jogo siga.
Mas isso, na vida
cristã, é apenas aparente, o Diabo não pode dar xeque-mate, o que ele usa é uma
disposição de orgulho das pessoas que passam a acreditar numa mentira. Muitas
pessoas, mesmo cristãos, perdem tempo em suas vidas enredadas por essa
armadilha, metem-se em situações que parecem que não têm solução, isso faz
sofrer a si mesmos e aos outros.
É importante que
não nos esqueçamos da simplicidade do Evangelho, que se resume em receber e dar
perdão. Essa é a única saída para se desvencilhar de redes, que o inimigo e as
nossas próprias almas, podem criar para impedir que a vida siga em paz. Não
fique armazenando o lixo que os homens despejam sobre você, jogue fora o mal,
libere as pessoas, perdoe de verdade, e vá em frente, leve e renovado.
.25/07/12
Mais que aparência de vitória, um coração vitorioso
Jacó passou parte
de sua vida conquistando vitórias através do engano, do jogo sujo, ganhando
coisas que aparentemente nem eram para ser suas. Bem, esse era o estilo de vida
de Jacó até o momento de sua luta com o anjo.
Por que Deus permitiu
a luta? Para que Jacó legitimasse sua condição de vencedor, veja que naquele
momento da luta com o anjo ele já era um vencedor, voltava para a terra de seus
pais rico e casado. Contudo, mesmo que fosse vencedor de fato, talvez não o fosse
em seu coração, em seu íntimo ainda se sentia um enganador.
Quando nos achamos assim, mesmo em visível condição de sucesso, nos sentimos perdedores, falsos,
qualquer atitude, palavras ou mesmo um simples olhar mais duro, nos
desconsertam, nos abalam.
Jacó teve que lutar
com um anjo para mudar não sua vida social, mas seu coração. Ele saiu marcado
dessa luta, foi o preço que teve que pagar, não para ser próspero e célebre,
mas para ter paz, a paz que tem aquele que se sente honesto, íntegro,
verdadeiro, e não mais um enganador.
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