A primeira foi a bênção
de poder evangelizar alguém, isso não aconteceu estando eu procurando conscientemente
fazer isso, mas aconteceu porque estava no lugar certo, fazendo a coisa certa. Bem,
nessa situação Deus me deu o tempo e a oportunidade para falar de Deus a uma
pessoa, que me pareceu totalmente preparada para aquele momento. Sim, o
Evangelho deve ser pregado a tempo e fora de tempo, mas como é prazeroso
encontrar uma pessoa preparada, num lugar propício e com o tempo a nosso favor para
podermos compartilhar com ela algo do coração de Deus.
A segunda foi a bênção
da presença de Deus em um culto, mas veja, num culto que cheguei cansado, num
momento que preferia mesmo ficar em casa descansando. Mas a presença de Deus
foi tão forte que me inundou, veio de fora pra dentro, tocou meus sentimentos
de uma maneira única, tirou de mim um louvor especial, me fez desejar ser mais santo.
Nessa experiência a unção de Deus foi tão forte que transbordou, abençoou as
outras pessoas, e ministrando que estava num instrumento musical, fez a
presença sobrenatural do Espírito Santo alcançar a todos no templo.
A terceira foi a bênção
de rever uma pessoa especial em minha vida, meu primeiro pastor, que me batizou
em 1976, na Primeira Igreja de Santo André, São Paulo. Encontrei-o em São
Paulo, capital, durante a celebração de 50 anos da “Edições Vida Nova”. Nessa
ocasião, minha alegria já era grande, por estar naquele evento, fazendo o que
mais gosto que é tocar meu instrumento, na companhia de minha filha de um
pastor amigo, que me convidou para a noite. Mas o encontro com aquele pastor,
foi um algo mais, desses que Deus nos dá por amor, amor de pai que quer
presentear seu filho. Pensei muito nesse encontro, durante mais de trinta anos
de minha vida, mas ele ocorreu naturalmente, num bom momento, e foi pura
alegria, coisa de Deus mesmo.
Acredito que uma
manifestação poderosa de Deus é desencadeada com os seguintes fatos: primeiro,
uma vida em oração, que pede pela vontade de Deus e se prepara para ela. Segundo
pela disponibilização, pelo trabalho, pela ação, que se coloca no lugar certo,
fazendo a coisa certa. Para alguém que vive de acordo com esses dois princípios,
não resta outra coisa a Deus senão abençoar, não só com o necessário, mas com
mais que isso, Ele transborda para que a bênção não só abençoe a vida que orou
e fez, mas os outros ao seu redor.
Essa experiência reflete
a vida de Jesus. Cristo orava e muito, se preparava, se santificava, e se
disponibilizava para executar a vontade de seu Pai. Com isso, as coisas
aconteciam naturalmente, os encontros, tanto com indivíduos, como com a mulher
pega em adultério, tanto com multidões, como na multiplicação de pães e peixes.
Jesus não corria atrás da vontade de Deus, não diante dos homens, isso ele
fazia em segredo, em oração. Mas em seu andar as coisas aconteciam
naturalmente, e com muito poder, isso fazia com que a vida nunca o pegasse de
surpresa, despreparado.
Ore, busque,
santifique-se, leia a Bíblia, nivele sua fé, seja perdoado e perdoe, depois,
descanse, a bênção de Deus é algo naturalmente simples. Nela o sobrenatural
nunca o pegará de surpresa, os confrontos da vida não serão armadilhas pra você,
e você nunca precisará dar qualquer “ajuda” para que a vontade de Deus aconteça.
Repetindo a frase que ouvi do pastor e mestre Russell Shedd no culto de celebração que fui: “Não encontro paz em outro lugar que não seja
na vontade de Deus”. Maravilhoso é quando podemos provar a vontade de Deus
de maneira natural, chegarmos a um ponto onde Deus pode agir em nossas vidas
sem maiores dificuldades, quando não somos nós que corremos atrás da bênção, mas é
a bênção que corre atrás de nós, quando a bênção não é resultado de um esforço dolorido, mas de um descansar no melhor de Deus para nossas vidas.
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