segunda-feira, outubro 12, 2015

Filho de peixe, peixinho é

        Salvação é escolha, por melhor que criemos nossos filhos, a salvação deles dependerá de uma decisão pessoal deles, a partir da adolescência, quando se adquire a idade da razão. Concordo que por mais que criemos bem, nossos filhos podem (e talvez devam...) fazer escolhas diferentes das nossas, ou pelo menos em tempos diferentes, e isso inclui o aceitar Jesus como único e suficiente salvador. Contudo, mesmo que um jovem não queira se dedicar à Igreja e não queira tomar uma decisão pública de comprometimento com o evangelho, mesmo assim, uma boa criação dada pelos pais deve surtir efeito. Sim, alguém pode ser o mínimo possível de bom cidadão, estudante, empregado, filho, profissional e familiar, e levar uma vida  produtiva e positiva baseado no caráter que recebeu de berço.
        Sei que só o evangelho transforma o homem e dá a ele a capacidade de ser vitorioso em todas as áreas da vida, mas é estranho vermos jovens criados por pais cristãos e não decididos publicamente pelo evangelho, se desviarem para os piores e mais baixos níveis do mundo. A verdade é que se os pais forem ausentes, sem amor ou violentos, o evangelho terá muita dificuldade para ser aceito por uma pessoa. É preciso que isso seja dito, porque vemos tantos casos de pais assíduos na igreja, com uma vida de aparente testemunho, de oração e ocupando cargos em ministérios, mas ainda assim com filhos, que pior que não assumidos por Jesus, estão desviados e perdidos no pior que o mundo tem, jovens que terão que sofrer muito, e fazer outros sofrerem, até que finalmente se decidam pelo evangelho. 
        Não adianta usar o argumento que alguns pais usam, que fizerem tudo certo, mas que os filhos foram influenciados por má companhia, é claro que isso é possível, mas a possibilidade é bem menor se a criação foi correta. Mesmo pais não cristãos, conseguem criar bons filhos, que não se tornam dependentes de excessos artificiais como drogas, álcool, sexo e outros prazeres obsessivos. Filho de crente não é crentinho, mas filho de peixe é peixinho, os filhos se tornam o que nós realmente somos e se mesmo que pareçamos bons crentes nossos filhos se tornam desviados radicais, talvez seja porque não somos tão bons crentes assim.

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