terça-feira, outubro 25, 2016

"Está sempre se reinventando", mentira da mídia

      Segue reflexão que fiz na net sobre perenidade da criatividade artística, no final faço o link com uma ótica mais espiritual, caso você tenha paciência de ler tudo.
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      A mídia vive de vender produtos, isso não são os anúncios publicitários, esses são pagos se a mídia aparece e ela aparece quando seus produtos são desejados. Que produtos são esses? São heróis, vítimas e monstros, é isso que o povo quer ver, ler e ouvir. Mas antes de vender, a mídia cria esses produtos, baseados em arquétipos universais e atemporais, que funcionam sempre, em todo lugar. 

      Apesar de basear-se em esboços reais, é preciso retoques e reforços para que um produto seja inventado e comercializado, esse trabalho, depois de feito, a mídia não joga fora. É aí que chego ao título do texto, em se falando de artistas, talvez o melhor produto trabalhado pela mídia, o argumento reinventa-se é usado para dar longevidade ao mesmo. 
      Artista de eterna relevância é título para poucos, eles existem, são os pioneiros e geniais em suas praias. A maioria, porém, não é assim, tem importância para a sua geração, permanecem produtivos e inovadores por cinco, no máximo dez anos, depois envelhecem. Beatles são para sempre? Nunca mais existirá outro Miles Davis? Beethoven é único? Noel e Jobim são eternos? Gershwin é exclusivo? Sim, e nunca nos cansaremos de apreciá-los, eles não precisaram se "reinventar" para isso. 
      Mídia, não me venha com esse papo que tal músico dos anos 1960 está ativo há 50 anos, que está sempre se renovando, quando na verdade há 40 anos ele não mostra nada de realmente novo. Depois de dez anos de carreira já começa a se repetir, depois de vinte lança álbuns comemorativos, depois de trinta faz shows de encerramento de carreira, pra depois de quarenta receber tributos de outras bandas. 
      Não, o cara não se reinventou, isso é conversa fiada da mídia manipuladora para continuar vendendo seus produtos a essas novas gerações mal educadas, que acham que só é relevante o que é novo. Que diferença de outras gerações que ouviam erudita, jazz e música brasileira já amadurecidas, com cuidado e respeito, sabendo que o que é bom não fica velho e não precisa ser reinventando.

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     Isso também serve pra cantores evangélicos, mesmo pra pregadores. 
      Vou dizer algo que talvez você não concorde, não a princípio: unção envelhece. Como assim, mas unção não é algo espiritual, eterno? Não, unção é convicção e sensação de presença de Deus, mas na alma e na carne. Na eternidade não precisaremos de unção, teremos acesso livre e direto à presença de Deus sem os limites e filtros da carne. 
      Assim, artistas e ministros cristãos precisam ter a humildade de saber quando parar, não de ser fiel a Deus, mas de se expor tanto à obra e ao mundo. É triste ver, principalmente na área musical gospel, gente que Deus já disse, para, e ainda assim continuam, vazios da aprovação de Deus, simulando na carne uma unção que não possuem mais. 
      A esses só resta o desvio doutrinário, a heresia, que infelizmente ainda é consumida por outros equivocados que substituíram a adoração de Deus, pela adoração a ídolos humanos, os "produtos que se reinventam", vendidos por uma mídia "evangélica". 

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