Os cristãos precisam entender e aceitar que os tempos mudaram. Na verdade há até pouco tempo, ainda vivíamos às sombras de um catolicismo medieval onde o cristianismo era religião oficial dos estados ocidentais.
Não, o protestantismo não mudou isso, o que está mudando são as legislações que estão dando a todos o direitos de serem, fazerem e crerem no que querem, com respeito principalmente às áreas afetiva e religiosa. Os direitos políticos, sociais e econômicos, já têm sido democratizados na prática há mais tempo, contudo ainda imperava uma oficialização da religião cristã, liderada pelo catolicismo, e sua orientação sobre sexo e família.
Contudo, são os evangélicos que até agora falam com mais coragem (ou insensatez?) o que acham que a Bíblia diz sobre religiões e sexualidade. As novas leis estão fazendo com que crentes, sob risco de penalização criminal, pensem melhor antes de dizerem que essa religião é do diabo ou que aquela postura sexual é promiscuidade.
Após essa constatação de fatos e antes que algum escatológico de plantão diga que isso é sinal do fim dos tempos, eu pergunto: Jesus encarnado, quando andava no meio dos homens, precisaria de leis humanas para adequar seus ensinamentos e estilo de vida? Não, não mesmo.
Jesus encarnado, aquele homem que viveu neste mundo no século I, andaria em qualquer tempo e em qualquer cultura sem necessidade de adequações sociais. Por que então o cristão está precisando repensar seu cristianismo? Porque está vivendo um falso cristianismo, em muitos casos, um cristianismo desviado, e repito, desviado não por falta de moralidade, mas por ausência de amor e presença de hipocrisia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário