quarta-feira, novembro 30, 2016

"Servo de Jesus", quem pode dizer isso de si?

      "Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, o qual foi prometido por ele de antemão por meio dos seus profetas nas Escrituras Sagradas, acerca de seu Filho, que, como homem, era descendente de Davi, e que mediante o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus com poder, pela sua ressurreição dentre os mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor." Romanos 1.1-4

      Respondendo à pergunta que fiz no título dessa reflexão, eu não posso! Não sou servo de Jesus, isso mesmo. Sirvo antes às minhas mágoas, minhas inseguranças, meu egoísmo. Sou convertido? Sim. Nascido de novo? Sim. Vivo uma vida de fidelidade às minhas alianças? Sim. Tenho experimentado cura emocional, física e espiritual de Deus? Sim. Adoro a Deus acima de tudo na sinceridade e no mais profundo do meu coração? Sim.
      Mas declarar que sou servo de Jesus, que como tal o obedeço em tudo, que trato as pessoas com humildade e paciência, e que como servo sou sempre uma porta aberta para que Deus seja testemunhado e glorificado em minha vida, isso não, não sou tão espiritual assim. Servo de Cristo Jesus é o mais alto dos títulos, mas como as pessoas se auto-denominam assim. Por ignorância? Por arrogância?
      Com sinceridade ou não, não sei, Deus o sabe, o que sei e tenho a obrigação de dizer, é que eu não sou um servo. Eu queria ser? Talvez, já quis, hoje em dia contudo estou rendido a mim mesmo, às minhas frustrações. Sigo a Jesus, meio de longe, tento me comprometer menos para não ser incoerente e hipócrita.
      Contudo, confesso, quando estou só, e consigo calar em mim todas as dores e rancores, quando consigo experimentar o sentimento mais sublime de todos, a paz em Deus, quando enfim, consigo me ver, pequeno, insignificante, um simples menino que tem tudo a aprender, a ouvir, e pouquíssimo direito de dizer ou ensinar, me sinto um servo.
      Não um servo importante, visível, mas aquele que fica escondido na casa de Deus fazendo algo que ninguém vê, que ninguém sabe, nem se importa em saber. Mas é algo que agrada profundamente a Deus, e que por isso esse Deus chama carinhosamente de "meu servo amado".

      

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