Uma
grande dificuldade que ocorre com quem tem uma doença mental, transtornos psiquiátricos,
etc, é que ele mesmo não sabe que está doente, portanto não procura um médico e
consequentemente não tem sua enfermidade diagnosticada e trata. Isso é facilmente
entendido pelo fato da enfermidade residir justamente na parte do ser humano
responsável por interagir com o meio social, com a realidade, aquela que
estabelece o critério de avaliação sobre o que é ou não é normalidade.
Junte-se
a isso o desconhecimento das pessoas sobre enfermidades mentais. A maioria alia
doença mental a uma loucura radical, que muitas vezes é tratada pelo cinema e
pela mídia como digna de isolamento social extremo, o que realmente era verdade
há algumas décadas. Então, mesmo que se note alguma coisa, ninguém quer admitir
tal mal em si ou em alguém próximo. Por isso, muitos preferem identificar algum
problema mental simplesmente como estresse ou depressão, que é mais “light”,
está na moda, e pode ser simples consequência de quem está trabalhando muito, portanto
é mais uma medalha de honra do que uma doença (veja reflexão “Depressão: causa ou consequência?”).
(Entenda que eu não estou me referindo aqui a doenças mentais
identificadas no nascimento (ou adquiridas a partir de alguma outra enfermidade
ou acidente) que realmente impedem a pessoa de um convívio social normal, como síndrome
de down, autismo, etc, e repedindo, eu não sou profissional da área, apenas
compartilho conhecimentos baseados em experiências pessoais sobre o assunto,
caso identifique alguém com alguma dos problemas citados, procure um médico da área.)
A orientação mais adequada é para os que se
julgam “normais”, que gozam de um estado equilibrado de saúde, esses sim tem o
dever de identificar a doença, portanto precisam estar atentos aos próximos com
amor e sem preconceito. São esses que devem tomar a iniciativa de buscar
tratamento, já que os doentes não podem fazê-lo prontamente, e o conselho que
dou é que busquem informação a respeito. Depressão, transtorno bipolar, TOC,
esquizofrenia, síndrome do pânico, etc, os nomes são muitos, mas precisamos desestigmatizar
esse assunto e ajudar quem precisa.
Só para citar um exemplo de estigma, muitos
aliam doença mental à violência, sim, isso pode acontecer, mas na maioria das
vezes a enfermidade leva a pessoa a uma passividade, a um distanciamento da realidade,
muito mais que a uma reação violenta a ela. Quem é violento o é, sem ou com
enfermidade, obviamente que a enfermidade o deixa mais sensível. Estamos também
conscientes de que existem psicopatias que realmente privam a pessoa de
sensibilidade, de respeito à vida humana, levando-a a prática de violências
terríveis numa absoluta frieza.
O
mais sensato é se informar a respeito, segue um link com uma matéria bem
interessante sobre doenças mentais, “Conheça as doenças mentais mais comuns e saiba onde procurar ajuda”,
mas fique à vontade para buscar mais informações, lembrando sempre que a
consulta de um profissional da área, médico psiquiatra, é o caminho mais
correto para saber sobre o assunto.
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