20/08/15

Amar é melhor que sacrificar

        Quantas coisas as pessoas são capazes de fazer pela fé, pela sua fé, fé que acaba sendo mais importante até que o objeto de fé, todavia, o que Jesus pediu foi algo simples, não se precisa subir em montes, fazer longos jejuns, nem ser um religioso com assiduidade 100% aos compromissos de uma igreja, Cristo quer de nós obediência, não sacrifícios, e a ordem principal é amar a Deus e ao próximo, e tantas vezes estamos dispostos a fazer tantas coisas, menos amar, perdoar e respeitar nosso semelhante.

19/08/15

Integridade

      Coragem não dá legitimidade à mediocridade, muita menos a fé, por si só, confere espiritualidade a alguém, é preciso virtude no plantio e na colheita para que o fruto possa ser realmente doce, é preciso integridade, para que haja verdade, ser íntegro é ser coerente, é ser coeso, é ter uma cara só, é pagar todos os preços sempre, e não somente se esforçar na última hora, pela metade, mas é principalmente obedecer a Deus, e não fazer nem mais e nem menos, mas exatamente aquilo que o Senhor mandou.

18/08/15

...mais sobre pais e filhos

       Não fui criado em lar evangélico, apesar de minha mãe ter sido, durante minha infância e adolescência, católica, meu pai era maçom e espírita cardecista, obviamente isso trouxe problemas espirituais e emocionais seríssimos pra mim e minha família, que começaram a ser resolvidos quando eu e minha irmã nos convertemos, e alguns anos depois, com a conversão de nossos pais. Contudo, minha esducação teve duas grandes qualidades: primeiro fui ensinado, mesmo que respeitando todos os credos e opiniãoes diferentes, a pensar e a analizar, não aceitando nada como dogmático ou verdade absoluta.
        Essa crítca sadia me faz, até hoje, idealista, o lado ruim disso é que tenho dificuldades de aceitar certas realidades, e sempre estou procurando uma igreja melhor, ou tentando mudar a que faço parte. Bem, esse espírito revolucionário é característica da minha geração, que tem hoje seus cinquenta e poucos anos.
        A outra qualidade que minha educação teve foi dar prioridade a valores espirituais, culturais e emocionais, mais que aos materiais, o que não se pode ver sempre foi mais importante que o visível pra mim. Assim, não julgo ninguém por aparência física ou por posse de bens materiais, mas por seu caráter, e mais que isso, por sua sinceridade, por sua vontade de acertar. Em termos culturais não preciso dizer muito, fiz oito anos de piano erudito, gosto de literatura, de bons filmes, de arte e filosofia, de maneira geral.
        Sei que isso não me faz melhor que ninguém, contudo, me livrou de frequentar ambientes e de conviver com pessoas onde o pecado tem mais permissividade, nunca gostei, por exemplo, de carnaval ou de danceterias, lugares fechados, com música alta e de má qualidade, e é a esse ponto que estou tentando chegar com esta reflexão, a importância de cultura secular, na educação dos filhos, junto com ensinamentos bíblicos.
        Já refleti em uma das últimas reflexões sobre educação de filhos, falei sobre referências de certo e errado e coerência, mas isso não tem a ver só com educação religiosa, sim, evangelho é o principal, não só define nossa eternidade, como nos ensina a viver neste mundo, com justiça, misericórdia, em amor e em paz. O evangelho nos conduz e vitória sempre e em todos os momentos, mas podemos viver os princípios do evangelho neste mundo, estudando, trabalhando, nos relacionando, em família, nas empresas e universidades, em áreas não mais importantes que a espiritual, mas também relevantes para uma vida de vitória e felicidade.
        Vejo, contudo, algo muito triste, pais ensinando Bíblia a seus filhos, levando-os a cultos intermináveis, todavia, quando chega a idade da consciência, uma idade que os pais cristãos precisam entender que é um tempo onde os filhos precisam ter liberdade de escolha, precisam querer o evangelho e a igreja, e não podem ser obrigados, não mais, duas coisas acontecem. Os pais não têm paciência e maturidade para conversar e respeitar os jovens, continuam tratando-os como crianças, e os jovens por sua vez, como pegos de surpresa, que só receberam ensinamento religioso e nada mais, que foram ensinados a odiar o mundo, vejo esses jovens fazendo escolhas terríveis, caindo num extremo de tudo aquilo que viveram até então.
       O extremismo de certos pais cristãos revela uma incoerência total, em filhos que ainda não se decidiram pelo evangelho, e é preciso uma decisão pessoal para ser cristão, conversão não é passada pelo DNA físico. Ao invés de provarem o mundo, numa possibilidade disso ser necessário, pelo menos com qualidade, com dignidade, provam da pior maneira possível. Então, meninas que até então só se vestiam com saias compridas e longos cabelos (e não estou dizendo que só isso, representa ou não santidade, é apenas um exemplo), são vistas em fotos do Facebook com trajes mínimos, não em lugares de nível mais alto, aproveitando de maneira sadia suas juventudes, mas em clubes noturnos onde o único objetivo é contato físico com desconhecidos e sem qualidade.
        Meninos, que até então frequentavam escola bíblica dominical, falando e se portando como os tantos da cultura-bandida, ouvindo música ruim, enchendo-se de tatuagens, usando força bruta para se auto-afirmarem, celebrando traficantes e se prostituindo. Por favor, entendam o ponto que eu quero chegar, não estou aqui defendendo o desvio, o mundanismo, mas acredito que seja importante para que o jovem amadureça um conhecimento da cultura secular. Contudo, se isso tiver que ser feito, que seja feito com o melhor, não com o pior, com equilíbrio, com algum temor.
        Os melhores cristãos, que farão diferença na sociedade, que verão além dos legalismos e religiosidades e de denominações, são os que conhecem tanto a Bíblia quando a cultura, a arte, a ciência, a filosofia, já que não se vence nesse mundo só com conceitos puramente espirituais. Estudar, trabalhar, relacionar-se, se casar e criar filhos, de maneira plena e vitoriosa, exige que o ser humano use todas as faculdades que Deus lhe deu, não somente o espírito, mas a inteligência e principalmente, suas emoções, de maneira sábia e virtuosa. Bem, não explicarei mais, quem precisa entender, já entendeu, que Deus abençoe a todos nós.
       


17/08/15

Falsidade: a arma final dos inseguros

        A pior maneira de "resolver" um desconforto que sentimos por uma pessoa, é a falsidade. Em primeiro lugar é preciso entender que um desconforto acontece quando achamos que alguém, por algum motivo, mesmo que mentiroso, nos ameaça. Nos sentimos assim por achar que alguém pode nos tirar algo que possuímos, e reagimos, a princípio odiando tal pessoa. O ódio leva à inveja, essa disposição, não assumida, para nós mesmos e para os outros, pode nos tornar falsos, já que admitir essa ameaça e admitir que estamos em inferioridade. Então, por orgulho, tratamos a pessoa como se nada estivesse acontecendo, não queremos dar o braço a torcer assumindo que podemos ser ameaçáveis.
        É aí que um problema se transforma em muitos, como não resolvemos a visão equivocada que temos de nós mesmos e dos outros, passamos a tentar destruir a pessoa que nos ameaçou, caluniando, inventando histórias, potencializando mesmo as fraquezas reais do que nos ameaça, para destruí-lo. Uma série de coisas ruins, que começa com uma mentira, nos sentirmos ameaçados, faz o nosso orgulho odiar, invejar, mentir e nos transforma em pessoas falsas, a mentira inicial acaba numa grande mentira, uma insegurança pessoal pode nos fazer jogar muitas pessoas contra um inocente, que às vezes nem sabe que nos ameaçou de forma tão terrível, que às vezes se considera nosso amigo fiel.
        O mal se mata na raiz, toda essa reação em cadeia maligna começou com uma mentira, que nossas consciências inseguras dizem pra nós mesmos, alimentadas pelo diabo e por outras pessoas também inseguras, isso é o contrário do que nos diz o Espírito Santo. O Senhor diz que todos nós, todos nós, somos seres criados com um bom objetivo, todos temos nosso lugar ao sol, uma maneira de sermos felizes e de fazermos felizes os que nos cercam, sendo produtivos naquilo que fazemos de melhor. De posse dessa certeza, ninguém precisa se sentir ameaçado, então não precisa invejar, odiar, caluniar e muito menos ter uma atitude de falsidade, tentando esconder dos outros nossas inseguranças. Essa segurança se consegue buscando a Deus, conhecendo ao Senhor e consequentemente a nós mesmos.
        Esse auto-conhecimento nos leva a aceitar nossas impotências e a nos apossarmos de nossas habilidades, assim aprendemos a servir com o nosso melhor, a sermos úteis, nos valorizamos e é claro, assim, valorizamos também os outros. Seguros em Deus, não queremos ser o que não somos, nem precisamos disso, mas conseguimos ser felizes em sermos o que realmente somos. Se por algum motivo alguém nos ameaçar, bem, não são as pessoas que se colocam na posição de nos ameaçar, somos nós que nos colocamos como ameaçáveis, mas seja como for, em Deus nada e nem ninguém pode nos ameaçar. Sem ameaças, não há confrontos, não há guerras, não há inseguranças, não há orgulho, não há invejas, não há ódio, e seremos verdadeiros sempre, não teremos receio de sermos assim, não precisaremos usar a última arma dos covardes e inseguros, a falsidade. 

16/08/15

Sobre satanismo

        A maioria das pessoas acha que satanismo é aquilo que alguns cristãos dizem que é, pouca gente realmente sabe o que é satanismo, e desses, menos ainda admitem que sabem, nessa confusão, onde os verdadeiros mentem e os equivocados afirmam sem saber, quem sai no lucro é o personagem principal, astuto, inteligente, mas desde o princípio, um perdedor mentiroso.
        Em se tratando de possessão demoníaca, seja de homens ou de locais geográficos, o nome de Jesus Cristo com autoridade na boca de um convertido santo, basta, contudo, o controle do mal vai bem além de possessão de corpos ou mapas. É aí que é importante saber o que o satanismo e como ele tem procurado manipular a sociedade, na cultura, na arte, na política, na educação, e principalmente, dentro das igrejas. Esse controle subjetivo, emocional e intelectual, é sútil, disfarçado, onde o diabo usa sua maior e talvez única arma, a mentira.
        Esta reflexão, como a maioria aqui neste blog, não é para ser um estudo profundo e abrangente, é apenas, uma reflexão, rápida, um toque, algo pra nos fazer pensar e nos motivar a ir atrás de mais informações. Nestes últimos tempos, Deus tem levantado muitos homens com experiência real com o verdadeiro satanismo, uma rápida passeada pelo Youtube nos porá diante de vários materiais gravados interessantes. Os vídeos do pastor Carlo Ribas, que eu já citei aqui no blog, são materiais que eu recomendo, mas veja com sabedoria, em oração e confrontando com a Bíblia. 

15/08/15

Desviados e parados na fé: cuidado ao julgá-los

        Devemos ter cuidado ao julgar pessoas que já se postaram como cristãs, como crentes, como evangélicas, e não estão frequentando uma igreja no momento. Alguns chamam essa disposição de estar desviado, outros de estar parado no fé, seja como for, determinar que alguém está separado de Deus ou mesmo em pecado, só porque não está oficialmente membrado em alguma congregação, é um equívoco.
        É claro que estar numa igreja bíblica, ou o mais próxima disso, de forma produtiva, é o ideal do plano de Deus, isso é o ensinado nas escrituras, isso é o mais conveniente, essa é a forma mais adequada que Deus trabalha, amadurecendo e usando um filho seu, essa é a regra. Contudo, Deus vai muito além disso, de instituições, do que os homens podem ver e mensurar, de ligações religiosas e formais.
        Na verdade, o Senhor trabalha na vida de todos os homens a partir do nascimento, seja em que condições essas pessoas nascem, crescem e conquistam seus espaços neste mundo, seja em que religião, ou nãom, professam, e mesmo depois que uma posição é tomada em relação ao evangelho, que uma membresia é estabelecida, que se é batisado, mesmo assim, Deus pode usar maneiras não convencionais, de acordo com a opinião de alguns, para aperfeiçoar os chamados.
        Talvez, alguns desses que julgam os "desigrejados" de alguma maneira, que no fundo, mesmo que não admitam, se acham mais espirituais que esses, precisem passar por situações na vida onde nos escontramos longe oficialmente do convívio de uma congregação, só assim esses aprenderão a humildade de não julgar ninguém, nem duvidar das muitas e misteriosas maneiras como o Senhor trabalha.
        Não, esta reflexão não é para apoiar ou motivar ninguém a sair e continuar afastado de uma igreja, aos que estão nessa condição o Espírito Santo diz, busque em Deus um lugar para frequentar, Deus tem o lugar certo para que cada filho seu possa se sentir feliz e útil em sua obra. Mas àqueles que julgam, cuidado, a vida é longa e o mundo é mal, mesmo sendo Deus bom, misericordioso e poderoso, para proteger todos os que chama.
        Sim, a obra que Deus começou, ele a fará até o fim, e os que realmente tiveram uma experiência de conversão com Deus, eu digo com toda a convicção, nunca, nunca se perderão, mesmo que tenham que viver momentos de solidão. Mesmo porque, existem mais desviados e parados na fé dentro de igrejas, do que fora, como temos ouvido muito ultimamente, o diabo tem tido interesse muito mais em manter crentes equivocados dentro de ministérios, do que em tirar de vez esses crentes das igrejas.
        Sejamos humildes, Deus é real, é o selo do Espírito Santo que cria uma igreja, não um templo, uma instituição e costumes e eventos religiosos. O Espírito Santo é poderoso o suficiente para guiar seus filhos, e digo mais, nos últimos tempos, os verdadeiros cristãos só acharão orientação e alimento, no Espírito Santo, visto que falsos profetas e líderes gananciosos aumentarão e desejarão mandar em muitos ministérios, mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.

14/08/15

Sobre ser servo

        O que realmente nos dá referências para que tenhamos uma noção do que realmente somos, o que pode nos conduzir a um esboço, pelo menos, de um caráter humilde, é o conhecimento. Talvez alguns que se consideram espirituais não entendam isso, e assim não concordarão, já que pra esses, conhecimento, cultura, educação, estudo, são sinônimos de arrogância, de homem longe de Deus, e não de humildade. 
        Como músico, quando trabalhando em igrejas, sofro a perseguição e injustiça que muitos outros sofrem, mesmo lutando para fazer um trabalho bem feito, um trabalho onde é necessário além de talento e de muito estudo, vida de santidade para que a adoração seja agradável a Deus, ainda assim somos acusados de orgulhosos, de querermos fama e aplausos, de aparecermos demais. É claro que neste mundo evangélico atual, infelizmente, muitos têm usado a música em benefício próprio, ao invés de serem usados por Deus para usar a música como sacrifício santo de louvor ao Senhor. 
        Mesmo que isso não seja regra, no meio de pessoas com pouco estudo, que é a maioria do povo evangélico brasileiro, pessoas manipuladas por líderes que pregam a doutrina da prosperidade, mesmo dizendo que não pregam (eu repito e repito isso...), líderes que querem manter templos cheio ensinando que pela fé Deus pode fazer tudo e que milagres são suficientes para se viver nesse mundo, levando essas pessoas a estudarem o mínimo, a se esforçarem pouco, nessa cena, aqueles que estudam e se esforçam são vistos como arrogantes. 
        Então, voltando ao ponto do início desta reflexão, quando eu disse conhecimento, eu quis dizer que quando nos expomos, nos informamos e frequentamos escolas, universidades e empresas, vemos como existem pessoas capacitadas neste mundo, e na área da música, como tem gente de talento, esse conhecimento é que nos dá referências. Essas referências nos ensinam que não somos tão bons assim no que fazemos, ou pelo menos, que não somos os únicos. Na minha área, piano e teclas, eu sei como tem bons pianistas, músicos talentosos e superiores a mim, por aí, que chegaram longe, bem mais depressa. 
        Esse conhecimento me deixa na obrigação de ser humilde, para entender que o caminho é longo e que muito temos para aprender para chegar à excelência. Isso não nos faz crescer só nas aptidões intelectuais e artísticas, mas também na espiritualidade, essa não nos confere direito de mandar e de pisar nas pessoas, ao contrário, exige de nós atitude de servo, dá-nos a consciência que o melhor é se entregar, é ajudar, é fazer as pessoas felizes com aquilo que somos e sabemos, e quanto mais somos e sabemos, mais temos para servir e sermos realmente humildes.