11/08/18

Lavado no sangue de Cristo

      "E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte." Apocalipse 12.10-11

      É essa certeza que nos faz seguir seguros, que se pecamos, que se erramos, o sangue do cordeiro Jesus nos purifica de todo o pecado. Infelizmente, muitos religiosos, mais humanistas que cristãos, mesmo que defensores de um tradicionalismo cristão, pensam que o homem é salvo pelas obras, que para certos pecados não existe perdão, esses não entendem não só o amor de Deus, como sua maniera de trabalhar em nossas limitadas existências, não entendem, não aceitam e consequentemente não acabam provando. 
      Quando dizem, “esse aí, pecou a vida toda, agora quer dar uma de santinho”, negam o fundamento do cristianismo, o perdão, Jesus veio salvar pecadores, não justos. Mas os que se humilham e buscam, acham, perdão, libertação e paz, os que acreditam no evangelho, não na tradição religiosa, encontram, a paz que só o sangue de Cristo concede, e só esses são capazes de não negarem nunca o nome de Jesus. Só os que provaram do sangue, podem resistir até o sangue, ao maior sacrifício, nas provas mais extremas, só quem entendeu de fato a morte de Cristo, pode resistir até a morte. 
      “Senhor, aguardamos ansiosamente tua volta, quando teremos a vida que vale a pena, a verdadeira vida, por isso não damos a este mundo e aos seus valores tanta importância, mesmo que soframos nele e com ele. Na tua volta o Senhor limpará de nossas almas as lágrimas que nunca choramos, porque sabíamos que não teriam sentido serem derramadas aqui, nós as guardamos para ti, e não serão de amargura, mas de alegria. Senhor, nós te amamos porque tu nos amastes primeiro, todo louvor a ti!”

10/08/18

O Senhor conhece os dias dos retos

      “O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão.” “Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e deleita-se no seu caminho. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustém com a sua mão.” Salmos 37.18-19, 23-24

      Quatro versículos do meu salmo favorito, os dois primeiros nos revelam que os olhos do Senhor estão próximos, eles conhecem todos os homens, suas ações e suas intenções, ambas são importantes. Muitos agem aparentemente de maneira justa, mas têm intenções egoistas, vaidosas, mesmo, amargas e vingativas. Outros são bem intencionados, mas frequentemente não conseguem por em prática suas boas intenções, querem acertar, mas erram mais que acertam. O que vale aos olhos de Deus? Vale o equilíbrio entre as duas coisas, e o Senhor sabe bem quem possui esse equilíbrio. O melhor é a promessa que advém desse equilíbrio, a provisão de Deus, mesmo nos piores dias, a honra, e não a vergonha, a fartura e não a pobreza.
      Nessa proximidade, cada passo é protegido por Deus, e mesmo nas pequenas coisas, os retos usufruem da graça do Senhor, isso nos ensina os dois versículos finais. Novamente a promessa é maravilhosa, ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustém com a sua mão. Oh glória!! É bom demais ser filho do Senhor, ser atraído por seu amor para fazer as melhores escolhas, não caminhar sozinho, mas acompanhado por seus olhos misericordiosos. Não somos retos por sermos melhores, não mesmo, mas por nos aproximarmos do Senhor em todo o tempo, suplicando perdão e agradecendo a ele por tudo que temos, somos, teremos e seremos. Senhor, tu me conheces, obrigado por eu estar de pé, sustentado pela tua presença.

09/08/18

Sal da terra

      “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5.13      

      Na comida, qual o papel do sal? Dar sabor, tornar a comida mais apetitosa. O valor nutritivo de uma carne não muda com ou sem sal, a carne continua tendo proteínas que fazem bem ao nosso organismo, salgada ou não. O sal não confere conteúdo, mas forma, seres humanos, diferentes dos animais, precisam não só de conteúdo, mas também de forma. A arte confere forma estética à vida, podemos sobreviver fisicamente sem apreciar um quadro ou ouvir uma música, mas com arte nossa alma se alimenta e a existência fica melhor, mais agradável.
      Como sempre, Jesus é perfeito em suas metáforas e ele compara o cristão ao sal, ele diz que nós somos o sal da terra, o sal do mundo, assim Cristo chama a atenção de que forma pode ser tão importante quanto o conteúdo. Muitos de nós conhecemos o evangelho, a Bíblia, e até vivemos uma vida justa, muitos de nós tem conteúdo, tem o alimento que o mundo precisa. Mas é necessário mais que isso, é preciso ser sal, ter sabor e oferecer ao mundo uma evangelho agradável, saboroso. O evangelho não é só perdão de Cristo que nos livra do diabo, da morte, do inferno e do pecado, o evangelho é o consolo do Espírito Santo que dá sentido à vida. 
      Essa felicidade que devemos ter como cristãos é o que salga o mundo, lhe dá esperança, no meio de um sistema humano cruel, injusto e egoista. Não basta que conheçamos e vivamos o evangelho, é preciso sentir prazer nisso, alegria, isso é ser sal, e muitas vezes, é tudo que o mundo vê e precisa, a forma. Não estou dizendo que devemos viver de aparência, mas que devemos aparentar a vida eterna que temos no coração, em nossa maneira de viver, de falar, de caminhar por este mundo, isso é ser sal da terra. Assim, um cristão não deve ser sisudo, duro, como um juiz, mas elegante, afável, como uma testemunha feliz por compartilhar a experiência que tem.

08/08/18

Principalmente aos domésticos da fé

      “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.” Gálatas 6.9-10          

      O cristão verdadeiro quer o bem de todos, sem preferência, mas Paulo nos orienta que nos preocupemos mais ainda com os irmãos espirituais em Cristo, os domésticos da fé. Com sabedoria, orando sempre antes, não mimando ninguém, nem incentivando indolência, mas tomando a iniciativa de abençoar primeiro, quando temos a oportunidade de escolha, como no uso de um serviço profissional, o cristão. Um cristão está orando diretamente a Deus para ser abençoado em seus negócios, assim quando usamos o produto de um crente, estamos contribuindo diretamente para que Deus, não ídolos ou demônios, seja louvado. Os não cristãos também são abençoados por Deus materialmente? Sim. Nós também podemos usar serviços e produtos de não cristãos? Claro, e na maior parte das vezes é assim. Mas abençoar um não cristão fará com que ele agradeça a seus deuses pela prosperidade, ou a si mesmo. Abençoando um convertido, o Senhor será adorado de forma direta, abençoar um irmão, é adorar a Deus junto com o irmão.

07/08/18

A minha graça te basta, de novo e de novo

      “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.II Coríntios 12.7-10

      Deus me alerta o tempo todo sobre interpretar a Bíblia através do Espírito Santo, e não pelas tradições morais, sociais e religiosas de homens, sejam eles os líderes ou teólogos que sejam, falo disso constantemente aqui no blog. Contudo, não se enganem, eu amo a Bíblia, é o livro mais importante já escrito, consegue ser humano, poético e espiritual, com a mesma eficácia. O texto acima já foi compartilhado aqui diversas vezes, e ainda assim se renova e torna a falar comigo de maneira que sou impelido pelo Santo Espírito a posta-lo novamente no “Como o ar que respiro”, com certeza é um dos textos bíblicos que mais fala ao meu coração, me interpreta, ao mesmo tempo que me consola.
      Entendemos claramente que Deus permitiu que uma força do mal, em alguma instância que não sabemos ao certo, subjulgasse Paulo, com um objetivo útil para o Senhor e para o último apóstolo. Não sendo algo agradável, Paulo orou pedindo libertação, exatamente três vezes, então não orou mais. Ele entendeu que aquela libertação Deus não daria a ele, porque Deus tinha um propósito nela, manter Paulo humilde. Era o outro lado, que todos nós seres humanos precisamos aceitar para que tenhamos equilíbrio, uma benção, um talento, um privilégio, exige também um sacrifício, uma renúncia, uma dor, uma perda, para que Deus seja exaltado em nossas vidas, e não os nossos egos. Entendamos que viver com um espinho na carne não é viver em pecado, mas é ter limites, saber que certas coisas não podemos fazer, porque não temos forças emocionais para arcar com elas até as últimas consequências, mesmo que tenhamos capacidade intelectual para fazê-las.
      Essa lição ensinou a Paulo, e precisa ensinar a nós, não reclamarmos da vida, daqueles assuntos que parecem que nunca se resolvem, eles podem ser espinhos na carne autorizados por Deus, para que sigamos humildes e dependentes dele. Se não fosse assim, deixaríamos o Senhor, seguiríamos sós, nos achando autossuficientes. Que possamos dizer como Paulo, em determinados e específicos assuntos, com discernimento e convicção em Deus, “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo... Porque quando estou fraco então sou forte”. Essa é uma das maiores lições que um cristão precisa aprender para amadurecer e realmente ser feliz, do contrário, continuará orando pedindo libertação de algo que Deus não quer libertar. Entendamos bem, Deus pode nos livrar de tudo, menos de espinhos na carne, eles existem para o nosso bem, saibamos identifica-los e aceita-los.

06/08/18

Trabalhe na luz

      “E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz. Vede, pois como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado.Lucas 8.16-18            

      No dia 23/07/18 fiz uma reflexão, “De mãos vazias, mas de coração cheio”, sobre parte do texto de Mateus que faz a mesma citação do texto acima de Lucas, senti de tocar novamente no tema. A palavra de Deus já cumpre sua missão pelo simples fato de existir e ser exteriorizada, seja num púlpito físico, virtual ou na em qualquer outro lugar, na boca de um verdadeiro profeta de Deus, que em obediência ao Senhor, fala. Assim, mesmo que quem precise ouvir não obedeça, mesmo que nem ouça, porque na hora e no lugar que o profeta falava tal pessoa não estava presente, ainda assim, a palavra de Deus cumpriu seu objetivo. 
      Mas se a pessoa não estava presente, como pode ser julgada por algo que não ouviu? Porque ela não estava presente por escolha própria, tenha certeza, Deus dá a oportunidade e a disponibilidade, se ele mandou o profeta falar é porque quem precisava ouvir tinha condições disso. Mas por rebeldia, alguém pode deliberadamente se afastar do profeta, ou afastar o profeta de sua vida, para não ouvir o que Deus tem a dizer pelo profeta. Atualmente, existem mais profetas fora de igrejas que dentro, expulsos, de forma explícita ou mesmo mais polida e política, pelos pastores hereges e gananciosos que não querem ouvir a voz do Espírito Santo e se acham no direito de se postarem como os profetas (quando são só falsos profetas).
      Mas por que essa introdução ao tema proposto no início? O que tem haver profeta com candeia? Na verdade, todos que vivemos no Espírito Santo e buscamos agradar a Deus em nossas vidas, em tudo o que fazemos, em nossos casamentos, em nossas amizades, em nossos trabalhos, em nossos estudos, dia a dia, podemos ser usados profeticamente pelo Senhor. A nova aliança em Cristo desmitificou muitas coisas que no antigo testamento estavam encobertas em mistérios ou apresentadas aos filhos de Deus só como metáforas. Jesus abriu-nos o “santo dos santos”, perdoou nossos pecadoa para sempre e nos deu o Espírito Santo. Agora não somos alimentados espiritualmente só por terceiros, por registros dos outros, pela palavra escrita, mas diretamente pelo Espírito Santo de Deus em nossos corações. 
      Dessa forma somos todos sacerdotes de uma nova aliança, como diz Pedro em I Pedro 2.9. Se temos essa vocação, façamos o nosso melhor à vista de todos, como diz o ditado, “quem não deve, não teme”. Muitas vezes não fazemos ideia de como Deus usa o trabalho que fazemos, e não me refiro só à evangelização e ensino da palavra, não, falo de nosso ofício secular. Não por vaidade, nem jogando pérolas aos porcos, mas com singeleza de coração e humildade, mostrando a chamada pessoal e instransferível que cada um de nós temos. Muitos, alegando sabedoria, agem com covardia e orgulho, se escondem, e escondidos nunca buscam excelência, procuram melhorar, já que se poucos veem, pouco é cobrado.
      Nós cristãos, todavia, genuínos e praticantes, não somos dos que escondem suas luzes, mas aqueles que as mostram para que todos vejam, e acredite, nada fica escondido nesta vida, uma hora tudo vem à tona. Se tem que ser revelado, que sejam coisas boas, bênçãos, não pecados não confessados, não assumidos e não perdoados. Que não sejamos pegos de surpresa com um assunto não resolvido em Deus, isso pode nos humilhar de maneira irremediável, e que também não sejamos julgados guardando algo bom só para nós, se assim agirmos perderemos tudo, até o que achamos que guardamos. Pensemos nos outros, em ajudar os outros com o que temos, seja isso o que for, nada é pequeno pra Deus se é dado com sinceridade e com todo o coração e na luz do dia.

05/08/18

Perseverar é preciso, sempre!

      "E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo." Mateus 10.22    

      Não desista, se preciso dê um tempo, descanse um pouco, respire fundo, saiba parar um pouco, ao menos. Contudo, não desista, e não me refiro a alianças feitas com homens, mesmo com igrejas, elas podem ser importantes, Deus pode até nos usar nessas alianças, mas elas não são Deus e não têm o direito de nos escravizar. Às vezes, para não desistir de Deus, temos que abrir mãos daquilo que homens dizem ser Deus, ser de Deus. Mas é vital que entendamos, que quando é Deus mandando, quando é de Deus a aliança, ela exigirá de nós muito trabalho, perseverança, sim, mas sempre respeitará nossos limites, e abençoará, em primeiro lugar, a nós mesmos. Do que adianta persistir numa atitude, num ministério, num trabalho, só para agradar homens, mesmo homens que se dizem cristãos e líderes de igrejas? 
      Parece discrepante, numa reflexão cujo tema é perseverança, falarmos em desistir? Mas é exatamente isso o que ocorre, muitos desistem de Deus porque foram sobrecarregados por homens, mesmo, por pastores, e isso é estratégia que o diabo também usa. Muitos desistem de Deus porque antes teimaram em não desistir dos homens. Fracos e cansados, mesmo de fazer coisas que achamos que são corretas, como trabalhar em igrejas, somos facilmente tentados a desistir de Deus. Assim, antes de desistir de Deus, lance fora o jugo pesado e injusto dos homens, o único jugo que você precisa levar é o de Jesus, e esse é leve, como diz em Mateus 11.28-30. 
      Contudo, o versículo inicial fala sobre uma razão legítima que pode nos levar a pensar em desistir: a perseguição, e não pela nossa história pessoal, por erros que nós mesmos cometemos, ou por ideologias humanas. Não, a perseguição legítima e que será inevitável, principalmente nos últimos dias, é por levarmos o nome de Jesus em nós, em nossas vidas, em nossas escolhas, em nossa prática testemunhada andando por esse mundo. É sobre essa perseguição, sobre esse ódio, que Cristo nos adverte, é nesse aspecto que o Senhor nos diz: aquele que perseverar até o fim será salvo. Essa palavra pode ir contra muita doutrina ensinada por denominação, mesmo séria, ela não garante salvação por um ato de fé num momento de nossa existência, mas por um constante processo de insistência, de não negar o nome de Cristo. Perseverar é preciso, sempre, é isso que nos diz Jesus, não desistamos, em Deus sempre acheremos forças e motivação!