Só percebemos
a gravidade de um divórcio quando entendemos a seriedade do casamento, e a
pergunta que eu gostaria de fazer é: quando, nesse mundo moderno e repleto de
permissividades, uma relação se transforma em casamento?
Casamento
é somente aquela relação que é legitimada por uma cerimônia religiosa ou por um
documento obtido num cartório? Uma relação mais duradoura, que compartilha
intimidade, mesmo sem a coragem de compartilhar bens, já não pode ser
considerada aliança de casamento? E se for assim, a saída desse tipo de aliança
já não se constituiria num divórcio?
Se
pensarmos dessa maneira, existem muitos divorciados que não admitem que são,
eles dizem, foi só um "namoro" que não deu certo. Talvez deva se
haver menos rigor para aqueles que pelo menos tem a coragem, confiados que a
relação será duradoura, que pagam o preço para ter a independência de criar um
lar longe dos pais, e que depois também têm a coragem de oficializar e assumir,
diante de todos, algo que não deu certo, do que para aqueles que simplesmente “juntam
os trapos” e passam a morar juntos.
Não,
essa reflexão não é para dizer se divórcio é correto ou não, se as pessoas
casam por motivos errados e se separam por qualquer motivo, ou se existe vítima
e agressor numa separação, só pretendi mostrar que muitos se escondem na
ausência de uma cerimônia ou de um documento para poderem viver de forma
irresponsável, querendo a parte boa de uma relação, os direitos, mas sendo
covardes para assumir as responsabilidades da mesma.
Contudo,
cada um sabe de si, Deus, sabe de todos.
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