25/05/13

"Religião é o ópio do povo"

"A religião é o ópio do povo" (em alemão "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes") é uma citação da "Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" (em alemão, Kritik des hegelschen Staatsrechts) de Karl Marx, obra publicada em 1844 (fonte Wikipédia).

O mais patético é que muitos evangélicos, expostos a uma experiência real de Deus culto após culto, exortados pelo Espírito Santo a experimentar mudança de mente e de coração, fundamentados no princípio do evangelho de receber e dar perdão, continuam, ano após ano, vivendo uma vida de religioso, como outro religioso qualquer. Falam como crente, se vestem como crente, não faltam aos cultos, lideram ministérios, mas continuam vivendo somente a casca da vontade de Deus, como os fariseus tão confrontados por Jesus a dois mil anos atrás.

E, por se multiplicar a maldade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24.12-13).
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24/05/13

Ritualismo ou respeito?

Os protestantes de maneira geral, evangélicos, tradicionais, pentecostais, neopentecostais, seja lá qual for a denominação que se dê, gostam de criticar os católicos romanos, arrogantemente se acham no direito de se sentir melhor que eles. A maioria dos evangélicos não conhece fatos e história, se fosse assim não idolatrariam nomes famosos do seu meio, os fundadores, os avivalistas, os evangelistas, como Lutero, Calvino, Spurgeon, os Wesley, Billy Graham, Paul Yonggi Cho e Benny Hinn, entre muitos. Aliás, a idolatria, que tantos evangélicos veem nos católicos, também existe nos meios protestantes, idolatria de líderes, de visões, de doutrinas, mesmo de Deus, sim pode-ser idolatrar uma concepção de Deus, muito parecida com Deus e Jesus, mas que não é nem Deus, nem seu filho. A idolatria é sempre uma forma de projeção da vaidade humana já que se venera uma ótica humana da divindade, portanto uma visão egoísta e equivocada, e não a verdade.
Outra coisa que criticamos nos católicos é a maneira como eles tratam seus templos. Bem, é preciso lembrar que na doutrina romanista, a cerimônia católica da eucaristia, cerimônia da morte e ressurreição de Cristo (um dos sete sacramentos), funciona como um ritual dotado de poderes. Para os católicos, Cristo está presente de forma real na hóstia, portanto a ceia não é somente uma lembrança. A frente interna das capelas e catedrais também adquire função de altar, no sentido de que algo está sendo sacrificado lá. Por isso o respeito que os romanistas têm pelo templo e pelo altar, fazendo o sinal da cruz, quando passam em frente ao templo, evitando dar as costas para o altar, e assim por diante. (Lembro que essa é uma visão pagã da religião.)
No cristianismo puro e primitivo proposto pelo protestantismo, um cristianismo com bases exclusivamente bíblicas, isso não é feito e muito menos necessário. A Bíblia ensina que o sacrifício de Jesus foi feito uma vez por todas, isso não precisa ser ritualizado periodicamente. Por outro lado a frente interna da nave do templo é apenas um lugar onde deve ter a visibilidade do púlpito e dos levitas musicais, um local com qualidades acústicas e visuais, para que o louvor seja ministrado, e principalmente, a palavra seja pregada. Como numa sinagoga judaica, a exposição da palavra escrita, é o centro do culto, pelo menos deveria ser. A ceia evangélica é apenas um “fazei isto em memória de mim” (I Coríntios 11), uma lembrança de que o filho de Deus se fez carne, sem pecado entregou-se por toda humanidade e depois ressuscitou.
Todavia, e este é o ponto desta reflexão, por não delegar aos ritos e lugares qualquer capacidade divina, caímos no extremo de faltar com o respeito para com o culto. Seguindo a visão do novo testamento, o altar onde Deus deve habitar é o coração do homem. Sendo assim, em todo lugar, templo ou não, em que o cristão estiver, deve haver santidade no cristão, já que Deus está com ele no altar de seu coração. Um desses lugares é a frente do templo, do auditório que é usado para que os cristãos se reúnam, orem, adorem e estudem a Bíblia. Sem fazer idolatria nenhuma e sem delegar ao lugar qualquer espécie de poder, o cristão precisa respeitar o local do culto. E diga-se de passagem, um local separado para o ajuntamento e comunhão com Deus sempre tem uma presença especial do Espírito Santo, nós sentimos isso quando entramos num templo de uma igreja local séria, santa e ungida por Deus.
Para terminar gostaria de deixar uma orientação aos músicos levitas: sem idolatria, sem ritualismos, mas com respeito, em primeiro lugar pelas coisas de Deus e depois pela situação social que representa um culto, é conveniente que tenhamos cuidado com o som que produzimos. Levitas músicos procurem chegar antes no templo, antes mesmo que os outros participantes do culto cheguem, de modo que os instrumentos, microfones e outros equipamentos sejam afinados e ajustados de forma a não atrapalhar a reunião. Procurem, músicos levitas, estar prontos quando os primeiros participantes estiverem chegando, de maneira que vocês possam com seus instrumentos e vozes dar um suporte de culto, de oração, de adoração aos demais cristãos. Um prelúdio musical num volume baixo através da execução de uma música tranquila cria o ambiente perfeito para as pessoas se prepararem para o culto.
Começo de culto não é momento de ensaio, mas já é culto. Tantos chegam cansados, estressados, agitados pelo dia a dia, um som adequado abençoa as pessoas. Bem, se começo de culto não é momento para ajustar equipamentos, para ensaios, muito menos é momento para isso durante o culto, antes e mesmo durante a palavra. Aproveite cada instante do culto, músico levita, para buscar a Deus, ouvir a Deus, e como ministradores, para permitir que os outros busquem e ouçam a Deus, isso não é ritualismo, catolicismo, isso é respeito, é temor a Deus.
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23/05/13

Vozes

As vozes que nos falam do lado de fora de nossa cabeça, podem ser "expulsas", ou podemos simplesmente nos afastar de suas fontes. As vozes de dentro de nossas cabeças que nos falam, todavia, vão conosco a todos os lugares, elas não podem ser silenciadas, não facilmente.
O que podemos fazer, então, é redirecionar nossos ouvidos de forma que ouçam algo que nos faça bem, substituindo as "vozes do mal". Música, boa música, são vozes do bem, e a mais doce de todas as músicas é a voz de Deus.
Se as vozes te atormentam, pare um pouco com o que está fazendo, fique em casa, desligue a TV, relaxe, pare mesmo de lutar contra as vozes, de tentar não ouvi-las, não se desgaste com isso, mas permita que seus ouvidos ouçam outra coisa.
Coloque uma boa música para tocar, se for instrumental, melhor ainda, sem palavras, então pense em Deus, no amor dele, na graça dele, na paz, que somente ele pode dar, veja Deus no céu dos céus, em seu trono de santidade e luz.
Quando estiver bem, desligue a música e fale com um Deus amigo e pronto para te ouvir, poucas palavras, palavras certas, bem devagar, depois durma uma boa noite de sono, com a mente tranquila.

(Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos fazem com que a pessoa ouça vozes, vozes internas e externas. Caracteriza-se como enfermidade porque a pessoa não tem controle sobre essas vozes que perturbam e acusam. Na verdade nossos próprios pensamentos é que são amplificados dando a impressão, de maneira muito real, que são vozes de outros.
Para esses, medicação e acompanhamento médico são necessários, e mesmo que como cristãos saibamos que o diabo existe, que acusa as pessoas, e a que cura para isso é somente o perdão em o nome de Jesus, esse conhecimento e experiência não dispensam de forma alguma remédios e médico. Se alguém que você conhece ou você tem esse problema, procure um profissional da área médica, saiba que essa enfermidade tem afetado a muitos no mundo atual, mas ela pode ser tratada.)
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22/05/13

Não é só mais uma religião...

       As coisas seriam bem mais fáceis se o que tivéssemos fosse só uma religião, uma visão particular e relativa da vida, uma filosofia, um “espiritualicismo” qualquer, que todos respeitam, que todos têm e que não faz ninguém se sentir acusado.
Mas não é assim, temos mais que isso, somos cristãos, não podemos ficar em cima do muro enquanto muitos de nossos queridos, amigos e parentes, se perdem, mesmo que tenhamos que pagar o preço de sermos taxados de radicais, donos da verdade, ignorantes.
Nosso maior desafio, contudo, é compartilhar nossa experiência com Jesus com amor, com paciência e na maioria das vezes, em silêncio, sem usar o megafone dos loucos, dos estúpidos que se colocam no direito de se acharem deuses só porque pensam defender a causa de Deus, como se Deus precisasse de armas, de defensores, de qualquer instrumento da violência.
Não, o cristianismo não é só mais uma religião, nunca foi, é bem mais que isso...
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21/05/13

Verdadeira espiritualidade

Vejo no meio da igreja evangélica gente falando de coisas espirituais, espiritualizando as próprias atitudes, querendo ser espirituais e parecendo que são, na reação parecem sempre “perfeitinhos”.
É gente que conhece bíblia e que já está há tanto tempo na igreja que acabou assimilando a cultura evangélica, o jeito de falar, de agir, de se vestir, gente que é facilmente reconhecida pelo mundo como membro de uma igreja evangélica.
Contudo, muitos, não são espirituais de verdade, são apenas religiosos, como quaisquer outros, católicos, esotéricos, etc. Sabe por que não são espirituais? Porque não assumem sua humanidade, escondem seus problemas maiores, disfarçam.
Eles respeitam coisas físicas, como o templo, o altar, as roupas, a aparência externa, mesmo a educação que se deve ter pelas coisas de Deus, mas não possuem um coração que quer aprender e mudar.
Gente assim escandaliza-se facilmente com a sinceridade, já que eles mesmos não são sinceros e qualquer verdade os incomoda, os acusa, gente assim pousa de superior, se acha no direito de julgar, mesmo que com sutiliza e discrição.
Que os hipócritas não se revelem joio, joio não viverá no céu, antes que os hipócritas tenham uma experiência real com Deus, de quebrantamento, de arrependimento, de batismo no Espírito Santo, enquanto há tempo.
Ser espiritual não é querer ser espiritual, mas assumir-se como carnal, quanto mais carnalidade vemos em nós mesmos, mas próximos da espiritualidade estamos, quanto mais sujos nos achamos, mais  nos limpamos.
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20/05/13

O fim não justifica os meios

        Se a tua causa é justa, é legítima, é certa, mas você não pode defendê-la em amor, com calma, na misericórdia, então é melhor você ficar quieto, entregar nas mãos de Deus e deixar que ele aja, enquanto você espera em silêncio. Na espiritualidade genuína, o fim não justifica os meios, na verdade muitas vezes o processo importa mais até que o objetivo.
         Bem, quanto a mim sigo humano e aprendiz...

19/05/13

O uso da espada

"Maldito quem fizer a obra do Senhor de forma negligente! Maldito o que poupar a sua espada de derramar sangue!" (Jeremias 48.10).
A primeira frase do texto acima é fácil de entender, mas a segunda podemos preferir interpretar de maneira contrária, por ser essa interpretação mais política. Ela diz que maldito é o que poupar a espada, portanto, diz que é errado não usar a espada para derramar sangue, já que esse é o seu propósito.
Isso é um incentivo à violência? Não, mas é um ensinamento de que atitudes fortes e decisivas, mesmo que a custo de alguma dor, às vezes são necessárias. Isso significa que é preciso ter coragem para escolher um lado e não ficar em cima do muro.
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18/05/13

Músico só quer aparecer?

Músico levita: se toca alto, é carnal, se toca baixo, é displicente, se toca sempre, é vaidoso, se não toca, é orgulhoso, mas mesmo assim tem que adorar a Deus no Espírito e ocupar-se somente com aquilo que Deus pensa dele, sem receber ou querer honra dos homens, lutando contra o Diabo, a inveja e o ego.
Isso tudo, além de ler partitura e letra, programar e ajustar instrumentos, falar, cantar, movimentar mãos, dedos e pés, administrar o "cara" da mesa de som, e sentir a música com todo o coração, diante de pessoas que às vezes não estão nem aí com a música e a adoração, e, na maioria das vezes, sem ter retorno financeiro. E ainda dizem que vida de músico é fácil, coisa pra quem quer aparecer.

17/05/13

O outro lado da moeda

        Palavras de Jesus numa ótica que não é assim tão "paz e amor" como muitos acham que é sempre o Evangelho:
"Pensais que vim trazer paz à terra? Não, eu vos digo; mas, sim, divisão. Pois daqui em diante cinco pessoas estarão divididas numa casa; três contra duas, e duas contra três; estarão divididos pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra contra nora e nora contra sogra." (Lucas 12.51-53).

Sim, o outro lado do Evangelho diz:
"Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22.37-39).

Contudo, mesmo Bíblia, interpretada fora de contexto ou enfatizando partes isoladas pode ser heresia.
Lembro aos não cristãos, aqueles preconceituosos, e esses sim, radicais, que o texto de Lucas acima não alia ao cristianismo qualquer espécie de violência. A divisão é estabelecida através da opção de cada ser humano e ela ocorre no campo espiritual definindo a eternidade, não motiva nem legitima qualquer forma de confronto belicoso.
O Evangelho nunca é imposto, mas apresentado em paz, o livre arbítrio de cada um é sempre respeitado.
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16/05/13

Milagres, sempre?

Não tenho dúvidas que muitos pregadores, principalmente os pentecostais, não concordarão com esta reflexão. Creio em milagres, mas acredito que temos que ter cuidado com a afirmação de que Deus cura tudo, não que Deus não possa curar tudo, mas Ele não o faz. Por quê? Não sei exatamente, talvez para trabalhar na alma do homem que precisa conviver com uma enfermidade, talvez por outro motivo.
A afirmação irresponsável de que Deus cura tudo e sempre, o que por mais que certos pregadores neguem é o que fazem constantemente e o fazem porque isso enche os templos, pode fazer mais mal do que bem, já que o crente que não prova isso, pode se sentir de alguma maneira culpado ou frustrado. Culpado por achar que está em pecado, por não provar o milagre, frustrado por achar que não tem fé suficiente para provar o milagre.
A generalização, como em tudo, é burra e cômoda, já buscar em oração a vontade de Deus em cada caso e por cada pessoa em especial, custa o esforço de ser íntimo de Deus. O que Deus deseja mais, mais até do que corpos sãos e enriquecidos materialmente, do que homens que vivam em comunhão íntima com Ele? Quando isso acontece tudo o mais fica menor.
Sim, penso que as pessoas precisam ter fé no Deus do impossível, mas acredito que elas precisam muito mais é de humildade para aceitar certos limites, para conviver com dificuldades, para fazer sacrifícios e abrir mão de certas coisas. Penso que isso, mais do que qualquer coisa, representa o centro do Evangelho, centro que muitos não querem aceitar e que outros tantos não querem pregar.
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15/05/13

Mesmo a paciência de Deus tem limite, cuidado

Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta às obras que praticavas no princípio. Se não te arrependeres, logo virei contra ti e tirarei o teu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2.5).

Nossas limitações, mesmo nossas fraquezas, podem ser úteis aos propósitos de Deus no sentido de que seu nome é glorificado na dependência sincera que nós humanos e frágeis, temos do Senhor.
Contudo, há limites, se nossas humanidades começarem a atrapalhar a obra de Deus, se nosso orgulho foi maior que nosso temor, se nosso eu, mesmo disfarçando-se de espiritual, mesmo que com discrição e cuidado, impedir que o melhor de Deus seja manifestado para abençoar os homens, se isso ocorrer, Deus põe a mão, dá um basta, tira a posição, anula a função, chama outro para ocupar o lugar.
Com isso se perde tempo e oportunidade, e tudo na vida pode ser resgatado, menos o tempo, o nosso tempo, o tempo do homem, do nosso corpo, de nossas forças, portanto, cuidado, ninguém é insubstituível, Deus pode fazer do abatido um rei, e do rei um sem terra, e isso num instante.
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14/05/13

Fim dos tempos: teorias da conspiração ou verdades?

A espera de Jesus para agora é ênfase de povo de Deus que busca santidade, que tem Deus como prioridade a cada instante, que lê a Bíblia e tem ciência da presteza e urgência da pregação do Evangelho, assim como certeza dos dois únicos destinos eternos para o homem.
Contudo, muitas interpretações que fazem da Bíblia, dos profetas e de Apocalipse, com relação aos acontecimentos e personagens dos últimos tempos, são erradas. Em primeiro lugar por falta de conhecimento real da coesão e integridade dos textos bíblicos, e em segundo lugar por desconhecerem as astúcias de Lúcifer.
Obviamente revelações espetaculares são úteis para líderes equivocados ou mal intencionados, que também acabam sendo usados pelo inimigo, mesmo que tenham a princípio intenção contrária. São usados porque disseminando mentiras, acabam tirando o crédito da verdade, como se diz, uma maneira de desacreditar a verdade é pô-la na boca de mentirosos.
Mas o ponto que gostaria de refletir aqui é o fato de muitos cristãos parecerem não conhecer as astúcias do inimigo. Como o diabo é chamado na Bíblia, não é de o pai da mentira? E é assim denominado porque a mentira é a principal arma dele, na verdade na maioria das vezes, pelo menos até o tempo atual, a mentira tem sido usada pelo inimigo para dar a ele um poder e um controle que ele não tem.
Sim, estamos cientes de que um grande complô está sendo preparado pelo diabo para unir os poderes desse mundo, economia, política e religião, de forma a dar a última cartada na tentativa, ou de vencer a Deus, se é que o diabo acha isso, ou de levar o máximo de pessoas possíveis para o inferno, junto com ele.
Se o diabo sabe ou não de seu final, isso não sabemos. Talvez na sua arrogância, e isso sempre ocorre com os arrogantes de serem enganados pelos seus próprios enganos, o diabo ainda considere a possibilidade de vencer os propósitos de Deus. Talvez não, e por isso ele só quer levar muita gente com ele para o seu fim de danação eterna.
Continuando o raciocínio, o diabo, como pai da mentira, antes de por em ação seu plano real, que pode estar sendo arquitetado e liderado pelas religiões esotéricas da chamada nova ordem mundial, utilizando organizações, corporações e governos, o diabo pode estar simplesmente lançando falsos alarmes, criando teorias da conspiração, boatos, as quais muitos cristãos têm dado ouvidos.
Portando, vigie, não somente com o máximo de consagração, já que pela parábola das virgens (Mateus 25.1-13) podemos interpretar que todas eram noivas, que todas eram Igreja, mas que só entraram para as bodas, junto do noivo, as que estavam com as lâmpadas cheias de azeite, portanto em posição de vigilância, santidade e unção plenas. (As outras possivelmente também estariam com o noivo mais tarde, mas depois de passar muito sofrimento, bem, essa é uma interpretação do texto.)
Contudo, cuidado povo de Deus, para não ficar dando crédito a mentiras que o próprio diabo, ou simplesmente a imaginação fértil do homem, cria, só para desacreditar o cristão, a Bíblia e os verdadeiros propósitos de Deus, vigie, mas não fique acreditando e promovendo todo tipo de teoria de conspiração e bobagem que aparecem por aí.
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13/05/13

Entenda a delicadeza do assunto...

(Aos cristãos maduros, que seguem a Bíblia e que pensam, venho aqui novamente refletir sobre a homossexualidade, assunto que tem ganhado tempo e espaço na mídia e na política de nosso país (e do mundo) nos últimos tempos.)

O que mais nos confunde sobre a homossexualidade é que sempre pensamos nela como uma relação física, contrária à normalidade da natureza, (e como machistas que ainda somos, pensamos sempre com escândalo na violência da homossexualidade masculina), contudo nunca analisamos a parte afetiva, a dificuldade que certas pessoas têm, dificuldade imensa, de se relacionar afetivamente, num patamar mais profundo e íntimo, com pessoas do mesmo sexo.
Nós não entendemos, que a mesma impossibilidade que héteros têm de se apaixonar pelos do mesmo sexo, os homoafetivos têm com os do sexo oposto. Não estou levantando bandeiras, nem indo contra a Bíblia, apenas estou dizendo que devemos pensar com mais delicadeza e seriedade no assunto.
Se você acha que nem precisa pensar mais profundamente sobre isso, ou porque já tem um posicionamento fechado a respeito ou porque isso está muito longe de sua realidade, tenha cautela, a questão pode estar mais próxima de você que você imagina, em sua família ou em um amigo.
Por outro lado, como cristão, devemos estar prontos para receber, amar e acompanhar pessoas com essa questão, e a solução pode não ser tão fácil e rápida assim como pensamos. Aliás, que dificuldades, envolvendo a complexidade humana, sejam características diferentes das rotuladas de normais, sejam vícios, sejam enfermidades, sejam embaraços sociais e matrimoniais, e entendam que não estou colocando essas questões em qualquer tipo de igualdade, apenas as estou citando como dificuldades, mas, que dificuldades humanas são fáceis de serem resolvidas?
Não, a vida não é fácil pra ninguém, mas a Bíblia ainda revela um Deus que faz o impossível por aqueles que confiam nEle de todo o coração, eu creio nisso.

Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu outro Deus além de ti, que agisse em favor daquele que nele espera.” (Isaías 64.4).
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12/05/13

Estupidez nos púlpitos

Alguns pastores evangélicos precisam ter mais cuidado com o que falam nos púlpitos e na mídia. Motivados por uma ênfase pentecostal equivocada que os obriga a pregar vitória incondicional e milagre sempre, criam inimigos, onde não existem, prometem coisas que Deus não prometeu, principalmente na área material. Isso cria nos cristãos uma mentalidade insana, frustrada e culpada, assim como mostra para o mundo um evangelho falso.
(Pouca gente quer milagre para quebrar o orgulho, libertar da ira, conseguir perdoar o inimigo, poder amar, as pessoas querem mais é dinheiro no bolso, emprego, casa própria e um bom casamento. Milagres na área afetiva, social, psicológica, revelam as próprias fraquezas, milagres materiais jogam a responsabilidade em Deus e a culpa no mundo, na inflação, na crise econômica, etc...)
Quando assisti a entrevista de Marília Gabriela com o Silas Malafaia (veja a entrevista completa no link do Youtube), é claro que fiquei feliz em ver um evangélico sendo corajoso e argumentando à altura a uma fortíssima expoente da mídia, contudo me incomodou a maneira "enfática", digamos assim, como o pastor respondeu às perguntas. Não penso que Jesus falaria daquele jeito, no final os dois pareciam iguais, mesmo que defendendo posicionamentos diferentes, já que lutavam batalhas distintas, mas com as mesmas armas.
Mesmo que eu ache errada a postura do mundo sobre homossexualidade, mesmo que eu ache injusta o movimento que quer tirar das pessoas o direito de terem opiniões diferentes, não acho que Jesus falaria como fala alguns pastores, não, Jesus não abordaria assuntos tão delicados da maneira como esses pastores abordam. O resultado é que o mundo, cujo líder real já tem naturalmente o objetivo de perseguir e de calar a Igreja, acaba criando mais dificuldades do que deveriam realmente existir, para a pregação da palavra de Deus.
Concordo com o direito, democrático, que os cristãos devem ter de falar a sua opinião sobre este ou aquele assunto, posso até concordar com o posicionamento doutrinário deste ou daquele pastor, mas não concordo com a maneira como este ou aquele líder evangélico se manifesta, sem amor, sem cuidado, com certo toque de ira e descontrole, repito, não acredito que Jesus falaria e agiria assim. Na verdade, sobre muitos assuntos polêmicos Jesus simplesmente se calou.
É isso que nós evangélicos devemos fazer, falar menos e viver mais, não adianta lutar com o mundo, a carne e o diabo, com as armas deles, que são a argumentação, a política, a imposição. O cristão verdadeiro luta com as armas da luz, que é a sabedoria única dos textos bíblicos e o poder do nome de Jesus. As almas não são salvas pela política, pela imposição, elas não são convencidas pela argumentação. A obra é feita pelo Espírito Santo e o testemunho somente pode ser dado por um viver de temor a Deus dos filhos de Deus.
Muitos evangélicos querem negar o exemplo final de uma vida piedosa que Jesus deu, não, não foi de reconhecimento público, de poder político, de vitória de argumentação, mas foi da cruz. É claro que Jesus padeceu para que nós, evangélicos, não padecêssemos, mas Ele padeceu por nossos pecados. A vida genuína de um cristão não levará a padecer por ele, isso não é possível, útil ou necessário, ela o levará a padecer pelo testemunho do Evangelho, por falar e viver o caminho de Jesus, o único caminho que pode conduzir a humanidade a Deus e à paz.
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11/05/13

A verdade sobre o cristianismo

O verdadeiro cristianismo nunca será uma religião ecumênica, da verdade relativa, da fé na fé, do todos os caminhos levam a Deus e do que importa é a sinceridade.
Se por isso tudo, quiserem rotular os cristãos de fanáticos e ignorantes, então que seja assim, contudo, e apesar de tudo, o cristianismo nunca será a religião que se impõe por violência, seja verbal ou física, e que deseja ter um poder político e econômico neste mundo.
O cristianismo genuíno sempre será a religião que prega que Jesus é o único caminho para Deus, a única salvação para os homens, mas também sempre será a religião do amor e do perdão, e por isso, sempre será perseguido pelos que se sentem culpados pelo que ele ensina.
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10/05/13

Quebre os ovos para fazer a omelete

"Assim, porque tu és morno, e não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca." (Apocalipse 3.16).

Assistir culto de vez em quando é fácil, difícil é conviver com as pessoas, desempenhando ministério, assumindo posicionamentos, perdoando e sendo perdoado. Mas existe outra maneira real de se ter crescimento espiritual? Não, então se não quiser crescer seja apenas um religioso educado, sem se envolver com as coisas, agora se quiser fazer uma omelete tem que quebrar os ovos.
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09/05/13

Não se engane

"A bênção do Senhor enriquece sem trazer dor alguma." (Provérbios 10.22).

A fé que encontra a vontade de Deus recebe resposta, pequena ou grande, milagre impossível ou simplesmente paz de espírito, nessa ação o nome de Deus é glorificado e o homem é abençoado de fato com uma bênção que permanece. 
A falta de sabedoria em pedir o inviável, a imaturidade em pedir para a própria vaidade, a irresponsabilidade de jogar em Deus algo que o homem deve fazer, não terá resposta, mesmo que os falsos profetas declarem em alto e bom som que a resposta virá, mesmo que o pedido seja feito com todas as formalidades ditas "espirituais".

"Não vos enganeis: Deus não se deixa zombar. Portanto, tudo o que o homem semear, isso também colherá." (Gálatas 6.7).
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08/05/13

Cuidado com as alianças que faz

...ocorre muitas vezes, pela ausência de malícia e por uma credulidade inocente, da gente acreditar nas pessoas, no que elas dizem, que fazem e que são, não temos ideia do quanto elas estão equivocadas sobre si mesmas ou simplesmente são mentirosas, por isso, devemos orar sempre antes de dar um passo e fazer qualquer tipo de aliança, o passo errado pode custar depois vários quilômetros para voltar atrás.

07/05/13

Forma e conteúdo

A vida em Jesus só pode ser vivida através do Espírito Santo, manifestações poderosas do Espírito são privilégio do filho de Deus, direito que ele deve conquistar e manter com fé. Receber os dons e praticá-los possibilita libertação emocional, cura para tantos males psicológicos, principalmente na vida moderna.
Dons e ministérios do Espírito aparelham a noiva para que possa testemunhar Jesus ao mundo e permitem que ela se mantenha santa e ungida a espera do noivo. A visão pentecostal é a visão bíblica da vida do convertido, foi a maneira de ser dos primeiros cristãos, foi a maneira que os levou a enfrentar perseguições com coragem e certeza de que havia algo melhor esperando por eles na eternidade.
Portanto, não me incomoda a forma da palavra pregada, seja resumida, seja exagerada, seja racional, seja emocional, seja "tradicional", seja "pentecostal", desde que o conteúdo dela tenha a autoridade e liberdade do Espírito Santo, quando é assim a palavra não causa um efeito somente no momento em que é recebida, mas gera mudança de mente, de coração, de vida.
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06/05/13

Não olhe para o passados dos outros

Quando vemos o pecado e não o pecador, estamos olhando para o passado, amarrando a pessoa a algo que ela pode nem mais ser, essa é uma ótica demoníaca. Desse jeito negamos o amor de Deus em perdoar o que o busca e deixamos de dar uma nova chance para que alguém se arrependa e mude. Olhe certo, lembre-se, todos nós estamos em constante mutação, e nas mãos de Deus mudamos sempre pra melhor.

05/05/13

O sobrenatural de Deus

Deus pode todas as coisas, contudo, em boa parte das vezes, ele usa coisas naturais para fazer aquilo que são milagres para os homens, mesmo que essas coisas naturais sejam, no presente, coisas sobrenaturais para eles.
O sobrenatural nada mais é que uma maneira de explicar aquilo que é obtido pela fé e que a ciência não pode comprovar, contudo, para Deus, tudo é natural, e para os que creem, tudo, mesmo as coisas mais simples e pequenas, são milagres sobrenaturais de Deus e por isso Ele deve ser adorado.

04/05/13

Se a igreja católica mudasse...

Se a igreja católica usasse a influência política, o poder econômico, o respeito da opinião pública, o acesso aos fiéis, a tradição que tem, para compartilhar o evangelho real e bíblico, o poder do nome de Jesus, o mundo poderia ser realmente transformado, em todas as esferas.
Contudo, não é para ser assim, o romanismo teria que abrir mão dos valores desse mundo que ele tanto preza, e com certeza se isso acontecesse o poder real desse mundo, que é o Diabo, o perseguiria, como acontece com os cristãos genuínos que pagam o preço para viver e pregar a verdade.
A nós compete pregar, sem receio, pois muitos filhos de Abraão estão enfileirados no catolicismo, muitos desses são os que mantêm alguma dignidade na igreja chamada de universal, e em alguém momento eles terão que deixar essas fileiras e tomar uma atitude séria com relação a aquilo que vivem e acreditam.
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03/05/13

Menos retórica e mais vida

       Me preocupa gente despreparada usando púlpito e microfone, despreparo primeiramente de vida, depois de comunicação com o povo, gente sem chamada para o ofício.

Contudo, me preocupam também pregadores "certinhos" demais, e isso na oratória, a vida prática, porém, parece distante deles, o que falam e como falam soa como encenação, soa falso.

Esses conhecem todos os truques para emocionar a galera, para levar o povo pentecostal ao clímax, contudo geram um emocionalismo que não permanece e nem produz reais frutos espirituais de Jesus nas vidas.
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02/05/13

Prepare-se para o momento sabático

Não faça nada quando Deus está te dando um período sabático, um momento de descanso. Contudo, para que esse momento seja realmente de descanso é necessário que se tenha guardado a provisão para ele nos momentos de trabalho, através da obediência.
Foi assim com o maná, durante cinco dias Israel deveria colher o suficiente para aquele dia, no 6º dia, porém, deveria colher para aquele dia e guardar para o 7º, o sábado, quando não haveria maná vindo do céu, e Israel deveria descansar.
Na obediência, o momento de descanso é bênção, no entanto, se não for obedecido o mandamento de Deus, o descanso se torna agonia, já que nada pode ser feito e também não se tem provisão para passar esse momento de nada a fazer (reflexão em Êxodo 16).
(Veja também a reflexão "Respeite teu período sabático").
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01/05/13

Amigos, irmãos, evangélicos ou não

Eu bem que gostaria de viver com muitos "irmãos" da igreja a liberdade de discutir pontos de vista diferentes para aprender e ensinar, a humildade, de receber e de dar perdão para ventilar uma amizade real, a disponibilidade para amar e ser amado, para conversar, orar, chorar e rir, que tenho com amigos não cristãos.
Mas muitos ditos “irmãos” estão sempre tão ocupados em salvar o mundo que se esquecem de dar atenção ao próximo, que está ao seu lado, desculpem-me a franqueza, mas sinto isso no meio de nossa igreja, não é rancor, apenas uma constatação.
Por que então, alguns dos meus melhores amigos não são evangélicos? Ou é porque sou eu que não sou evangélico de verdade, ou são meus amigos que são mais evangélicos do que muitos dizem que são, ou então é porque meus "irmãos" evangélicos não são tão "evangélicos" assim. Bem, são muitas possibilidades...
O que sei é que testemunho de luz se dá nas trevas e não na luz, quero caminhar com paciência com meus amigos não evangélicos até o último momento possível, aguardando com amor e temor que eles sejam salvos, acredito que esse é o caminho do Evangelho.
Mas graças a Deus tenho encontrado excelentes amigos na Igreja, entre meus irmãos espirituais. 
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30/04/13

Sobre as letras das músicas cantadas nas igrejas

A palavra de Cristo habite ricamente em vós, em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração.” (Colossenses 3.16).

O livro de Salmos é o livro de louvores oficial e mais antigo, usado pelos israelitas, que estabelece o uso da música e da poesia como instrumento de adoração e testemunho de Deus e de suas manifestações no antigo testamento. Contudo, no Evangelho, na nova aliança, a salvação pelo nome de Jesus, é a ênfase da vida cristã, é o centro da Bíblia, toda a história do povo judeu foi usada por Deus para que Cristo nascesse, vivesse, morresse e ressuscitasse, cumprindo a obra de salvação.
A vida do homem mudou, suas batalhas, sua dor, seus anseios, o novo testamento reflete essa mudança, a diferença em relação ao homem do antigo testamento. Enquanto que no velho testamento as batalhas eram físicas, militares, assim como a bênção se refletia na vida material, nas riquezas, em uma agricultura e numa pecuária prósperas, quando se vivia livre em uma terra própria, e não em terra do inimigo sob a escravidão, Jesus veio trazer na nova aliança a benção espiritual, interior, mais que a exterior. Portanto as letras das músicas cantadas na igreja do novo testamento devem refletir isso.
Sim, os arquétipos criados por Deus através das vidas dos personagens, na maioria líderes de clãs, reis e profetas, nos dão material sobre vidas, lutas, quedas e vitórias, que podem e devem ser usado para motivar, consolar e ensinar o povo de Deus dos dias de hoje. Contudo, é necessário que se entenda que são arquétipos (modelos ou exemplos da essência).
Hoje, Jesus ensinou uma maneira diferente de se interpretar a vida e de vencer inimigos, que não é a do antigo testamento. Na verdade, na nova aliança, nós não temos inimigos, nós não os fazemos e nem temos que lutar contra eles, são as pessoas que se colocam nessa posição, e elas estão assim porque antes de nos odiarem, odeiam a Cristo. Da mesma maneira é Deus quem luta por nós, enquanto nós fazemos nossa parte obedecendo e crendo nEle.
Usando de forma equivocada a temática do antigo testamento, muitas letras são compostas colocando o povo de Deus numa frequente guerra contra tudo, pessoas, situações, demônios, mesmo que a Bíblia nos oriente em Efésios 6.12 que nossa luta principal não é contra a carne e o sangue, devemos nos lembrar, como dito em João 8.44, que o Diabo é o pai da mentira, quem dá legitimidade a ele é o nosso coração, portanto nosso inimigo real somos nós mesmos.
Na verdade o grande tema do Evangelho está em Mateus 6.33, “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”. Nosso louvor desse ser a Deus por Jesus, nossa vida deve ser compartilhar a salvação que há em Jesus, e disso, dessa obediência, as outras coisas vêm. Muitos estão pedindo desesperadamente por dinheiro, casa, bens, casamento e emprego, porque estão deixando de buscar o reino de Deus em primeiro lugar.
Esse deve ser o tema das músicas da nova aliança, do povo de Deus do novo testamento, da Igreja do mundo moderno, caminhar e falar de Jesus, mais do que qualquer outra coisa. Em Apocalipse 5.12-13, João registra o louvor dos louvores, que será cantado eternamente:

Eles proclamavam em alta voz: O Cordeiro que foi morto é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor. Também ouvi todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra, no mar e tudo que neles existem, dizerem: Ao que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o domínio pelos séculos dos séculos!”.
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29/04/13

Criança precisa ser criança

Então lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais, porque o reino do céu é dos que são como elas.” (Mateus 19.13-14).

Os discípulos se escandalizaram porque acharam que as crianças não eram dignas daquele respeito de Jesus, mas Jesus as honrou como eram, como crianças, e mais, ensinou que o reino do céu é daqueles que são como elas, e não o contrário.
Preocupam-me adolescentes criados na igreja, com pais aparentemente fieis, mas sendo, querendo e parecendo algo que nada tem a ver com Jesus. Contudo, me preocupam também crianças, que precisam ser crianças, mas que expressam atitudes superficiais de espiritualidade, já que isso não pode e nem precisa ser profundo nelas.
Às vezes vejo pais crentes encorajando crianças a cantar, pregar (mesmo a receber dons espirituais), mas como adultos "espirituais", se é que isso é espiritual, elas ficam estranhas, parecem anões emocionais, soam falsas, isso satisfaz mais a vaidade dos pais do que qualquer necessidade real da criança.
Pai cristão: ore por seu filho, dê o exemplo de espiritualidade, leve seu filho à igreja, mas deixe-o ser criança, isso o fará crescer de forma sadia, equilibrada, essa é a vontade de Deus, não adiante as coisas. (Não espero que todos concordem com isso, mas esta é minha opinião).
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28/04/13

Graça

Graça, talvez a qualidade de Deus que mais defina a eternidade, graça que nos salvou, que cuida de nós, que estará conosco no céu, graça, algo que não haverá no inferno.
Graça é graça, alegria que não custa nada, que nos é concedida gratuitamente, é o sorriso de Deus, informal, a intimidade de um pai que coloca o filho em seu colo e o faz rir, faz graça.
Que sejamos menos formais e mais graciosos, isso também é ser espiritual. “A graça do Senhor Jesus esteja com todos.” (Apocalipse 22.21).
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27/04/13

Sobre ciência e fé

Não vejo cristão criticando a ciência, cristãos lúcidos sabem o lugar certo da fé e do método científico, sabem que são coisas distintas, e ambas relevantes. Contudo, vejo cientista criticando o cristianismo, do alto de sua arrogância vazia duvidando de algo que se não se pode, cientificamente, provar que existe, também não se pode provar que não existe, Deus. Portanto esses cientistas estão sendo incoerentes não com a fé, mas com seu próprio cientificismo.
Se seguisse cada um em sua área, e se houvesse tempo, todos chegariam a um mesmo lugar, mas quem está abreviando o tempo não são os cristãos, são os maus cientistas. Meu caminho não é piorado pela ciência, mesmo se ela conseguisse provar que o que eu creio não é verdade. Contudo, quando a fé confirmar que os cientistas arrogantes, não todos, já que eu aqui não estou fazendo o que muitos cientistas fazem sobre os cristãos, generalizando, quando a fé provar que esses cientistas estão equivocados, o caminho de muitos será a agonia total e sem volta.
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26/04/13

Tirando, ensaiando e apresentando uma música

Na ministração musical atual, alguns pontos são comuns nessa última fase da adoração musical nas igrejas brasileiras, bem, nos últimos anos têm acontecido assim, na maneira que usarei como base para o texto a seguir, mas isso poderá mudar. Contudo, visando dar orientações práticas e fundamentais para a preparação e execução da adoração musical, usarei aquilo que tem sido recorrente, na maioria das igrejas (evangélicas e mesmo copiada por outras igrejas cristãs). Alguns pontos são bem iniciais, se você já tiver conhecimento deles, siga em frente.

1º Tirando uma música:

- veja com o líder que versão será usada, uma música pode ter várias, a versão original do CD/DVD, versões ao vivo, etc. Confirme também a tonalidade, às vezes interessa mudar a tonalidade original para facilitar o uso na igreja;

- é muito importante que se tenha um conhecimento de teoria musical, tanto de cifras quanto de figuras rítmicas;

- o conhecimento de notas (altura e não somente duração) pode não ser necessário, quando o instrumento for usado só para execução de acordes de acompanhamento ou fazendo o baixo, porém, quando o arranjo tiver solos é interessante que se conheça leitura musical, não somente os guitarristas, como também outros instrumentistas, os de cordas, sopros, e tecladistas, que geralmente executam esses timbres no sintetizador;

- procure tirar sua parte do arranjo, partiture sua parte, se não tiver condições técnicas para isso, ouça várias vezes até decorar;

- enfatizo que o talento de tirar uma música de ouvido é muito importante e define o músico que tem uma aptidão realmente séria para a música, contudo é de suma importância que se aprenda não só a ler, como a fazer a partitura, isso facilita o aprendizado da música, agiliza, assim como permite que o grupo de instrumentistas toque a mesma coisa.

2º Estrutura da música de adoração:

I. Introdução: um solo simples e marcante é apresentado, essa parte pode ser repetida enquanto o ministro introduz a adoração para a congregação.

II. Estrofe 1ª vez: frequentemente é executada sem marcação rítmica marcante, bateria, contrabaixo, etc, portanto deve ser claro e definido o instrumento de base, piano ou violão/guitarra base.

III. Coro: é onde a mensagem principal da música é compartilhada, um crescimento de harmonia e ritmo ocorre.

IV. Introdução 2ª vez: repetida com mais peso.

V. Estrofe 2ª vez: geralmente a marcação rítmica fica em evidência, com a entrada da bateria e do contrabaixo.

VI. Coro: enfatiza-se ainda mais a música, com guitarra distorcida, cordas e metais.

VII. Ponte: também chamada de parte C (sendo parte A, a estrofe, e parte B, o coro), é o que os americanos chamam de “bridge”, essa parte é tocada, via de regra, somente uma vez, constitui uma maneira de enfatizar mais o coro que virá depois, muitas vezes com a subida da tonalidade.

VIII. Coro: nesta repetição, o coro atinge o ápice da música, pode ser repetido mais de uma vez.

IX. Ministração: essa parte é característica da música evangélica (gospel), é onde se executa um tema simples repetidamente para ser “cama” para a ministração do líder diante da congregação; alguns chama essa ministração de “mantra”, que apesar de ser um termo ligado às religiões orientais, também pode definir um costume que sempre existiu na música israelita, por exemplo, portanto não é necessariamente algo profano (estamos conscientes de que a repetição de temas pode levar as pessoas a um transe hipnótico, contudo quando há sinceridade e foco em Deus eu acredito que essa ferramenta seja perfeitamente útil para que as pessoas obtenham uma comunhão mais próxima a Deus pelo Espírito Santo, isso é um assunto a ser mais conversado...).

X. Coro: essa parte é repetida mais uma vez, mas deve-se ter sabedoria, já que a música, nesse ponto, e se foi usada toda a estrutura citada até aqui, já levou a congregação a uma certa exaustão emocional, portanto pode ser interessante voltar ao coro, mas sem os instrumentos rítmicos (bateria e contrabaixo), somente cantada pelos ministros, deixando a congregação mais à vontade.

XI. Final: a introdução é repetida, com poucos instrumentos; a permanência prolongada no acorde final funciona como um “amém” a tudo o que a música ministrou, é oportunidade para uma ministração final onde a congregação tem liberdade para expressar o que aprendeu com a adoração musical.

3º Ensaiando a música:
- estabeleça, do início ao fim do ensaio, um clima de culto, de adoração, mesmo na intimidade musical da banda; ore para começar, ore enquanto ensaie, ore para terminar; não adianta querer que de Deus honre no culto quando se agiu com displicência e superficialidade durante todo o resto do tempo;

- é de suma importância que todos os instrumentos toquem a mesma coisa, de preferência igual ao arranjo original do CD/DV; contudo, mesmo que algumas diferenças em relação à gravação original existam, deve-se chegar a um consenso de forma que se toque a mesma coisa;

- tocar a mesma coisa é acertar na harmonia, para isso as cifras devem ser completas, com baixos invertidos, dissonâncias, etc, indicadas na partitura quando devem ser mudadas, através das figuras rítmicas;

- tocar a mesma coisa é sincronizar o andamento e o tempo, bumbo e contrabaixo devem estar falando a mesma coisa; piano, violão/guitarra base, devem arranjar clichês diferentes, mas balanceados; contrapontos, feitos pelos metais, cordas e guitarra solo, não devem confrontar-se entre si, nem atrapalhar a voz (veja mais sobre isso na reflexão Às vezes basta educação: tocando com banda);

- repetindo: tocar igual, de forma sincronizada e respeitosa, pode ser mais importante que tocar exatamente da maneira que a gravação musical está; músico, seja humilde, se a maioria tirou a música de maneira diferente da tua, mesmo que você tenha certeza de que tirou de maneira mais próxima a original, e se depois de dialogar for resolvido por consenso que o arranjo fica melhor se tocado do jeito dos outros, concorde, toque como todos tocam; não faça “braço de ferro” com os outros instrumentistas, a beleza de se tocar em banda está na cumplicidade, na harmonia, no sincronismo, no casamento perfeito, não abra mão disso por nada;

- as vozes, em se tratando de ministração da congregação, não precisam ter um arranjo muito elaborado, isso pode confundir e prejudicar a congregação, o uníssono sempre funciona bem, é melhor que correr riscos; usando arranjo de vozes, entre em acordo com o técnico de som, de maneira que a voz principal, e todo grupo de louvor tem (e deve ter) um líder, com unção, técnica e carisma, levantado por Deus, essa voz é que deve ser realçada, sobre todos, cantores e instrumentos.

4º Apresentando uma música, fazendo a ministração:

- siga o arranjo que foi definido nos ensaios;

- não “invente moda”, siga o arranjo que foi definido nos ensaios, isso é muito importante;

- contudo, qualquer alteração, na estrutura, volume de arranjo, etc, pode ser pedida pelo líder e pelo pastor, portanto, fique muito atento a isso; isso pode ocorrer principalmente na ministração feita depois da pregação da palavra, enquanto o pregador está fazendo o “apelo”, lembre-se que nesse momento a palavra do pregador tem prioridade e liderança, portanto toque e cante de olho no pregador, em suas orientações;

- se um errar todos devem errar com ele, no sentido de não permitir da maneira que for, que um erro técnico roube a unção, se errar, sorria e sorria, a unção sempre deve falar mais alto;

- repetindo: a voz humana, seja do pregador, do líder do grupo e da congregação, deve receber da banda, instrumentos e 2ªs vozes, apoio, de maneira que seja enfatizada, e nunca atrapalhada;

- lembre-se todo o trabalho que você teve até aqui, tirando a música, ensaiando e orando, foi para que a congregação tivesse uma experiência ímpar de adoração, de intimidade com Deus.
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25/04/13

Pessoas, isso é que importa

O maior desafio que temos numa igreja é a convivência com as pessoas, amar, perdoar e tomar a iniciativa para ajudar, é bem mais importante que organizar eventos, participar de ministérios, possuir cargos e ser visto no púlpito.
Tudo isso faz parte da organização do corpo de Cristo, mas são os seres humanos que importam, foi por eles que Jesus veio, a eficácia de nossa espiritualidade é o grau de atenção pessoal que damos a eles, não o status social que possuímos.
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