28/03/14

Ovelhas famintas e predadores inescrupulosos

Não posso deixar de refletir sobre alguns costumes da igreja atual, não posso deixar de fazer algumas críticas, não posso deixar de alertar as pessoas sobre a maneira como recebem alimento espiritual nas igrejas evangélicas brasileiras.
Lembro-me de um tempo quando o pastor da igreja pregava em todos os cultos da semana, o culto de domingo à noite tinha a palavra mais esperada, mas o servo de Deus alimentava suas ovelhas o tempo todo.
Havia, de vez em quando, alguns dias diferenciados, onde um pastor convidado vinha ministrar estudo bíblicos, assim como havia ocasiões especiais, aniversários ou outras cerimônias, onde um visitante ministrava a palavra.
Hoje os tempos são outros, o Espírito Santo tem feito um mover diferente, o que era exceção ou costume apenas de algumas denominações, tem sido experimentado pela grande maioria do povo de Deus, pelo menos pela maioria realmente atuante e que tem feito diferença na sociedade brasileira.
Sim, tem muita denominação definhando, principalmente porque insiste em não permitir uma liberdade maior das pessoas expressarem sua devoção, sua fé e principalmente, sua adoração. Nem digo que haja nessas igrejas a ausência do Espírito Santo, mas há a presença tradicional de uma restrição às manifestações emocionais desse Espírito.
Que as pessoas atualmente estão experimentando uma necessidade muito grande e imediata de emoções, que os sentimentos têm falado mais alto que a razão, que o evangelho está muito sensorial, nos dias atuais, isso é consequência do momento que toda a sociedade, cristã ou não, está vivendo.
Isso já está assim há alguma tempo, por isso tanta ênfase na música dentro das igrejas, e uma música bem diferente, na harmonia, no ritmo e na letra, dos hinos tradicionais que cantávamos há trinta anos. As últimas gerações não querem pensar, raciocinar, estudar ou ler, mas sentir, e isso imediatamente. Por isso tantas versões de Bíblia, mas pouco estudo bíblico, por isso tanta música nas igrejas e nas cabeças das pessoas, mas uma música medíocre, apelativa, igual e superficial.
É aí que entram alguns pregadores itinerantes, não todos, que mais parecem predadores, vendendo o produto que as pessoas atuais mais querem comprar. Já falei sobre isso em muitas outras postagens, poucos querem mudar de caráter, tornarem-se pessoas interiormente melhores, a maioria quer milagre para bençãos materiais. Isso incentiva o “vitimização” que prega que todos são vítimas e os outros inimigos, tira do homem a responsabilidade, mesmo a culpa, e joga isso para o outro homem.
Tenho visto as mesmas passagens bíblicas lidas e relidas nos púlpitos, e nem digo estudadas, mas apenas lidas. Sim, a palavra de Deus é profunda e sempre viva, pode ser e será estudada por milênios e sempre nos alimentará com algo novo, esse é o argumento de muitos que repetem e repetem. Mas isso não é desculpa para se usar sempre os mesmo textos, de milhares de referências que a Bíblia faz, posso listar três que são usadas demais. 
        Os pastores têm que tomar mais cuidado com quem autorizam a usar os púlpitos, ao passo que precisam pregar mais e com qualidade, afinal de contas eles é que têm a chamada específica para alimentar suas ovelhas, são eles que podem oferecer o melhor alimento a elas, essa missão não pode ser procrastinada. 
As ovelhas por sua vez, não é porque alguém está no púlpito, com um microfone na mão, falando uma retórica enfática e emocional, usando clichês com termos e promessas que até já foram usados em algum momento em profecias e palavras legítimas, que é de Deus, que está sendo declarado pela presença do Espírito Santo na vida do pregador. Precisamos ter espírito crítico, precisamos ter a fé e confiança tamanhas que nos tornem lúcidos e nos deem autoridade e coragem para julgar todo e qualquer tipo de profecia, vinda de quem quer que seja.
Contudo, a graça de Deus é grande demais, mesmo que muitos pregadores sejam falsos, manipuladores, loucos mesmo, o Senhor tem tido misericórdia de uma geração que está faminta por solução, esse é o lado bom de tudo isso. Essa fome, porém, precisa ser aproveitada de maneira santa e com muito temor a Deus, pelos verdadeiros pastores, pregadores, evangelistas e profetas atuais.
Identificar o tempo em que se vive e plantar sementes que deem frutos que permaneçam são características de uma igreja inteligente em Deus, ungida em Deus, obediente a Deus, que conhece sua geração e cumpre sua missão de levar o evangelho ao mundo.
Aos inescrupulosos, a Bíblia diz: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino do céu, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está no céu. Naquele dia, muitos me dirão: Senhor, Senhor, nós não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? Em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.” (Mateus 7.21-23).

27/03/14

Fazer a vontade de Deus (14a. parte de 14)

V. Conclusão

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus. Que o teu bom Espírito me guie por caminho plano.
Salmos 143.10

Deus é bom, sábio, misericordioso demais, mesmo nossos erros, nossas tentativas equivocadas de acertar o alvo, nossas religiosidades e legalismos, nossas vaidades e exageros, assim como nossas faltas e ociosidades, ele usa. Usa para algo bom, para que sua vontade seja feita, e mesmo os ímpios, mesmo o diabo, são usados por Deus.
Contudo, conhecer realmente o que Deus quer com nossas vidas, e mais que isso, fazer sua vontade, é para os íntimos, para os maduros, os que andaram um passo a mais, que foram além dos limites da alma, que experimentaram com profundidade o poder do Espírito Santo.
Isso leva anos, fazer a vontade de Deus pode levar uma vida, contudo, ao mesmo tempo que podemos fazê-la num gesto pequeno e simples, num momento, quando o Senhor do universo encontra um coração sincero que deseja glorificar só a ele, e a mais ninguém.


Para concluir, segue o testemunho final (e o testamento) de um homem que fez a vontade de Deus em sua inteireza, Paulo:
Quanto a mim, já estou sendo derramado como oferta de libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Desde agora a coroa da justiça me está reservada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que amarem a sua vinda.
Procura visitar-me em breve, pois Demas, por amar este mundo, abandonou-me. Ele partiu para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia; Tito, para a Dalmácia; só Lucas está comigo. Toma a Marcos e traze-o contigo, pois ele me é muito útil para o ministério. Mandei Tíquico para Éfeso.
Quando vieres, traze-me a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.
II Timóteo 4.6-13

Quantos começaram com Paulo? Quantos terminaram? Não, a vontade de Deus pode não representar a popularidade, uma vida cercada de amigos e de conforto. Paulo terminou na prisão, e muitos que começaram com ele, por um motivo ou por outro, o abandonaram. Mas o que fala muito comigo nessa passagem é o pedido que Paulo fez a Timóteo: “traze-me a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos”.
Uma capa e livros, poético isso, mas muito significativo. O que acumulou um homem que obedeceu a Deus e codificou a doutrina da igreja cristã? Materialmente nos parece que foi muito pouco, uma capa e alguns livros. Uma capa, para proteger seu corpo, para lhe dar algum conforto na prisão. Alguns livros, sim, porque Paulo foi um homem de ação, de prática, de correr pelo mundo em que viveu pregando a Cristo, mas Paulo era um intelectual. Tinha que ser para ter escrito tudo o que escreveu, com tanta profundidade. Sim, um intelectual ungido pelo Espírito Santo, transformado por ele, tomado por ele, mas Paulo era uma ferramenta especial para um fim deveras específico.
Pedro, o pescador, não foi usado com tanta abrangência, a palavra de Deus nos ensina com muita clareza que ninguém é melhor que ninguém, nenhum ministério é mais importante que outro, mas para cada chamada há necessidades específicas que são supridas com chamados específicos. Então, se quer conhecer a vontade de Deus para sua vida, se prepare, em primeiro lugar com oração, estudo da palavra, adoração e trabalho na igreja. Mas depois estude, esforce-se, conheça sua língua, conheça outras línguas, Deus pode usar de maneira muito forte o servo fiel que se prepara assim.
Isso não é para todos, mas se for o seu caso, não endureça o coração, esforce-se pois a vontade que Deus tem para a sua vida pode ser muito maior do que você imagina. Procuramos tanto por isso, de maneira tão erradas, se consome tanta nicotina, tanto álcool, tanto sexo, tanta comida e tantos remédios, buscando-se satisfação. O coração do homem só se sentirá completamente satisfeito, liberto, em paz, quando fizer a vontade de Deus. Na obediência encontra-se satisfação, a honra de estarmos no centro da vontade de Deus, o melhor lugar do universo para se estar.        
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Essa foi a última parte do estudo, se você quiser ver as outras partes pode começar com a postagem de 14/03/14, a primeira, segue o link: Fazer a vontade de Deus (1a. parte.) .   

26/03/14

Fazer a vontade de Deus (13a. parte de 14)

4. Conhecer a vontade de Deus é conhecer a si próprio: eu ia citar o Salmo 139, como texto para explicar como Deus nos conhece, mas penso que a experiência do profeta Jonas (leia o livro todo) é melhor: no final de sua história, ele conseguiu obedecer ao chamado que Deus deu a ele, e isso aconteceria de um jeito ou de outro.
Mas sabe qual foi a “bônus track” disso tudo? Jonas conheceu a si mesmo, todos os seus medos, os caminhos que descobriu para fugir da vontade de Deus, tudo que é possível a um homem fazer em sua rebeldia, e que caminhos ele provou, até dentro de um grande peixe ele esteve.
Se ele tivesse obedecido a Deus logo depois de receber a ordem, ele teria sido privado desse conhecimento, um conhecimento que o Senhor por sua misericórdia deu a ele. Com isso não somente a ordem de Deus foi cumprida, mas um homem cresceu como ser humano, amadureceu, que maravilhoso é o nosso Deus.
Saber o que realmente somos, o que realmente podemos fazer, isso é um processo de amadurecimento que pode levar anos. Mas Deus é o melhor espelho, ele é limpo e precioso, o único que pode nos refletir com fidelidade, olhando para Deus nós nos vemos, entendemos onde temos que mudar, e mudamos, à medida que agimos com humildade e sinceridade.
Muitas vezes é preciso ter coragem para fazer menos, menos do que os outros acham ou querem que a gente faça, mas que é exatamente aquilo que Deus quer de nós. Tantos lutam durante tanto tempo com uma chamada que eles nem tem, que não é de Deus, principalmente filhos de levitas e de pastores. Esses precisam descobrir em Deus sua felicidade e pagar o preço para simplesmente fazer a vontade real de Deus para suas vidas.
Quantos colecionam doenças intermináveis, problemas que nunca terminam, porque fazem algo que não é necessário que seja feito, que não é a vontade de Deus para suas vidas, enquanto que aquilo que precisa ser feito é relegado. A desobediência a Deus pode trazer uma falsa sensação de aprovação dos homens, mas não engana os corações que sabem que estão fazendo algo forçado, e isso causa doenças na alma e no corpo.

25/03/14

Fazer a vontade de Deus (12a. parte de 14)

3. Ela pode não ser aquela que faça de você uma celebridade

        "E surgiu também uma discussão entre eles sobre qual deles parecia ser o maior. Jesus lhes disse: Os reis dominam sobre as nações, e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores.
        Mas vós não sereis assim; ao contrário, o maior entre vós seja como o mais novo; e quem governa, como quem serve. Pois quem é maior? Quem está à mesa ou quem serve? Não é quem está à mesa? Eu, porém, estou entre vós como quem serve.
        Vós sois os que têm permanecido comigo nas minhas provações; e assim como meu Pai me conferiu um reino, eu o confiro a vós; para que comais e bebais à minha mesa no meu reino e vos senteis sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel." (Lucas 22.24-30). 

        A vontade de Deus para sua vida pode não ser para ser o craque do time, aquele que finaliza o gol e que recebe as honras de forma mais rápida, mas pode ser a de estar na posição daquele que passa a bola para alguém finalizar, ou mesmo daquele que fica lá atrás na defesa, enquanto o gol é marcado, desculpe-me, mas não achei figura melhor para explicar isso que a de um time de futebol.
Alguns são chamados para aparecer, para estar à frente, para serem vistos, outros são chamados para estar em segundo plano, dando apoio aos da frente, dando suporte à equipe. Esses não serão reconhecidos pelo público maior, mas terão a honra do rei, daquele que está liderando, e principalmente, de Deus.

24/03/14

Fazer a vontade de Deus (11a. parte de 14)

2. Muitos não entenderão

        "Jesus saiu dali e foi para sua terra, e os discípulos o seguiram. Chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; ao ouvi-lo, muitos se maravilhavam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? Que sabedoria é essa que lhe foi dada? Como se fazem tais milagres por suas mãos?
        Este não é o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E suas irmãs não estão aqui entre nós? E escandalizavam-se por causa dele. Então Jesus lhes disse: Somente em sua terra, entre seus parentes e em sua própria casa é que um profeta não é honrado.
        E não pôde realizar nenhum milagre ali, a não ser curar alguns poucos doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se da incredulidade deles." (Marcos 6.1-6).

        Poucos darão valor à chamada que alguém tem para fazer a vontade de Deus, você está pronto para isso? Na verdade onde somos menos reconhecidos e valorizados é no meio familiar, e mesmo em igrejas locais onde vivemos por anos trabalhando na obra.
Novamente eu gostaria de ressaltar que fazer a vontade de Deus é aprender a não se importar com o que as pessoas pensam ou dizem da gente. Profeta obedece e pronto, o resto é com a consciência das pessoas com Deus. Essa maturidade, essa convicção, alguém que realmente quer fazer a vontade de Deus precisa ter.

23/03/14

Fazer a vontade de Deus (10a. parte de 14)

2º A vontade de Deus pode ser algo mais simples do que você imagina ou queira.

A vontade de Deus não é algo impossível, difícil, pesado, mas é algo simples (Mateus 11.28-30), pode estar bem a sua frente e você não está vendo, e pode ter certeza, fazê-la vai permitir que você se sinta realmente útil, satisfeito, feliz, bênção não somente para si mesmo como para os outros, principalmente para os mais próximos e amados, contudo, lembre-se:

1. Você terá que negar a si mesmo: não há lugar para as vaidades, muitas vezes vaidades camufladas de espiritualidades, na vontade de Deus (Lucas 9.23-24). Como com Abraão, o Isaque tem que ser morto, não de fato, mas no coração, para que o caráter esteja pronto para experimentar a verdadeira vontade de Deus.
Uma vez alguém me disse, “o que faço de melhor é cantar, sei que essa é a vontade de Deus para a minha vida, troco qualquer coisa para obedecer a Deus e desempenhar meu ministério de canto”. Então eu perguntei à pessoa: “e seu Deus pedir pra você parar de cantar?”. A pessoa então me respondeu: “mas isso não é a vontade de Deus para minha vida”, certa de sua chamada, mas equivocada diante de sua função ou valor.
Na verdade o que Deus deseja é transformar o nosso coração, atividades, habilidades, dons e talentos são ferramentas, Deus pode usá-las ou não, para fazer sua vontade. Assim como o silencio também faz parte da música, e é tão importante quanto o som, já que existem tanto símbolos musicais para as pausas, o silêncio, quanto para as notas, os sons, Deus usa tanto o fazer quanto o não fazer.
Aquele que quer fazer a vontade de Deus deve estar pronto para obedecer as duas coisas, pronto para tudo, inclusive para nada, mesmo que seja por um tempo.

22/03/14

Fazer a vontade de Deus (9a. parte de 14)

IV. Então faça a vontade de Deus

1º Aja, ponha em prática o que conheceu.

Uma vez ouvi de um profeta, “muitos querem conhecer a vontade de Deus, mas não querem fazer a vontade de Deus”, ouvi isso numa época que eu buscava no pentecostalismo acontecimentos sobrenaturais, experiências que marcassem minhas emoções, algo que me convencesse emocionalmente, talvez para não precisar procurar mais explicações racionais que pareciam não me convencer. Tem gente que busca isso nos livros, na cultura, na ciência, assim como em muitas religiões, no esoterismo, no espiritismo, e acaba fazendo isso também nas igrejas de Cristo, querem saber, mas não fazer.
Aqui, contudo, está uma palavra de revelação pra você: Deus só te dará forças para fazer aquilo que é a vontade dele, a unção só é derramada pelo Espírito Santo para um fim prático que esteja dentro da vontade de Deus, Deus age sempre com inteligência e economia, sabe o que dar, para quem dar e quando dar.
Muitas vezes experimentei fraquezas insolúveis, parecia que eu fazia tudo certo, e mesmo assim não tinha vitória sobre certas coisas. Mas é que eu fazia tudo, menos o que Deus queria que eu fizesse, ou então até fazia a vontade de Deus, mas queria fazer mais um pouco, queria ser mais real que o rei.
Às vezes oramos tanto por um problema, quando na verdade esse problema não é o principal problema de nossas vidas. Ele é apenas uma consequência da desobediência de uma ordem de Deus, ordem que talvez nada tenha a ver com o problema. A desobediência da ordem, isso sim é o problema real. Então, para que acordemos, para que percebamos que estamos fazendo algo de errado, Deus permite em nossas vidas uma válvula de escape, um sistema de alarme.
Uma campainha tocando enlouquecedoramente, atrapalhando e machucando nossos ouvidos não é o problema principal, não basta desligar a campainha para acabar com o problema. Temos que ver porque a campainha está tocando, ela é um sistema de alarme para outra coisa, bem maior e mais séria.
Você pode chamar essa campainha de “espinho na carne”, como o que Paulo disse que tinha em II Coríntios 12.1-10, que no caso dele existia para que ele não se exaltasse com todas as experiências espirituais que vivia. Não adiantou ele orar para que Deus tirasse dele o espinho, Deus não tirou, o problema não era o espinho, que alguns dizem ser uma enfermidade, outros dizem ser uma deformidade que ele tinha no rosto, outros ainda dizem que podia ser uma ex-mulher, um casamento que não tinha dado certo, o que é exatamente, a Bíblia não diz.
O problema principal de Paulo, que é algo bem compreensível para alguém no nível intelectual e espiritual que ele tinha, era ficar “se achando” melhor que os outros por causa das muitas habilidades que possuía. Ele tinha que ter tais habilidades, para poder desempenhar com competência a obra tão grande que realizou, as cartas que escreveu, o mundo que evangelizou, contudo, pessoas especiais têm problemas especiais, difíceis de serem entendidos pelos demais.
A conclusão que chegamos é que se fizermos a vontade de Deus seremos fortes, porque Deus capacita aqueles que chama. No centro da vontade de Deus estamos protegidos de todo mal, de toda armadilha, de toda acusação, de toda calúnia, de toda falsidade, de toda falta, seja material, espiritual ou afetiva.
Quer ser fortalecido, vencer a carne? Faça a vontade de Deus, foque-se nela, não se desvie um milímetro para nenhuma outra direção, nem faça mais nem menos do que aquilo que Deus está mandando você fazer. Deus não nos dará forças para ficar ociosos ou displicentes, ou para um regozijo egoísta, ele nos fortalece para trabalhar e trabalhar naquilo que é a sua vontade.