21/09/15

Somos todos especialmente iguais

        A solidão leva as pessoas a terem uma dimensão exagerada de seus problemas, de suas dores, mesmo de suas enfermidades. Quando procuramos os outros e nos relacionamos de maneira saudável com os semelhantes, entendemos que não somos os únicos, os piores, e nem os melhores. É na identificação de momentos em comum com outras pessoas, que encontramos lucidez e equilíbrio para entender que somos especiais à medida que somos iguais. O reconhecimento dessa humanidade é que leva a alma à verdadeira humildade, mas isso só depois de deixarmos o orgulho de lado e admitirmos que somos comuns e simples, como qualquer outra pessoa. Então, para ajudar alguém basta tirá-lo da solidão, não com soluções mágicas, com receitas cósmicas, com milagres sobrenaturais, mas simplesmente compartilhando humanidade com humanidade, falibilidade com falibilidade, impotência com impotência, falando, sim, mas principalmente vivendo, um dia após o outro, dias normais debaixo do sol.

20/09/15

Quem é importante?

        "Pois quem é maior? Quem está à mesa ou quem serve? Não é quem está à mesa? Eu, porém, estou entre vós como quem serve." Lucas 22.27

        Pessoas são importantes por fazerem coisas diferenciadas, não simplesmente por existirem, ninguém nasce com "sangue azul" e merece honra só por isso, todos nascemos com sangue vermelho. Se tais pessoas deixarem de ser úteis, perderão a importância, já que o valor está diretamente ligado à função, o importante é o que serve de uma maneira exclusiva as outras pessoas. Por outro lado, se outras pessoas conseguirem desempenhar tarefas diferenciadas, adquirirão importância também, quer dizer, todos podem ser importantes à medida que se esforçam para isso. Acontece, contudo, que muitos conquistam posições, depois param de ser úteis, mas ainda assim se consideram não só dignas de importância, como também no direito de humilhar as outras pessoas, esses se esquecem da característica principal do que é importante: servir. 

19/09/15

O que é da luz, pra luz vem

        O que é da luz, para a luz vem, e vem mais e mais, gosta desse meio, não tem medo da verdade, tem sede de justiça. O que é da escuridão, até se arrisca na luz de vez em quanto, pega um guarda-chuva e faz um marketing de iluminado, mas é vampiro, se ficar demais assim, se queima. Esse gosta das trevas, quer voltar depressa pra elas, elas lhe oferecem esconderijo, nelas ele faz comércios, nelas ele pratica falsidade, nelas ele foge de tudo o que a luz da verdade revela. 

18/09/15

Incoerência, incoerência, incoerência...

        Se alguém tem vida "marital" com a namorada ou noiva antes de um casamento oficial, e ainda assim é membro, e mais que isso, é ministro e obreiro em uma igreja que ensina que isso é errado, bem, isso é problema da pessoa, é algo entre ela e Deus, não estou aqui para julgar ninguém, nem por isso, mas hipocrisia nunca faz bem, o melhor seria se desligar da igreja ou dos ministérios, para ter ao menos coerência, entre o que diz e o que se prega, e o que se apoia e o que vive. Contudo, se um líder, de ministério ou da igreja, que ensina que não se haver ter vida "marital" antes do casamento sabe dessa atitude de alguém, e ainda assim permite que tal pessoa sirva no altar, bem, aí a coisa é mais séria, pois não atinge só um vida, mas um ministério, escandaliza e suja qualquer trabalho que se ofereça a Deus. 
        Repito, não estou aqui para julgar ninguém, mas o problema, talvez ainda pior, não seja o fato em si, mas a mentira, o engano, o dizer que é isso quando se é aquilo. O mais triste é que vemos atitudes assim em líderes que pregam que a igreja deve ser diferente, que o pecado deve ser confrontado, contudo, não pagam o preço de trazer à luz algo o que está acontecendo na cara deles, muitas vezes, debaixo de conhecimento de muitos. É, dizer que se morreria pelo evangelho fica bom no púlpito, dá marketing de igreja santa e ativista, mas confrontar as pessoas pode ser ruim para a política, pode-se correr o risco de perder alguém de família importante na igreja, de posições importantes, de dízimos importantes.
        Até quando, até quando isso? Que pague o preço quem diz que paga, mas não paga coisa nenhuma.

17/09/15

Jesus era sempre amoroso

        O que realmente me toca nas pessoas, principalmente naqueles que levantam bandeiras, que empunham microfones com reflexões profundas sobre a existência, que se colocam como tochas iluminando o caminho do homem com sacadas diferenciadas e que nos abrem a mente, não é a sofisticação de suas palavras, a extensão de conhecimento histórico e social de suas propostas, e mesmo algum ênfase espiritual e religioso legítimo.
        Não, isso tudo é importante, mas o que mais me toca é a maneira carinhosa como certos profetas falam, o tom de amor, de respeito à alma humana, de afeto, mesmo exteriorizando ideias e ensinos graves, penso que Jesus era assim, nunca perdia o amor, nunca saía do amor, mesmo diante de hipócritas, no meio de equivocados, cercado pela violência e afundado em solidão e dor, Jesus era sempre amoroso. 

16/09/15

Promova o outro

        Por mais experiente e competente que alguém seja, se for um promotor só de si mesmo, terá trajeto profissional e social restritos, fadado a ser sempre uma equipe, mesmo que suficientemente eficiente, de um homem só.
        Trabalho em equipe chega mais longe, mas isso experimenta quem se liberta das inseguranças, dos medos, das vaidades, mentiras que que gritam para os outros, "eu me basto", mas que clama para si mesmo, "eu não presto". Elogie, novamente eu digo aqui neste blog, incentive, promova, divulgue, exalte, os outros, isso é sair da caixinha pequena e fechada de homem e tocar a Deus, experimentar um pouco de um ser único, supremo, todo poderoso, onipresente, mas que ainda assim se diminui e salva. Jesus se fez homem, se humilhou, para promover um projeto falido, a minha e a sua vida, mas em sua morte, houve vida, e aquilo que só ele tinha, vida eterna, foi compartilhada a todos quantos creem.

15/09/15

Não "enrole"...

        Alguns buscam os dons do Espírito, mas o dom que mais executam é o dom de enrolar: enrolar a vida, o trabalho, o casamento, os ministérios, enfim, passar o tempo, gastar o tempo, mas sem efetividade, sem qualidade, sem produtividade, repetindo o pouco que se sabe, sem realmente aprender algo de novo e de melhor, fazendo o contrário que ensina Efésios 5:16: "Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.".
        O novo sempre nos dá medo, sentimos aquilo "friozinho" na barriga, cria fobias, pode até nos fazer ouvir aquela voz que diz, "sai correndo, não enfrente isso". Mas é no novo que existe crescimento, que existe mudança, que existe desafio, é para o novo que o Espírito Santo naturalmente nos guia.
        Deus não é morto, morno, acomodado, nem fica envelhecido, Deus é vivo, tocha de fogo que ilumina e santifica, dinâmico e está sempre nos renovando, mesmo que aja com sabedoria, com paciência, com cuidado, às vezes lentamente, pra nós, mas sempre em movimento em direção à eternidade. Quem quiser obedecê-lo deve seguir em frente, mas aprender a não temer à novidade, um passo á frente, mas olhar para Deus, infinitas medidas acima.
        Senão, se quiser desobedecer, enrole, finja, faça de conta que é cristão, que é religioso, que lidera ministério, que prega, que canta, que toca, que rege, que ensina, que ora. Vá a todos os cultos da igreja, participe de todos os ministérios, mas sempre fazendo a mesma coisa, o mínimo, sem renovos. Mas cuidado, lembre-se de Apocalipse 3.16: "Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.".