07/11/15

Jesus Homem (Parte 7 de 17): O caráter de Jesus - Introdução 1

IV. O caráter de Jesus

Lucas 9.1-3: “Reunindo os Doze, Jesus lhes deu poder e autoridade sobre todos os demônios e poder para curar doenças; e os enviou a pregar o reino de Deus e a realizar curas, dizendo-lhes: Não leveis nada para a viagem; nem bordão, nem bolsa de viagem, nem pão, nem dinheiro; nem leveis duas túnicas.”.
Uma reflexão sobre esse texto: Jesus ainda não havia morrido e ressuscitado, então em nome de quem os apóstolos receberam autoridade para curar e expulsar demônios? Isso nos faz pensar que autoridade vem de comunhão com Deus, em estar em obediência ao Senhor, nessa disposição a autoridade já está presente em nós, portanto não são as palavras, mesmo “em o nome de Jesus”, que tem algum poder mágico para fazer coisas sobrenaturais, mas o estado correto de nossos corações em relação a Deus.
Em Marcos 16.17-18 o momento é outro, nesse texto o escritor diz: “E estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão em serpentes, e se beberem alguma coisa mortífera não lhes fará mal algum; imporão as mãos aos enfermos, e estes serão curados.”. Aqui a obra redentora de Cristo já havia sido feita, agora, em nome de Cristo haveria poder de Deus manifestado, esse é o momento que perdura até hoje e será até o fim.
Contudo, em Mateus 7.22-23 vemos que mesmo que milagres poderosos sejam feitos em nome de Jesus não implicarão em comunhão dos que operam tais milagres com Cristo, diz assim: “Naquele dia, muitos me dirão: Senhor, Senhor, nós não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? Em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.”
Portanto, a autoridade existe na comunhão, não nas palavras, quando Pedro disse em Atos 3.6b: “..Não tenho prata nem ouro. Mas o que tenho, isso te dou: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”, ele tinha vida com Deus para ter autoridade.

Mas vamos ao ponto dessa parte do estudo, que é o caráter de Jesus, revelado em seus relacionamentos com a vida real cotidiana, com as pessoas, com a sociedade, antes, porém, uma introdução. Usando a história de Israel como metáfora para as nossas vidas, faço uma pergunta: em que momento dessa história, Deus realizou os maiores milagres? Na verdade foram em dois, o primeiro foi na saída do povo do Egito e durante a peregrinação no deserto. O segundo foi quando, depois de se afastar de Deus e tornar a voltar ao Senhor, Deus dava vitória a Israel nas batalhas contra exércitos inimigos.
Então chegamos a uma conclusão: na vida que deveria ser normal para Israel, habitar em Canaã, obedecer a Deus e prosperar como nação, não haveria necessidade de tantos feitos chamados sobrenaturais de Deus. Na obediência da vida normal, tudo correria em paz. Os maiores sinais ocorreram no início e em situações de exceção, após o pecado, quando Canaã era perdida para os inimigos, e arrependimento, para que a terra voltasse a Israel. Aplicando isso em nossas vidas, entendemos que milagres, Deus precisa realizar, no início de nossas caminhadas com Cristo e em situações de exceção, no decorrer de nossas vidas, já que se andarmos em obediência, tudo nos correrá bem, em todas as áreas.


Até que ponto depender de milagres constantemente é sinônimo de maturidade espiritual? Sim, o justo viverá pela fé, o cristão depende de fé, assim como Deus pode fazer o impossível e pode sempre. Mas será que a vida cristã é só isso? 

06/11/15

Jesus Homem (Parte 6 de 17): Os irmãos de Jesus

3.   Judas e Tiago, autores de duas cartas do novo testamento: eram, de acordo com muitos analistas, irmãos carnais de Jesus.

Judas 1.1-2:

Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados e amados em Deus Pai, guardados em Jesus Cristo: Misericórdia, paz e amor vos sejam multiplicados.”

Nota do site www.santovivo.net sobre a carta de Judas:

O autor se apresenta como Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago (v.1). Judas é um nome hebraico e grego comum entre os judeus. Dos assim chamados no Novo Testamento, os que mais probabilidades têm de ser autor da carta é o apóstolo Judas, filho de Tiago (Lc 6.16) ou Judas, o irmão do Senhor (Mt 13.55). Este último é o mais provável. O autor não reivindica ser apóstolo, e até mesmo parece ser diferente dos apóstolos (v. 17). Além disso, refere-se a si mesmo como irmão de Tiago (v.1). Em geral, uma pessoa dos dias de Judas se apresentaria como filho de alguém, e não como irmão. O motivo da exceção aqui pode ter sido por causa da posição de destaque que Tiago desfrutava entre os cristãos de Jerusalém (At 15), sendo um dos pilares da Igreja (Gl 2.9).
Embora nem Judas nem Tiago se apresentem como irmãos do Senhor, outros não hesitavam em se referir a eles dessa forma (Mt 13.55; At 1.14; 1 Co 9.5; Gl 1.19). Segundo parece, eles não pediam para serem escutados em razão do privilégio especial de serem membros da família de José e Maria. Aliás, Maria também em nenhum momento reivindicou para ela o destaque por ser mãe do Senhor Jesus, sempre se portou como alguém comum entre os discípulos (At 1.14). Judas pode ter sido uma das pessoas mencionadas por Paulo em I Coríntios 9.5, na referencia ao ministério ambulante dos irmãos do Senhor.

Nota do site www.santovivo.net sobre a carta de Tiago:

De acordo com o primeiro versículo da epístola, o nome do autor é Tiago, que se apresenta como "servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo". "Tiago" é a forma grega do nome hebraico "Jacó", que significa "suplantador". Em princípio pode parecer que a autoria esteja clara e bem definida. Contudo, não é assim. Já que o Novo Testamento menciona várias pessoas com o nome de "Tiago", surge a questão de qual deles teria sido o autor da carta. Temos, no mínimo, três personagens distintos com o nome de Tiago:

1 - O maior, irmão de João, filho de Zebedeu (Mt.10.1-4)
2 - O menor, filho de Alfeu. (Mc.15.40).
3 - O irmão de Jesus (Mt.13.55; Mc.6.3).

Em Atos 1.13-14 os três estão presentes, mas o texto fala de um certo Judas, que era filho de Tiago. Não fica claro se esse Tiago era um dos três já citados ou se poderia ser um quarto personagem. As passagens dos evangelhos que citam Tiago, geralmente estão se referindo ao irmão de João. Sua morte é mencionada em Atos 12.2. Não sabemos o que aconteceu com o filho de Alfeu. A partir daí, existem outras referências que citam Tiago, em Atos e nas epístolas. Tais passagens são normalmente relacionadas à pessoa do irmão de Jesus.
Em Gálatas, Paulo fala de seus contatos com Tiago, irmão do Senhor, que estaria em Jerusalém. Com base nesse texto, os outros também são associados, por dedução, à mesma pessoa. Tal associação é bastante aceita pelos críticos e parece muito coerente. Quem segue essa ligação de textos acaba por atribuir ao irmão de Jesus a autoria da epístola em epígrafe. Alguns comentaristas preferem não seguir essa tendência e se abstêm de apontar o autor.


05/11/15

Jesus Homem (Parte 5 de 17): A parentela de Jesus

III. A parentela de Jesus

1.   João Batista era parente, talvez primo.

Lucas 1.13 e 34-36:

Não temas, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e tu o chamarás João

Então Maria perguntou ao anjo: Como isso poderá acontecer, se não conheço na intimidade homem algum? O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso aquele que nascerá será santo e será chamado Filho de Deus.Também Isabel, tua parente, espera um filho sendo já idosa; aquela que era chamada estéril está de seis meses

           2.   José e Maria tiveram filhos depois que Jesus foi gerado pelo Espírito 
      Santo, meio irmãos e irmãs de Jesus, por parte de mãe.

Marcos 3.31-32:

Então a mãe e os irmãos de Jesus chegaram e ficaram do lado de fora da casa; e mandaram chamá-lo. Havia muita gente sentada ao redor dele, e disseram-lhe: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram. 

Mateus 13.55-57:

Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Então, de onde lhe vem tudo isso?

Marcos 6.3-4:

Este não é o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E suas irmãs não estão aqui entre nós? E escandalizavam-se por causa dele. Então Jesus lhes disse: Somente em sua terra, entre seus parentes e em sua própria casa é que um profeta não é honrado.

Uma coisa importante que fica clara no texto acima, é que Jesus tinha uma profissão secular, era carpinteiro, como seu pai. Isso nos faz pensar mais um pouco sobre a personalidade de Jesus homem, lidando com uma aptidão artística, que não deixa de ser a marcenaria, solitária, que requer concentração, alguma força física no início, mas depois menos, quando trabalhando nos detalhes, contudo exige firmeza e precisão.

Trabalhar com a madeira e fazer móveis, moldar pedaços brutos retirados de árvores, e transformá-los em utilidades bem acabadas, eficientes, bem, não é isso que ele faz hoje com nossas almas? O oleiro do antigo testamento se transformou no marceneiro do novo testamento, só isso é assunto para um estudo bem profundo...

04/11/15

Jesus Homem (Parte 4 de 17): Aos doze anos no templo

2.   Aos doze anos no templo:

Lucas 2.42-52:

Quando Jesus completou doze anos, eles subiram para Jerusalém, de acordo com o costume da festa; e, passados os dias da festa, ao regressarem, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais soubessem; pensando que estivesse entre os companheiros de viagem, andaram o caminho de um dia, e passaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos; como não o acharam, voltaram a Jerusalém em busca dele.
Três dias depois, eles o acharam no templo, sentado entre os doutores, ouvindo-os e fazendo perguntas. E todos os que o ouviam ficavam admirados com sua inteligência e com suas respostas. Quando o viram, ficaram maravilhados, e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste isso conosco? Teu pai e eu estávamos te procurando muito ansiosos. Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?
Mas eles não entenderam o que ele lhes disse. E ele desceu com seus pais, indo para Nazaré, e obedecia a eles. E sua mãe guardava todas essas coisas no coração. Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.”

Deus permitiu as condições certas para que Jesus crescesse de forma correta em todos os aspectos. Não, repito, ele não era um super-homem, era homem comum, mas com certeza devia gozar de saúde física, intelectual e emocional perfeitas. Jesus, quando ser humano, era uma pessoa inteligente, lúcida, e isso desde a infância. Outra coisa que sabemos é que ele já tinha convicção de sua existência e missão, desde o início.
Imagine, nos dias de hoje, alguém com tal convicção? Seria chamado de maluco, mas Deus executou a obra da redenção no momento certo da história da humanidade, não poderia ser agora, no século XXI. Hoje, os que têm que ter certeza e dar testemunho, somos nós, homens salvos por Deus através de Cristo no Espírito Santo.
Outra coisa que precisamos aprender, é que uma educação espiritual correta, alinhará todas as outras áreas de nossas vidas, com Jesus foi assim. Não, ele não era só uma pessoa sincera e abnegada, religiosa e espiritualmente, ele também era forte fisicamente e inteligente, culto, um homem na estatura perfeita e plena em todos os sentidos, mas equilibrado, nem a mais e nem a menos.
Jesus era bonito? Fisicamente talvez fosse um judeu comum, mas com certeza devia ter um carisma sem igual. Com o cuidado que tinha com sua vida espiritual, imagina o brilho que escapava de seus olhos? Não se diz que os olhos são as janelas da alma? Que alma, sentimentos e pensamentos, se revelava por seus olhos. Você já se imaginou sendo olhado pelo Jesus homem?
Mas longe pensarmos nele como possuidor de qualquer tipo de altivez, ele era elegante e educado sempre, que exemplo para seguirmos...

03/11/15

Jesus Homem (Parte 3 de 17): Infância - A circuncisão

II. A infância de Jesus

Junto dos textos que falam sobre o nascimento, as passagens a seguir, são as únicas bíblicas e aceitas pela Igreja cristã protestante e evangélica, sobre o período da vida de Jesus antes dos trinta anos, tudo o mais que pode se dizer é especulação ou mentira. É importante que saibamos disso e entendamos que foi assim por providência dos mistérios de Deus, só na eternidade entenderemos o porquê.
Eu pessoalmente creio que é porque nós não entenderíamos o Jesus menino e adolescente, que deve ter agido como criança e adolescente comuns, cujos erros, feitos na inocência, não são imputados como pecado, como acontece com qualquer criança ou adolescente. Veja que os pais ficaram sem o menino Jesus por três dias no texto abaixo, isso não foi uma ação infantil? Mesmo sendo Deus homem, como criança estava ainda sob proteção de adultos, e a eles devia obediência. Jesus deve ter agido assim mais vezes, mas será que nós, sabendo dessa humanidade inocente de Jesus, teríamos sabedoria para aceitá-lo como um “Deus homem” perfeito?
Deus sabe o que faz, os mistérios de Deus não são para preservar a Deus, Deus não tem nada a esconder, mas para preservar a nós, míopes espiritualmente e intelectualmente que somos. Quantas vezes pedimos revelações e ficamos tristes por Deus não nos dar, mas Deus está nos protegendo de um conhecimento que com certeza não administraríamos de forma sadia, nos causaria mais danos que bênçãos.

1.   A circuncisão quando bebê:

Lucas 2.21-24:

Quando se completaram os oito dias para o menino ser circuncidado, foi-lhe dado o nome de Jesus, como o anjo o havia chamado antes de ele ter sido gerado. Terminados os dias da purificação deles, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito será consagrado ao Senhor, e para oferecerem um sacrifício, segundo estabelecido na lei do Senhor: duas rolinhas ou dois pombinhos.”


02/11/15

Jesus Homem (Parte 2 de 17): O nascimento

I. O nascimento de Jesus

Mateus 1.18-25:

O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava comprometida a casar-se com José. Mas, antes de se unirem, ela achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu marido, era um homem justo e não queria expô-la à desgraça pública. Por isso, decidiu separar-se dela secretamente.
Tendo José isso em mente, um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem darás o nome de Jesus; porque ele salvará seu povo dos seus pecados. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia declarado pelo profeta: A virgem engravidará e dará à luz um filho, a quem chamarão Emanuel, que significa: Deus conosco.
Despertado do sono, José fez o que o anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua mulher; Mas não a conheceu na intimidade enquanto ela não deu à luz um filho; e deu-lhe o nome de Jesus.

Há dois mil atrás, as pessoas eram diferentes, em termos culturais, sociais, religiosos, mas emocionalmente não eram assim tão distintas das pessoas de hoje em dia. Você já pensou no que Deus procurou e achou, em Maria e em José, de diferente das outras pessoas de sua geração, para poder executar neles seu plano? O que Maria teve que enfrentar quando engravidou sem ter conhecido intimamente um homem? E José, como ele teve fé para aceitar um filho que não era seu, como teve humildade para esperar em Deus, o momento certo para consumar seu casamento?
Deus procura um você algo único, especial, para cumprir um plano específico, que ninguém mais poderá cumprir, além de você.
Agora algo muito importante, é como eles administraram tudo isso em seus corações, de maneira que não interferisse na educação que dariam a Jesus. Sim, Jesus teve uma concepção diferente, divina, única, milagrosa, mas já convivia com a realidade emocional humana desde sua gestação, no ventre de sua mãe. Contudo, vemos Maria e José fazendo as escolhas certas, escolhas que agradaram a Deus, em todo o tempo, em obediência e em temor. São escolhas, porque eles não eram super seres humanos, eram comuns, mas escolherem agir certo, escolheram obedecer.
Agir certo é uma escolha, ninguém pode nos obrigar a isso, nem Deus, isso precisa ser feito de forma consciente e lúcida, diante do Senhor, fazemos isso todos os dias.


Depois do nascimento em Belém, José e Maria tiveram que fugir para o Egito, porque Herodes queria matar os bebês nascidos no período de dois anos pra trás, na tentativa de anular a profecia que dizia que o rei dos judeus nasceria na Judeia. De volta do Egito, após a morte de Herodes, as família foi para Nazaré na Galileia, onde Jesus foi criado (veja os detalhes em Mateus 2.1-23).

01/11/15

Jesus Homem (Parte 1 de 17): Introdução

        Hoje começo a compartilhar aqui no blog, o estudo bíblico "JESUS HOMEM", será feito em 17 partes para que você possa acompanhar com calma, refletindo em cada tema, espero que seja bênção para todos, Deus abençoe.

Zé Osório
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Introdução

Jesus homem: Mateus 11.28-30 (versão Almeida Século XXI)

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” 

Jesus Deus: Apocalipse 21.22-27

Nela não vi santuário, pois seu santuário é o Senhor Deus todo-poderoso e
o Cordeiro. A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela brilhem, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
As nações andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória.
Suas portas não se fecharão de dia, e ali não haverá noite; para ela virão a glória e a honra das nações. Nela não entrará coisa alguma impura,
nem o que pratica abominação ou mentira,
mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro.”

O evangelho é a verdade absoluta, um ensinamento superior a qualquer filosofia, ciência ou religião, porque ensina ao homem não só sobre a vida espiritual e a eternidade, mas também sobre a vida neste mundo. O evangelho, diferente de outros ensinamentos, não aliena o homem, isola-o para que uma limpeza moral, física e espiritual seja obtida, e muito menos distorce o ser humano tentando torna-lo um semideus, modificando seu exterior ou violentando sua essência. Não, não é preciso raspar a cabeça e viver vinte e quatro horas em meditação e jejum, não é preciso se cobrir de hábitos e túnicas e se esconder em mosteiros, não é preciso ter poderes mágicos e ter uma mente brilhante para conhecer e viver uma utopia.
Mas o mais lindo disso tudo, é que o evangelho ensina-nos todas essas coisas através de um único ser: Jesus homem, e aí está um mistério exclusivo da verdade divina, duas faces da mesma moeda. Deus que se fez homem e um homem que é Deus, e mesmo assim sem perder as características de cada um. Quando homem, Jesus suportou todos os limites da humanidade presente, pessoal e individual, e digo presente, pessoal e individual porque ele nasceu sem pecado, por não ter sido gerado por um pai humano, portanto sem um DNA ou memória coletiva do erro, que vinha desde Adão. Contudo, como homem, foi confrontado com todas as fraquezas humanas, e aí sim, escolheu ser santo, escolheu agradar a Deus, para se tornar o cordeiro imaculado, perfeito, que se ofereceria em sacrifício por toda a humanidade.
É sobre esse Jesus homem, não o salvador que se tornaria depois da morte e ressurreição, mas sobre esse “ser humano-Deus”, que andou por esta terra e se relacionou com as pessoas, que falaremos neste estudo. Jesus homem é o mais excelente exemplo que temos para seguir, o único que chegou a perfeição na carne, é ele que nos ensina e mostra como devemos viver neste mundo, nos relacionar com a vida, agradar a Deus e fazer a sua obra.