07/12/18

7. Mundo espiritual: tenhamos consciência dele (Parte 7 de 17)


7. Mundo espiritual: tenhamos consciência dele

      “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” 

Tiago 5.13-18


      O texto de Tiago capítulo 5 encanta pela objetividade, ele não fica “viajando” no problema, como que tentando achar quase que uma justificativa para que permaneçamos nele e não busquemos resolvê-lo, coisa que muitas religiões e psicologias fazem. Ele diz, está aflito? Ore. Está contente? Louve. O problema é complicado para resolver sozinho? Peça ajuda aos líderes. A oração de fé curará o doente e perdoará o pecador, simples assim. E não há desculpas para não se resolver o problema em Deus, mesmo Elias, que tantos milagres provou e fez, era homem como nós. Por isso amamos o Espírito Santo e as palavras que ele permitiu que fossem registradas no cânone bíblico, glória a Deus por isso. 
      De maneira geral, a orientação que Deus deixou na Bíblia para nossa relação com o mundo espiritual é assim, simples, sem complicações, a permissão de Deus para a construção do cânone bíblico visou atingir a todos e de todos os tempos. O homem e os diabos, sendo que nem importa se x influencia y ou se é o contrário, o mais certo é que o mal conhece o mal e quando um quer se afastar de Deus encontra no outro um sócio, que seja, diabos e homens sempre mostram um mundo espiritual complicado, misterioso, cheio de níveis e portais. A intenção das trevas é impedir que o homem conheça a luz, assim como mentir sobre elas mesmas, os diabos não se mostram como seres espirituais rebeldes e condenados, que já foram destruídos na obra redentora de Jesus o messias. Eles se mostram como seres de luz que podem dar ao ser humano mais do que Deus dá, sempre insistindo no mito de Prometeu.
      Contudo, mesmo na simplicidade poderosa do evangelho, e toda sabedoria verdadeira é sempre simples, a Bíblia nos ensina muitas coisas sobre demônios, se tivermos consciência delas entenderemos que é preciso sabedoria sobre o que oramos e como oramos. Algumas orações não podem ser feitas sem que o Senhor nos autorize, não é sábio sair orando por qualquer um e de qualquer jeito, não quando nos envolvemos mais profundamente com o mundo espiritual. Deus ouve a todos e a todos responde, ninguém precisa ser técnico ou doutor para orar. Mas quem quer amadurecer e ter uma vida de oração mais eficiente, aprenderá, com o próprio Espírito Santo, os caminhos da intimidade com o Senhor. Nessa intimidade podemos até receber de Deus uma chamada mais específica para entrar em batalha espiritual, não só por nossas vidas e de familiares, mas também por grupos e regiões maiores. 
      Por que não devemos entrar em batalha espiritual sem orientação de Deus? Porque podemos entrar em embates que não são nossos, que Deus não nos autorizou a entrar, e portanto nos expormos a inimigos que não poderemos vencer simplesmente porque não é assunto nosso e nem estamos preparados, pelo menos não naquele momento. Assim, cuidado, contudo, uma certeza podemos ter, aqueles que estão dentro de nossos lares, cônjuges, filhos ou outros, esses estão sobre a nossa responsabilidade de oração, portanto podemos colocá-los sobre nossa cobertura espiritual. Assim, todo pai é toda mãe pode fazer intercessão por suas famílias e usando a autoridade dada por Jesus a eles para destruir as obras do diabo. 
      As igrejas cristãs precisam ter esse conhecimento, principalmente muitas protestantes tradicionais, que infelizmente, apesar de estudarem tanto a Bíblia, parecem não achar que essa relação com o mundo espiritual seja aprovada pela doutrina, pelo menos, não nos dias de hoje. É urgente que entendamos que o território espiritual sobre e na Terra está dividido em regiões geográficas físicas e que nos cabe lutar com as armas certas para manter os nossos territórios, nosso lar e nossa família, um lugar especial, um território físico e espiritual nosso, pelo qual temos responsabilidade, mas também um lugar que o mal tem muito interesse em oprimir. 

Esta é a 7a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

06/12/18

6. Conquistando e mantendo espaço (Parte 6 de 17)


6. Conquistando e mantendo espaço

      “Nós, porém, irmãos, sendo privados de vós por um momento de tempo, de vista, mas não do coração, tanto mais procuramos com grande desejo ver o vosso rosto; Por isso bem quisemos uma e outra vez ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu.
I Tessalonicenses 2.17

      “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; Para que o manifeste, como me convém falar.” 
Colossenses 4.2-4

      O texto de I Tessalonicenses 2.17-18 faz uma revelação muita séria, Paulo, o apóstolo-teólogo que definiu a igreja cristã sobre o fundamento dos evangelhos, tanto fundador de igrejas quanto estudioso das revelações do Espírito Santo sobre o cristianismo, assume que foi impedido por Satanás de fazer algo, de ir até Tessalônica e ver os irmãos. Como lemos e relemos a Bíblia mas deixamos passar batido coisas importantes, sempre fazendo uma interpretação que nos convém, estabelecida por uma tradição de homens e não sensível à verdadeira voz do Espírito Santo. Se Paulo foi barrado por um diabo, ele, um soldado do Senhor do mais alto nível, quanto mais nós, tão envolvidos com as coisas deste mundo e não com a vontade de Deus. Eu particularmente fui edificado com o fato de um Paulo ter admitido o que admitiu, é bem difícil ver uma palavra assim sair das bocas de muitos pregadores atuais, que se postam como super-pastores, que parecem que nunca erram e que podem tudo. 
      Por outro lado, se Deus permitiu que essa passagem ficasse registada na Bíblia até os dias de hoje, é porque temos que saber e aprender algo com ela. Vencer o inimigo espiritual de nossas almas em oração é algo muito sério e muitas vezes não tão simples. Mas o diabo nunca tem vitória, isso é uma certeza, mesmo que seja habilidoso em criar situações que podem até jogar irmãos contra irmãos e que criam muitas vezes engodos difíceis de nos desvencilharmos, o que ele consegue realizar está sob a vontade permissiva de Deus. Se o Senhor autorizou-o a impedir uma ação do apóstolo foi com um objetivo, Paulo com certeza aprendeu algo com a experiência, algo de bom. Como diz a carta aos Romanos, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (8.28).
      Batalha espiritual é conquista e manutenção de espaço, dando-nos direito de ficar, ir e vir com liberdade e em paz, por isso Paulo pede aos Colossenses no capítulo 4 da carta direcionada a eles que orem para que Deus lhe abra as portas. Só podemos realizar batalha espiritual sobre espaços que recebemos de Deus para dar cobertura espiritual. O espaço é físico, porém ocupado espiritualmente por seres espirituais do mal, os exércitos de espíritos malignos dos anjos caídos, que expulsos do céu espiritual, o terceiro céu, habitam agora o segundo céu espiritual, uma outra dimensão do céu físico ou o primeiro céu que fica ao redor do planeta Terra. Abrindo parênteses, classificar o céu em três níveis, é uma interpretação que me agrada, que é baseada naquilo que sabemos, sem complicar o assunto. Em II Coríntios 12.1-4 Paulo se refere ao Paraíso como o 3o. céu, os judeus acreditavam na existência de sete céus diferentes, a Bíblia não é tão específica sobre o assunto, fecho parênteses.
      Os espíritos malignos ganham espaço oprimindo e enganando aqueles que lhes dão ouvidos, e numa situação mais extrema de permissividade humana, possuindo-os. No antigo testamento o povo de Deus era uma nação física, Israel, assim a conquista de Canaã foi feita através de guerra e conquista de um território de terra. Israel tinha autorização de Deus para conquistar um território, mas não todos, limites foram estabelecidos e para cada uma das doze tribos. Mas Israel também tinha uma missão espiritual, testemunhar do Deus verdadeiro para as outras nações e se elas se rendessem ao Senhor e deixassem seus falsos deuses, Deus também as acolheria. 
      Na nova aliança, o povo do Senhor, os salvos em Cristo, constituem uma Igreja espiritual, não limitada por espaço físico, por nações ou outros tipos de territórios, agora a conquista não se faz mais por embates físicos, mas por fé no nome de Jesus através do amor de Deus. As igrejas crescem pregando o evangelho de redenção aos homens e não existe mais limites para isso, todos os que querem podem ser salvos e fazerem parte da Igreja universal e espiritual. Contudo, mesmo com essa nova referência de espiritualidade, de valores e virtudes interiores e não mais físicos, de uma salvação para todos, a batalha com os anjos caídos e seus demônios ainda se faz por força, não física, mas espiritual. Exatamente como isso acontece nos céus, nós não sabemos, o texto de Daniel 10 e as passagens de Apocalipse nos dão uma noção. Também não sabemos exatamente como atitudes humanas, na fé e na consagração, interferem nessa batalha, novamente as passagens de Daniel 10, Lucas 8 e Marcos 5 nos dá algumas informações a respeito, como já estudamos.
 
Esta é a 6a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

05/12/18

5. Território espiritual (Parte 5 de 17)


5. Território espiritual

      “E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes. (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.) E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar.” 

Marcos 5.6-13


      Os relatos de Lucas 8 e Marcos 5 sobre um mesmo acontecimento são importantes para entendermos muitos conceitos do mundo espiritual, um já citamos na parte 5 deste estudo, o outro é a territorialização dos demônios. Por que os demônios pediram a Jesus para entrarem nos porcos? Porque eles não queriam deixar aquela região geográfica, ou porque queriam continuar possuindo corpos físicos, mesmo que fossem de animais, de porcos? O texto de Marcos diz que os demônios pediram que Jesus não os enviasse para fora daquela província, o de Lucas diz que eles não queriam ser lançados no “abismo” (o que seria abismo, seria um lugar físico ou espiritual?) Seja como for, fica claro o desejo dos espíritos malignos de continuarem naquele território, presos aos porcos da região, lugar que conheciam e estavam adaptados e não no “abismo”.
      Quando dizemos território não queremos dizer a terra em si, mas o grupo social, a cultura, a sociedade humana do lugar. Os demônios habitam em todo o planeta Terra, mas eles se adaptam às culturas locais, assim, na África eles têm nomes e formas para os habitantes africanos, na Grã Bretanha terão outros nomes e formas, nos países nórdicos outros nomes e formas, na Índia, outros, no Japão, outros etc. Os seres espirituais do mal tiveram a mesma origem em todos os lugares, mas adaptados às culturas locais, têm nomes e formas distintos, assim, um demônio africano, via de regra, pode não querer ir para a Inglaterra, a não ser que africanos forem para lá. Isso explica a força do afro-espiritismo no Brasil e Américas, os demônios dessas religiões vieram pra cá junto da grande quantidade de africanos que pra foi trazida como escrava, por isso mantiveram nomes e formas da cultura africana, mesmo convivendo com a cultura portuguesa, italiana ou mesmo indígena que já existia nas Américas. 
      Demônios também se especializam em fraquezas e pecados locais, em uma região inclinam os homens para adultério e prostituição, em outras para suicídio e depressão, em outra para ganância e materialismo. É claro que de maneira geral, fazem todo o tipo de mal em todo o lugar, mas se prestarmos atenção notaremos males mais acentuados em determinadas regiões. No Japão o ritual “haraquiri” de suicídio deu origem aos “kamikazes” na segunda guerra mundial, e até hoje existe no país um alto grau de suicídio, isso está ligado a uma atuação demoníaca específica. Na Índia existe uma adoração muito grande de animais, de todo o tipo, isso é um tipo de atuação do mal, aliás a Índia, que ocidentais equivocados amam celebrar sua “espiritualidade”, sofre uma influência de demônios muito grande, dos mais diversos e sujos tipos. 
      Mas os demônios não são donos legítimos dos espaços, eles são ladrões que se aproveitam da fraqueza e rebeldia do homem. O planeta Terra foi dado originalmente ao homem, depois Canaã foi dada à nação de Israel, com a nova aliança em Cristo os convertidos têm responsabilidade pessoal sobre suas posses e suas famílias. Os demônios não são onipresentes nem oniscientes, apesar de espirituais eles são limitados, mas são comissionados, enviados para cumprir missões em lugares específicos e sobre pessoas específicas, assim, estabeleceu-se uma batalha espiritual por espaços físicos entre os cristãos selados com o Espírito Santo e os espíritos malignos. A arma do justo sempre foi a oração, vejamos a experiência de Daniel no capítulo 10 de seu livro, mas na nova aliança tem a autoridade no nome de Jesus. 
      Quando andamos pelo mundo, nas ruas, no trabalho, numa escola, no comércio, num restaurante, enfim, longe de casa e da igreja local que frequentamos, devemos orar pedindo proteção pessoal e individual. Nesses casos podemos, sem saber, estar cruzando regiões repletas de demônios que receberam legalidade para estarem lá por outras pessoas, mas esses lugares não são responsabilidades nossas. Mesmo assim, estejamos tranquilos, em trânsito, se estivermos em obediência a Deus e com oração e confissão de pecados em ordem, a mão do Senhor está sobre nós e nenhum mal nos toca (e mesmo enfieis Deus permanece fiel). 
      Se todos no planeta fossem convertidos e fizessem suas batalhas espirituais pessoais sobre sua posses e responsabilidades, demônios e diabos ficariam sem lugar para atuar, mesmo que presentes estariam amarrados. Mas a realidade é outra, enquanto vivemos o momento de livre arbítrio, onde a humanidade pode escolher se quer ou não ser salva, o planeta Terra está retalhado, por isso devemos lutar por aquilo que é nosso, e andar nos outros espaços com sabedoria e cuidado. Nossas prioridades são nossa família e nosso lar, conforme veremos logo mais.

Esta é a 5a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

04/12/18

4. Hierarquias, castas e legiões (Parte 4 de 17)


4. Hierarquias, castas e legiões

      “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” 
Efésios 6.11-12

     Principados, potestades, príncipes e hostes nos lugares celestiais, seres espirituais em lugares espirituais, no caso do seres do mal, em outra dimensão do céu físico ao redor do planeta e no planeta. Os seres espirituais, do mal e do bem, têm posições hierárquicas diferentes, os com posição superior têm mais poder que os de posição inferior, assim como superiores do bem lutam com superiores da mesma altura. Quando fazemos batalha espiritual lutamos contra esses seres, nessas referências espirituais, mas repito, ninguém precisa ter esse conhecimento para exercer a autoridade do nome de Jesus sobre o mal, fé em santidade no nome de Cristo bastam. Todavia, é bom entender (e crer) que muitas vezes, quando um homem ou uma mulher se levanta contra nós, eles podem estar direcionando ou /e sendo direcionados por seres espirituais do mal. Assim achar que armas humanas vão resolver essa questão, é um erro, guerra espiritual se vence com armas espirituais contra inimigos espirituais. 
      Quando demônios estão envolvidos em ataque direto, conversar com a pessoa que os mandou pode não adiantar, não só isso, tente chegar a um entendimento com o homem, mas repreenda os espíritos malignos também. Por favor, sejamos elegantes e sábios, não precisamos expulsar o demônios na presença da pessoa, na cara dela, principalmente se ela não for endemoniada. E mesmo que seja, penso que devemos ter cuidado para expulsar o ou os demônios, em primeiro lugar só fazendo tendo experiência com o assunto ou junto de alguém que tenha, e em segundo lugar com a permissão da pessoa. Se alguém não quiser ser limpo, é perda de tempo tentar exorcismo, assim, ainda com sabedoria, fale sobre o evangelho antes, ainda que muitas vezes só por isso o demônio já possa se manifestar.
      Mesmo que em oração possamos vencer os demônios que nos foram lançados por uma pessoa, mesmo que possamos anular a obra maligna, destrui-la, mesmo que possamos expulsar os demônios que estão no ar, não podemos fazer isso com as pessoas. Elas continuam com o livre arbítrio para seguirem desejando o mal ou o bem, contudo, quando anulamos suas ferramentas espirituais elas ficam amarradas, sem ação, pelo menos por um tempo. Numa situação assim convém estar em vigilância cercando as nossas vidas e de nossos próximos com o poder que há no nome de Jesus, pois como nos ensina Paulo “não temos que lutar contra carne e sangue”, não nesse caso. Todavia, as pessoas com mais relação com o mal e com seres espirituais malignos muitas vezes não ficam possessas, muitos bruxos e feiticeiros de alto nível não são possuídos espiritualmente, mesmo que tenham uma relação extremamente íntima com as trevas. 

      “E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; E este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.” “E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele. E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou. E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar? E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.” 
Marcos 9.17-18, 25-29

       A passagem de Daniel capítulo 10 pode nos ajudar a entender a orientação final de Jesus no texto acima de Marcos, o motivo daquele tipo específico de espírito maligno, daquela casta, só sair com oração e jejum. Talvez porque fosse um ser espiritual de escalão mais alto, será que os mais altos têm mais poder por serem superiores de alguma maneira ou porque além disso são líderes que têm muitos demônios sob suas ordens? Assim, será que são mais fortes porque quando agem não agem sozinhos, mas com aqueles que estão debaixo de sua autoridade, numa legião? Por outro lado, será que é preciso tempo em consagração orando pela expulsão porque nesse período, assim como aconteceu com Daniel, é o tempo necessário para que um ser espiritual do bem, um arcanjo, só ou com um exército, lute contra o ou os demônios e os vença em batalha? A Bíblia não deixa isso claro, mas a orientação de Jesus foi clara, para batalhas espirituais esteja preparado, orando e jejuando. Cristo, estava, visto que expulsou o mal sem dificuldades, Jesus sempre estava preparado. Já os discípulos só estariam totalmente prontos depois da partida de Cristo e descida do Espírito Santo sobre eles.

      “E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios. E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo.”

Lucas 8.30-31

      “Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?”

Mateus 26.53


      Os relatos de Lucas 8 e Marcos 5 sobre um mesmo acontecimento são importantes para entendermos alguns conceitos do mundo espiritual, um deles é “legião”. “A palavra legião é a designação da maior divisão do exército romano, com aproximadamente 6.000 soldados de infantaria e 120 soldados de cavalaria e ainda de tropas auxiliares para serviços especiais. Ou seja, um grande número de soldados que mostrava o poderio militar de Roma” (Fonte). Mas o termo também é usado na Bíblia para informar sobre um grande ajuntamento de anjos. Quando se refere a seres espirituais não podemos interpretar isso como uma quantização científica, mas com certeza o termo foi usado para significar um número bem grande, seja de demônios ou de anjos. Por que Jesus perguntou o nome do espírito maligno? Isso não é relatado em outros eventos de expulsão de demônios, bem, Cristo tinha discernimento espiritual, essa informação é importante para entendermos a gravidade da possessão, mesmo que para Jesus encarnado isso não fizesse muito diferença, ele estava sempre preparado em oração e jejum para tudo. Mas para nós hoje esse conhecimento importa, nos ensina que o assunto não é brincadeira, nem deve ser tratado de forma leviana.

Esta é a 4a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

03/12/18

3. A experiência de Daniel (Parte 3 de 17)


3. A experiência de Daniel

      “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas. Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas. E no dia vinte e quatro do primeiro mês eu estava à borda do grande rio Hidequel; E levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz; E o seu corpo era como berilo, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como a voz de uma multidão. E só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens que estavam comigo não a viram; contudo caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se.” 
      “E me disse: Daniel, homem muito amado, entende as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque a ti sou enviado. E, falando ele comigo esta palavra, levantei-me tremendo. Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. Agora vim, para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias.”
Daniel 10.2-7, 11-14

      Esta passagem de Daniel é um texto fundamental para entendermos mundo espiritual, ela nos dá argumentos a entender porque batalha espiritual é um tipo de oração diferente, que envolve movimentação de batalhões de seres espirituais. Ela começa com Daniel relatando um jejum de três semanas que fez, o interessante é que não foi um jejum forçado, mesmo que com boa intenção. A tristeza de Daniel, sua preocupação com o destino de seu povo o levou a se abster de comida, de bebida e de alegria, talvez o melhor exemplo do jejum correto relatado na Bíblia. Quantas vezes fazemos um jejum porque sabemos que precisamos, porque sabemos que é certo, porque sabemos que é por uma boa causa, mas fazemos porque sabemos, na cabeça, e não no coração. A primeira lição que o texto nos ensina é que o jejum correto é o Espírito Santo que nos conduz a ele e nele, nasce do coração de Deus e toca o nosso coração profunda. Assim nada justifica usar jejum como moeda numa barganha com Deus, fazê-lo para acumular créditos e poder comprar algo do Senhor.
      Seguindo com a passagem, então, após três semanas de jejum, de ser convencido que algo importante lhe seria revelado sobre uma situação importante, sim, porque jejum convence o homem, não Deus, Deus não precisa ser convencido, jejum prepara o homem, não Deus, Deus não precisa ser preparado, assim, após esse período de consagração, Deus fala com Daniel. Daniel tem a visão de um ser espiritual, as palavras iniciais do ser são maravilhosas, “Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras”, que alegria, que benção ouvir isso do Senhor. Desde o primeiro dia, sim, como foi dito, Deus não precisou das três semanas, no primeiro momento de oração de Daniel o Senhor já tinha visto a sinceridade e a necessidade de Daniel.
      O ser espiritual faz então uma revelação especial, que não vemos constantemente na Bíblia: “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia”. Note que o período de tempo que o ser espiritual disse que tinha durado a resistência do “príncipe do reino da Pérsia” é o mesmo tempo que Daniel passou em oração. Assim, podemos entender que a persistência de Daniel orando teve um motivo, aguardar que o mundo espiritual cumprisse seus objetivos. Mas podemos perguntar, até que ponto não foi a insistência do homem, a fé do homem, que de alguma forma fortaleceu os seres espirituais do bem para vencerem a batalha contra os seres espirituais do mal? Sim, porque o texto se refere a anjos e arcanjos, não a príncipes e soldados humanos. “Príncipe do reino da Pérsia” não é um líder humano, mas um ser espiritual do mal de alto escalão, por isso Miguel, “um dos primeiros príncipes”, um arcanjo do bem, foi ajudar o ser espiritual que trazia para Daniel a resposta de oração de Deus. Esse ser pode ser um anjo que foi ajudado por um arcanjo para vencer uma batalha espiritual contra demônios e diabos.
      Contudo, a resposta trazida a Daniel tinha muito mais que informações sobre o problema que seu povo enfrentava naquele momento, sobre os setenta anos de cativeiro de Israel, tinha a ver com um futuro distante e final de toda a humanidade. Ele recebeu uma coleção de profecias conhecidas como “as setenta semanas de Daniel”. Não somos nós que escolhemos ser profetas, ou receber profecias, é Deus quem chama e escolhe o profeta, e quem pensa que isso é legal, que é fácil, que é só a alegria de saber de coisas que ninguém mais sabe, engana-se. Os profetas que receberam as profecias mais significativas da Bíblia pagaram com a solidão, com o cativeiro, com a desaprovação mesmo de seu povo, o privilégio de serem bocas dos mistérios do Senhor. Deus é terrivelmente esplendoroso!

Esta é a 3a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

02/12/18

2. Oração: constância (Parte 2 de 17)


2. Oração: constância

      “Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. Irmãos, orai por nós.

I Tessalonicenses 5.17-25


      Orai sem cessar, diz a orientação do apóstolo Paulo, isso porque por alguns motivos nossas orações parecem ter efeito temporário. A oração aceitando a salvação estabelece uma aliança eterna entre o homem e Deus, contudo, a manutenção da nossa vida e das nossas posses neste mundo, sejam materiais ou espirituais, carece de incessante intercessão. Um motivo da oração ter efeito temporário encontra-se num limite nosso, não de Deus, em nossa infidelidade, não do Senhor. Nós, cristãos convertidos e novos nascidos em Jesus, temos dentro de nós uma luta entre o nosso espírito ungido com o Espírito Santo e a nossa natureza carnal, que também é espiritual, e que só será tirada de nós totalmente quando morrermos em Cristo ou formos arrebatados. Essa natureza torna-nos volúveis, inconstantes, só Deus pai, em seu amor e paciência, para nos “suportar” e estar sempre pronto a nós receber. A nosso diferença, em relação aos não convertidos, é o Espírito Santo, esss está sempre inclinando-nos, chamando-nos para Deus, permitindo que o Senhor seja achado, mesmo em meio às maiores lutas e às dores mais difíceis. 
      Outro motivo da temporariedade da oração, é que o mundo espiritual do mal está sempre em movimento, ele não tira férias, o diabo está criando artimanhas em todo o tempo para nos oprimir, sempre nos tentando a desistir e fugir. Assim, mesmo que nos mantenhamos constantemente na presença de Deus, numa defesa passiva, uma atitude ativa de ataque ao mal é necessária para mantermos em paz e liberdade aquilo Deus coloca sob nossa responsabilidade. O lado bom disso é que aprendemos a vigiar todos os dias, isso faz com que nós não nos acomodemos, assim devemos orar sempre autorizando o Senhor a nos proteger. Todo o nosso crescimento como seres humanos e cristãos acontece nesse ambiente de lutas constantes, assim, acredite, isso é permitido por Deus, não é de nenhuma maneira alguma vitória do diabo. 
      Deus e o diabo não são duas forças iguais, em lados opostos, cujo embate dá equilíbrio ao universo. Essa crença, de muitas religiões, não é a da tradição judaica-cristã, não é Bíblica ou evangélica, não é verdadeira. Só existe uma força no universo, a boa, justa, iluminada e amorosa de Deus. Os diabos e os demônios têm um poder temporário e limitado, permitido pelo Senhor. Contudo, na alma humana, na cabeça e no coração do homem, enquanto neste mundo, existem duas influências iguais porque o homem tem livre arbítrio para escolher entre uma e outra, e isso ocorre em todo o tempo, por isso o cristão deve viver em oração. 
      Que temos que orar sempre, a maioria de nós já sabe, a questão é o que orar, com relação a essa guerra espiritual que os demônios fazem constantemente contra os homens? Como fazer essa cobertura espiritual sobre nós e nossas famílias? Para entendermos isso é preciso entender melhor o mundo espiritual. As próximas partes deste estudo explicam alguns conceitos importantes sobre batalha espiritual, anjos e demônios. O mais importante, contudo, é entendermos que só convertidos, orando em nome de Jesus, perdoadas e limpos, com um coração grato e liberto de mágoas ou vinganças, é que temos proteção espiritual de Deus para entrarmos no mundo espiritual e darmos cobertura para nossas famílias e lares. Uma quebra de qualquer um desses pré-requisitos criará uma brecha espiritual em nossas vidas que poderá nos colocar numa situação de fraqueza diante dos inimigos espirituais. 

Esta é a 2a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

01/12/18

1. Oração: perdão e louvor no nome de Jesus (Parte 1 de 17)


Introdução

      “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.”

Mateus 22.29


      Nesta primeira reflexão do último mês de 2018, o Senhor, pela sua misericórdia e graça, me leva a refletir sobre o mundo espiritual, mas mais que uma contemplação sobre uma dimensão cheia de mistérios, o que com certeza já é muito intrigante, vou compartilhar uma prática cristã de suma importância para a vitória dos cristãos, a oração. Focaremos, contudo, um tipo especial de oração, em dois enfoques, cobertura espiritual e batalha espiritual. Para interagir com o mundo espiritual é preciso conhecê-lo de fato, a verdade sobre ele, não as mentiras que os seres espirituais do mal inventam para agradar os ouvidos dos arrogantes e inimigos do evangelho. Mentiras como a versão do espiritismo kardecista que descreve o mundo espiritual como um hospital ou uma grande casa de recuperação espiritual que prepara os espíritos para novas encarnações, pra citar uma, não condiz com as revelações do cânone bíblico.
      Cobertura e batalha espiritual não são termos novos, são assuntos presentes na Bíblia, mas que só receberam relevância das igrejas há um tempo relativamente curto, algumas décadas, pelo menos por uma parte maior delas. Alguns consideram esses conceitos até heresias, outros os praticam sem cuidado, bem, segue a interpretação dos assuntos por um cristão, para o qual os temas não são teorias, mas prática de vida. Você não precisa concordar com tudo, leia, ore, busque outras fontes, mas não deixe de considerar um assunto tão relevante. Conheça as escrituras, mas também prove o poder do Senhor, uma coisa não anula a outra, a experiência com Deus é completa e envolve todas as áreas humanas em plenitude. A reflexão é dividida em 17 partes, as compartilharei entre os dias 1 de dezembro e 17 de dezembro, convém ler todo o estudo que também publicarei na íntegra no dia 18/12/18.

1. Oração: perdão e louvor no nome de Jesus
2. Oração: constância
3. A experiência de Daniel
4. Hierarquias, castas e legiões
5. Território espiritual
6. Conquistando e mantendo espaço
7. Mundo espiritual: tenhamos consciência dele
8. Cobertura espiritual: prioridade para a família
9. Batalha espiritual: cuidados que devemos ter
10. Anjos, arcanjos, serafins, querubins e seres viventes
11. DiaboS
12. Provando espíritos: anjos ou demônios?
13. A experiência de Jó
14. Tudo está sob a autorização de Deus
15. Quem faz cobertura espiritual: liderança espiritual na família
16. Pentecostal, tradicional e o mundo espiritual
17. Para quem quer conhecer mistérios

1. Oração: perdão e louvor no nome de Jesus

      “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.” 

Marcos 16.17-18


     Nossa arma mais poderosa e objetiva, contra males visíveis e invisíveis, é a oração, nela temos acesso direto a Deus, criador, sustentador, Senhor dos universos. Mas faço a você uma pergunta: você conhece todos os direitos que tem na oração, e se os conhece, os tem usado? A primeira coisa a se fazer, quando entramos na presença do Senhor em oração, é orar em nome de Jesus, e por mais nenhum outro intercessor. O nome de Jesus Cristo deve ser exaltado com convicção e clareza, essa é a vontade de Deus para seus filhos e o único meio legítimo de termos acesso à comunhão plena com Deus. Sim, em sua misericórdia, o Senhor ouve a todos, mesmo os idólatras e demonistas, que usam outras coisas e outros seres para terem comunhão com o mundo espiritual. Isso, todavia, é um estado de exceção que tem todos os limites inerentes àquilo que o homem faz em rebeldia, maldade ou simples ignorância. Contudo, mesmo aquele que se aproxima de Deus do jeito errado, se houver nele sinceridade, o Senhor em seu amor se revelará, abrindo-lhe os olhos espirituais e mostrando-lhe o poder exclusivo que há na intercessão de Jesus Cristo.
      Em segundo lugar, para continuar na presença de Deus e ter acesso às suas bênçãos, ore perdoado, assim, antes de adorar e de fazer pedidos, peça perdão, confesse-se, assuma seus erros, dê nome a eles de forma clara, da mesma maneira, perdoe, a si mesmo e aos outros. Se tiver um assunto mal resolvido com alguém entregue o assunto nas mãos de Deus, disponha-se a acertar o assunto e espere no Senhor uma oportunidade para falar pessoalmente com a pessoa, se isso for possível. Se não for, fique em paz. Agora, em nome de Cristo e limpo do pecado, vamos para aquilo que deve ser o centro das orações, e em numa quantidade maior de vezes, o motivo que basta para orarmos. Adore a Deus, por tudo, faça isso em uma adoração emocional e espiritual, permita que os dons espirituais se manifestem, é no meio dos louvores que a intimidade do Senhor é provada e muitos mistérios são desvendados. Só depois de tudo isso você estará pronto para pedir algo ao Senhor. Existem, todavia, solicitações que devemos fazer a Deus que vão além de pedidos sobre nossas necessidades de sobrevivência neste mundo, sobre nossas preocupações com o futuro, é sobre isso que se trata este estudo.
      Além do mundo físico, de enfrentá-lo em paz e com dignidade, o cristão precisa lidar também com o mundo espiritual, para poder dar cobertura espiritual à sua família e ser vitorioso. Temos que aprender a usar a autoridade que Jesus nos deu para estabelecer cobertura, proteção, para nós e principalmente para nossos próximos, cônjuges e filhos, assim como outros parentes e amigos, se o Senhor assim nos direcionar. Deus nos protege, mora em nós, mas neste mundo, na Terra, no céu físico ao redor de nosso planeta, estão os demônios. Esses espíritos malignos têm autorização de Deus para ocupar esses locais, assim eles podem se comunicar com os seres humanos. Essa comunicação não é assim livre, e nem, muitas vezes, racionalmente clara. Deus protege mesmo os ímpios, senão todos e sem nenhum motivo ficariam endemoniados, mas aqueles que dão legalidade podem experimentar ataques realmente violentos do mal, serem oprimidos com muita intensidade e mesmo possuídos. Por alguns motivos, contudo, a oração que fazemos pedindo proteção contra o mundo espiritual do mal, nos protege por um tempo, mas não para sempre, veremos sobre isso na próxima parte.

Esta é a 1a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018