30/09/11

O orgulhoso será abatido

        “O Senhor dos Exércitos o planejou para abater todo orgulho e vaidade e humilhar todos os que têm fama na terra.” Isaías 23:9

          Não há forte que não se enfraqueça diante do poder de Deus, que não veja seus planos caírem por terra quando Deus decide agir em seu caminho.
        Não há arrogante que permaneça postado, humilhando os mais fracos, que não caia diante do tempo, ferramenta do Senhor.
        Não há presunçoso que mantenha seu sorriso no rosto, desdenhando daqueles que estão sendo provados e purificados por Deus, que não caia em prantos, quando é confrontado pelo criador de todas as coisas.
        Não há coração de pedra, que olha no espelho e vê um deus, que acha que nunca será pego, que não seja abatido pelo Senhor, ficando então prostrado no chão, irreconhecível e sozinho.
        Não há célebre e famoso neste mundo, que não teme ao Senhor antes mente e engana passando-se por justo, que Deus não julgue, e que tenha suas reais intenções reveladas a todos, declaradas no alto dos montes, para que todos saibam que ele nada é diante do Deus de justiça.

        "Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança." Mateus 5:5

29/09/11

Não se prive desnecessariamente

        “Disse mais o Senhor a Acaz: "Peça ao Senhor, ao seu Deus, um sinal miraculoso, seja das maiores profundezas, seja das alturas mais elevadas". Mas Acaz disse: "Não pedirei; não porei o Senhor à prova". Disse então Isaías: "Ouçam agora, descendentes de Davi! Não basta abusarem da paciência dos homens? Também vão abusar da paciência do meu Deus?Isaías 7:10-13

        O Senhor estava querendo dar um privilégio para Acaz, algo que lhe daria segurança para esperar em Deus, e ele estava negando. Mas ele estava negando por excesso de zelo? Era por isso ou por incredulidade mesmo?
        Não tentemos ao Senhor, experimentando uma agonia desnecessária, quando Deus quer nos abençoar e nós, por incredulidade, insistimos em permanecer na angústia, sem esperança de vitória. Se necessário, e orientado pelo Espírito Santo, peça sim um sinal ao Senhor, e tome posse da certeza de que Deu no tempo certo irá abençoar,
        Angústia desnecessária pode se transformar em brecha para um distanciamento maior de Deus, e aí sim, ficará impossibilitada a vitória. Creia, peça confirmação e aguarde com alegria.

28/09/11

Deixai a violência

    “Ele julgará entre as nações e resolverá contendas de muitos povos. Eles farão de suas espadas arados, e de suas lanças foices. Uma nação não mais pegará em armas para atacar outra nação, elas jamais tornarão a preparar-se para a guerra. Venha, ó descendência de Jacó, andemos na luz do Senhor! Isaías 2:4-5

        O evangelho transforma soldados em trabalhadores, destruidores em construtores, corações violentos e irados em servos pacíficos e repletos de benignidade. Só o evangelho faz isso porque só ele torna o perdão viável, apaga o pecado e deixa a mente limpa e leve. Vinde, povo de Deus, deixai que o Espírito Santo cure vossas feridas, tire da alma toda a mágoa, mude vosso olhar. Onde antes se via inimigos e amargurados, agora se vê amigos e misericordiosos.

        “Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra” Isaías 1:19

27/09/11

Que tesouros aguardamos?

      “Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia.” II Timóteo 1:12

      Se entendermos as cartas de Paulo, ou o novo testamento, de maneira geral, veremos que a promessa que os cristãos primitivos esperavam, dizia respeito à eternidade, à vida depois da vida neste mundo natural. A glória que foi revelada no corpo de Jesus, foi após sua morte natural e ressurreição (veja postagem anterior, “Desfalece minha alma, mas espero espero em Deus”).
      Paulo viveu uma vida que tinha como prioridade o testemunho do evangelho. Viajou pelo seu mundo fundando igrejas e depois consolidando-as. Morreu na prisão, o final de sua vida de maneira alguma representou uma recompensa por tudo o que ele sofreu, não uma recompensa material, de acordo com os padrões deste mundo. Paulo não teve aposentadoria.
      Portanto, Paulo sofreu o que sofreu, aguardando um prêmio na eternidade. Mas será que ele viveu do jeito que viveu esperando alguma coisa? Creio que não, um cristão do naipe dele sabia que o melhor da vida é agradar a Deus, no presente, indiferente do futuro. É claro que um futuro eterno em paz, nos braços do pai, dá segurança ao homem para fazer sacrifícios no tempo presente.
      Contudo nós, no tempo atual, temos uma tendência de interpretar as promessas do novo testamento como a nação de Israel interpretava, no antigo testamento. Podemos sofrer neste mundo, mas fazemos isso com a certeza de que neste mundo mesmo colheremos bênçãos, e bênçãos materiais. Essa colheita é que nos dá forças para passarmos privações. Resumindo, somos gente materialista, com uma visão limitada do evangelho.
      Mas não fique assim tão preocupado com essa interpretação, se é que você ficou, Deus é misericordioso, em seu amor ele sabe do que nós precisamos, dos nossos limites. Ele nos dará o que necessitamos neste mundo, o necessário para vivermos uma vida tranquila, afinal somos seres humanos e Deus, nosso papai, sabe muito bem disso. Contudo é bom que pensemos de vez em quando na abnegação, na esperança de cristãos como Paulo, e principalmente na profundidade do evangelho.

26/09/11

Desfalece minha alma, mas espero em Deus


Estou quase desfalecido, aguardando a tua salvação, mas na tua palavra coloquei a esperança. Os meus olhos fraquejam de tanto esperar pela tua promessa, e pergunto: "Quando me consolarás? " Embora eu seja como uma vasilha inútil, não me esqueço dos teus decretos. Até quando o teu servo deverá esperar para que castigues os meus perseguidores?” Salmos 119:81-84

      Não vou desistir, meu corpo já desistiu, minha mente então, a muito tempo deixou de entender e de explicar. Minha alma desfalece, escorre, não pode ser contida em uma forma que lhe permita ser identificada como alguém que sabe o que é, o que quer e para onde vai. Contudo, o meu espírito gruda-se ao Espírito de Deus, quer amalgamar-se a ele, deixar de ser plural e ser essência, a nova essência, criada por Deus no mais profundo do meu ser.
      Mas não vou desistir, Jesus suportou muito mais, com a certeza de que seu fim nesse mundo seria uma morte solitária e terrível. Meu sofrimento não é para a morte, graças a Jesus, o que vai morrer é apenas a minha ingratidão, o meu egoísmo, as minhas ilusões. Tudo isso morre para que nasça a esperança, em um coração limpo e sincero.
      No limite, é onde estou, desculpe-me, mas tenho que confessar isso. Contudo, tenho certeza, baseado no que já vivi, que esse limite não é realmente o limite. A cada provação que passamos na vida, quando o tempo nos impele a subir um novo degrau, o limite muda. Parece que o que Deus quer é expandir o nosso coração, de forma a caber mais dele, todavia esse alongamento dói, mas não dói o alongamento de qualquer nervo?
      Acho que somos somente isso mesmo, carne tentando segurar um espírito, mas seria isso possível? A carne é tão volúvel, tão permeável, o espírito escapa o tempo todo, mas quem disse que o espírito é para ser preso? Com tudo isso a felicidade parece sempre impossível, então vivemos de mendigar bocados de alegria. Minha alegria está em reter a palavra de Deus em meu homem interior, isso não é um bocado, mas tudo o que eu preciso para não desistir.

      “Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo.”, II Coríntios 4:6-10.
 .

25/09/11

Falso cristianismo, a quem serve?

 Antes de começar o assunto, gostaria de dizer que não estou menosprezando aqui a fé de cada um, também não concordo com qualquer tipo de generalização que diz que por fazer parte dessa religião, seita ou linha do cristianismo, a pessoa está sumariamente ligada ou desligada de Deus. Deus conhece a sinceridade de cada pessoa, e eu acredito que existam filhos de Deus, e quando digo filhos me refiro àqueles que escolheram ser filhos, em muitos lugares e de várias maneiras. Somente no fim dos tempos é que será revelado o destino de cada indivíduo, de acordo com aquilo que cada um fez neste mundo. Gostaria de dizer também que quando uso o termo cristianismo, não me refiro à ética e à moral das pessoas, ao altruísmo praticado honestamente por cada um. Contudo isso não faz dos homens cristãos, já que mesmo os ateus, esotéricos e satanistas assumidos, podem ser bons cidadãos e praticarem amor ao próximo.
        O cristão que tem alguma consciência sobre o que ele é, e sobre o que o mundo pensa a respeito dele, tem algum cuidado em se identificar como alguém que segue a Deus no mundo atual. Existe uma ideia errada muito popular sobre o que é ser cristão. Essa ideia foi ensinada durante centenas de anos pela instituição cristã mais antiga do planeta, aquela que tem seu centro administrativo numa região da Itália, a qual eu me referirei a partir de agora como a grande seita. É claro que os cristãos da linha oficialmente originada na Alemanha, que protestaram contra a seita maior, também colaboram, de algum jeito, para que a ideia errada seja disseminada.

        (Se você estiver estranhando o fato de eu estar usando o termo seita, veja a definição dessa palavra no dicionário Michaelis online:
sei.ta
sf (lat secta) 1 ant Qualquer escola filosófica, cujas doutrinas ou métodos divergiam dos seguidos geralmente. 2 Ramo dissidente de uma igreja estabelecida, e portanto considerado herético. 3 Rel Grupo dentro de uma comunhão religiosa principal, cujos aderentes seguem certos ensinamentos ou práticas especiais. 4 Grupo de pessoas que seguem determinados princípios ou doutrinas, diversas dos geralmente aceitos no respectivo meio. 5 Teoria de algum professor célebre, seguida por muitos prosélitos. 6 pop Bando, facção, partido.

        Acredito que o termo é adequado, tendo em vista que a instituição citada não baseia sua doutrina apenas no antigo testamento e nos escritos dos apóstolos e contemporâneos. A esses textos foram adicionadas encíclicas e outros documentos pontifícios que atualizam a sua doutrina, acrescentando ensinamentos que não existiam anteriormente. Na verdade tudo é uma questão de se estabelecer uma referência. Em relação ao cristianismo primitivo, a tal instituição pode ser considerada uma seita. Lembro que uma das propostas de Martinho Lutero, era a de retornar a doutrina do cristianismo de sua época o mais próximo possível da doutrina do cristianismo primitivo. Portanto, em relação ao cristianismo primitivo, o protestantismo tem menos chances de ser considerado uma seita).
        A coisa está caminhando de um jeito que se manifestar como cristão verdadeiro parece algo errado, e que não tem qualquer crédito. Foi pouco o tempo que existiu um cristianismo de grandes proporções com a doutrina original de Jesus. No quarto século, quando o cristianismo se tornou a religião oficial, ligada ao estado, a doutrina já estava bem desviada. Talvez a verdade não deva nunca ser "oficial", mas deva caminhar sempre na marginalidade, nas grutas e catacumbas, sob perseguição, talvez...
        Desvio de doutrina ocorre quando o homem quer controlar outros homens, não permitindo mais que o Espírito Santo tenha liberdade para agir na vida das pessoas. Quando o homem quer ter poder, Deus se retira, contudo o homem fica entregue à heresia intelectual e às paixões da carne. O homem, porém, não conseguiu se desvencilhar assim facilmente de tudo o que foi experimentado dentro da doutrina verdadeira. Assim ele criou ídolos, baseados nos ícones da religião original. O falso cristianismo, atualmente, em sua oficial maioria, é isso, uma religião onde se adora ícones e símbolos do cristianismo primitivo, através de ritos e rituais.
        Quando se passa a honrar ícones e símbolos, adora-se a matéria e à criação e deixa-se de reverenciar o Espírito do criador. Isso porque os ícones e símbolos são feitos de madeira, de pedra, de gesso, de plástico, etc. Que ícone é maior do que a cruz com uma suposta escultura de Cristo crucificado? Quem estuda a Bíblia sabe o quanto Deus puniu o povo de Israel por se curvar diante de ídolos. Adoração de ídolos é algo latente na alma humana, se não houver vigilância somos capazes de adorar qualquer coisa, principalmente aquilo que podemos ver e tocar. Após o primeiro século, quando nasceu a grande seita cristã, ídolos de ícones cristãos tomaram o lugar da pessoa de Deus, de seu filho Jesus, e do Santo Espírito.
        Porém a idolatria não parou por aí. Imagens de cristãos célebres e mesmo de anjos, começaram a ser construídas e usadas como objetos de adoração, e pior ainda, essas imagens e as identidades que elas representam, foram capacitadas para serem intermediários entre Deus e os homens. Isso negou decididamente toda a suficiência da obra que Jesus fez no calvário, e agradou efetivamente o inimigo das almas humanas, o mais interessado em roubar do homem a única maneira dele se livrar da condenação eterna.
        Todavia, além do Diabo, esse culto a mortos e a anjos, através ou não de ídolos materiais, serviu a homens que desejavam e desejam controlar outros homens, como eu disse no início. A oportunidade de conhecer um Deus pessoal foi roubada aos poucos por esses líderes, com certeza, líderes econômicos e políticos, antes de serem religiosos. Dando exemplos de como foi sonegado o direito do homem se relacionar com Deus de maneira livre e pessoal, sem se preocupar com cronologia ou relevância, cito o batismo de crianças, que taxa os seres humanos como parte de uma religião que eles ainda nem têm idade para conhecer ou escolher. Cito também a ministração da missa em latim, que impossibilitava ao homem comum o conhecimento da Bíblia, somente os que entendiam tal língua é que sabiam o que estava sendo ministrado. Se bem que a padronização do culto, através de ritos e rituais, dispensa a necessidade de se entender o que esta sendo ministrado, já que se ministra sempre a mesma coisa.
        A reza é outra maneira de se mitificar algo que deveria ser simplesmente um diálogo entre o homem e Deus. Ela tem quase que um poder mágico, parece um feitiço, já que as mesmas palavras são repetidas, vez após vez. Não há nem necessidade de que se esteja sentindo ou entendendo o que está se falando, basta que a reza seja repetida e terá efeito. Repito novamente, não estou dizendo aqui que todos os membros da tal seita usam a reza dessa maneira. Acredito sim, que muita gente sincera obtém favor de Deus através dessas palavras, contudo esse costume está longe de ser a vontade ideal de Deus para os seus filhos.
        Mas penso que a maior sonegação foi a entronização de Maria, mãe humana de Jesus, como alguém capaz de interceder pelos homens, diante de Deus, intercessão essa muitas vezes mais eficaz que a intercessão do próprio Cristo, visto que a mãe pode mais que o filho, conforme eles creem. Isso pode até não acontecer na teoria, mas na prática, para a grande maioria de religiosos leigos e ignorantes de doutrina, é assim que funciona.
        Contudo, a criação de mitos, não se limitou somente a cristãos célebres, ou mesmo não tão célebres, e a anjos (quando digo anjos lembro que eles identificam como santos também anjos e arcanjos, como Miguel e Gabriel, e não somente homens como José, João e Francisco, etc). O celibato, imposto pela grande seita aos seus sacerdotes, dentre outros muitos objetivos, passa para as pessoas a ideia que o sexo é algo errado, e que aqueles que servem a Deus não podem usufruir dele. Não estou ignorando o fato de Jesus ter sido um celibatário, e do apóstolo Paulo ter orientado aqueles que desejassem servir no ministério da Igreja que permanecessem abstinentes. Contudo, o celibato dos sacerdotes assim como toda a privação que membros de ordens religiosas precisam ter, criam o conceito de super-homens e de super-mulheres, que devem ser assim para servir e agradar a Deus.
        O cristão leigo se sente, dessa forma, sempre aquém da vontade de Deus, cheio de culpas, fraco, tornando-se ainda mais dependente dos ritos e rituais para se sentir ligado a Deus. Além disso, Deus parece estar sempre muito distante deles, perto somente dos santos especiais e sacerdotes. É sonegada, do cristão comum, qualquer possibilidade de um contato individual com seu Senhor. O cristão passa a ser somente uma unidade sem identidade e impotente no meio da comunidade da tal dita “santa” e universal igreja. A principal característica do falso cristianismo é que ele não liberta, não muda realmente as pessoas, mas escraviza ainda mais. Portanto vê-se constantemente esse tipo de cristão trocando de religião. Todavia é impossível a um cristão verdadeiro, que provou a conversão, voltar-se para outras religiões.
        Então cá estou eu, no século vinte e um, um homem normal, bem normal, com minhas fraquezas, com minha história, na vida conjugal, profissional, etc. Não sou celibatário e não sou religioso, no sentido de participar com austeridade de rituais, ao contrário, eu abomino ter que fazer as coisas simplesmente por obrigação, sempre do mesmo jeito ou porque meus pais fazem assim. Eu também não faço uso de ícones e símbolos religiosos. Esse eu, ser humano, digo na internet, através de um blog gratuito, que qualquer um pode ter acesso, que sigo a Deus, que caminho com Jesus. Os cientificistas, aqueles pseudoateus, vão dizer que sou louco, os modernos epicuristas vão dizer que sou tolo, rejeitando o que a vida tem de melhor.
        Mas os religiosos, principalmente os chamados cristãos da grande seita, vão dizer que sou mentiroso, insolente, que “quem sou eu para me achar um seguidor de Jesus? Com a vida errada que levei ou que levo?”. Não duvide disso que estou falando, nem ache que é exagero, mesmo que eles não falem, os que não caminham com Deus pensam sim, daqueles que caminham, que somos no mínimo atrevidos por nos acharmos santos e convictos de que iremos morar no céu na eternidade. No fundo pensam que somos malucos, quando dizemos que falamos com Deus e que experimentamos milagres.
        Mas os tais falsos cristãos, que seguem ordenanças que Deus nunca mandou que seguíssemos, que se escondem atrás dos erros dos outros, ficaram cegos, desaprenderam a acreditar no perdão eficaz que disponibiliza graça e misericórdia todas as manhãs, através do grande amor de Deus. Esses cristãos se esqueceram da simplicidade do evangelho, deram mais importância ao fato de pertencerem a uma poderosa instituição humana, ao invés de terem uma experiência pessoal com Deus.
        A quem serve o falso cristianismo? Aos poderes deste mundo, ao homem inescrupuloso e egoísta, que busca poder, que nada tem a ver com o Deus verdadeiro, e que glorifica em última instância o inimigo. Todavia o cristianismo prostituído só tem espaço porque o homem comum permite, quando busca uma igreja apenas para se esconder do pecado e de seu remorso. Infelizmente isso é usado como desculpa por muitos para a generalização de que todo o cristianismo está em decadência. Isso, porém, não pode intimidar os cristãos genuínos em sua missão de compartilhar a salvação do evangelho, já que o mais importante é testemunhar através de vida, de ações, antes que de palavra e de discursos teológicos. Testemunho genuíno somente o cristianismo verdadeiro pode dar.

        “Depois disso vi outro anjo que descia do céu. Tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada por seu esplendor. E ele bradou com voz poderosa: "Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se tornou habitação de demônios e antro de todo espírito imundo antro de toda ave impura e detestável, pois todas as nações beberam do vinho da fúria da sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela; à custa do seu luxo excessivo os negociantes da terra se enriqueceram”. Então ouvi outra voz do céu que dizia: "Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam! Pois os pecados da Babilônia acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos seus crimes.””, Apocalipse 18:1-5 (leia o capítulo 18 inteiro para melhor entendimento).  

24/09/11

Respostas prontas

        Quando escrevo, consigo verbalizar rapidamente, sem pensar muito. Me sinto mesmo como um aparelho de rádio, basta sintonizar a frequência certa que eu posso ouvir as palavras. Ao escrever, eu simplesmente anoto aquilo que o rádio está pegando. Contudo, quando estou me relacionando com as pessoas, tenho dificuldade para dar as melhores respostas, assim à queima roupa, como uma reação imediata. Geralmente não falo nada e se falo, me sinto mal depois, achando que deveria ter respondido de outra maneira.
        Não tenho respostas prontas, não fico pensando antes num assunto, em uma determinada pessoa, na maneira que ela age, para ter uma frase preparada caso precise usar. É claro que as respostas que a gente mais gosta de ter dizem respeito àquelas questões que nos incomodam, que nos fazem mal.
        Por outro lado, depois que o confronto é estabelecido, que alguém me diz algo que me importunou, que fez com que eu me sentisse agredido de alguma maneira, o ocorrido não sai da minha cabeça. Aí então eu chego a algumas conclusões e obtenho uma boa resposta. Todavia, dificilmente eu poderei usar essa resposta. Confrontos nunca se repetem exatamente da mesma maneira, e as pessoas, ao contrário de mim, parecem que sempre têm uma nova resposta, que outra vez me incomodará.
        A conclusão que estou chegando é que não é para se ter mesmo uma resposta pronta, respostas que agridem de alguma maneira as pessoas, como reação a um ataque. Quem tem respostas prontas parece que vive sempre armado, pronto para uma guerra, esperando sempre dos outros o pior e não o melhor. Gente assim vive o tempo todo desconfiada, com um pé atrás. Sinto muito, mas eu me nego a viver assim.
        Na possibilidade de eu ter respostas, quero que elas sejam para compartilhar coisas boas, para acalmar a situação, para ajudar, e não para estabelecer um combate. Para as questões agressivas, maliciosas, onde se vê o outro como um opositor e não como um amigo, para essas eu prefiro não responder nada mesmo, me calar.
        Porém, mesmo que eu não responda, meu coração quase sempre fica em brasa, quando alguém me agride e eu não consigo dar o troco a altura. Jesus sabia ficar em silêncio, viveu antes de falar, orou antes de se incomodar, esperou antes de se apressar com palavras tolas. Eu queria ser como ele, penso que isso é que é ter um coração simples.

         “Acusado pelos chefes dos sacerdotes e pelos líderes religiosos, ele nada respondeu.”, Mateus 27:12, Mas Jesus não respondeu nada, e Pilatos ficou impressionado.”, Marcos 15:5.