terça-feira, setembro 27, 2011

Que tesouros aguardamos?

      “Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia.” II Timóteo 1:12

      Se entendermos as cartas de Paulo, ou o novo testamento, de maneira geral, veremos que a promessa que os cristãos primitivos esperavam, dizia respeito à eternidade, à vida depois da vida neste mundo natural. A glória que foi revelada no corpo de Jesus, foi após sua morte natural e ressurreição (veja postagem anterior, “Desfalece minha alma, mas espero espero em Deus”).
      Paulo viveu uma vida que tinha como prioridade o testemunho do evangelho. Viajou pelo seu mundo fundando igrejas e depois consolidando-as. Morreu na prisão, o final de sua vida de maneira alguma representou uma recompensa por tudo o que ele sofreu, não uma recompensa material, de acordo com os padrões deste mundo. Paulo não teve aposentadoria.
      Portanto, Paulo sofreu o que sofreu, aguardando um prêmio na eternidade. Mas será que ele viveu do jeito que viveu esperando alguma coisa? Creio que não, um cristão do naipe dele sabia que o melhor da vida é agradar a Deus, no presente, indiferente do futuro. É claro que um futuro eterno em paz, nos braços do pai, dá segurança ao homem para fazer sacrifícios no tempo presente.
      Contudo nós, no tempo atual, temos uma tendência de interpretar as promessas do novo testamento como a nação de Israel interpretava, no antigo testamento. Podemos sofrer neste mundo, mas fazemos isso com a certeza de que neste mundo mesmo colheremos bênçãos, e bênçãos materiais. Essa colheita é que nos dá forças para passarmos privações. Resumindo, somos gente materialista, com uma visão limitada do evangelho.
      Mas não fique assim tão preocupado com essa interpretação, se é que você ficou, Deus é misericordioso, em seu amor ele sabe do que nós precisamos, dos nossos limites. Ele nos dará o que necessitamos neste mundo, o necessário para vivermos uma vida tranquila, afinal somos seres humanos e Deus, nosso papai, sabe muito bem disso. Contudo é bom que pensemos de vez em quando na abnegação, na esperança de cristãos como Paulo, e principalmente na profundidade do evangelho.

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