“Muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho do Senhor permanecerá. O que o homem mais deseja é o que lhe faz bem; porém é melhor ser pobre do que mentiroso.” Provérbios 19.21-22
Fruto que só colhemos na maturidade, com tempo de vida e vida mais profunda com Deus, já com o corpo envelhecido e com a alma experimentada em paixões e planos, muitos não concretizados, é harmonizar o que queremos e imaginamos com aquilo que agrada a Deus e que ele quer de fato para nós. Imaturos, ainda que tendo uma vida sincera com Deus e de consagração, muitos coisas podem ocupar espaço e tempo dentro de nós sem que sejam o que Deus quer nos dar, e consequentemente que passarão do plano mental interior para o plano real e físico exterior.
Imaturos somos presas da gangorra emocional que leva-nos a extremos, num momento pensamos que tudo podemos e no outro que nada conseguiremos, ainda que achando que queremos grandes coisas porque cremos num Deus grande que tem grandes coisas para seus filhos. Isso até pode ser verdade, mas não para todos os que buscam a Deus, infelizmente como esse equívoco é incentivado atualmente, principalmente por púlpitos pentecostais que plantam fé para colherem dízimos. Dessa forma imaturidade é usada em prol de objetivos materiais de aproveitadores.
Muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho do Senhor permanecerá, como nos iludimos com propósitos, inventando desculpas para mantê-los. Alguns querem cargos em igrejas, oportunidades como cantores e músicos, porque estão convencidos que esse é o propósito de Deus para suas vidas, estão pronto a fazer qualquer sacrifício para atingirem esses propósitos e creem que isso é ser espiritual. Falo de área que conheço, a música, como já vi gente perdendo muitas oportunidades na vida profissional convencida que o plano de Deus para elas era música.
Como sempre, como pai de amor, Deus acompanha-nos, seres equivocados, com muita paciência, Deus não destrói o sonho de ninguém, ainda que seja um sonho errado. Deus dá tempo ao tempo para que as provas da realidade da vida neste mundo, convençam-nos que certas coisas não são o melhor para nós, ainda que as queiramos com tanta persistência e tenhamos tanto prazer em fazê-las. Muitos, porém, só aceitarão a verdade depois de cansados e desiludidos, assim como depois de prejudicarem muitos próximos a eles, que também sofreram algum dano com seus propósitos ilusórios.
Mas ainda que busquemos com temor a Deus para saber de fato o que ele tem de melhor para nós, que tentemos não ser iludidos por paixões e vaidades, a vida nos surpreenderá até o fim. É assim que tem que ser para que nosso tempo neste mundo seja bem aproveitado, sermos provados para sermos aprovados. O que o homem mais deseja é o que lhe faz bem, porém é melhor ser pobre do que mentiroso, como mentimos para nós mesmos. É essa mentira que balança a gangorra emocional que nos faz sofrer, o maduro, contudo, olha para si, vê o que de fato é, descansa em Deus e acha paz.
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“Gangorra emocional”.
José Osório de Souza