quinta-feira, agosto 12, 2021

Você sabe quem te escolheu?

      “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim.João 15.16-18

- três versículos, cinco lições: chamada, frutos, oração respondida, amor e perseguição 

      O evangelho nos ensina coisas importantes sobre nossa relação com Deus e a razão de nossas existências, a primeira delas é que Deus nos escolhe, não nós a ele. Se você é atraído à presença do Altíssimo e isso te enche de desejo de orar, se sente uma satisfação singular estando em comunhão com Deus, saiba que isso não é mérito seu. Nós podemos dizer sim para Deus, mas ele nos chama antes, se não o fizesse nem nossa melhor intenção e nossos esforços mais sinceros nos dariam direito à sua presença. 
      A segunda coisa é que a chamada de Deus tem um objetivo, fazer de nós seres frutíferos do bem, da luz e da paz. Se existe chamada de Deus e obediência de nossa parte, podemos dar frutos, e serão os melhores que podemos dar. Se estamos fazendo algo, por melhor que seja nossa intenção e mais sinceros nossos esforços, e não estamos dando frutos que permanecem, é porque não estamos fazendo o que Deus nos escolheu para fazer, e não nos iludamos com falsos frutos ou com equivocadas intenções. 
      A terceira coisa é que após as duas coisas anteriores serem vivenciadas há uma promessa: tudo que pedimos Deus nos concede. Sim! Tudo! Mas quem é chamado por Deus, quem tem consciência disso e obedece à chamada genuína do Senhor, sabe o que pedir, e nada é negado a quem pede corretamente. Infelizmente muitos, argumentando simplesmente fé, põem a carroça na frente dos cavalos, não obedecem a chamada que Deus lhes escolheu para exercer e pedem aquilo que Deus não pode lhes dar. 
      A quarta coisa é a mais importante, como intenção nossa, como vontade de Deus e como nossos frutos: amar os outros. Tudo começa nisso, processa-se nisso e nisso termina. Deus é amor e conhecê-lo é conhecer o verdadeiro amor para, então, amar. Na eternidade não haverá nenhuma outra obrigação, senão amar, com um amor ativo que ajuda, aconselha, toma a iniciativa, constrói e conduz ao Altíssimo. Ninguém se engane achando que o céu é lugar só de contemplação e descanso, amar é trabalho que não cessa. 
      A quinta e última coisa que o evangelho nos ensina é uma atenção: quem vivenciar às quatro coisas até aqui descritas, chamada, frutos, oração respondida e amor, não será entendido e honrado pelo mundo. O mundo perseguiu e matou a Jesus que viveu tudo de forma correta, por que seria diferente com quem quer seguir em seus passos? Estejamos cientes e preparados, quanto mais nos aproximarmos de Deus e o obedecermos, mais seremos perseguidos, e muitas vezes por próximos a nós, parentes e religiosos.  
      O texto inicial é mais uma das maravilhosas passagens que só a Bíblia tem, em poucas palavras tanta sabedoria, cinco conceitos que todos nós temos e podemos viver, que mostram o melhor caminho a seguir para agradarmos a Deus, amarmos o próximo e termos vidas dignas no mundo. Contudo, não podemos escolher só um deles para viver, ou pegar quatro e deixar um de fora, para sermos aprovados em nossas provações neste mundo todos têm que ser vividos e até o final, quando, então, reinaremos com Cristo. 

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