O segredo da vitória não é adquirir força ilimitada, mas ter consciência da fraqueza que nos limita, dessa forma evita-se embates inadequados; no final, não é melhor quem mais luta, mas quem menos perde, já que se não há confronto, não há derrota, assim é importante que escolhamos as nossas guerras e não sejamos levados a lutar em batalhas que não nos pertencem.
Uma batalha que deve ser prioridade na vida de todo cristão, depois de seu relacionamento pessoal com Deus, é a sua família, a começar do cônjuge. Um casamento feliz, realizado, em todas as áreas, é fonte de força, é vitória contra muitas armadilhas do mundo e do inimigo, é garantia de santidade nas áreas mais íntimas do ser humano. Então, lute para ter alguém, quando conquistar esse alguém, lute para se manter sempre em comunhão e cumplicidade com esse alguém, não permitindo que orgulho crie separação que passe de um dia para o outro. Conflitos sempre existem, mas que sejam resolvidos o mais rapidamente possível.
Depois do cônjuge, lute pelos filhos, seja sempre presente e benigno para com eles, com zelo, mas com amor, com paciência, mas com disciplina, caso seja necessária. Já ouvi crente usando uma frase que a princípio parece certa, mas que pode não ser, é a seguinte: "cuide dos negócios de Deus, que Deus cuida de seus filhos". Sim, precisamos de Deus sempre, principalmente quando não estamos fisicamente próximos aos nossos filhos, também precisamos de Deus em situações de exceções, quando o tempo é curto e a obra urge. Contudo, pais e mães, são e sempre serão o plano ideal e perfeito de Deus para cuidar de filhos, nada pode substituir isso, e quando me refiro a pais, me refiro àqueles que se colocam nessa posição com responsabilidade, não necessariamente aqueles que conceberam fisicamente as crianças.
Quer uma guerra legítima para lutar? Primeiro, lute por Deus em sua vida pessoal, mas depois, antes de igreja ou trabalho, lute por sua esposa ou esposo, e por seus filhos, não abra mão disso por nada. Como é triste ver gente assídua nos cultos, mesmo líderes de ministérios ou até de igrejas, mas com os filhos perdidos, algo está errado nisso, e não adianta dizer que é culpa de má companhia ou de escolhas erradas dos filhos. Um fruto nunca cai longe da árvore, os filhos são sim a mostra daquilo que os pais realmente são, na intimidade, de verdade, e finalmente, do que nos adianta ganhar o mundo se perdemos quem mais importa, nossa família?