“E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus.” Lucas 12.8-9
Muitos não negam suas religiões diante dos homens, mas negam a Deus, não negam o cristianismo, mas negam o Cristo, não negam suas verdades e crenças, mas negam a voz viva e verdadeira do Espírito Santo. Eu, que convivo com a religião cristã protestante há meio século, percebo que antigamente era mais difícil dar testemunho do evangelho. Havia mais vergonha sobre o que as pessoas pensariam de nós se soubessem que éramos crentes, contudo, também havia mais seriedade em, como evangélicos, vivíamos nossa fé. De uns tempos para cá o número de evangélicos e de igrejas protestantes cresceu muito no Brasil, proporcionalmente a isso mais pessoas perderam a vergonha de se confessarem crentes na sociedade.
Ser evangélico virou moda, mas hoje há um evangelho misturado com muitas coisas estranhas, desde idolatria de ícones do velho testamento, até permissividades morais que não são tratadas como pecado. Pela minha experiência com Deus, vou em sentido contrário ao da maioria de crentes, tenho certo cuidado para declarar minhas crenças, não porque tenho vergonha do Cristo, mas porque tenho vergonha daquilo que muitos consideram cristianismo, baseados nas vidas de outros e estranhos cristãos. Por não querer ser confundido, por exemplo, com um “cristianismo” que apoia certos políticos de direita, prefiro ser cauteloso. Negar a Jesus não é negar igreja, mas negar a prática do evangelho puro, isso não nego, seja qual for o preço.
É preciso ficar claro que confessar Jesus diante dos homens não é ser moralista chato, Jesus não viveu assim como homem, ainda que sempre santo. Há muita malícia no mundo, cada um de nós sabe o que se passa na intimidade das empresas em que trabalhamos. Mas podemos nos manter distantes sem sermos extremistas mal educados, e creiam, as pessoas sentem quando exageram, assim como sabem quando invadem espaços. Seja como for, importante é que malícia não parta de nós, que não sejamos fofoqueiros, que ajamos com respeito, mesmo com as pessoas mais difíceis. As pessoas não querem ver perfeição em nós, mas humanidade humilde, que admite erros e muda para melhor, isso testemunha Jesus em verdade.