21/08/18

O nosso Deus e os nossos filhos

      “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.Salmos 127          

      Nesse lindíssimo salmo, duas coisas me chamam a atenção, a primeira coisa é um pergunta: como deixar Deus edificar a casa, ou como autorizar o Senhor a guardar a cidade? Sim, porque as consequências dessa atitude, o salmo nos fala, que se Deus tiver liberdade para construir nossas vidas e guarda-las, todo o nosso esforço terá bom retorno, e mais que isso, nem serão necessários extremos sacrifícios e trabalhos. O filho de Deus, que deixa que o Senhor cuide dele, tem trabalho, sim, mas tem direito a descanso também, e mesmo em seus limites, receberá do Senhor provisão, na doença, será sustentado e na velhice, honrado. Mas Deus só age mediante nossa autorização, isso ocorre com uma oração clara, verbalizada, de entrega e confiança em Deus, de um coração humilde e que sabe que por maiores que forem seus esforços e méritos só terá paz e prosperidade se Deus assim permitir.
         A segunda coisa é a bênção dos filhos: o simples fato de tê-los já é uma grandiosa vitória concedida pela graça de Deus. Quem tem filhos e os cria na luz do Senhor, tem dupla, tripla, quádupla honra, pois além da sua própria, tem também as dos filhos. Na velhice, quando faltarem forças, nossos filhos lutarão por nós, responderão por nós. Não nos deixarão esquecidos, visto que suas boas obras darão testemunho da criação que tiveram, nem nos deixarão desprotegidos, cuidarão de nós, já debilitados, com o mesmo amor que cuidamos deles quando eram frágeis crianças. Os filhso são os melhores seguros de vida ou aposentadorias que um homem pode ter, se investirmos neles, de maneira correta no presente, nossos futuros serão tranquilos. Confiar em Deus e formar uma família de maneira certa, eis o segredo de paz e prosperidade.

20/08/18

Orando em todo o tempo por todos

      "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos" Efésios 6.18

      Ore o tempo todo e por todos, mas principalmente pela tua família, dê cobertura espiritual a teus filhos e vigie em súplicas por tua esposa ou esposo. O diabo é astuto e não devemos confiar na carne, mas pode muito a oração de um justificado pelo nome de Jesus.

19/08/18

O prazer de Deus

      “Nunca mais te chamarão: Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais: Assolada; mas chamar-te-ão: O meu prazer está nela, e à tua terra: A casada; porque o Senhor se agrada de ti, e a tua terra se casará. Porque, como o jovem se casa com a virgem, assim teus filhos se casarão contigo; e como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus.” Isaías 62.4-5

      Que analogia maravilhosa o Espírito Santo pela boca do profeta Isaías faz do povo de Deus, de uma mulher feliz, casada e amada pelo seu esposo. O oposto disso é uma pessoa sozinha, triste, numa vida fadada à morte e que não agrada a ninguém. 
      Mas a palavra é quase que uma quebra de maldição, a mudança de um destino, assim aconteceria com a nação de Israel, que na rebeldia, na adoração de falsos deuses se tornou assolada, desagradou ao Senhor, mas na volta a Deus seria o prazer de Deus, não mais viúva ou separada, mas casada, com Deus. 
      O Senhor nos chama para alianças, ou casamentos, se preferir, para uma existência em harmonia com nós mesmos, com os outros seres humanos, com a natureza, e principalmente, com ele mesmo, com Deus. Em Cristo Jesus temos direito a essas boas e melhores alianças, com um bom emprego, com amigos, com a família, com um companheiro ou companheira, e com o criador e Senhor do universo. 
      Deus nos chama para um casamento feliz, nós a noiva, a Igreja, e Jesus o noivo, numa união eterna e selada pelo Espírito Santo, nessa chamada o Senhor diz a você e a mim, “o meu prazer está em ti, eu me alegro em ti”. Vivamos assim, então, no temor, na obediência, na confiança no Senhor, dando a Deus nosso pai a alegria de sermos bons filhos.

18/08/18

Pelo que eu mais anseio?

      "Esperei ansiosamente pelo Senhor e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor." Salmo 40.1

      Pelo que eu mais anseio? Por dinheiro pra comprar isso ou aquilo? Por um companheiro ou companheira? Por um emprego? Por ser honrado diante dos homens? Por fama e reconhecimento público? Saiba que alguns, em algum lugar do planeta, neste exato momento, só anseiam por um copo d'água ou por um prato de comida.
      Quero, mais e mais, a cada dia, desejar o Senhor, o seu suprimento, o seu consolo, a sua misericórdia. Se eu desejar isso, viverei em oração e em adoração, pois a presença de Deus está com aqueles que anseiam a sua operação, e mesmo que ela ainda não tenha ocorrido, Ele nos dá forças para esperar e sermos gratos por isso.
      Esperar por Deus é a única esperança que adiciona, as demais, todas elas, por mais positivas que sejam ou pareçam, só subtraem. Assim, esperemos ansiosamente pelo Senhor, em todo instante, ele nos ouve e nos responde, mas acima de tudo nos dá paz, enquanto esperamos.

17/08/18

Não peleje em batalha que não é tua

      “Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco.” II Crônicas 20.17            

      O texto acima ou Mateus 11.30, “Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”, dizem a mesma coisa, não nos ocupemos com trabalho desnecessário, e como gostamos de carregar pesos que não são nossos, como gostamos. Em primeiro lugar porque sacrifícios nos conferem identidade, nos sentimos importantes e parecemos importantes para os outros, quando fazemos coisas que os outros veem e valorizam, principalmente se forem coisas que nos tragam algum sofrimento. Mas eis aí o primeiro e talvez o principal ídolo que o homem deve se livrar para colocar Deus no lugar certo em sua vida, a justiça humana. Se há justiça humana, não há justiça divina, e mesmo que essa justiça humana agregue ao homem alguma dignidade diante de outros homens, ela não glorifica a Deus e não dá ao Senhor liberdade para fazer o homem feliz. Assim, mesmo nos ministérios das igrejas, muitas vezes nos sobrecarregamos de trabalhos pesados, de responsabilidades, que na verdade Deus nunca colocou sobre nós. 
      Muitos, nessa paranoia de se achar paladino da justiça, querem viver as vidas dos outros, se acham no direito de criticar e de dar soluções para os outros. Isso às vezes é só escapismo, focamos nos outros para não olharmos para nós mesmos e nos resolvermos, tem muita gente, mesmo fazendo filantropia e vivendo vidas abnegadas só para não enfrentarem a si mesmas. A grande verdade sobre nós é que sem Deus nada somos, e nenhum, nenhum esforço nosso pode nos dar felicidade e paz. Isso significa que não devemos fazer nada? Claro que não, e pensar assim é usar a maneira mais preguiçosa de raciocínio, a generalização extrema, concluir que se não é de um jeito, deve ser do jeito oposto, quando a solução mais sábia está no equilíbrio. Nosso trabalho e esforço são feitos na consciência de que Deus, em sua misericórdia, permite-nos fazer algumas coisas, e sendo algo permitido por ele, devemos fazer com todo o coração, com o nosso melhor, contudo, não é a quantidade do trabalho que nos dá direito às bênçãos, mas a qualidade. 
      Deus estabelece conosco uma sociedade, sociedade de pai de amor com filho, eu pegunto, ele precisa da nossa parte? Não, mas ainda assim ele nos deixa fazer, para quê? Para que nós nos sintamos bem, úteis, não para que com isso possamos acumular créditos e barganhar direitos. Assim, acorde cinco dias por semana às seis horas, trabalhe oito horas seguidas, e à noite e nos finais de semana sirva a Deus também, mas numa igreja humilde sob à liderança de um pastor não ganancioso ou herege. Todavia entenda, Deus te abençoa por amor e de graça, o preço foi pago na cruz por Jesus, não por você, em tua labuta diária. Nesse entendimento realmente espiritual, colabore com dinheiro em sua igreja para ajudar nas despesas básicas do templo, mas não pense que se não dizimar estará amaldiçoado, dando brecha para o diabo te afligir, isso não é evangelho, não é nova aliança, não é cristianismo. Isso é jugo que homens, não Deus, jogam sobre você, é batalha que não tem que pelejar, fardo pesado e desnecessário. Contudo, essa vida leve e suave com Cristo tem um preço, confiar totalmente em Deus, não em suas forças ou em sua justiça, mas isso sim é vida de justo pela fé.

16/08/18

Deus é santo em todo o tempo!

      “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos ExércitosPorém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.

Isaías 6.1-7


       Nós não somos santos em todo o tempo, ainda que o Espírito Santo nos habite como salvos para sempre. Eu pelo menos creio assim, que salvação não se perde, que salvo de verdade nunca se desvia, mesmo que não conviva oficialmente com igrejas e denominações ocasionalmente. Assim, o Deus sempre santo segue conosco, seja no lugar ou na situação que for, por isso, o mesmo Espírito nos leva a suplicar o tempo todo, “Senhor, tenha misericórdia de nós, nos perdoe e nos abençoe”. Isaías foi especialmente purificado com uma brasa retirada diretamente do altar de Deus, mas nós temos o nome de Jesus Cristo, o cordeiro de Deus que derramou seu sangue para nos purificar. Queiramos ser santos, não desistamos disso, que o tempo, o mundo, o mal, não nos desanime nesse intuito. Graças a Deus não estamos sozinhos nessa luta, temos o Espírito Santo que nos atrai à santidade que agrada ao Senhor, nosso santo pai.

15/08/18

Religião

      Uma das críticas mais constantes aqui no “Como o ar que respiro” é sobre religião, eu me considero uma pessoa avessa à religião, e mesmo sendo um cristão convicto, não defendo religião. Denominações religiosas cristãs, ao meu ver, são males necessários, grupos de homens com visões humanas sobre o evangelho que compartilham pontos de vista em comum, mas de maneira alguma, embaixadas oficiais de Cristo na terra. O único embaixador que Jesus deixou no mundo, uma ênfase do blog neste ano de 2018, é o Espírito Santo. Assim, se tenho uma religião, é o Espírito Santo, que ocasionalmente me encaminha para trabalhar com igrejas, denominações ou religiões de homens. Mas o que seria essa religião que tanto critico aqui? 
      Não me refiro ao significado da raiz da palavra, “religare”, em latim, uma busca espiritual do homem querendo se ligar novamente ao Deus que ele se desligou, no cristianismo, através de Cristo. Nesse aspecto, original do termo, religião bate com o verdadeiro cristianismo, com o evangelho, com o que Jesus ensinou e o Espírito Santo continua ensinando. Mas a religião a qual me refiro é a tradição que se formou após o desvio desse cristianismo genuíno e primitivo, dando origem, principalmente, ao catolicismo. A igreja católica representa a essência dessa religião equivocada, não mais fundamentada na verdade de Deus, mas em rituais, costumes, doutrinas de homens desviados que deixaram o verdadeiro “religare” do evangelho e criaram seus meios hereges para tentar convencerem a si mesmos que ainda estão ligados a Deus.
      Mas não pense que o protestantismo ou o pentecostalismo são melhores, podem até serem em relação à doutrina oficial, que seguem o ensino de Martinho Lutero que se propôs a seguir o cristianismo primitivo novamente, nos sessenta e seis livros do cânone bíblico, sem adições ou desvios daquilo que é o centro das escritutas judaicas e dos textos dos apóstolos. Heresia não e só invenção de uma nova doutrina, como fazem os católicos com o celibato obrigatório de sacerdotes, com o purgatório, com a ostia, com o papel intercessório de “santos” e principalmente de Maria, e de tantas outras doutrinas acreacentadas à Bíblia e que tem para a Igreja Católica igual ou até maior valor. Heresia pode ser a interpretação diferente de uma palavra dos sessenta e seis livro bíblicos ou simplesmente tornar como mais importante algo que não é o centro dos textos bíblicos. 
      O centro da Biblia é Jesus, e ele interpretado pelo Espírito Santo, o que passar disso, mesmo que encontrar respaldo em texto bíblico, é no mínimo de pouca um utilidade como vida piedosa e no máximo pode ser heresia. Por exemplo, o respeito ao sábado está na Bíblia, mas não é o centro da nova aliança, se alguém quiser, pode até guarda-lo, eu creio que Deus respeita isso, mas não exija esse que guarda o sábado que todos os cristãos também o guardem, essa exigência seria heresia. Exige-se, sim, de todo cristão, seja do que guarde o sábado ou não, que busque e receba perdão de seus pecados somente por Cristo, e por mais ninguém. Mas talvez o desvio pela interpretação de uma doutrina concenso, seja pior que o de inventar nova doutrina, pois nesse caso cai-se numa subjetividade onde tudo é possível, por isso tantos deixaram de ensinar que devemos seguir o Espírito Santo e passaram a idolatrar o cânone bíblico, dão à palavra escrita mais valor que à revelada.
      A religião criticada aqui, é aquela que as pessoas obedecem por costume, por tradição de família, sem crítica. A religiosidade sem crítica é a cama da heresia na qual se deitam os ociosos intelectuais para servirem aos gananciosos que se dizem espirituais, mas só querem poder e riqueza desde mundo. Assim, mesmo a religião mais pura, pode se tornar falsa religião, se aquele que a segue não exerce crítica. Mas que crítica seria essa? Não, ela não é achar defeitos nas igrejas, ministérios e denominações, tudo isso, como criação humana, têm defeitos intrínsecos, isso precisamos ter a lucidez e a humildade para aceitar. Caso contrário caminharemos sozinhos, nunca achando um grupo bom o suficiente para nossas almas tão exigentes quanto hipócritas. Ninguém é melhor que ninguém, se os outros têm dificuldades para praticar o evangelho, nós também temos, igualmente.
       Crítica não é procurar e promover os defeitos dos outros, mas é averiguar frutos, qualidades, e frutos em nós mesmos que permaneçam, é essa crítica orientada pelo próprio Espírito Santo que me refiro. O evangelho existe para nos tornar homens e mulheres melhores, esse aperfeiçoamento só Deus por Jesus e através do Espírito Santo, pode executar em nossas vidas. Ser crítico em Deus é vigiar o nosso aperfeiçoamento pessoal, se estamos seguindo a Cristo, se o Espírito Santo está de fato tendo liberdade em nós, temos que nos tornar melhores a cada dia. Se a igreja em que estivermos, se a liderança que estiver nos orientando, não estiverem promovendo essa melhora, algo precisa ser feito. É aí que muitas vezes a religião errada atrapalha, muitos fazem essa constatação, mas com medo de serem reprovados pelos homens, pela família, pelo pastor, insistem em ficar num grupo que só os fazem seres humanos piores, e não melhores.
      É preciso coragem para dizer não à religião, quando ela não nos liga mais a Deus, mas só a homens, e homens desviados de Deus, proprietários de religiões. A verdadeira religião não pertence a homem algum, nem ao papa, nem ao bispo, nem aos autodenominados apóstolos atuais, nem a presidente de ministério, nem a pastor ou teólogo algum, a verdadeira religião é Jesus Cristo que nos leva a Deus e nos sela com seu Santo Espírito. A verdadeira religião é leve e viva como o ar que respiro e é revelada no texto lema desde blog, João 17.3"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.". A verdadeira religião é conhecer mais e mais a Deus, como amigo, como pai, como Senhor e como único redentor, numa vida eterna que começa quando somos apresentados diretamente ao Senhor pela primeira vez em nossa conversão espiritual, que, necessariamente, nada tem a ver com frequentar uma igreja ou herdar uma religião dos pais.