31/12/13

Este ano que passou valeu a pena?

O que marcou em sua vida neste ano que está terminando? O dinheiro que você ganhou? Talvez não, não para a maioria de nós, não para a maioria de nós cristãos. Talvez muitos dirão, procurando algo legítimo, verdadeiro, perene, algo que realmente valha a pena, que o que marcou foi a companhia dos verdadeiros amigos. Ok, eu também penso assim, acho que a aproximação dos sinceros, que realmente nos amam, que fazem, mais do que falam, que fazem algo bom por nós, essa é a lembrança que queremos guardar desse ano que está findando.
Mas até que ponto uma lata de cerveja, uma garrafa de vinho, um bom churrasco, um fondue de queijo (no inverno) foram motivação para nos aproximar desses amigos? Entenda que quem fala aqui não é um crente legalista, que acha que o cristão deva viver debaixo de regras que precisam ser obedecidas cegamente para que haja santidade. Não, eu não sou isso, acho que muitas coisas proibidas pelos púlpitos (já que cara a cara muitos pastores não têm coragem para assumir certas coisas) podem ser feitas desde que haja sabedoria e equilíbrio. Contudo, resumir a vida humana à satisfação de uma alegria que criada por álcool e comida é algo por demais medíocre, menor, o que o homem pode alcançar espiritualmente vai além disso.
Bem, nesse momento eu não posso mais dizer o que é certo e o que é errado, o que eu posso fazer é dar o meu testemunho pessoal. Sinto-me muito feliz em dizer, com 54 anos, com um casamento sólido de 17 anos e com duas filhas bem criadas, que as lembranças melhores que ficaram em minha alma, e de minha família, foram construídas tendo a ação livre do Espírito Santo como centro. Não, não foram alegrias experimentadas a troco de chope ou de picanha, mas debaixo de oração e de adoração, e eu repito, tive momentos bem gostosos com amigos e parentes em churrascos e festas de aniversários.
Por que essas lembranças são melhores? Porque são elas que me dão e me darão forças para o próximo ano, não somente nas experiências de alegria, mas nas de luta, de angústia, já que a vida é isso, um monte de coisas que acontece, muitas vezes ao mesmo tempo e muitas outras vezes sem a gente esperar. O que eu desejo a você é que você tenha uma experiência real com Deus e que seja isso a coisa mais importante de sua vida, e se não foi que seja então. Com Deus no centro, com Deus no trono de nosso coração, com Deus à frente, tudo fica bom e todas as lembranças farão sentido, valerão a pena, contribuirão para que sejamos seres humanos melhores, influenciando todos ao nosso redor para que também sejam melhores.
          Bom réveillon!

30/12/13

Inclusão, liberalidade e relatividade

“Todo mundo pode fazer tudo o que acha que é certo”, esse princípio formado por três ideias, a inclusão, a liberalidade e a relatividade, acredito que seja o que mais define a nova era. A nova era é a estratégia final do diabo na tentativa de “matar” o cristianismo e unir todas as religiões e filosofias em uma só, com o objetivo de tirar Deus de seu trono e de colocar o homem nele. É claro que tudo que tira Deus de seu lugar, enaltece o diabo, mesmo que aqueles que estiverem fazendo isso não tenham consciência disso.
É claro que todos, indiferentemente de raça, sexo, faixa etária, grau de escolaridade ou poder financeiro, têm direito a uma vida social livre e próspera, poder ir e vir, trabalhar, se divertir, professar a crença religiosa que escolher, constituir família, adquirir bens, ter acesso a estudo, a hospitais, etc. Mas se todos são iguais então não há necessidade de se guardar direitos especiais para ninguém. Numa sociedade onde todos são iguais, todos são especiais e ao mesmo tempo ninguém é, se alguém é tratado como especial, então estamos dizendo que esse merece mais direitos que os outros. Por favor, me entenda, não há aqui qualquer crítica à inclusão, mas fica o alerta de que essa ideia, que é aparentemente tão positiva, é usada como desculpa para que muitos problemas não sejam detectados e resolvidos, justamente por se dizer que não são problemas, apenas características que devem ser aceitas.
Com relação à liberalidade, percebemos a estupidez dessa falsa liberdade principalmente em relação à vida sexual. Não se quer proibir ou estabelecer idade para que jovens tenham vida sexual, correndo-se o risco de que pessoas imaturas tenham filhos que não estão preparadas para cuidar, assim como se expõe crianças à aquisição de doenças que condenam suas vidas para sempre. Entregam a crianças, preservativos e anticoncepcionais, ao invés de formarem nelas caráter que saiba dizer não para aquilo que ainda não é tempo para se viver, e que talvez nunca seja.
Sobre relatividade segue-se aquilo que foi dito por Gandhi, “na verdade há tantas religiões quanto indivíduos”, assim se criam deuses nas cabeças das pessoas, deuses feitos de mentiras, de complexos, de vaidades, de humanidades, para que substituam o Deus verdadeiro, perfeito e todo poderoso. É a mais moderna das idolatrias onde os deuses são feitos não de pedra, madeira, bronze ou outro material, mas de ideias, onde os ídolos não são conduzidos em andores, mas nas mentes. A relatividade, basicamente a única religião daqueles que não conhecem realmente a Deus, defende que tudo vale, qualquer coisa mesmo, para que a fé das pessoas sejam depositadas. Na verdade nessa visão não é nem o “deus” quem importa, mesmo que seja esse falso deus um esboço do verdadeiro, o que vale é a fé do idólatra, é a antítese do cristianismo, o homem buscando e criando um deus ou invés do contrário.
Só tenho uma coisa a dizer depois de refletir sobre essa mentira final do diabo: ela não ajuda quando um problema realmente sério acontece na vida das pessoas. Por quê? Porque ela não coloca as coisas em seus devidos lugares, ela engana, ilude, mas não revela a realidade. A realidade é que o homem está separado de Deus e nada que ele faça ou venha a fazer, sem Deus, pode mudar essa situação. Essa é a primeira verdade, a segunda é que sem Deus não pode haver felicidade, satisfação, realização, objetivo, sentido. A terceira é que só Jesus, e somente ele, pode perdoar, limpar, a condição original de perdição do homem e ao mesmo tempo unir novamente o homem a Deus e à bênção. O evangelho e somente ele revela a realidade sobre o homem, sobre Deus e sobre a nova condição do homem unido com Deus.
Então você pode escolher a sua fé pessoal, a ideia de que todos os caminhos conduzem a Deus, você pode continuar sendo um materialista, um ateu, um esotérico, um espiritualista, ou mesmo um religioso que frequenta uma igreja cristã. Ou então você pode se humilhar, negar a si mesmo, abrir mão de toda explicação, boa intenção, religião, e despojado de todo preconceito, que o diabo e os maus colocaram em você, ter uma experiência real com Deus através de Jesus. Tenha certeza, que se você fizer isso algo diferente vai acontecer em sua vida, algo novo, algo poderoso e maravilhoso que mudará sua vida para sempre.

(Fique à vontade para discordar, se acaso não entendeu ou não concordou com esta reflexão, você pode entrar em contato comigo, estou aberto e disponível para uma troca de ideias sadia e justa, Deus te abençoe.)

29/12/13

Deus é fiel

          "Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã, louvarei com alegria teu amor fiel, pois me tens sido fortaleza e refúgio no dia da minha angústia. Cantarei louvores a ti, força minha! Porque Deus é minha fortaleza, é o Deus que me mostra seu amor fiel." (Salmos 59.16-17)

          Meu rosto se ilumina de alegria, sim, minha boca ri qual criança em noite de natal ganhando o presente tão sonhado, todo o meu ser se enche de graça, enquanto contemplo a fidelidade de Deus, o amor real de um pai que guarda seu filho, eu adoro a Deus porque ele, e só ele, foi meu refúgio e fortaleza no dia da angústia. Meu Deus é fiel!

28/12/13

Deus não vai pensar por você

Existe um estudo que divide o ser humano em três partes: corpo, alma e espírito. Essa visão, chamada de tricotomia, define como corpo os instintos básicos de sobrevivência neste mundo, e de espírito a faculdade de se comunicar com Deus e relevar os valores espirituais eternos que serão importantes não só nesta vida como na outra vida.
A alma fica no meio, entre o corpo e o espírito, é ela quem pensa, sente, reflete e comanda, bem, pelo menos precisa ser assim com seres civilizados e equilibrados que não são controlados simplesmente pelos instintos carnais primitivos, fome, sede, cansaço e sexo, e não caem na insanidade de achar que podem ser somente seres espirituais, quando ainda habitam templos de carne.
A verdadeira experiência com Deus, através do mover do Espírito Santo, fala primeiramente ao nosso espírito. A alma interpreta essa experiência e gera emoções, essas são sentidas pelo nosso corpo. Esse processo é quase que automático, e em certas vezes muito forte. Contudo, cabe a nós, como opção, como trabalho, pensar no que está acontecendo.
Por que é importante pensar? Porque as emoções, por maiores e mais legítimas que sejam, passam. Contudo, se raciocinamos aprendemos com a experiência e guardamos em nossa memória uma lição que poderá nos auxiliar depois que os sentimentos passarem e mudarem.
Deus não pensa por nós, como eu disse, pensar é uma escolha nossa, individual, e pensar requer esforço. A área espiritual precisa ser convertida, receber o Espírito de Deus para que possa experimentar Deus. Já as áreas emocional e física não precisam ter dimensão maior para que os indivíduos experimentem a Deus. Todavia, a área intelectual pode ser mudada, melhorada, aperfeiçoada, com estudo, leitura, aquisição de conhecimento e reflexão inteligente, para que experimente uma experiência espiritual mais abrangente.
Repito, como já disse outras vezes, experiência espiritual com Deus não requer intelectualidade, contudo, a evolução de nossa parte intelectual permite que experiências sejam eternizadas, em nós mesmos, e compartilhadas com outras pessoas.  
Foi essa virtude que nos permitiu ter hoje, no século XXI, Bíblias maravilhosas, bem traduzidas, em várias versões, comentadas e estudadas a fundo. Aquele que registrou pela primeira vez uma experiência com Deus, seja no Israel do velho testamento ou nas cartas paulinas, teve uma experiência espiritual, mas que trabalhada pela razão manteve a experiência viva a acessível até os nossos dias.
Pensar é preciso, principalmente para manter vigilância, a crítica deve ser feita sempre, principalmente como membros de igreja, ouvintes de pregações e estudo bíblicos, recebedores de profecias. É claro que tudo precisa ser feito com lucidez e amor, mas líderes, pregadores, levitas e profetas, também são passíveis de desvio, de queda, e uma palavra que deles veio um dia como sendo de Deus, pode vir em outro dia como manifestação da carne.
Se não houver raciocínio crítico, reflexão racional, podemos correr o risco de nos tornarmos simples religiosos, ou pior, hereges que acreditam em doutrinas que não são de Deus. Mas para isso é preciso pensar, se dar ao trabalho de confrontar e comparar, sempre no temor de Deus e debaixo de muita, muita oração e estudo bíblico pessoal. Esse trabalho Deus não vai fazer por você.

27/12/13

Faça o que tem que ser feito

Amaste a justiça e odiaste o pecado; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, mais do que a teus companheiros. Todas as tuas vestes têm aroma de mirra, aloés e cássia; nos palácios de marfim, os instrumentos de cordas te alegram. Filhas dos reis estão entre as tuas ilustres damas; a rainha, ornada de ouro de Ofir, está ao teu lado direito.” (Salmos 45.7-9).

Nada paga a consciência tranquila de quem fez o que deveria fazer, no momento que precisava fazer, e com todo o coração. Melhor ainda se todo esse esforço humano for realizado no centro da vontade de Deus, agradando a Deus, obedecendo-o.
Não, não é preciso um retorno aparente, imediato, material, basta a fé e o trabalho de quem está disponível para fazer o que precisa ser feito. É, a vida é assim, muitas vezes não fazemos porque é o mais fácil, o mais provável, o mais compreensível racionalmente, mas fazemos o que precisamos fazer, quase que sem pensar, apenas com o coração.
Mas esse passo de fé só pode dar quem tem certeza de que Deus está na cobertura, com os braços estendidos prontos para segurar, apoiar, proteger nosso salto, às vezes no escuro. Essa é a experiência que tenho tido nos últimos dez dias, e creio que esse meu passo de fé, motivado pelo Espírito Santo, é apenas o início de algo maior e melhor, algo que oro há muito tempo para acontecer.
Contudo, a recompensa mais importante que tem aquele que faz o que precisa ser feito, sem complicar as coisas ou se por disponível só em parte, é, como disse no início, a consciência tranquila. Essa consciência nos deixa blindados contra qualquer ataque, seja do inimigo, dos tolos ou dos maus. Nada nos incomoda, nada nos atinge quando estamos num estado de coerência com o que é certo, com os nossos sonhos e com Deus.

26/12/13

Além da tragédia

Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que o poder extraordinário seja de Deus e não nosso. Sofremos pressões de todos os lados, mas não estamos arrasados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.” (II Coríntios 4.7-10).

Quando uma fatalidade nos acontece, algo que nos parece incomensuravelmente maior do que podemos imaginar que acontecesse conosco, algo que achamos que não temos forças para suportar, algo que pensamos que não merecemos, algumas coisas acontecem conosco.
Primeiramente nós relutamos em acreditar que isso esteja ocorrendo, desacreditamos de sua realidade, achamos que é um sonho, ficamos paralisados. Depois aceitamos, mas começamos a procurar explicações, essas explicações sempre tentam jogar a culpa do ocorrido em alguém.
Mas de quem é a culpa, das pessoas, de nós mesmos? “Não”, pensamos, “não pode ser nossa culpa, sempre fizemos tudo tão certo”. Sim, o ser humano tem naturalmente um coração duro, e por mais que assuma seus erros nunca admite que eles são suficientes para que sejam castigados.
Então, pomos a culpa em algo maior, na vida, no mundo, no sistema, e finalmente jogamos a culpa em Deus. “Sim”, pensamos, “se ele tem tudo sob seu controle, ele poderia ter impedido a tragédia, mas não o fez”. Ocorre é que muitas vezes vivemos uma vida espiritual toda equivocada e quando algo realmente sério ocorre é que essa realidade vem à tona.

Os ídolos deles são de prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam.” (Salmos 115.4-8).

Quando digo uma vida espiritual errada não me refiro às pessoas sem religião, sem conhecimento do bem, do mal, do que é certo e do que é errado, que não vivem uma vida correta, honesta, como trabalhadores que fazem parte proativa na sociedade e nas igrejas. Mas isso não basta, não se uma tragédia, por maior que seja, nos leva a blasfemar, a por em dúvida a vontade de Deus.
Direitos, todos nós temos de sofrer com nossas tragédias, e muito, mas aquele que realmente conhece a Deus, não a uma religião, não a dogmas, não a princípios, costumes e rituais, mas que experimentou a pessoa de Deus, esse nunca blasfema, nunca. Esse passará pela tragédia com Jesus ao lado, pertinho dele, com sua amizade como a força necessária para seguir de cabeça erguida.

Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam. Preparas para mim uma mesa diante dos meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” (Salmos 23.4-5).

Se você foi atropelado por uma fatalidade, que te tirou o rumo, em primeiro lugar entregue isso nas mãos de Deus, mas faça isso realmente com todo o coração, com todo o pensamento, com todo o sentimento, mesmo aos gritos, até que sua alma sossegue e se cale. Somente uma oração de entrega feita assim, diretamente a Deus e somente através de Jesus, é que pode autorizar Deus a ajudar-nos, a fazer um milagre, e conduzir-nos através do processo da tragédia em paz, sim, porque grandes problemas duram um tempo, não se revolvem assim da noite para o dia.
Depois siga com Deus, perto dele. Problemas inesperados e enormes são ferramentas de Deus para mudar as bases de nossas vidas, transformar nosso caráter de maneira única, e infelizmente, são a única maneira que Deus encontra para modificar algo que talvez ele quisessem mudar a muito tempo, mas que nós acomodados, não permitíamos que ele fizesse. Tragédias  nos desprendem dos bens desse mundo, do dinheiro, das vaidades, e nos colocam de frente para a eternidade.
Na tragédia é onde nós realmente conhecemos as pessoas, quem é quem, quem é amigo de verdade, quem é cristão de verdade. Nas tragédias nós conhecemos a Deus, o verdadeiro, sua proximidade, seu amor e seu poder. Nas tragédias nós conhecemos a nós mesmos, o que nunca fomos e achávamos que éramos e o que podemos ser, superando limites que antes pensávamos ser intransponíveis. 

25/12/13

Mas é preciso coragem...

Para algumas pessoas nós oferecemos nossa melhor amizade, e elas rejeitam, oferecemos então nossa amizade, e elas não querem, então disponibilizamos nossa proximidade como irmãos em Cristo, e mesmo assim elas se distanciam.
Elas querem apenas uma relação educada, política, de aparência e de conveniência, e sendo assim, com vantagens unilaterais, apenas para elas.
Não se vive de verdade, sem se sujar um pouco, não se ama, sem sofrer, não se usufrui de felicidade e prazer, sem entrega, sem perda.
Mas alguns querem se manter higienicamente “clean”, como elementos em um laboratório, sem cheiro, sem, gosto, sem cor, sem amor. Atreva-se, ame, comprometa-se, seja amigo, descubra-se, chore e ria, revele-se, seja humano, sincero, verdadeiro.
Somente a autenticidade, a sinceridade, pode cativar as pessoas, conquistar amigos leais, mudar vidas de maneira intensa e efetiva, mas para isso é preciso coragem, coragem para ser nada mais do que aquilo que realmente somos.