30/06/18

Deus responde orações!

      Sim, Deus responde orações, isso resolve as nossas questões com exatidão, o que pedimos, Deus dá e nós nos sentimos plenamente satisfeitos. Você tem tido essa experiência, sim? Então, parabéns, você é um cristão maduro que sabe o que pedir e quando pedir. Não, tuas orações não têm sido respondidas, por isso você está quase (ou já) desistindo de pedir? Então é porque você não está sabendo pedir ou está pedindo na hora errada. Se está perdendo tempo nessa insistência, sinto muito, mas você ainda não amadureceu. 
      O que fazer? Amadureça, pare de pedir infantilidades, ou pare de pedir e não fazer a sua parte, ou então, espere um pouco, ainda não é o momento para você fazer determinada petição. Infelizmente, os que não querem amadurecer e querem continuar pedindo, achando que Deus dá tudo o que pedimos, bastando que tenhamos fé, esses são os que se tornam mas facilmente presas das heresias e de pregadores hereges. Esses passam a buscar, não o Deus verdadeiro, mas ídolos, não feitos de gesso, barro ou madeira, mas de mentiras, ideologias humanas e diabólicas, que se parecem com Deus, mas são falsos deuses. 
      Amadurecer é saber lidar com os nãos de Deus, e saber pedir mais que satisfação egoista e vaidosa, é desejar mais que aparências só para pousar de ricos e vitoriosos para os homens. Amadurecer é entender que Deus nos dá tudo o que precisamos à medida que o obedecemos e o glorificarmos em nossas vidas. Amadurecer é negar a si mesmo, mas também à heresia, às tradições religiosas, é seguir de fato a Jesus, ouvindo a voz do Espírito Santo. Amadureça e então verá Deus respondendo a todas as tuas orações. Deus nos atrai para a sua presença, mas só permanecem na presença de Deus os maduros.

29/06/18

Só agradeça

      “Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. Agora vim, para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias.” Daniel 10.12-14

      Em algumas fases de nossas vidas, parece que nossas orações são só clamores, pedimos e pedimos, e isso é legítimo. Estamos passando por necessidades que só a mão forte de Deus para nos atender, transformar nosso deserto em Canaã. Mas chega um momento, que o próprio Espírito Santo diz, “basta, não peça mais, agora, apenas agradeça”. Isso pode acontecer em duas situações, uma delas é que Deus já aceitou nossa oração, no mundo espiritual nosso pedido foi aprovado pelo Senhor. Contudo, como vemos na experiência do profeta Daniel, ainda pode levar um tempo entre Deus aprovar no mundo espiritual e a sua resposta se materializar no mundo físico. 
      Não, isso não é invenção minha não, são mistérios de Deus, da maneira como ele age, repetindo, Daniel provou isso. Assim, se o Espírito Santo diz, “agora agradeça”, obedeça, pare de pedir, descanse e louve, isso também é importante para que nós não desfaleçamos, numa busca obstinada por algo que não é quantidade de oração que vai resolver, mas qualidade. Qualidade existe na obediência de pedir aquilo que Deus quer nos dar de fato, o que Deua quer dar só nos fará bem. Quando entendemos isso, Deus aprova nosso pedido e inicia o processo de materialização da resposta. Assim, não se enfade, Deus sabe dos teus limites, se for o momento, só agradeça.
      A segunda situação, que deveria ser muito mais confortável e gratificante para nós, é que devemos agradecer porque Deus já nos respondeu, já houve materialização no mundo fisico, já estamos provando fisicamente a resposta de Deus para a nossa oração. Contudo, muitas vezes, por estarmos exaustos, depois de um período de busca, de trabalho, orando e fazendo a nossa parte, podemos ver o milagre acontecendo, mas ficarmos nulos, sem graça, sem alegria, e principalmente, sem demonstrar a Deus gratidão pela oração respondida. Saibamos agradecer, saibamos ser gratos, saibamos adorar a Deus pelo cuidado que ele tem conosco, saibamos louvar ao Senhor que ouve orações e as responde, deixando-nos maravilhados, satisfeitos, felizes. Se esse é o teu momento, pare de pedir e só agradeça.

28/06/18

Bom é ter esperança

      "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor." Lamentações 3.22-26

      Não, a Bíblia não é um livro de regras morais atemporais, repetirei isso tantas vezes quanto puder, contudo, como é maravilhosa a Bíblia, como eu amo os textos, que de uma forma ou de outra, o Senhor, em sua graça infinita, permitiu que ficassem registrados neste cânone protestante de 66 livros. O texto acima, é um bálsamo, um copo de água fresca e pura que mata a sede de nossas almas, tão carentes de esperança neste mundo mau. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, e essa verdade se manifesta através da obra redentora de Cristo, é por causa do que ele fez, nascendo, vivendo, morrendo, ressuscitando e voltando para o Pai, que vida, paz e liberdade nos são concedidas em todo o tempo. 
      A minha porção é o Senhor, não é o dinheiro que vai entrar, os bens que vou adquirir, a honra que o homem vai me dar, mas é o próprio Deus, seu amor que me atrai para sua presença dia e noite, não permitindo que eu me afaste para sempre. Deus é bom, e em todo o tempo, para aquele que o busca com todo o seu coração. Mas a última frase é doce, poética, profunda, bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. Em silêncio! Não reclame aos homens, não reclame para o seu chefe, não reclame para o seu pastor, não reclame para sua esposa, mesmo para o seu melhor amigo. Clame a Deus e espere, em silêncio, com a confiança de quem sabe que Deus sabe o que faz e o fará.

27/06/18

Vida virtual: seja parte do bem

      A vida moderna tem dois mundos, o físico e o virtual, e não se enganem, ambos são reais e assim será daqui em diante. Os espaços comerciais são tanto os estabelecimentos nas ruas de nossas cidades, quando os sites de venda na internet, os diálogos tête-à-tête são tão reais quanto os bate-papos no Whatsapp. Somos mais falsos na internet que no mundo físico? Não, a realidade sempre vem à tona, ocorre que no mundo virtual pode demorar um pouquinho mais, conseguimos enganar por um pouquinho mais de tempo, mas no final, nos revelamos tanto quanto no mundo físico, seja bonita quanto for a foto no Instagram, repleta de filtros e retoques.
      Talvez seja esse o diferencial mais importante do mundo virtual, o tempo, do mesmo jeito que a ilusão, a fantasia, as máscaras, são compartilhadas mais rapidamente e podem enganar por mais tempo, porque em relação ao mundo físico alcançam mais em menos, quando a verdade é conhecida, é compartilhada também rapidamente. Não demonize a internet, nem queira manter-se fora dela, aprenda com os erros, como nos relacionamentos físicos, acerte-se e prossiga nesses novos tempos, que mudam tão rapidamente, mas não se deixe enganar pelo mundo virtual, como diz o ditado, o que rápido vem, rápido vai.
      Isso é melhor, é pior? Não, só é diferente, as ferramentas, os meios mudam, mas o ser humano, esse continua o mesmo, com as mesmas necessidades e com as mesmas tendências. Tenho aprendido algumas coisas sobre o mundo virtual, que diga-se de passagem, profissionalmente tem me beneficiado, talvez porque tenho sabido usar seu lado positivo a meu facor, e tentado me manter longe do seu lado negativo. Pra quem, como eu, que gosta de escrever, prima por uma boa escrita, e deseja compartilhar boa informação por textos, a internet pode servir muito bem.
      Mas nesse tempo de qualquer um poder dizer qualquer coisa em rede social, e ficar protegido pela distância física, vai uma orientação. Cada vez que você compartilha ódio em rede social, mesmo que seja legítimo, direcionado a alguém que realmente merece repúdio, você se coloca como parte do mal, querer o mal para o malvado também é mal. Ao invés de destacar o erro, mostre um jeito de se fazer o acerto, assim, você será parte do bem, isso é mais eficiente, mais útil. Isso vale pra toda crítica destrutiva, seja de religião, de ideologia política, de comportamento social, de arte, etc, e é importante que saibamos distinguir entre crítica destrutiva e construtiva. 
      Sou um crítico por excelência, assumo isso, principalmente das igrejas evangélicas e protestantes, mas procuro ser um crítico construtivo à medida que aponto o erro, mas mostro a forma de acertar. Cuidado, muitos que não querem ser criticados porque andam errados, principalmente pastores, que se acham na prática como papas católicos, infalíveis, pregam que não podem ser criticados e que quem os crítica são rebeldes e falsos profetas. Que a palavra de Deus, o Espírito Santo e também os textos bíblicos interpretados pelo Espírito Santo, julgue, revele, exorte e cure.
      A nós cabe seguir a Deus em primeiro lugar e nos sujeitarmos, dentro das igrejas, somente aos homens realmente sujeitos a Deus, no temor e na liberdade para os quais o Senhor nos chamou no Espírito Santo. O crítico construtivo odeia o pecado, não o pecador, em Deus somos sempre construtivos, parte do bem, promotores da luz, nele nos sentimos desconfortáveis com o ódio e nos afastamos dele, nele não odiamos ninguém, nem ao diabo e muito menos aos homens maus, em Deus experimentamos a justiça que vem na hora e no lugar certo, disciplinando os maus e honrando os bons.

26/06/18

O “deus” espinheiro

      “E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo pordiante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição” Lucas 8.14 
      “E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto” Marcos 4.7
      “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” Mateus 13.22

      Esforçar-se, trabalhar, construir a vida, pode ser só um enfado sem fim. O que pra muitos é o jeito mais difícil e que lhes dá legitimidade para se sentirem úteis e ativos, pode ser simplesmente o jeito errado. Assim, tantos passam a vida, gastam seus tempos no tempo, e não chegam a lugar algum, só envelhecem, vazios e amargos. O jeito certo é o jeito de Deus, mas pra experimentarmos isso, temos que ter a humildade de confiar no Deus verdadeiro e no seu jeito de trabalhar. Infelizmente, alguns começam até que bem, caminhando com Jesus, contudo, novas escolhas são apresentadas nesse caminho, para que cresçamos e conheçamos mais ao Senhor. A pessoa, então, pensa, analiza, verifica o que consquistou até o momento, olha para o que os outros conquistaram, e escolhe errado, porque acha que o jeito de Deus não funcionou.
      Escolhe por meios ilegais, desonestos de se obter as coisas? Não necessariamente, não a princípio, mas faz escolhas que a deixarão mais longe do plano inicial que Deus tinha para sua vida. Esse caminho de desvio pode distanciar-se mais e mais de Deus, até que leve a pessoa a criar sua própria religião, seu próprio cristianismo, mentiras e ilusões que tentam ajuda-la a seguir fazendo as coisas do seu jeito, mesmo que acredite que ainda segue com Jesus. A palavra desta reflexão não é para o ímpio, nem para o amigo de Deus, mas para aquele que começou como amigo e depois foi seduzido pela honra e pelas riquezas do mundo, esta palavra é para aqueles que decidiram que seus jeitos de administrarem a vida são melhores que o jeito Deus.
      Na parábola do semeador (leia Lucas 8, Marcos 4 e Mateus 13 na íntegra para detalhes), Jesus nos ensina, com uma metáfora perfeita, sobre quatro comportamentos diferentes de pessoas que ouvem a sua palavra de salvação, segue um resumo sobre os três primeiros comportamentos, os errados. A semente que cai ao pé do caminho diz respeito ao que não ouve a palavra de pronto, escolhe pelo diabo desde o início, não dá a si mesmo a chance de refletir mais profundamente no que ouviu. A semente que cai entre pedras nos ensina sobre o que ouve e recebe a palavra com certa facilidade, mas de uma maneira superficial, não se dá ao trabalho de andar mais com Jesus e receber dele a cura, assim, na primeira prova se afasta com a mesma facilidade com que se aproximou. A semente que cai entre espinhos diz respeito à está reflexão, esse tipo de pessoa até caminha um pouco mais com Jesus, mas os espinhos, os assuntos mal resolvidos do passado, ilusões que não foram vencidas na vida com Deus, que podiam até parecer vencidas, mas estavam só adormecidas, reaparecem, e mais fortes, ganham o coração que se desvia.
      Se as relevâncias do passado sem Cristo não forem anuladas, se as dores pela falta daquilo que era importante antes de caminharmos com Jesus, e que agora como novos nascidos em Cristo, não é mais, não forem curadas, os espinhos continuarão lá, fortes e altos. Enquanto a planta é peqnena, os espinhos não incomodam, mas se quisermos crescer e amadurecer em Jesus, os espinhos nos impedirão pois eles crescem, mesmo que em silêncio, nesse ponto, para fugir da dor, podemos escolher outro jeito, que não seguir crescendo pela semente da palavra. Nesse desvio, escolheremos fazer as coisas do nosso jeito, tendo como referência, não a vontade de Deus, mas o espinheiro. Quem não anula os espinhos em Cristo, faz do espinheiro seu deus, e seguirá vivendo para ele, ao invés de destrui-lo pelo poder do nome de Jesus.
      No orgulho, na desobediência, muitos passam a vida repetindo pra si mesmos que são cristãos, podem até ir a igrejas e mesmo liderar ministérios, mas só fazem agradar ao espinheiro, pois acabam desistindo de supera-lo e o encorparam como uma parte doentia de suas existências. Pra esses a vida será um enfado, trabalho sem fim que nunca leva a lugar algum, longe de Deus, mesmo que se achem perto. No final serão a imagem daquilo que adoram, pois nos tornamos aquilo que mais adoramos, se a Deus, crentes, justos e misericordiosos, se aos espinhos, amargos, insensíveis, cruéis, incrédulos, escravos de vícios e doenças.
      Mas enquanto há vida, há oportunidade, se existir boa vontade, humildade e coragem, para abrir mão daquilo que o “deus” dos espinhos dá, as riquezas deste mundo, a honra dos homens, e voltar a seguir a Jesus para fazer a vontade de Deus. Debaixo do espinheiro há um desconforto eterno, mesmo que se tenha riquezas e honras mundanas, mas se permitirmos que a semente da palavra de Deus cresça, há liberdade, consolo, refrigério e paz. O jeito de Deus é o jeito do salmista, no Salmo 23.1-3: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.”

25/06/18

Profissionais Cristãos Prósperos

      Com o tempo, batendo a cabeça e sofrendo decepções, aprendemos algumas lições, como seres humanos e também como profissionais sendo cristãos. Algumas nos ensinam sobre nós mesmos, outras sobre os outros, mas sempre sobre Deus, se é que vivemos nele, por ele e para ele. Seguem algumas coisas que aprendi, cinco lições, nestes anos, como músico, meu ofício, seja tocando um instrumento ou compartilhando sobre música, instrumentos musicais e tecnologia musical, que acredito que poderá ser útil a você, seja qual for sua profissão:

1. Nosso trabalho só será nosso melhor trabalho se for feito com o coração: os que dizem, “ajo como profissional, não misturo com emoções”, cometem um erro, principalmente em se tratando de trabalho musical ou artístico, infelizmente já vi até pastor agindo com essa frieza. Mas que ofício não é artístico, se for feito com o coração? Eu penso que Deus chama a todos, de um jeito ou de outro, para serem artistas, Deus criou o universo, a Terra, o ser humano, com arte, se fosse só com ciência, funcionalmente, não haveria tanta harmonia estética em tudo.

2. Precisamos fazer alianças, trabalhar em equipe, dependemos dos outros, mas precisamos fazer isso do jeito certo e com as pessoas certas. Ninguém é só, está só, precisa ser só, ao mesmo tempo que não precisamos bajular ninguém para termos sucesso. O jeito certo é com generosidade, ajudando, apoiando e promovendo todos os que pudermos, sempre enfatizando suas qualidades e sendo misericordiosos com seus limites, e não destruindo outros, “puxando tapetes”, prejudicando e criticando. As pessoas certas são aquelas realmente de bem, que permanecem amigas fiéis mesmo quando não existe relação diretamente profissional ou que envolva grana.

3. Não percamos a autocrítica, nos avaliemos sempre, isso evita que gastemos tempo desnecessário, assim, nos questionemos. Para quem falamos? Quem são ouvidos para nossas palavras? Alguns sempre se oporão a nós, mas sabemos que estamos trabalhando bem, se forem mais os que aprendem conosco, que os que passam a vida procurando e divulgando nossos defeitos. Para alguns nossas palavras nunca terão valor, mas façamos balanço, isso é lúcido, nos olhemos com honestidade e achemos saldo positivo, senão, mudemos as palavras ou procuremos ouvidos adequados para nos ouvirem.

4. Coloquemos Deus sempre na frente de tudo, no início, essa é a lição principal. Deus nos dá lucidez para sabermos o que fazer, como, onde e com quem fazer, o que anda com Deus sabe para onde vai, não se perde em trevas, segue para a vitória com simplicidade, humildade, mas em paz e com convicção. Com Deus na frente não vivemos como “franco atiradores”, dando tiros a esmo, pra todo lado, sem foco ou certeza, só esperando que a sorte ajude, aliás, o cristão não acredita ou conta com a sorte, mas com seu Senhor.

Já vivi em minha vida profissional, depois de um tempo enfermo, depois de me sentir carta fora do baralho, a experiência de ser inclinado a fazer algo, simplesmente porque era algo que eu podia fazer naquele momento e que me agradava bastante, portanto não era algo forçado. Contudo, depois de um tempo vi que era o Espírito Santo me motivando, e se ele motiva é porque tem um propósito. Assim, um tempo depois, me vi forte novamente, no jogo da vida profissional desse mundo, outra vez sendo colocado por Deus em lugar de honra e podendo ser, de novo, benção nas vidas das pessoas.

5. Vejamos Deus no final: em Deus entendemos também o verdadeiro sentido de prosperidade, que para os que seguem a Jesus, não é necessariamente abundância de bens e dinheiro, nem popularidade, pelo menos não em curto prazo. O profissional cristão próspero pode ser uma bênção maravilhosa em sua área, mas com discrição, talvez não sendo aprovado e honrado por grandes e fortes, mas sendo útil na vida dos pequenos. O vitorioso em Deus terá na eternidade a honra de Deus por ter, com seu ofício, feito, não grana, mas amigos, tantos que em vida ele nem teve noção disso, mas fiéis, agradecidos ao Senhor por terem sido tão abençoados por um profissional que se colocou nas mãos de Deus. 

24/06/18

Caindo na graça de todo o povo

      “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Romanos 2.46-47

      O pentecostalismo, mal interpretado, pode levar muitos, principalmente pastores e pregadores, a compartilharem um evangelho paranóico. Isso acontece na obsessão de acharem que o pentecostes tem que ocorrer todos os dias, o tempo tempo, tentando pregar e viver todos os dias, algo que só acontece em dias especiais. Se para a igreja primitiva a descida do Espírito Santo só ocorreu numa ocasião, depois, mesmo que selados, tiveram que viver como gente comum, no meio da sociedade, dando testemunho de justiça e misericórdia em atividades regulares de sobrevivência, o testemunho de vida comum entre homens comuns é o que os evangelhos mais nos ensinam com relação à vida do Jesus homem. Jesus não fazia milagres o tempo todo, e eu insisto na interpretação, que muitos podem discordar e que assumo como sendo minha, pessoal, que Jesus só fez tantos milagres na área física e mesmo espiritual, mas que podemos interpretar como psiquiátrica, em se trantando de expulsão de demônios, por causa da fraqueza e incredulidade dos homens.
      Não pensem que equívocos sobre o que é espiritualidade é exclusividade dos chamados carismáticos dos sévulos XX e XXI, a igreja primitiva também se equivocou, tanto que Paulo teve que mandar orientação dizendo que a vinda de Jesus não ocorreria naquele tempo, que muitas coisas ainda deveriam acontecer e que os cristãos deveriam continuar dando testemunho do poder do Espírito Santo em suas vidas comuns na sociedade. Não tenhamos a presunção arrogante de achar que somos mais espirituais hoje, por aguardarmos uma segunda vinda eminente de Cristo, mesmo que hoje, no século XXI, já tenham ocorridos muitos acontecimentos históricos que são premissas para a segunda vinda. No primeiro século, assim como em outros períodos da história, cristãos que se consagravam mais que os outros, também foram acometidos por esse sentimento, o que é, até certo ponto, positivo.
      Mas o que precisamos entender é que espiritulidade pura, estilo de vida plenamente santo, só teremos na eternidade, neste mundo somos limitados por nossos corpos. Esse limite não nos impede apenas de ser totalmente espirituais, mas também nos dá responsabilidades. Quando o Espírito Santo enche nossos espíritos de forma diferenciada, temos a obrigação, como cristãos maduros, de termos controle sobre eles, de forma a passar para os nossos pensamentos (razão ou mente) e para nossas emoções (sentimento ou coração) informações mais eficientes para ensinar e curar os homens. Receber uma unção especial do Espírito Santo e sair gritando, dançando e se jogando ao chão, é de Deus? Sim, é, e não duvide disso ninguém, não corramos o risco de pecarmos contra o Espírito Santo. Mas esse tipo de manifestação é maduro? Não. Maduro é transformar uma unção espiritual em palavra de sabedoria, de discernimento, que alimente e oriente as pessoas, ao invés de agradarmos a nós mesmos “curtindo” um clímax espiritual.
      O poder, enquanto neste mundo, está em experimentar a intimidade de Deus e abençoar as pessoas na vida comum. Vida plenamente espiritual, com liberdade total para sentir a presença de Deus, só na eternidade, e lá isso não será manifestação egoista ou imatura, porque todos poderemos provar isso ao mesmo tempo, sem escandalizar ninguém ou desprezar os que precisam de muito mais que nos assistir tendo clímaxes espirituais. Por isso as igrejas tradicionais, mesmo limitando os dons espirituais, e muitas vezes interpretando equivocadamente as manifestações do Espírito Santo, foram mais efetivas em evangelizar o mundo que as igrejas pentecostais, elas olharam para fora e não para dentro. Atualmente, muitas igrejas pentecostais, parecem que só evangelizam os já convertidos, experimentam uma espiritualidade entre quatro paredes, e não levam o evangelho ao mundo.
      “Caindo na graça de todo o povo”, essa deveria ser a parte do ensino do livro de Atos que mais nos chama a atenção, justamente porque é a que cumpre a última orientação de Jesus, “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos, amém.” (Mateus 28.19-20). Sim, somos chamados para fora, para fora de nós mesmos, para fora das igrejas, para fora das religiões, para fora dos preconceitos e tradicionalismos, mesmo para fora de uma interpretação e valorização sem sabedoria que temos dos sessenta e seis livros do cânone bíblico, o que tem levado tantos crentes a intolerâncias e vivências limitadas do verdadeiro evangelho.
      Cair na graça do povo significa que a sociedade via na prática de vida dos cristãos algo bom, diferente, algo com o qual aprender. Isso é o contrário da polarização que se vê no mundo atualmente, clara no Brasil, da guerra entre esquerda e direita, afroespíritas e evangélicos, homoafetivos e heterossexuais, liberais e conservadores, negros e brancos. Quando evangélicos interpretam a Bíblia erroneamente, entram no jogo da agenda nova era, acabam agradando ao diabo e às forças e poderes do mundo. A vitória teremos obedecendo o Espírito Santo, que nos liberta de toda hipocrisia, de toda ignorância, de todo embate polarizado. Os verdadeiros filhos de Deus não fazem parte deste ou daquele polo, não defendem este ou aquele partido político, não pertencem a nenhum lado do mundo. Os verdadeiros filhos de Deus seguem a única autoridade legitimada por Jesus, o Espírito Santo. Vivendo assim, com certeza, cairão na graça de todo o povo, eu sei disso, tenho experimentando essa prática em minha vida, graças a Deus.