quarta-feira, junho 27, 2018

Vida virtual: seja parte do bem

      A vida moderna tem dois mundos, o físico e o virtual, e não se enganem, ambos são reais e assim será daqui em diante. Os espaços comerciais são tanto os estabelecimentos nas ruas de nossas cidades, quando os sites de venda na internet, os diálogos tête-à-tête são tão reais quanto os bate-papos no Whatsapp. Somos mais falsos na internet que no mundo físico? Não, a realidade sempre vem à tona, ocorre que no mundo virtual pode demorar um pouquinho mais, conseguimos enganar por um pouquinho mais de tempo, mas no final, nos revelamos tanto quanto no mundo físico, seja bonita quanto for a foto no Instagram, repleta de filtros e retoques.
      Talvez seja esse o diferencial mais importante do mundo virtual, o tempo, do mesmo jeito que a ilusão, a fantasia, as máscaras, são compartilhadas mais rapidamente e podem enganar por mais tempo, porque em relação ao mundo físico alcançam mais em menos, quando a verdade é conhecida, é compartilhada também rapidamente. Não demonize a internet, nem queira manter-se fora dela, aprenda com os erros, como nos relacionamentos físicos, acerte-se e prossiga nesses novos tempos, que mudam tão rapidamente, mas não se deixe enganar pelo mundo virtual, como diz o ditado, o que rápido vem, rápido vai.
      Isso é melhor, é pior? Não, só é diferente, as ferramentas, os meios mudam, mas o ser humano, esse continua o mesmo, com as mesmas necessidades e com as mesmas tendências. Tenho aprendido algumas coisas sobre o mundo virtual, que diga-se de passagem, profissionalmente tem me beneficiado, talvez porque tenho sabido usar seu lado positivo a meu facor, e tentado me manter longe do seu lado negativo. Pra quem, como eu, que gosta de escrever, prima por uma boa escrita, e deseja compartilhar boa informação por textos, a internet pode servir muito bem.
      Mas nesse tempo de qualquer um poder dizer qualquer coisa em rede social, e ficar protegido pela distância física, vai uma orientação. Cada vez que você compartilha ódio em rede social, mesmo que seja legítimo, direcionado a alguém que realmente merece repúdio, você se coloca como parte do mal, querer o mal para o malvado também é mal. Ao invés de destacar o erro, mostre um jeito de se fazer o acerto, assim, você será parte do bem, isso é mais eficiente, mais útil. Isso vale pra toda crítica destrutiva, seja de religião, de ideologia política, de comportamento social, de arte, etc, e é importante que saibamos distinguir entre crítica destrutiva e construtiva. 
      Sou um crítico por excelência, assumo isso, principalmente das igrejas evangélicas e protestantes, mas procuro ser um crítico construtivo à medida que aponto o erro, mas mostro a forma de acertar. Cuidado, muitos que não querem ser criticados porque andam errados, principalmente pastores, que se acham na prática como papas católicos, infalíveis, pregam que não podem ser criticados e que quem os crítica são rebeldes e falsos profetas. Que a palavra de Deus, o Espírito Santo e também os textos bíblicos interpretados pelo Espírito Santo, julgue, revele, exorte e cure.
      A nós cabe seguir a Deus em primeiro lugar e nos sujeitarmos, dentro das igrejas, somente aos homens realmente sujeitos a Deus, no temor e na liberdade para os quais o Senhor nos chamou no Espírito Santo. O crítico construtivo odeia o pecado, não o pecador, em Deus somos sempre construtivos, parte do bem, promotores da luz, nele nos sentimos desconfortáveis com o ódio e nos afastamos dele, nele não odiamos ninguém, nem ao diabo e muito menos aos homens maus, em Deus experimentamos a justiça que vem na hora e no lugar certo, disciplinando os maus e honrando os bons.

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