“Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica. E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.
Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, no seu costume para com o ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada. Ora a comida não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais e, se não comemos, nada nos falta.
Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu.
Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.”
Na época de Paulo, no início do cristianismo, muitos que se convertiam ao evangelho acreditavam que não havia nenhum problema, se comessem carnes sacrificadas aos ídolos pagãos. Contudo, outros que se convertiam, não tinham esse entendimento e achavam que comer carne sacrificada aos ídolos era errado. Bem, Paulo resume o espírito do evangelho quando orienta os coríntios sobre o assunto.
Mais importante que a comida era o próximo, se a atitude o feria. Isso porque se o que não comia visse o que comia se alimentando da carne, ele poderia ser induzido a fazer algo que o deixaria se sentindo culpado, ou poderia considerar o que comia menos santo pela sua prática. De um jeito ou de outro isso dividia a Igreja.
A questão não era comer ou deixar de comer, não era se achar mais sábio por poder comer ou mais santo por não comer. Contudo a questão era se a atitude escandalizava ou não o outro. Se escandalizasse seria melhor que simplesmente não se comesse a carne.
Podemos colocar outros assuntos nesse tema, para atualizarmos a discussão. Quantas vezes os liberais, que se acham mais experientes com Deus, não fazem coisas que escandalizam os mais simples. Os simples, por sua vez, se escandalizam, pois acham que não devem agir como os liberais porque são mais santos.
Como é difícil para os liberais deixar a arrogância e simplesmente não fazer algumas práticas simplesmente para não ferir os mais simples. E como é difícil para os mais simples não achar que os liberais são menos santos do que eles porque têm outras práticas.
Na verdade nessas questões, é difícil de definir quem é o mais santo, o mais sábio. Mas a questão não é fazer isso ou aquilo, ter mais conhecimento e profundidade na doutrina cristã ou ser mais santo. A questão é não escandalizar o outro, não provocar dissenções, manter a unidade do corpo de Cristo que é a Igreja, composta de todo o tipo de gente.
Existem assuntos delicados que dividem a Igreja cristã atual, seja ela dentro da instituição cristã que for. Bebidas alcoólicas, divórcio, homossexualidade, sexo antes do casamento, envolvimento político, isso são as carnes sacrificadas aos ídolos dos tempos modernos. Sem entrar no mérito de cada assunto, vale a mesma orientação que Paulo deu aos coríntios.
Se algo escandaliza o irmão, deve-se ter cuidado, não querendo agradar a si mesmo, para se achar mais sábio ou espiritual, mas preocupando-se com o irmão que pensa diferente. Portanto sem “ismos” e bandeiras, para assuntos que são polêmicos e que envolvem exceções deve haver sabedoria e temor a Deus.
Para o que se acha sábio, cuidado:
- se você está achando que estudar a Bíblia não é assim tão importante, que é melhor ler filosofia e psicologia;
- se orar parece que não te dá mais a paz que enche o coração, que é melhor conversar com amigos num bar;
- se você está acreditando que os ideais morais de Deus são apenas culpas que o teu superego está lançando sobre o teu ego;
- se você está achando mais eficaz uma reunião na casa de amigos do que a comunhão numa igreja institucionalizada, comungando sem regras, sem louvor, apenas com informalidade;
- se você está vivendo na liberdade que Deus te dá, no tratamento individual e especial que ele te permite, porque te ama, mas sem cuidado, usando isso como arma contra os teus acusadores, que são irmãos mais fracos;
- se você se esqueceu de todo o pecado que Deus te perdoou para que você pudesse andar hoje em paz, e esquecendo-se você está andando sem temor.
Para o que se acha santo, cuidado:
- se você não está querendo fazer justiça com as próprias mãos, achando-se justiceiro da santidade, querendo punir aqueles que têm práticas diferentes das tuas;
- se importando-se tanto em obedecer leis, você não está se esquecendo do amor e da misericórdia;
- se a tua santidade não é somente de fachada, somente na igreja, quem se preocupa muito em vigiar a vida dos outros geralmente se esquece da própria vida.
Para todos:
- Deus é o único juiz, santíssimo e perfeito, só ele tem poder e idoneidade para julgar os homens;
- enquanto vivos, todos temos chances de mudar de vida, não devemos julgar ninguém pelo passado ou pelo presente;
- todos, absolutamente todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus e todos necessitam igualmente de perdão, portanto ninguém é melhor ou maior que ninguém, todos necessitam de equilíbrio.
(Leia também o capítulo 10 da 1ª. carta de Paulo aos Coríntios).
Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, no seu costume para com o ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada. Ora a comida não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais e, se não comemos, nada nos falta.
Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu.
Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.”
I Coríntios 8: 1-3, 7-13
Na época de Paulo, no início do cristianismo, muitos que se convertiam ao evangelho acreditavam que não havia nenhum problema, se comessem carnes sacrificadas aos ídolos pagãos. Contudo, outros que se convertiam, não tinham esse entendimento e achavam que comer carne sacrificada aos ídolos era errado. Bem, Paulo resume o espírito do evangelho quando orienta os coríntios sobre o assunto.
Mais importante que a comida era o próximo, se a atitude o feria. Isso porque se o que não comia visse o que comia se alimentando da carne, ele poderia ser induzido a fazer algo que o deixaria se sentindo culpado, ou poderia considerar o que comia menos santo pela sua prática. De um jeito ou de outro isso dividia a Igreja.
A questão não era comer ou deixar de comer, não era se achar mais sábio por poder comer ou mais santo por não comer. Contudo a questão era se a atitude escandalizava ou não o outro. Se escandalizasse seria melhor que simplesmente não se comesse a carne.
Podemos colocar outros assuntos nesse tema, para atualizarmos a discussão. Quantas vezes os liberais, que se acham mais experientes com Deus, não fazem coisas que escandalizam os mais simples. Os simples, por sua vez, se escandalizam, pois acham que não devem agir como os liberais porque são mais santos.
Como é difícil para os liberais deixar a arrogância e simplesmente não fazer algumas práticas simplesmente para não ferir os mais simples. E como é difícil para os mais simples não achar que os liberais são menos santos do que eles porque têm outras práticas.
Na verdade nessas questões, é difícil de definir quem é o mais santo, o mais sábio. Mas a questão não é fazer isso ou aquilo, ter mais conhecimento e profundidade na doutrina cristã ou ser mais santo. A questão é não escandalizar o outro, não provocar dissenções, manter a unidade do corpo de Cristo que é a Igreja, composta de todo o tipo de gente.
Existem assuntos delicados que dividem a Igreja cristã atual, seja ela dentro da instituição cristã que for. Bebidas alcoólicas, divórcio, homossexualidade, sexo antes do casamento, envolvimento político, isso são as carnes sacrificadas aos ídolos dos tempos modernos. Sem entrar no mérito de cada assunto, vale a mesma orientação que Paulo deu aos coríntios.
Se algo escandaliza o irmão, deve-se ter cuidado, não querendo agradar a si mesmo, para se achar mais sábio ou espiritual, mas preocupando-se com o irmão que pensa diferente. Portanto sem “ismos” e bandeiras, para assuntos que são polêmicos e que envolvem exceções deve haver sabedoria e temor a Deus.
Para o que se acha sábio, cuidado:
- se você está achando que estudar a Bíblia não é assim tão importante, que é melhor ler filosofia e psicologia;
- se orar parece que não te dá mais a paz que enche o coração, que é melhor conversar com amigos num bar;
- se você está acreditando que os ideais morais de Deus são apenas culpas que o teu superego está lançando sobre o teu ego;
- se você está achando mais eficaz uma reunião na casa de amigos do que a comunhão numa igreja institucionalizada, comungando sem regras, sem louvor, apenas com informalidade;
- se você está vivendo na liberdade que Deus te dá, no tratamento individual e especial que ele te permite, porque te ama, mas sem cuidado, usando isso como arma contra os teus acusadores, que são irmãos mais fracos;
- se você se esqueceu de todo o pecado que Deus te perdoou para que você pudesse andar hoje em paz, e esquecendo-se você está andando sem temor.
Para o que se acha santo, cuidado:
- se você não está querendo fazer justiça com as próprias mãos, achando-se justiceiro da santidade, querendo punir aqueles que têm práticas diferentes das tuas;
- se importando-se tanto em obedecer leis, você não está se esquecendo do amor e da misericórdia;
- se a tua santidade não é somente de fachada, somente na igreja, quem se preocupa muito em vigiar a vida dos outros geralmente se esquece da própria vida.
Para todos:
- Deus é o único juiz, santíssimo e perfeito, só ele tem poder e idoneidade para julgar os homens;
- enquanto vivos, todos temos chances de mudar de vida, não devemos julgar ninguém pelo passado ou pelo presente;
- todos, absolutamente todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus e todos necessitam igualmente de perdão, portanto ninguém é melhor ou maior que ninguém, todos necessitam de equilíbrio.
(Leia também o capítulo 10 da 1ª. carta de Paulo aos Coríntios).
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