Quando somos
meninos na fé, desejando viver um tempo de vitórias mais constantes na presença
de Deus, achamos que quando isso acontecer estaremos o tempo todo alegres,
despreocupados. Queremos provar uma situação diferente da de contínuas derrotas
que vivemos, enquanto ainda numa vida cristã insipiente. Nesse momento inicial somos muito
felizes em determinadas situações e tão frustrados em outras. Na verdade a
grande dor é consequência justamente da irresponsabilidade em que andamos, da falta
de sabedoria que nos faz pecar por qualquer coisa, da imaturidade que nos leva
a trocar a paz do Espírito Santo por um prazer menor do mundo.
Contudo, quando
enfim amadurecemos, quando aprendemos que o melhor é agradar a Deus, quando descobrimos
que o que o mundo oferece é ilusão, que agrada por um pouco mas faz sofrer por
muito tempo, entendemos que essa “alegria” e essa “despreocupação” também são
enganosas e não podem fazer parte da maturidade cristã. Não que o cristão
maduro não tenha direito à felicidade, tem sim, e a uma felicidade diferente de
tudo o que a criancice da vida espiritual possa ter provado. O que ocorre, porém,
é que na maturidade cresce em nós a percepção do pecado, a sensibilidade para
ver as armadilhas, a consciência para saber que somos seres frágeis e
endurecidos que precisamos de Deus o tempo todo. Sendo assim parece até que
quando maduros nossa tribulação é constante, ela não vem e vai como no início
de nossa vida com Deus.
É necessário que
seja assim, uma sensação de batalha que nunca termina, dessa forma estamos
sempre buscando a Deus, dependendo dele, e consequentemente provado uma vitória
duradoura. Por que isso? Porque a natureza decaída do homem nunca encontrará
satisfação nessa existência carnal. Vivendo perto de Deus, mesmo com a presença
do Espírito Santo permanente no homem interior, esse desajuste permanece e
permanecerá até partirmos dessa vida carnal para a eternidade. É assim com os não
convertidos e é assim também com os filhos de Deus. A diferença é que os filhos
do Senhor acham nele perdão, consolo, forças para mudar o impossível, mesmo que
isso não seja fácil e nem rápido.
Sigamos com Deus,
aproximemo-nos dele, clamemos por vitória, creiamos em seu amor e em seu poder,
arraiguemos-nos ao poder exclusivo do nome de Jesus para nos dar acesso à nova vida
que ele mesmo nos concedeu mediante sua morte e ressurreição. Lembre-se, os que
perseverarem serão salvos e irão para a eternidade no primeiro chamado, seja ressuscitando
ou sendo arrebatado.
“Temos, porém, esse tesouro em vasos de
barro, para que o poder extraordinário seja de Deus e não nosso. Sofremos
pressões de todos os lados, mas não estamos arrasados; ficamos perplexos, mas
não desesperados; somos perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não
destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua
vida se manifeste em nosso corpo.” II Coríntios 4:7-10
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