Jesus, então, tomou
os pães e, havendo dado graças, repartiu-os à vontade entre os que estavam
sentados; e fez o mesmo com os peixes. E quando todos ficaram satisfeitos,
disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram para que nada se perca.”
João 6.5, 8-9, 11-12
A passagem é conhecida, nesta reflexão vou me ater à participação
de André no ocorrido. Ele não foi o homem da fé final, que multiplicou o
alimento, mas ele foi o que levou o pouco que tinha, com toda a racionalidade
que possuía, àquele que podia fazer o milagre.
Muitas vezes a missão que Deus nos está dando não é realizar o
grande milagre, e nós, culpados e inseguros que nos sentimos, achamos que temos
essa responsabilidade. Não, para André bastou levar o rapaz que tinha os cinco
pães e os dois peixes até Jesus, veja que os pães e os peixes nem dele eram,
mas ele teve a pronta iniciativa de levar o rapaz até quem podia fazer o
milagre.
“Entre os que tinham subido
à festa para adorar estavam alguns gregos. Eles se dirigiram a Filipe, que era
de Betsaida da Galileia, e pediram-lhe: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi
dizê-lo a André, e os dois avisaram Jesus.” (João 12.20-22). Pelo visto
essa era uma característica da personalidade de André, nesta outra passagem
Filipe não leva os gregos diretamente a Jesus, mas vai a André, que
provavelmente tomou a decisão final e objetiva de ir ao mestre. Novamente André não tinha o primeiro lugar, não era ele quem os gregos procuravam, mas não se acomodou com o terceiro, tomou posse do segundo lugar como o intermediário entre Filipe e Cristo.
Obediência, fazer não aquilo que os outros nos cobram, que parece
o mais espiritual, mas aquilo que é a nossa parte, por menor que pareça, isso é
o que Deus deseja de nós. Talvez nesse momento você não precisa ter a fé que
sustente uma multidão, apenas precisa entregar a Jesus seus cinco pães e seus
dois peixes, só isso, o resto o Senhor fará.
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